
Por Bosco Afonso
No mundo em que vivemos, com uma dúzia e meia de pessoas usando as redes sociais com assuntos sérios e relevantes para conquistar três dúzias e meia de sensatos, temos também centenas de milhares de Influencers (é a moda) usando linguagens e comportamentos absurdos para alcançar milhões de adeptos e faturar milhões em dólares e ‘zilhõe$’ em reais que a cada dia se desvaloriza mais. E é nessa mesma proporção de inversão de valores que os chamados novos políticos vão assumindo suas características, formando sua legião de adeptos que absorvem linguagem e gestos praticados.
Nesta quarta-feira, 6, o senador potiguar Stevynson Valentim (Republicanos) soltou um vídeo, onde faz referências pejorativas ao Senado Federal a quem denomina de ‘chiqueiro’ e solta outros impropérios:
Veja o vídeo:
Assistiu?
Pois bem, é esse o chamado novo político que sabe usar a nova linguagem para melhor conquistar adeptos. A chamada ‘fala franca’, falando como o povão quer falar e quer ouvir.
Mas, se o senador Capitão Styvenson não pediu voto para ser senador, por que registrou a sua candidatura?
Se o senador Capitão Stevyson permanece dentro do ‘chiqueiro’, por que não usa a mesma força de dar na cara de bandido para empurrar a porta do ‘chiqueiro’ para de lá sair?
Senador Styvenson, se o senhor quer mesmo mudar o comportamento da instituição a qual o senhor pertence se junte aos bons – lá pode ter poucos ou muitos, mas também tem gente boa, gente íntegra – assuma a postura de um Senador da República, use a tribuna da Casa para denunciar quem faz do Senado um ‘chiqueiro’; convoque jornalistas íntegros e mostre quem são os integrantes do ‘chiqueiro’ que fazem o senhor sentir esse ‘mal cheiro’ há quase 4 anos, sem a necessidade de esbravejar ou fazer ‘firulas’ pelas redes sociais.
E, nas redes sociais, senador Styvenson, faça uma prestação de contas do seu trabalho parlamentar. Mostre a sua capacidade criativa de homem íntegro que é e faça uma prestação de contas de suas Moções, de seus Requerimentos, de seus Projetos de Lei – mesmo aqueles que não tenham merecido a aprovação da maioria – de sua participação em Comissões e em Relatorias.
No mais, senador Styvenson, se o senhor não pediu voto para se eleger senador; se não quer mais o voto do povo do Rio Grande do Norte e se não está satisfeito em permanecer no ‘chiqueiro’, a solução é mais que simples: é só o senhor fazer um curto ofício – pode ser de próprio punho, se assim preferir – e encaminhar à presidência do Senado, ou melhor, do ‘chiqueiro’ dizendo que está renunciando à condição de integrante da Casa.
Aí o senhor vai voltar para casa, não vai mais precisar se sacrificar em todas as semanas estar se deslocando do convívio de sua família para ir sentir o fedor do ‘chiqueiro’. E então, quem sabe, o senhor venha a se reintegrar à sua tropa e fazer o que sempre gostou, de meter a mão em cara de bandido.
De verdade, senador Styvenson: renunciar ao ‘chiqueiro’ vai lhe deixar de alma lavada.
Perfeito o texto. Penso igual. Se conhece o “chiqueiro”, de nomes aos “porcos” com está mesma disposição que o senhor senador diz que gosta de bater em vagabundo. Por quê não bate nos vagabundos do “chiqueiro”? Lula deputado Federal dizia que lá seus colegas eram “picaretas”. Nunca revelou os nomes dos safados, mas como presidente seu governo no mensalão comprou os “picaretas”. Senador, ou revela os nomes dos porcos ou se junta a eles. Não seja só um falastrão que me parece ser neste vídeo. Parabéns Bosco Afonso pelo texto.