RN TEM AUMENTO DE 996% NOS CASOS DE DENGUE

O mais recente Boletim Epidemiológico divulgado nessa terça-feira, 14, pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) com os números de dengue, zika e chikungunya em todo o Rio Grande do Norte mostrou dados preocupantes. Os números representam um aumento de 996% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o Governo teve 191 pessoas com prováveis infecções.
Até o dia 4 de junho, o Rio Grande do Norte teve ao todo 23.240 casos prováveis de dengue, 7.609 casos prováveis de chikungunya e 2.129 casos prováveis de infecção pelo zika vírus.
Até o momento foram confirmados dois óbitos pela doença e outros 10 ainda estão em investigação. Para a chikungunya foram contabilizados 7.609 casos prováveis, sem óbitos confirmados e três óbitos em investigação. Já a zika tem 2.129 casos prováveis, sem óbitos confirmados. Os casos confirmados de zika em gestantes somam 9.
Ainda segundo o Boletim Epidemiológico da Sesap, em relação à distribuição dos casos de dengue confirmados considerando a classificação e o município de residência, Natal é um dos municípios potiguares em situação mais grave. Entre quatro faixas de gravidade, a capital potiguar está na última, com situação classificada como “dengue grave”. Outras nove cidades compõem o grupo em momento crítico.
Em 19 de maio deste ano o Governo do RN publicou o decreto Nº 31.526 que declarou situação de emergência em relação às arboviroses. Desde então, diversas ações estão sendo feitas para fortalecer o enfrentamento à dengue, zika e chikungunya no estado.
No decreto, o Estado havia anunciado a criação de um comitê para o acompanhamento em tempo real da situação e a entrada de agentes de endemias em imóveis públicos e particulares abandonados.
A coordenadora do Programa Estadual das Arboviroses, Sílvia Dinara, lembra que a epidemia de dengue envolve outros setores além da saúde, como educação, mobilização social, infraestrutura, tratamento de resíduos sólidos entre outros. “O combate ao Aedes aegypti é comigo, com você, é com todos. Precisamos colocar na rotina, todos os cuidados para que o mosquito não se prolifere, cada um fazendo sua parte”.