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fevereiro 2024


CONSTRUÇÃO CIVIL CRESCE MAS RECLAMA DE LENTIDÃO E EXCESSO DE BUROCRACIA

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“Novo plano diretor de Natal foi o destaque de 2023, viabilizando a retomada do mercado imobiliário”, afirma Hérika Arcoverde, do Sinduscon – Foto: Anderson Régis

Um ano positivo, embora desafiador; é assim que Hérika Arcoverde, Diretora Executiva do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do RN (Sinduscon), avalia 2023, ao compartilhar suas análises e perspectivas sobre o cenário da construção civil no Rio Grande do Norte (RN), destacando os desafios enfrentados e as expectativas para o ano de 2024.

O novo plano diretor de Natal é considerado ponto crucial, possibilitando a retomada do mercado imobiliário: “O novo plano diretor de Natal foi o destaque de 2023, viabilizando a retomada do mercado imobiliário com a liberação de 52 novos alvarás de construção.” Além disso, até novembro de 2023, o RN gerou 25.330 novos empregos, com a construção civil contribuindo com 5.442 vagas, representando 21% do total.

No entanto, apesar do crescimento, o aumento do custo da construção trouxe um cenário econômico desafiador para o setor: “o aumento do custo da construção de 4,9% em 2023, face ao INCC de 3,32%, e um cenário econômico de juros altos que resulta em redução dos recursos da poupança”, enfatizou Hérika.

Questionada sobre as expectativas para o ano de 2024, a diretora do Sinduscon citou as projeções da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que tem projeção de crescimento: ““A CBIC prevê que o PIB da construção civil será de 1,3% em 2024.” Além disso, o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) e o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também são vistos como impulsionadores positivos para o cenário dos próximos meses: “O PMCMV e o Novo PAC contribuirão positivamente para o cenário de 2024 e anos seguintes. Havendo também a necessidade de apoio e incentivos, bem como a realização de obras relevantes de infraestrutura no RN”, complementou citando a importância do apoio do poder público na infraestrutura, como mobilidade e saneamento básico. A desoneração da folha também foi apontada como um fator preocupante, impactando nos custos e, consequentemente, nos preços finais aos clientes.

A diretora do Sinduscon ressaltou oportunidades como a Parceria Público-Privada (PPP) da CAERN como fatores de impulsionamento: “A PPP da CAERN, a retomada das atividades da Petrobras na margem equatorial, as possíveis emissões de debêntures de infraestrutura pelas empresas detentoras de concessões públicas, a adesão ao PEF – Programa de Equilíbrio Fiscal que prevê investimentos em estradas, e outras obras de infraestrutura.”

Ao abordar os maiores desafios enfrentados pelo setor, Hérika Arcoverde mencionou diversos pontos considera críticos, como: “juros altos, elevada carga tributária, burocracia excessiva, insegurança jurídica, inadimplência, processo de licenciamento ambiental lento, aumento de preço dos materiais”, chamando atenção para o fato que esses desafios demandam esforços conjuntos para serem superados. Ciente do quadro, a diretora assegurou que o Sinduscon RN busca ativamente por alternativas “para iniciar um ciclo de progresso e desenvolvimento focado em ser um agregador de forças em prol do fomento da indústria da construção e do mercado imobiliário no Estado. Reconhecendo também as dificuldades enfrentadas pelos empresários”


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FALTA DE CRECHES É APAGAMENTO DA MULHER-MÃE NO MERCADO DE TRABALHO

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O dia 1º de fevereiro é alusivo à luta pelo direito a creches que possam assegurar direitos das mães que precisam trabalhar e estudar – Foto: Reprodução

A maternidade é repleta de nuances na vida de uma mulher e o título carrega inúmeras responsabilidades e a imposição de papéis sociais desafiadores para segurar sua existência perante à sociedade e no mercado de trabalho. Nesse sentido foi criado o Dia Nacional pelo Direito à Creche (1º de fevereiro), com uma pauta que garante o acesso da mulher aos estudos e ao mercado de trabalho. “Quando a gente é mãe, a gente é invisibilizada em muita coisa. A gente deixa de ser mulher, deixa de ser profissional, a gente deixa de ser estudante por muito tempo. No puerpério nem se fala, né? Tanto que é a fase mais difícil da vida da mulher que é mãe. A gente fica perdida ‘E agora? Eu não posso mais fazer nada, só ficar aqui como essa criança’, sem contar com a solidão materna. A gente perde o acesso a todas as pessoas. As pessoas que vêm conversar, vêm falar sobre a criança e nunca sobre a mãe, né? Tanto que é uma coisa que a gente fala muito, é que só quem liga pra mãe é a ‘mãe da mãe’, ressalta Malu Rodrigues, graduanda de História na UFRN, mãe de Lyudmila Diana, de 2 anos, e representante do coletivo Maternagens, que atua dentro da universidade acolhendo mães estudantes e seus filhos. “É de uma importância muito grande que as mulheres tenham um local seguro para deixar suas crianças. Por isso que a gente faz tanta reivindicação por creche, por uma creche de período integral, para as mães poderem ter acesso ao estudo, a ter acesso ao trabalho. Muitas têm que deixar de trabalhar por causa dos seus filhos e vira um ciclo de miséria sem fim. E essa mulher, inclusive, é culpada por isso. Até quando ela não trabalha, ela é culpada, porque não dá sustento devido ao seu filho, mas quando ela sai para trabalhar e deixa seu filho em casa, também é um problema”.

De acordo com a representante, a UFRN oferece um auxílio-creche no valor de R$200,00; mas o valor não condiz com as mensalidades cobradas pelas instituições de ensino infantil. Algumas creches e escolas ultrapassam o valor de R$800,00 e, na maioria dos casos, na ausência de rede de apoio para voltar ao mercado de trabalho, incontáveis mães acabam abdicando de suas carreiras. “Quando a gente fala nessa redução das mulheres apenas como ‘mães’, a gente vê isso muito refletido na universidade. Na graduação, conforme as mulheres vão virando mães, elas vão saindo, no mestrado quase não tem mães, o doutorado é quase nada. É um afunilamento e a gente sabe que não é que as mães não tenham capacidade de estar naqueles espaços porque elas têm. O problema é justamente não ter política pública, não ter política de universidade, permanência dessa mulher no mestrado ou no doutorado”.

“Para trabalhar, para estudar, por creche eu vou lutar”
Conforme um levantamento de pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas, 2,5 milhões de crianças de 2 e 3 anos de idade estão fora da creche, no Brasil. O dia alusivo à luta pelas creches foi assegurado pelo Movimento de Mulheres Olga Benário, com apoio da Unidade Popular, UJR, MLB e MLC. Em pelo menos 13 cidades do país serão realizados atos e mobilizações por mais creches.

“O Estado não dá condições de uma mulher maternar de forma saudável. Como é que a gente vai maternar feliz? A gente sabe que tem que deixar o filho para ir trabalhar. Não tem ninguém para deixar. O Estado não dá conta e você larga o emprego e a criança passa necessidade. Então, falta sim do Estado políticas de permanência da mãe na sociedade. A mãe é excluída da sociedade e passa a ficar em casa presa. Isso quando a gente não fala sobre os direitos da criança, a dificuldade de estar com a criança em alguns espaços porque a sociedade ainda não entendeu que a criança é uma criança. A criança é vista como um pequeno adulto”, finaliza Malu Rodrigues.

De acordo com o Movimento Olga Benário, no RN, está prevista uma agenda de panfletagens e cadastros de mães para colher a demanda e apresentar nas secretarias municipais. Haverá uma concentração do ato nesta quinta-feira, às 10h, no Centro de Parnamirim e às 16h, na Praça Cívica, em Natal.


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CLÁSSICO-REI PELA COPA DO NORDESTE TERÁ TORCIDA MISTA

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Mando de campo pertence ao América SAF, no estádio Arena das Dunas – Foto: Reprodução

Em nota oficial emitida ontem, o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) informou que a partida entre América e ABC, válida pela Copa do Nordeste 2024, terá a presença das torcidas dos dois clubes. O jogo está previsto para ser disputado na 6ª rodada da competição, sendo realizada no dia 20 ou no dia 21 de março, na Arena das Dunas.

O mando de campo pertence ao América e como visitante o ABC, segundo o previsto no artigo 98 do Regulamento Geral das Competições da CBF, terá o “o direito de reservar à sua torcida a quantidade máxima de ingressos correspondente a 10% da capacidade do estádio ou da capacidade permitida pelos órgãos de segurança, desde que se manifeste em até 3 dias úteis antes da realização da partida, por meio de ofício dirigido ao clube mandante, obrigatoriamente com cópia às Federações envolvidas”.

Na nota oficial, o MPRN reforça que a autorização, por enquanto, só é válida para o clássico-rei da Copa do Nordeste. As partidas entre os dois clubes válidas plo Campeonato Estadual, por enquanto, ainda não têm previsão de presença de torcida. Desde o ano passado, após confusões envolvendo torcedores dentro e fora dos estádios, o MPRN vem recomendando torcida única nos clássicos entre os dois times, mas frisa que ainda irá discutir com as forças de segurança do Estado a possibilidade de liberação de torcida mista para o campeonato potiguar.


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SEXTETO FEMININO VAI COMANDAR JOGO DE ESTREIA

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Sexteto contará com a presença da potiguar Aldeilma Luzia da Silva como analista de campo – Foto: Reprodução

Pela primeira vez na história da Copa do Nordeste, um sexteto feminino comandará a arbitragem do jogo de estreia entre Fortaleza e América, que acontecerá no próximo sábado (3), às 16h, no estádio Castelão. Aldeilma Luzia da Silva, do Rio Grande do Norte, fará parte da equipe como analista de jogo. Aldeilma é membro da Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol do RN (CEAF-RN) e participou do curso FIFA-RAP Feminino 2023, promovido pela CBF em parceria com a FIFA.

Além da potiguar Aldeilma estarão em campo pela primeira vez pela competição: Ruthyanna Camila (árbitra prinicipal), Brigida Ferreira e Karla Santana (assistentes 1 e 2), a 4ª árbitra Elizabete Esmeralda, a assessora Simone Xavier e a analista de campo Aldeilma da Silva.

“É um sexteto que representará o quadro feminino com muita competência, pois essa escala foi pensada pela Comissão de Arbitragem em cima do desempenho e qualidade que elas apresentaram no campo de jogo”, revelou o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme.


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