No pior dos tons, o potiguar Ministro das Comunicações, desliza mais uma vez.
Logo no momento em que o país ultrapassa mais de meio milhão de vidas perdidas para o vírus que já temos vacinas, Fábio Faria erra feio ao insinuar e reduzir a dor de um país inteiro ao egoísmo esdrúxulo de que algum brasileiro, fora o presidente e seus aliados, torce pela disseminação do coronavírus.
Por meio de suas redes sociais, o ministro do governo sem alma escreveu: “Em breve vcs verão políticos, artistas e jornalistas ‘lamentando’ o número de 500 mil mortos”.
E eu me pergunto: quem não lamenta?
Para completar, ele tenta amenizar a ineficiência do governo Bolsonaro citando números, nos quais o país não cumpriu nem mesmo a obrigação básica, garantir direito à vida, se tivesse desgarrado do negacionismo, e focado na responsabilidade que é da União, adquirir vacinas:
“Nunca os verão comemorar os 86 milhões de doses aplicadas ou os 18 milhões de curados, porque o tom é sempre o do ‘quanto pior, melhor’. Infelizmente, eles torcem pelo vírus.”, declarou o Fábio Faria.
Parafraseando Chico, não será por menos que muitos pedirão para afastar o cálice de sangue.
O “cale-se” ordenado pelos governos autoritários não funciona quando as populações tomam consciência e reconhecem seus potenciais reivindicatórios.
Milhares de brasileiros estão nas ruas hoje em manifestações contra o descaso com o povo.
Quem tem alma, deixando atravessar o peito pelas mais de 500 mil vidas perdidas, entenderá que não será por menos que os artistas dirão que o café e a poesia desceram mais amargos neste fatídico sábado, 19 de junho de 2021.
Entenderá que não será por menos que os políticos e brasileiros conscientes de seus direitos e deveres cobram responsáveis pela ausência de políticas públicas suficientes para, ao menos, não ridicularizar o que se perdeu em nosso Brasil, que hoje, lancinante, ressoa que há sim o que lamentar, ministro.
O ex-ministro e ex-senador Garibaldi Filho deverá firmar aliança política com a governadora Fátima Bezerra. A costura começou no eixo Brasília-São Paulo, sob o comando do ex-presidente Lula, que tenta atrair o MDB para apoiar sua candidatura no próximo ano.
Dessa forma, com o MDB nacional integrando uma aliança com Lula, do PT, não será difícil que nos estados os dois partidos também possam compor um mesmo palanque.
Afinal, PT e MDB já foram parceiros e aliados durante muitos anos, com direito ao MDB indicar o vice de Dilma e exercer o mandato.
Com o restabelecimento dos direitos políticos, Lula começou a articular um leque de alianças que possa fortalecer sua candidatura em 2022. E já começou a conversar e atrair potenciais apoiadores.
No caso do RN, Lula sempre teve uma boa relação com Garibaldi Filho e Henrique Alves. Hoje o MDB não integra a base de apoio da governadora Fátima Bezerra, mas poderá fazê-lo num futuro próximo.
Portanto, não há obstáculos intransponíveis para uma nova aliança entre o MDB de Garibaldi Filho, Walter Alves e Henrique Alves em compor com o PT de Fátima Bezerra.
Com a aliança, o MDB, que tem capilaridade no interior e conta com cerca de 40 prefeitos no RN, poderá inclusive compor a chapa majoritária da governadora Fátima Bezerra. Dessa forma, a oposição perderia um dos pilares mais fortes no interior para fortalecer uma chapa com os ministros Fábio Faria e Rogério Marinho.
Assim que concluir as arengas familiares e intestinais, o MDB dará início ao processo de conversação sobre a sucessão da filha de Dona Luzia.
Fátima tem interesse no MDB e já há emissários trabalhando a aproximação entre a governadora e o partido da bandeira verde.
Manhoso como sempre, Garibaldi observa a cena e sorri no canto da boca quando alguém fala que ele vai compartilhar o palanque do próximo ano com Lula e Fátima.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ouve nesta terça-feira (18) Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores. Os senadores vão cobrar explicações sobre críticas à China, mobilização para compra de cloroquina e aquisição de vacinas.
Araújo esteve à frente do Itamaraty entre janeiro de 2019 e março de 2021. A gestão dele foi marcada por desavenças com a China, importante exportador de insumos para a vacina. Araújo chegou a chamar o coronavírus de “comunavírus”.
Aos senadores, Ernesto Araújo disse que o Itamaraty buscou insumos para a cloroquina no exterior e confirmou a participação de Bolsonaro. “Sim, houve essa troca de mensagens. Naquele momento, em março, havia expectativa de que haveria eficácia da cloroquina para tratamento. Houve corrida pelos insumos. Lembrando que a hidroxicloroquina é usada para doenças crônicas e seu estoque havia baixado. Isso independente da eficácia para a Covid”, disse Araújo.
O deputado Estadual Tomba Farias, é o líder do PSDB na Assembleia Legislativa. Nessa entrevista exclusiva, ele faz uma avaliação da gestão Fátima Bezerra, onde afirma que a governadora foi uma “mercadora de sonhos” na campanha e vem sofrendo desgaste perante a população do RN.
TÚLIO LEMOS – Em vídeo, o senhor cobrou transparência da governadora Fátima Bezerra na prestação de contas de verbas vindas do governo federal. O senhor, como líder da bancada do PSDB, tem alguma informação de desvio de recurso no governo estadual?
– Não tenho falado sobre “desvio”, e sim sobre a má utilização do dinheiro público. A gestão Fátima tem se transformado em um verdadeiro festival de dispensa de licitação. Tenho cobrado com insistência, respostas sobre a utilização de recursos públicos usados na compra de materiais e equipamentos, cujas aquisições são questionadas e levantam suspeição sobre o mal uso de recursos públicos durante a pandemia. O governo ficou calado, sem dar qualquer justificativa sobre a aquisição de sacos de lixo no valor de R$ 1 milhão e trezentos mil reais, iniciativa que motivou uma ação do Ministério Público Federal contra a própria administração estadual. É imoral o prejuízo que o estado levou, através do Consórcio Nordeste, com a compra de respiradores, no valor de R$ 5 milhões, que nunca foram entregues. O governo comprou pelo valor de R$ 163 mil, respiradores que custavam R$ 60/70 mil reais. Depois veio a compra de respiradores usados, que custaram R$ 1 milhão e 600 mil, e que estão encostados e nunca foram aproveitados. Em seguida veio o contrato das ambulâncias, no valor de R$ 8,5 milhões pelo aluguel de seis ambulâncias. Nós reclamamos da forma como esse contrato estava sendo feito e governo terminou cancelando. Teve ainda os alugueis de salas por R$ dois milhões e trezentos mil e passagens para Brasília, no valor de R$ 500 mil. O governo tem feito o que quer, da forma que quer. Quando é questionado se limita a dizer que é “fake News”. O que é mais estranho são os Ministérios Públicos não se posicionarem sobre tudo que é dito e cobrado.
TOMBA FARIAS
TÚLIO LEMOS – Como o senhor avalia a gestão da governadora Fátima Bezerra? Qual o setor que mais tem falhado? Qual o setor que mais tem se destacado?
– Eu não avalio, pois, não há muito o que avaliar. A avaliação do governo Fátima Bezerra quem está fazendo é o povo de Natal e do Rio Grande do Norte. Prova disso é que em Natal, uma cidade que é formadora de opinião, a última pesquisa Consult mostrou que a sua gestão é desaprovada por 59,5% da população natalense. A então candidata Fátima Bezerra foi, na sua eleição, uma “mercadora de sonhos”. Sonhos que prometeu e que não conseguiu transformar em realidade como esperava a parcela da população que nela votou. Ela sabia exatamente de todas as dificuldades que estado enfrentava e mesmo assim iludiu a população com essa estória de “primeira governadora de origem popular”. Esse discurso acabou: hoje ela é repudiada não só pelas classes produtivas, como também pela classe trabalhadora, a qual levou para os canteiros da fome e do desemprego. Dizer que Fátima Bezerra faz um “governo convencional” já é muita generosidade. Na sua gestão não há nada de inovador, não há projetos que possam levar de volta o Rio Grande do Norte para os trilhos do desenvolvimento. Fátima não teve protagonismo na pandemia, não fez o seu dever de casa como governadora, não promoveu uma reforma administrativa na máquina estatal, não se mostra eficaz no combate a insegurança pública, tem uma gestão carente de políticas públicas, não tem a capacidade de atrair investimentos para gerar emprego e renda. Então, o setor da administração que mais tem se destacado é o da “ficção”.
Deputado da ala bolsonarista do partido quer cassar mandato de Rodrigo Maia
A bancada do DEM deliberou a expulsão de Rodrigo Maia do partido, depois que ele chamou ACM Neto de “malandro baiano” e disse que “esse baixinho não tem caráter”. O deputado Arthur Maia, que apoia o bolsonarismo e foi acusado por Rodrigo Maia de pertencer à ala “pró-boquinha” do partido, defendeu também que seu mandato seja cassado.
Ele publicou no Twitter:
“O DEM deliberou pela expulsão de Rodrigo Maia. Depois que perdeu todo o apoio dentre os deputados, não havia mais clima para ele no partido. Agrediu ACM Neto para forçar a expulsão e tentar driblar a lei eleitoral, pois a expulsão teoricamente não dá perda de mandato.
Mesmo sendo expulso, Rodrigo Maia deverá perder o mandato, pois é óbvio que a agressão gratuita e grosseira contra o presidente do partido configura uma desfiliação indireta. Ninguém poderia admitir a sua permanência com o propósito deliberado de insultar as pessoas.”
O projeto de lei que autoriza a comercialização de medicamentos derivados da cannabis para fins medicinais foi criticado por Jair Bolsonaro. O texto está sendo analisado pela Câmara dos Deputados nesta terça-feira (11).
Ao longo da conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que irá vetar o projeto caso ele seja aprovado.
“Hoje uma comissão da Câmara vota a liberação da maconha. Tem o veto depois, é difícil…Eles agora podem até aprovar, sem ser o voto nominal, mas tem o veto”,
afirmou Bolsonaro, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada.
De acordo com o presidente, este não é o momento de discutir o texto. “Ridículo até, né? Um país com tantos problemas e o cara desperdiçando força para votar uma porcaria de um projeto desses.”
Nesta segunda-feira (10), o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) propôsa convocação do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, para esclarecer fatos acerca do ‘bolsolão’. No requerimento, apresentado à Comissão de Trabalho da Câmara, Correia solicita que Marinho promova “esclarecimentos acerca da denúncia da disponibilização de recursos orçamentários de forma irregular em benefício exclusivo ou majoritariamente de parlamentares da base governista, direcionado discricionariamente pelo Ministério, para aquisição de tratores acima da tabela estabelecida pelo próprio governo, burlando o que rege a Constituição Federal em relação à emendas parlamentares impositivas”.
Escreveu o deputado:
“Este arranjo espúrio, além de ferir gravemente as normas constitucionais que define as emendas parlamentares impositivas, dificulta a fiscalização e controle por parte Tribunal de Contas da União e da sociedade, configurando grave interferência na independência e equilíbrio entre os poderes da República, além da ineficiência alocativa dos recursos públicos”.
Rogério Correia
O requerimento ainda precisa ser votado pela comissão.
O presidente Jair Messias Bolsonaro foi candidato amparado num discurso radical e sincero quanto ao seu posicionamento ideológico, de extrema direita. Ignorou a mídia convencional, se credenciou como o anti-PT e ganhou a eleição. Ninguém votou enganado.
No Governo, tratou de manter e acentuar sua postura radical contra os adversários ou quem pensa diferente dele. Acusa, ofende, agride. Mas no seu estilo próprio que um percentual expressivo gosta, aplaude e compartilha.
Você pode não nutrir nenhum sentimento nobre pelo presidente, ser contra seu Governo e sua forma de fazer política, mas não pode negar que Bolsonaro se mantém ainda forte justamente pela postura que adotou, de agressividade contra quem é contra ele e afetividade com quem lhe aplaude. Ele age assim com relação ao eleitorado, aos seguimentos e também em relação à mídia.
Bolsonaro age de caso pensado. Não subestimemos alguém que ganhou uma eleição para presidente da República num formato absolutamente diferente de seus antecessores. Ele tem seu valor; que concordemos ou não. O que nos faz diferente é justamente reconhecer esse valor de forma crítica e equilibrada.
O presidente irriga, alimenta e turbina seu eleitorado com o radicalismo que implantou. Com isso, conquista adeptos tão radicais quanto ele, capazes de segui-lo sem saber sequer o rumo ou o motivo. É isso que ele quer. E tem conseguido. Tem se fortalecido junto aos seus.
Bolsonaro tem método. No fundo, ele se espelha no Lulismo/Petismo. Pode parecer paradoxal, mas os extremos que hoje polarizam a política nacional, bebem da mesma fonte e usam do mesmo método: Alimentam o radicalismo cego, que não permite avaliação crítica. O fanatismo é o mesmo; seja de esquerda ou de direita. O conteúdo de um lado ou de outro é outra história.
Bolsonaro não se parece nem um pouco com seus antecessores. Fala sobre tudo; se mete até em jogo de castanha; ignora a imprensa e não admite sequer ouvir quem pensa diferente. Tem mais contato com o povo, de forma física, do que todos os presidentes anteriores. Vai pra rua, entra no boteco, na padaria…
Ele é forte. O radicalismo tem mantido seu exército ativo. Afinal, em plena Pandemia, o número de mortes batendo recordes, quem ousaria ir pra rua, incentivar protestos em favor de seu Governo, sendo chamado de Genocida? Ele aposta no risco. E dá certo.
As palavras proferidas pelo presidente sobre qualquer assunto, no formato ‘pancada’, alimentam o Bolsonarismo, mas produzem rejeição pessoal crescente de quem pensa diferente. E isso pode ser muito perigoso numa eleição em dois turnos. A soma dos adversários poderá ser fatal para sepultar a reeleição do marido de Michele.
Enquanto isso, Jair Messias Bolsonaro vai fortalecendo seu exército, não o militar, mas o exército de apoiadores que o segue em qualquer circunstância e o defende cegamente sobre qualquer tema. E isso não é pouco para um político na atualidade, sendo Governo e sofrendo desgaste de ser Governo.
O problema do radicalismo cego é que não consegue predominância; floresce o número de inimigos também cegos que farão qualquer coisa, se submeterão a qualquer aliança para que ele não renove o mandato. É a causa e efeito sobre a política.
Somente o tempo trará a resposta se o método Bolsonaro dará certo ou não.
O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid na manhã deste sábado, 8, e se referiu ao colegiado do Congresso como um “vexame”. A apoiadores, o presidente também defendeu o uso da cloroquina no tratamento contra o coronavírus e afirmou que irá fazer um vídeo nesta semana com seus ministros falando se tomaram ou não o medicamento, que não tem eficácia comprovada contra a doença.
“Continuo dizendo, só Deus me tira daquela cadeira. Não vai ser. . essa CPI tá um vexame, só se fala em cloroquina. Mas, o cara que é contra, não dá alternativa. Tenho certeza que alguém tomou hidroxicloroquina aqui. Alguém tomou?”, perguntou a um grupo de apoiadores que estavam no Palácio da Alvorada nessa manhã. “A gente vai fazer um vídeo nesta semana, dos 22 ministros, todas aqueles que tomaram hidroxicloroquina vão falar eu tomei. É a alternativa no momento. Ah, não tem comprovação científica, mas não tem cientificamente falando o contrário também”, afirmou.
Em sua primeira semana de trabalho, os depoimentos prestados à CPI tiveram como foco o “tratamento precoce”, defendido por Jair Bolsonaro. Aos senadores, os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich relataram a pressão do chefe do Executivo para que o Ministério da Saúde defendesse o tratamento. Já o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga, evitou se comprometer com a defesa pública que o presidente faz da cloroquina.
Nessa sexta-feira, 07, o presidente já havia se manifestado com críticas ao colegiado. Em publicação nas redes sociais dirigida a senadores da CPI, Bolsonaro afirmou que os “inquisidores” que criticam o uso de medicamentos “não encham o saco de quem optou por uma linha diferente”.
Na quinta-feira, 7, em transmissão semanal, Bolsonaro também reclamou que o colegiado “bateu muito” no ministro da Saúde. “Cloroquina, cloroquina, cloroquina, o tempo todo cloroquina. Ah, o presidente falou…”, analisou Bolsonaro. O chefe do Executivo ainda ameaçou usar a máquina do governo federal para investigar o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, que tem se mostrado forte crítico ao Planalto.
Além das críticas, o presidente afirmou que, apesar de o governo ter minoria de representantes na CPI do Senado, pretende apurar de casos na cidade de Manaus onde, segundo ele, pessoas receberam doses quádruplas de cloroquina e vieram a óbito.
“Já temos os nomes das pessoas que participaram dessa experiência e queremos explicações, qualquer remédio que derem em excesso faz mal”. Ele também voltou a repetir que irá tomar a vacina após todos os brasileiros estarem imunizados e afirmou se tratar de um gesto de “altruísmo”.
Em postagem no Twitter, após a conversa com apoiadores nesta manhã, Bolsonaro afirmou que o Ministério da Saúde enviou nova remessa com 3,9 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford para todos os Estados e Distrito Federal. Segundo ele, a partir da próxima segunda-feira, 10, mais de 1,1 milhão de doses do imunizante da Pfizer também começarão a ser enviadas para as capitais brasileiras.
Eleições e STF
O chefe do Executivo também voltou a criticar governadores e prefeitos por medidas de isolamento e distanciamento social e afirmou que o País sentiu efeitos da pandemia na economia. “Quem destruiu o emprego não fui eu. Foi o governador e prefeito que fecharam tudo, deixando bem claro isso aí”, afirmou. “Por mim, nada seria fechado, porque se não trabalhar, vai morrer de fome. Lamento as mortes, dificilmente alguém não tem parente, amigo que não morreu de Covid, ou de suspeita de Covid, porque tudo é suspeita de Covid”, disse.
Durante a conversa, o presidente também citou as eleições presidenciais de 2022 e disse que a população “tem que se preocupar com política”. O presidente ainda afirmou que deve indicar um representante “terrivelmente evangélico” para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele ressaltou que a indicação precisa do aval do Senado.
“Tem que se preocupar com política. Não pode votar com coração. Todo mundo é bonzinho ano que vem, vota com razão, estamos lutando pelo voto auditável, para afastar suspeita de fraude, para poder melhorar o Executivo, Legislativo e também o Judiciário, porque quem indica vagas para o Supremo Tribunal Federal passa por mim. A palavra final não é minha, é do Senado, porque tem uma sabatina lá. Mas você já sabe que o de 5 de julho, 4 de julho, vai ser um terrivelmente evangélico, já tem um cotado aí, por enquanto é ele”, afirmou.
Segundo o Estadão uma ala do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), ligada a Jair Bolsonaro, começa a se organizar contra a ofensiva de Lula para capturar a legenda.
“Ex-líder da bancada ruralista na Câmara e próximo ao presidente Jair Bolsonaro, o deputado Alceu Moreira (RS), presidente da Fundação Ulysses Guimarães, lidera o grupo anti-Lula do MDB. O parlamentar gaúcho vai iniciar a partir do dia 15 um ciclo de debates e consultas aos filiados para posicionar institucionalmente a legenda no chamado ‘centro democrático’.”
O MDB, que não surpreende ninguém, se divide para garantir presença em qualquer governo, seja com Lula, Bolsonaro ou qualquer nome da terceira via.
Cid Gomes já foi prefeito de Sobral, deputado e até governador do Ceará. Hoje ele é senador da República e parece que sente saudade do interior. Para isso, o irmão de Ciro Gomes usa dinheiro público para alugar helicóptero para ir de Fortaleza até sua terra natal, que fica a pouco mais de 200 km de distância da capital cearense.
Essa é uma das revelações feitas pelas investigações do blog Tulio Lemos, que analisa os gastos de deputados e senadores. O que eles pagam com o dinheiro do contribuinte.
O VOO PARA SOBRAL
Em 21 de novembro de 2019, o senador Cid Gomes alugou um avião à empresa Easy Táxi Aéreo, para fazer um voo de Fortaleza a Sobral e retornar à capital. O passeio de Cid Gomes custou 4 mil reais. Pagos com dinheiro público.
NOTA FISCAL
RECIBO
MODELO DO AVIÃO USADO POR CID GOMES PARA IR A SOBRAL
VOO PARA SANTA QUITÉRIA
No dia 30 de novembro de 2019, o senador Cid Gomes voou de Fortaleza para Santa Quitéria, que fica a cerca de 250 km de Fortaleza. Dessa vez, o passeio aéreo foi mais caro. Foi 12 mil reais o voo no helicóptero Esquilo.
NOTA FISCAL DA LOCAÇÃO
MODELO DO HELICÓPTERO USADO
PADRE CÍCERO
No dia 15 de novembro de 2020, o senador Cid Gomes fretou um avião à empresa Solar Taxi Aéreo, com o objetivo de fazer um voo saindo de Fortaleza, passando por Juazeiro, a terra de Padre Cícero, sobrevoando Sobral e voltando para Fortaleza. Esse novo passeio aéreo custou 18 mil e 700 reais. Pago com dinheiro público.
MODELO DO AVIÃO
DE VOLTA À SOBRAL
No dia 08 de dezembro de 2020, o senador Cid Gomes resolve novamente olhar seus conterrâneos do alto. Contratou a empresa Terral Taxi Aéreo para voar Fortaleza/Sobral/Fortaleza. Um bate-volta em sua terra natal. O passeio custou 7 mil e 200 reais.
AERONAVE MODELO KING AIR PREFIXO PP-LCB QUE CID USOU PARA IR A SOBRAL E VOLTAR PARA FORTALEZA
PASSEIOS AÉREOS
Pelo menos esses voos investigados pelo blog Tulio Lemos, custaram mais de 40 mil reais aos cofres públicos. Pode ser até que o senador Cid Gomes tenha voado mais com o dinheiro do contribuinte.
Ele é um dos senadores mais respeitados do Brasil. Seu sobrenome é infalível para o conhecimento público e sua origem familiar. Flávio Arns, sobrinho de Zilda Arns e Dom Paulo Evaristo Arns, dois religiosos extremamente conhecidos e admirados.
Flávio Arns iniciou sua carreira política em 1990, quando foi eleito deputado federal pelo PSDB. Depois, deixou o ninho tucano e assinou ficha de filiação justamente no maior adversário do PSDB, o PT, partido pelo qual foi eleito senador. Saiu do PT e voltou para o PSDB em 2009. Em 2018 foi eleito novamente senador pela Rede Sustentabilidade. Em agosto de 2020, anunciou sua filiação ao PODEMOS.
Assim como os demais senadores, Flávio Arns recebe um salário de 33 mil reais e gastou muito pouco de sua verba de gabinete em 2021. Mas foi em um desses gastos, que o blog Tulio Lemos encontrou uma prática que não escolhe sobrenome ou partido político: comer em restaurante e pagar com dinheiro público.
O PRATO
Domingo, dia 31 de janeiro de 2021, por volta das18h00, quase na Hora do Ângelus, sem se importar com o pecado da gula, o senador Flávio Arns foi ao restaurante Seu Jambu e comeu um Salmão grelhado. O prato unitário custou somente 65 reais. Mas foi pago com dinheiro público.
OUTRO PRATO
No dia 02 de fevereiro deste ano, uma terça-feira, por volta das 8 da noite, o senador Flávio Arns foi novamente ao restaurante Seu Jambu. Comeu uma Pescada amarela e acompanhou com uma jarra de suco. O jantar custou 96 reais, pago com dinheiro público.
O RESTAURANTE
O local escolhido pelo senador Flávio Arns para saborear o Salmão grelhado e a Pescada amarela, é o Seu Jambu, que funciona na Asa Norte, próximo ao Lago Paranoá, em Brasília.
De acordo com uma pesquisa encomendada pela Exame, 59% aprovam a CPI da Covid e somente 7% dos brasileiros desaprovam. Jair Bolsonaro pode acionar a Abin paralela contra os filhos de Renan Calheiros e Jader Barbalho, mas o caminho para incriminá-lo já está sendo trilhado.
CRIMES
O petista Humberto Costa (PT-PE) fez um balanço da CPI da Covid, até aqui, para a Agência Senado:
“O tempo inteiro os depoentes corroboraram a visão de que Bolsonaro atuou intencionalmente para que houvesse uma transmissão ampla do vírus, para que fosse atingida o que se chama de imunidade coletiva de rebanho. Isso, na pratica, é um grande crime, se for verdade, pois ele assumiu o risco de muita gente morrer, o que efetivamente aconteceu.”
O governista Marcos Rogério (DEM-RO), claro, defendeu o que chamou de “neutralidade” nos trabalhos.
“Uma CPI tem que partir de um pressuposto de neutralidade. Espero que a gente possa avançar e, daqui a pouco, ir para os estados e municípios, e entregar a verdade ao Brasil.”
BOLSONARO ACIONA A ABIN CONTRA A CPI
Segundo a Crusoé, a ‘demanda urgente’ que a Abin distribuiu para agentes de inteligência em todos os estados do país, determinando uma ‘compilação de dados’ sobre ‘irregularidades relacionadas à pandemia’ em ‘âmbito estadual e municipal’.
De acordo com os documentos: a ordem foi enviada por mensagem de WhatsApp – sim, não se espante, o serviço secreto brasileiro envia ordens de serviços por aplicativo de mensagens – na manhã da última quarta-feira, 5, um dia após o depoimento de Mandetta na CPI (…).
Juntamente com a mensagem, os oficiais receberam o link de uma planilha de Excel onde deveriam colocar os nomes dos estados e das cidades identificados na investigação, um título resumindo o problema detectado e a fonte da informação coletada. A Abin tinha pressa. O arquivo deveria ser preenchido até as 18 horas daquele mesmo dia.
A mensagem, obtida por Crusoé com fontes primárias envolvidas no trabalho, foi enviada para as 26 superintendências estaduais da Abin a partir de um número de telefone de plantão do Centro de Monitoramento de Crise da agência, conhecido como Cemoc.
Segundo O Globo, um dos objetivos do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello ao forçar o adiamento do seu depoimento à CPI da Covid foi falar depois do ex-chefe da Secom Fábio Wajngarten, que vai à comissão na próxima quarta-feira (12).
Em entrevista à Veja em abril, o ex-chefe da Secom atribuiu a Pazuello as principais responsabilidades pela falta de vacinas no Brasil. O temor era que Wajngaretn podia desgastar Pazuello ainda mais falando depois dele. Ou seja, falando por último, o ex-ministro terá uma chance de tentar responder possíveis acusações.
Nesta quinta-feira (6), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, apontou que não deve ter mais doses da vacina Coronavac a partir de 14 de maio. Ele atribuiu o atraso na chegada do insumo farmacêutico ativo (IFA), fundamental para a produção dos imunizantes, à postura do governo federal com a China, principal fornecedora.
Dimas Covas reclamou da falta de diplomacia do governo federal com o país asiático e demonstrou preocupação com o impacto de declarações recentes de ministros e do próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o país. “Existe dificuldade. Há uma burocracia mais lenta e há autorizações reduzidas de volumes [do IFA]. Essas declarações têm impacto, e ficamos a mercê.
Não vamos ter, de fato, condições de entregar. Pode faltar? pode faltar. E temos que debitar isso, principalmente, do governo federal, que tem remado contra”, pontuou.
Uma reportagem da CNN questionou Dimas Covas acerca da possibilidade de atrasos no cronograma. “Pode não ter mais vacinas para maio”, destacou. Ele chegou a enviar uma mensagem a um conselheiro do embaixador da China no Brasil demonstrando “preocupação” com as declarações recentes do governo Bolsonaro.
Na quarta-feira (5), Bolsonaro retornou a insinuar que o coronavírus poderia ter sido criado pela China. “Nós ficamos à mercê dessa situação porque não vamos ter, de fato, até dia 14. Após isso pode faltar”, disse Dimas.
Nesta quinta-feira (6), o Ministério da Saúde recebeu mais uma remessa com 1 milhão de doses da Coronavac. Na semana que vem, serão mais 3 milhões de doses. O último lote está previsto para o dia 14, com mais um 1,1 milhão de doses do imunizante. A próxima remessa de IFA deveria ser autorizada entre os dias 10 e 13 deste mês.
O prazo, segundo Butantan, pode não ser cumprido, o que impossibilitaria produção de novas doses para o mês de maio. Por conta de atrasos no recebimento de IFA, o Butantan precisou atrasar o cronograma de entrega das 46 milhões de doses contratadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) para até o final de abril.
A próxima remessa, de 54 milhões de doses, tem previsão de entrega para até setembro. O governo de São Paulo chegou a anunciar antecipação no cronograma para agosto, mas hoje admitiu que “não se pode mais falar em antecipação”. O Ministério da Saúde e das Relações Exteriores ainda não se posicionou.
Mais 1 milhão de doses CoronaVac, vacina contra Covid produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac, serão entregues ao Ministério da Saúde nesta quinta-feira (6). Do total, 226 mil ficam em São Paulo e o restante irá para o depósito do Ministério da Saúde Guarulhos para ser enviado aos estados.
Com o novo carregamento, o montante de vacinas oferecidas por São Paulo ao Plano Nacional de Imunizações (PNI) chega a 43 milhões de doses desde o início das entregas, em 17 de janeiro. Segundo o Instituto, nas próximas semanas, outras 4 milhões de doses deverão ser enviadas ao Programa Nacional de Imunização (PNI) por meio de três remessas.
O governador João Doria e o diretor do Butantan, Dimas Covas, estiveram no local para acompanhar o carregamento dos caminhões. Com os novos envios, o Butantan concluirá o primeiro contrato firmado com o governo federal para o fornecimento de 46 milhões de doses, que sofreu atraso de alguns dias após problemas com a entrega de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) vindos da China, e começa a entregar as 54 milhões de doses previstas no segundo acordo.
A CoronaVac representa 75,3% das vacinas aplicadas no país, com 33,89 milhões de doses.
Matéria-prima
Ontem (5), o instituto declarou que foi solicitado à Sinovac o envio de 6 mil litros, para produzir aproximadamente 10 milhões de doses, mas espera receber minimamente os 3 mil que não foram liberados no prazo por conta de questões burocráticas do sistema de exportação chinês.
O Butantan é parceiro do laboratório, e responsável pela etapa final de produção da vacina no Brasil. “Nossa expectativa é a de que o IFA chegue no Brasil até o dia 15. Esse é o planejado, programado para que não haja atraso nenhum nas entregas da segunda parte do mês de maio”, afirmou Cintia Lucci, diretora de projetos estratégicos do Instituto, durante coletiva de imprensa do governo estadual.
Confira as entregas de doses do Butantan ao ministério:
O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), avalia que os primeiros depoimentos colhidos pela Comissão mostram “a existência de um gabinete das sombras, um ministério paralelo da saúde, um poder paraestatal” que não só aconselhava o presidente da República como definia medidas no enfrentamento do coronavírus numa linha contrária à de seus ministros da Saúde.
Os primeiros depoimentos prestados na Comissão foram dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Mandetta disse que sofria a concorrência, dentro do governo, de assessores, filhos do presidente e médicos que chegaram a propor um decreto para incluir na bula da cloroquina o tratamento para Covid-19.
“Estes primeiros depoimentos deixam clara a existência de um ministério paralelo da saúde, um poder paraestatal, um gabinete das sombras, desconhecido, que não apenas aconselha, assessora, mas produz documentos, como a tentativa de burla na bula da cloroquina”, afirmou o relator da CPI da Covid.
Renan Calheiros destacou que esse “gabinete das sombras” tomou decisões sem o conhecimento dos dois ex-ministros da Saúde, como a determinação para o laboratório do Exército produzir mais cloroquina.
“Nenhum dos dois ministros tomou conhecimento do aumento da produção de cloroquina, isso foi ao arrepio do Ministério da Saúde”, afirmou Renan Calheiros.
Segundo o relator, Mandetta e Teich foram ignorados nas orientações de desaconselhar o uso da cloroquina e de recomendar o isolamento social e o uso de máscaras.
Nelson Teich, ex-ministro da Saúde, afirmou hoje (5), na CPI da Covid, que a prescrição de cloroquina é um erro do ponto de vista médico. Porém, não chega a ser um ato criminoso.
“Em relação à parte ética, essas pessoas acreditam no que estão fazendo, mas a minha impressão é que a prescrição é inadequada. Na minha opinião seria mais uma questão em relação à competência do que uma coisa criminal”, argumentou o ex-ministro.
Durante evento no Planalto para anunciar investimentos em 5G, Jair Bolsonaro disse hoje que o coronavírus integra parte de uma “guerra biológica”. Além disso, questionou a origem do vírus, voltando a dizer que pode ter sido criado em laboratório.
“É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou nasceu porque um ser humano ingeriu um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu seu PIB? Não vou dizer para vocês.”
Em 2020, o PIB da China cresceu 2,3%. No ano anterior, o crescimento foi de 6,5%.
O Ministério da Saúde admitiu ter divulgado um número superestimado de vacinas já contratadas contra a Covid-19. Na publicidade oficial e em declarações públicas do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o Ministério diz já ter comprado 560 milhões de doses. Porém, ao responder a um questionamento oficial formulado pelo Congresso, o MS informou que o número realmente contratado é a metade disso.
Na resposta ao questionamento do Congresso, a área técnica do Ministério da Saúde informou que já havia 281.023.470 doses contratadas e disse que 281.889.400 “estão em fase de negociação”. Na conta das vacinas ainda em negociação, a maioria é de doses da Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca e fabricação pela Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro.
Segundo a pasta, são esperados 210 milhões de unidades até o final do ano, mas até hoje não há contratos assinados que garanta toda essa produção.