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ROBERTA SÁ COMEMORA 20 ANOS DE CARREIRA, CONSAGRADA COMO UMA DAS MAIORES VOZES DO BRASIL

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MPB, samba, Bossa Nova. A cantora potiguar Roberta Sá passeia por diversos gêneros musicais há 20 anos e celebra a consagração da carreira trazendo para a sua terra natal a turnê “Tudo Que Cantei Sou” com um repertório especial. A artista pretende revisitar canções que marcaram sua carreira e emocionar o público no Teatro Riachuelo, na noite desta sexta-feira (15).
Nascida em Natal, erradicada no Rio de Janeiro, Roberta Sá foi descoberta nacionalmente em um reality show da Rede GIobo e na discografia carrega seis álbuns de estúdio, e dois CD/DVD ao vivo. Em 2007, Roberta Sá foi indicada ao Grammy Latino na categoria de “Artista Revelação”.
Em entrevista ao Diário do RN, a dona de sucessos como “Fogo e Gasolina”, “Que Belo Estranho Dia Para Se Ter Alegria”, “Quando o Canto é Reza” e “Segunda Pele” contou detalhes do show e também falou sobre empoderamento feminino, a importância da arte nas transformações sociais, política e sua visão sobre o atual cenário no Brasil, revelando que “como artista e cidadã, fico apavorada (com quem defende a ditadura). Não apenas pelas ideias em si, mas pelo sucesso da lavagem cerebral que está sendo feita”.
Confira:

“Sinto medo do futuro, porque a semente plantada pela extrema-direita ainda está crescendo”

Diário: Fala um pouco sobre a turnê ‘Tudo que Cantei Sou’
Roberta Sá: “Tudo Que Cantei Sou” é a turnê de um show intimista que revisita 20 anos de carreira. Canto músicas que ainda fazem muito sentido para mim, numa relação com o público marcada por cumplicidade, afeto e muita emoção.

Diário: Entre os destaques do show está um bloco dedicado à produção musical feminina. Qual a importância da arte para o fortalecimento do movimento feminino na música e em outras áreas da sociedade?
Roberta Sá: A arte é o que salva a gente e o que nos impulsiona para frente. Se pensarmos que Dona Ivone Lara não podia assinar seus próprios sambas e enredos, e hoje temos mulheres falando abertamente sobre seus sentimentos, suas dores, seus questionamentos e violências, vemos o quanto evoluímos. A arte é essencial nesse processo de transformação.

Diário: Qual a música que o público pede e não pode faltar no show?
Roberta Sá: Não pode faltar ‘Samba de Um Minuto’. É uma canção que o público ama, que não está no roteiro principal, mas está sempre no bis, porque não tem como não estar.

Diário: Roberta Sá, como você enxerga o atual cenário político do RN, Brasil?
Roberta Sá: Fico entusiasmada com a possibilidade de voltarmos ao trilho democrático na política. Mas também sinto medo do futuro, porque a semente plantada pela extrema-direita ainda está crescendo. Isso me preocupa profundamente. Por isso, acredito que o Brasil precisa manter uma relação firme e vigilante com a democracia. Esse crescimento da extrema-direita é realmente preocupante.

Diário: Como artista, qual o sentimento ao ver alguém defendendo a ditadura?
Roberta Sá: Como artista e cidadã, fico apavorada. Não apenas pelas ideias em si, mas pelo sucesso da lavagem cerebral que está sendo feita. Ninguém pode desejar a volta de algo tão cruel, que matou e torturou tanta gente, e feriu de forma tão grave a nossa liberdade.

Diário: Roberta Sá por Roberta Sá?
Roberta Sá: Roberta Sá é uma mulher em constante transformação, que caminha para afirmar, para si mesma, a potência que sempre soube existir desde a infância.

Diário: Deixa um convite para as pessoas irem ao show.
Roberta Sá: Quero convidar todo mundo de Natal para esse encontro lindo e mágico, que enche meu coração de alegria. Um show com um repertório que emociona, faz pensar, traz esperança e nos toca profundamente. Espero vocês para dividirmos tudo isso juntos.


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