
Um casal de turistas procurou o serviço de Urgência do Hospital Maria Alice Fernandes na última sexta-feira, 29, com um adolescente de aproximadamente 14 anos que estava apresentando crise renal. Na ocasião, o adolescente foi atendido pelo médico de plantão que o avaliou e solicitou exames complementares. O plantonista pediu que o paciente retornasse ao hospital nesta terça-feira, 1 de fevereiro, para receber atendimento com um médico especialista que estaria no plantão. No entanto ao chegar no local, os pais alegam que por falta do passaporte vacinal deles, o hospital havia se recusado em realizar o atendimento do garoto. O casal acionou a polícia.
Segundo informações da direção do Hospital para o Blog Tulio Lemos, o adolescente, que não teve nome divulgado, recebeu o devido atendimento eletivo ainda na sexta-feira. Mas que na manhã desta terça, a entrada do casal com o adolescente não foi permitida em função da falta do comprovante de vacinação do casal que acabou acionando a polícia, mas que àquela unidade hospitalar restringiu o atendimento à urgências. “Como muitos profissionais adoeceram, o atendimento no Hospital, está sendo apenas de urgência. O caso do adolescente não foi caracterizado como urgente, impossibilitando atendimento, independente da comprovação vacinal”, informou a direção do Hospital.
A polícia esteve no local para verificar o ocorrido. De acordo com informações repassadas pelo Hospital, após conversa entre os pais do adolescente e a direção da unidade de saúde Maria Alice Fernandes, o delegado entendeu que a situação não se tratava de urgência, e concordou que a direção estava cumprindo o Decreto do Governo e que, se houvesse uma pessoa responsável que entrasse com o adolescente, portando o passaporte vacinal, ele seria atendido. Com isso, o delegado, apresentando o próprio comprovante de vacinação, se prontificou em adentrar às dependências para que o adolescente fosse atendido e assim o fez.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESAP), esclareceu que “o paciente citado na reportagem não teve atendimento negado e a cobrança do passaporte vacinal para consultas eletivas ocorre em cumprimento aos Termos do Decreto Estadual e se faz necessário para a segurança do próprio paciente”.
A Secretaria e a diretoria do Hospital Maria Alice Fernandes ressaltam que o passaporte vacinal não é cobrado em casos de urgência e emergência e que “os responsáveis pela criança não tinham registro de dose, o que coloca em risco suas próprias vidas ao chegar num ambiente hospitalar”.
Leia a nota emitida pela Sesap:
“GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE PÚBLICA
NOTA
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESAP) esclarece que o paciente citado na reportagem não teve atendimento negado e a cobrança do passaporte vacinal para consultas eletivas ocorre em cumprimento aos Termos do Decreto Estadual e se faz necessário para a segurança do próprio paciente.
É importante ressaltar que o mesmo não é cobrado em casos de urgência e emergência. No caso específico do paciente citado na reportagem, os responsáveis pela criança não tinham registro de dose, o que coloca em risco suas próprias vidas ao chegar num ambiente hospitalar. No entanto, a criança foi atendida para consulta com o cirurgião acompanhada por um responsável, com certificado de vacinação.”