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STYVENSON VALENTIM, O XERIFE DA LEI SECA QUE VIROU SENADOR E PODE SER GOVERNADOR

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Ele nasceu em 07 de fevereiro de 1977, em Rio Branco, Acre, região Norte do País. Seu nome: Eann Styvenson Valentim Mendes. Como Policial Militar, ganhou notoriedade na condição de Tenente Styvenson, o Xerife da Lei Seca, que comandava as operações para coibir os excessos alcoólicos de motoristas.

Poderia ter sido mais um policial a comandar uma blitz de trânsito. Não era. Ele era o cara que parava todo mundo, não aceitava carteirada de político, jornalista ou gente poderosa de qualquer esfera. Socializou a lei e estabeleceu seriedade e respeitabilidade. Duro, intransigente com quem estava errado, o Tenente da Lei Seca ganhou inimigos, mas também fez adeptos, em número bem maior que os que não o suportavam.

Quando perguntado se seria candidato a algum cargo eletivo, Styvenson desconversava e jurava não ter nenhuma afinidade com a política. Mas, terminou sendo picada pela ‘mosca azul’ e decidiu ser candidato. Começou por alto.

Convidado por líderes dos principais partidos do RN para ser candidato, Styvenson disse não a todos. Assinou ficha de filiação no Rede Sustentabilidade, que não tinha, e nem tem, nenhum figurão da política.

Em 2018, já promovido a Capitão da PM, Styvenson decidiu ser candidato ao Senado. Arrogante e autossuficiente, não aceitou apoio de ninguém da classe política. Aproveitou o desgaste dos políticos, mas dizer que seria diferente dos demais. Funcionou.

Capitão Styvenson foi candidato em carreira solo, usou as redes sociais com força e obteve 745.827 votos, ou 25% dos votos válidos, 85 mil votos a mais que Zenaide Maia, que fez campanha colada com o furacão eleitoral Fátima Bezerra.  

Styvenson foi bem votado em quase todas as cidades do Estado, com percentual médio de 20% do eleitorado de cada município, oscilando para mais, nos maiores colégios eleitorais. A cidade com o maior percentual de votos dados a Styvenson foi Carnaúba dos Dantas, onde o Capitão obteve 39,30% dos votos válidos do município, o que correspondeu a 2.417 votos. Em termos numéricos, a cidade que lhe rendeu a maior quantidade de votos foi Natal, com 253.852 votos, o que correspondeu a um percentual de 37,11%. A cidade com o menor percentual e o menor número de votos foi Paraná, onde Styvenson recebeu 149 votos, ou 3,54% dos votos válidos. Foi eleito sem precisar da classe política ou do apoio de lideranças ou da mídia convencional.

No exercício do mandato, Capitão Styvenson tem procurado manter a imagem de seriedade que o caracterizou; tem combatido a corrupção e procura defender causas e bandeiras das quais tem convicção. Agressivo além da conta, passa a imagem de ignorante; confunde dureza nas palavras com agressividade. Consolidou a imagem de arrogante e grosso até no trato pessoal. Vive ainda o processo de glamour do cargo jamais sonhado. Já mudou de partido; deixou o Rede e assinou no Podemos. Aos poucos, vai fincando pé na realidade. Tem tudo para se destacar até nacionalmente. Está sem foco e meio tonto diante das feras da política nacional.

Porém, o Capitão Styvenson Valentim mantém sua imagem de defesa da moralidade pública e das mãos limpas. Isso é ouro para a classe política. Mas não é tudo. Seu nome tem sofrido processo gradual de desgaste.

As pesquisas que tem sido feitas para consumo interno ou para divulgação, revelam posicionamento de Styvenson em segundo lugar, perdendo para Fátima Bezerra. Há quem diga, mas não mostra, que já existe pesquisa com o Capitão em primeiro lugar.

O fato é que, diferente dos demais supostos nomes da oposição à Fátima, o Capitão Styvenson Valentim é o único que tem um rosto que pode ser desenhado como candidato e projetar crescimento.

Para isso, Styvenson precisa saber conduzir melhor o mandato, se articular politicamente e fazer uma dieta rigorosa na vaidade, uma lipoaspiração no ego e um intensivo curso de boas maneiras.

O Capitão Styvenson Valentim, ex-Xerife da Lei Seca que virou senador da República, poderá ser a grande pedra no sapato da governadora Maria de Fátima Bezerra e virar governador do Estado.  


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