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CONSTRUÇÃO CIVIL CRESCE MAS RECLAMA DE LENTIDÃO E EXCESSO DE BUROCRACIA

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“Novo plano diretor de Natal foi o destaque de 2023, viabilizando a retomada do mercado imobiliário”, afirma Hérika Arcoverde, do Sinduscon – Foto: Anderson Régis

Um ano positivo, embora desafiador; é assim que Hérika Arcoverde, Diretora Executiva do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do RN (Sinduscon), avalia 2023, ao compartilhar suas análises e perspectivas sobre o cenário da construção civil no Rio Grande do Norte (RN), destacando os desafios enfrentados e as expectativas para o ano de 2024.

O novo plano diretor de Natal é considerado ponto crucial, possibilitando a retomada do mercado imobiliário: “O novo plano diretor de Natal foi o destaque de 2023, viabilizando a retomada do mercado imobiliário com a liberação de 52 novos alvarás de construção.” Além disso, até novembro de 2023, o RN gerou 25.330 novos empregos, com a construção civil contribuindo com 5.442 vagas, representando 21% do total.

No entanto, apesar do crescimento, o aumento do custo da construção trouxe um cenário econômico desafiador para o setor: “o aumento do custo da construção de 4,9% em 2023, face ao INCC de 3,32%, e um cenário econômico de juros altos que resulta em redução dos recursos da poupança”, enfatizou Hérika.

Questionada sobre as expectativas para o ano de 2024, a diretora do Sinduscon citou as projeções da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que tem projeção de crescimento: ““A CBIC prevê que o PIB da construção civil será de 1,3% em 2024.” Além disso, o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) e o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também são vistos como impulsionadores positivos para o cenário dos próximos meses: “O PMCMV e o Novo PAC contribuirão positivamente para o cenário de 2024 e anos seguintes. Havendo também a necessidade de apoio e incentivos, bem como a realização de obras relevantes de infraestrutura no RN”, complementou citando a importância do apoio do poder público na infraestrutura, como mobilidade e saneamento básico. A desoneração da folha também foi apontada como um fator preocupante, impactando nos custos e, consequentemente, nos preços finais aos clientes.

A diretora do Sinduscon ressaltou oportunidades como a Parceria Público-Privada (PPP) da CAERN como fatores de impulsionamento: “A PPP da CAERN, a retomada das atividades da Petrobras na margem equatorial, as possíveis emissões de debêntures de infraestrutura pelas empresas detentoras de concessões públicas, a adesão ao PEF – Programa de Equilíbrio Fiscal que prevê investimentos em estradas, e outras obras de infraestrutura.”

Ao abordar os maiores desafios enfrentados pelo setor, Hérika Arcoverde mencionou diversos pontos considera críticos, como: “juros altos, elevada carga tributária, burocracia excessiva, insegurança jurídica, inadimplência, processo de licenciamento ambiental lento, aumento de preço dos materiais”, chamando atenção para o fato que esses desafios demandam esforços conjuntos para serem superados. Ciente do quadro, a diretora assegurou que o Sinduscon RN busca ativamente por alternativas “para iniciar um ciclo de progresso e desenvolvimento focado em ser um agregador de forças em prol do fomento da indústria da construção e do mercado imobiliário no Estado. Reconhecendo também as dificuldades enfrentadas pelos empresários”


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