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novembro 13, 2024


MOUNJARO PODE LEVAR A RESULTADO COMPARÁVEL AO DA CIRURGIA BARIÁTRICA

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Um medicamento para diabetes, Mounjaro, está sendo apontado como passível de oferecer resultado comparável ao da cirurgia bariátrica. A informação é da médica endocrinologista Clara Bandeira, que apesar de destacar a potência da medicação para a perda de peso, também ressalta a necessidade de acompanhamento médico para o tratamento. A droga, que ainda não tem venda permitida no Brasil, pode ser importada por pacientes que tenham prescrição para uso.

De acordo com a Dra. Clara, o Mounjaro é utilizado em casos de diabetes tipo 2, auxiliando no controle dos níveis de açúcar no sangue, mas também tem sido indicado para emagrecimento por aumentar a sensação de saciedade, reduzindo o apetite. “Recentemente, ele também tem sido indicado para auxiliar na perda de peso em pessoas que precisam reduzir o percentual de gordura corporal e melhorar a saúde metabólica, em conjunto com dieta e exercícios”, afirmou.

“O Mounjaro tem demonstrado ajudar significativamente na perda de peso, pois age no controle da insulina, nos mecanismos de saciedade e no controle do apetite. Estudos mostraram que, dependendo da dose, o Mounjaro pode levar a uma redução de peso médio entre 15% e 22,5%.

Esse percentual é comparável aos resultados obtidos com a cirurgia bariátrica. Assim, para muitas pessoas, o Mounjaro pode ser uma alternativa potente para a redução de peso, especialmente para aqueles que não desejam ou não podem fazer uma intervenção cirúrgica”, explicou a especialista.

Mais antigo, o Ozempic também foi uma medicação muito citada pelos resultados quanto à perda de peso. No entanto, os resultados do Mounjaro têm sido apontados como ainda melhores. Segundo a Dra. Clara, isso se deve à maneira como o medicamento mais recente age. “A principal diferença entre o Mounjaro e o Ozempic está na forma como agem no corpo. O Mounjaro possui uma ação dupla, agindo em dois hormônios – GLP-1 e GIP – que ajudam a controlar o açúcar no sangue e aumentar a sensação de saciedade. Já o Ozempic, age em apenas um desses hormônios.

Essa diferença na ação faz com que o Mounjaro tenha um efeito mais potente e leve a uma perda de peso mais significativa do que o Ozempic”, disse.

Apesar dos possíveis resultados, que podem parecer tentadores para quem busca perda de peso e vê nas mídias diversos supostos casos de usos do medicamento, é preciso levar em consideração os riscos da utilização, sobretudo indiscriminada, do medicamento. Entre os efeitos colaterais mais comuns do Mounjaro estão: náuseas, vômitos e diarreia ou constipação intestinal. De acordo com a endocrinologista, o acompanhamento médico é fundamental, até mesmo para que não haja um posterior novo ganho de peso.

“O médico precisa avaliar se o paciente tem indicação ou contraindicação para o uso do Mounjaro, além de verificar possíveis interferências com outras medicações que o paciente já esteja utilizando. O profissional também define a dose adequada e monitora a resposta do organismo ao medicamento. Além disso, o acompanhamento deve incluir a orientação para modificações no estilo de vida, como reeducação alimentar e prática de exercício físico, já que o uso da medicação deve ser sempre acompanhado por essas mudanças de hábitos para resultados sustentáveis. O acompanhamento contínuo também é importante para reduzir os possíveis riscos associados ao uso do medicamento e, especialmente, para garantir que o paciente não reganhe o peso perdido quando o medicamento for retirado”, pontuou a Dra. Clara.

A médica frisa, ainda, que as contraindicações ao uso do Mounjaro são diversas, como: histórico de pancreatite, alergia aos componentes da fórmula, pessoas com histórico pessoal ou familiar de carcinoma medular de tireoide (um tipo raro de tumor maligno na tireoide), ou em pacientes com neoplasia endócrina tipo 2 (uma síndrome genética), e também em pessoas que utilizam alguns tipos de medicação que possam aumentar o risco de hipoglicemia.


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PARA SETOR PRODUTIVO, AUMENTO DO ICMS NÃO RESOLVE DESEQUILÍBRIO FISCAL

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Após a governadora Fátima Bezerra (PT) enviar à Assembleia Legislativa (ALRN) um Projeto de Lei (PL) para elevar a alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) de 18% para 20%, apresentado em conjunto com outras medidas fiscais, dirigentes das entidades do comércio e da indústria têm se manifestado e proposto alternativas para o reequilíbrio das contas do estado.

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Roberto Serquiz, não se coloca contra os PLs apresentados pela chefe do Executivo Estadual, mas afirma que eles não conseguirão solucionar os problemas fiscais do estado. “O decreto contendo medidas anunciadas pelo Governo do Estado, apesar de ser uma iniciativa importante e elogiável, é insuficiente para o enfrentamento do problema”, disse.

Serquiz afirmou, ainda, que não é uma conta razoável aumentar a arrecadação sem diminuir a despesa e que “chegamos em um momento no Rio Grande do Norte onde não se discute mais o ‘quando fazer’, ou seja, já estamos no ‘agora ou será tarde demais’” para isso. Para o gestor, uma ação conjunta entre todos os poderes e órgãos do RN é essencial, e um pacto, também, com a sociedade civil, poderia ser uma alternativa.

“A tarefa não pode ser apenas do Poder Executivo. Cortar gastos e otimizar despesas devem ser tarefas de todos os Poderes e órgãos. Como bom litorâneo: ‘a maré não está boa para ninguém’.

Não há como construir soluções para o RN sem o comprometido esforço de todos os Poderes e órgãos públicos. Aliás, refiro-me a soluções, porquanto não existe uma única solução mágica. Um pacto entre Poderes e sociedade civil, subscritores de um pacote de efetivas medidas de contenção de despesas e prospecção de receitas, bem que poderia ser tentado”, declarou.

Fecomércio é contra o acréscimo de 2%

Marcelo Queiroz: “Essa medida sobrecarrega diretamente a sociedade” – Foto: Reprodução

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do RN (Fecomércio), Marcelo Queiroz, afirma que o aumento do ICMS pode enfraquecer a economia local e vai penalizar principalmente a população mais pobre.

“A Fecomércio RN se posiciona contrária ao aumento do ICMS. Acreditamos que essa medida sobrecarrega diretamente a sociedade, sobretudo as camadas mais vulneráveis, e pode desacelerar a economia local, penalizando tanto consumidores quanto empreendedores. Nossa posição é pautada pelos resultados de arrecadação e desempenho econômico do estado. Em vez de aumentar a carga tributária, defendemos que é essencial buscar alternativas que não resultem em mais custos para a população”, afirmou ao Diário do RN.

Para Queiroz, é interessante que a gestão estadual coloque o foco em reduzir despesas e no incentivo a novos negócios para que possam ser obtidos resultados mais efetivos. “Propomos que, para equilibrar as contas, o Governo do RN inicie uma revisão detalhada de suas despesas. Este é o momento de adotar um Plano de Equilíbrio Fiscal que contemple a redução dos gastos públicos e a otimização dos recursos, sem onerar ainda mais o contribuinte. Além disso, é fundamental fortalecer o diálogo com todos os setores da sociedade, desenvolvendo políticas que incentivem novos investimentos e o crescimento sustentável da economia. Somente com planejamento e execução de medidas eficazes é possível estabelecer um ajuste financeiro duradouro e eficiente”, afirmou.

Em análise específica sobre o cenário do comércio local, Marcelo Queiroz aponta que o incremento do ICMS ocasionaria um impacto expressivo. “A medida tende a elevar os custos operacionais e, em consequência, o preço final dos produtos e serviços, reduzindo o poder de compra dos consumidores e, potencialmente, afetando negativamente as vendas e a geração de empregos”, pontuou.


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MILKLEI LEITE DEFENDE FEDERAÇÃO MAIS UNIDA EM TORNO DE PAUTAS POPULARES

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Além de reuniões internas do PV, o último sábado, 09, foi marcado por uma reunião de avaliação e agradecimento a lideranças comunitárias da Zona Norte que apoiaram o projeto de candidatura de Natália Bonavides (PT) à Prefeitura de Natal. O evento, organizado pelo candidato a vice-prefeito na chapa da Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB), Milklei Leite (PV), teve a presença da deputada Natália, do deputado federal Mineiro (PT), e da deputada estadual, Divaneide Basílio, que é presidente municipal do PT em Natal. Segundo Milklei, a ordem agora é aproximar a Federação das bases e se unir em torno dos problemas da cidade.

“Nós temos conversado sobre fortalecimento, de voltar para as bases, porque eu acho que a Federação foi formada e não deu tempo ir para as comunidades, fazer os debates desses problemas que nós colocamos no nosso Plano de Governo. A gente discutiu lá também que a gente possa trazer à tona e tentar resolver a nível federal, nível estadual, os problemas que nós pautamos se não puder ser resolvido pelo Executivo Municipal”, afirma.

Nesse sentido, o vereador defende a continuidade da Federação Brasil da Esperança, apesar do fim da organização ser pautada nos bastidores em outros estados. Em Pernambuco, por exemplo, conflitos entre PT e PCdoB durante a campanha eleitoral de João Campos levantou a pauta do encerramento da Federação.

Para o presidente municipal do PV em Natal, no entanto, a FE Brasil foi importante para o resultado que os partidos tiveram e a defesa é pela continuidade. “Defendemos que continue a Federação. Até ampliar mais com outros partidos, até trazer mais”, pontua.

“A gente defende. Aqui no Rio Grande do Norte foi muito positivo. A nível Rio Grande do Norte a gente tinha seis vereadores. Hoje nós fizemos 36 vereadores no Estado. Então, nós saímos grandes da campanha”, explica.

As federações partidárias são a reunião de dois ou mais partidos políticos que já têm registro no TSE, com afinidade programática, a fim de que atuem como se fossem uma única agremiação. Apesar dos partidos integrantes da federação conservarem seu nome, sua sigla e o seu número próprio, funcionam, para fins eleitorais, como um único partido.

Da reunião que aconteceu na avenida Moema Tinoco, saiu a avaliação de um saldo político positivo, apesar da derrota eleitoral. Milklei rememora o desafio vencido pelo PT, de levar uma candidatura majoritária municipal ao segundo turno, após 28 anos, e a votação de Natália.

“Natália conseguiu quebrar barreiras, conseguiu furar a bolha do próprio PT. No primeiro turno, 110 mil votos e depois 179 mil votos. O PT não alcançava em várias eleições”, observa.

Para o então candidato a vice-prefeito, sua participação na campanha também foi positiva, principalmente na Zona Norte. “Eu acho que isso deu um gás. Nós, na verdade, tocamos as pautas que mais prejudicam as pessoas, e nós pautamos o debate. Depois, eles (os adversários) colocaram no debate, mas nós pautamos com os problemas das enchentes, as lagoas, questão do transporte, o problema das creches”, analisa.

Nas redes sociais, Natália comentou o encontro: “Fiquei imensamente feliz que esse momento de agradecimento também foi de organização para melhorar a vida do nosso povo. Anotei tudo, pessoal. Depois que a gente viu o tanto de gente que acredita que uma outra Natal é possível, não tem quem nos segure”, disse a deputada em trecho do texto com vídeo da reunião no Instagram.

Cargo no Governo e casadinha “casca de bala” com Natália
Vereador até dezembro de 2024 e segundo suplente do PV na Câmara Federal, o candidato a vice na chapa com Natália admite que este trabalho pelos pleitos da comunidade deverá ser executado a partir de um cargo no Governo nos próximos dois anos. Ele ressalta, no entanto, que ainda não está acertado e o espaço pode ser ocupado no Governo estadual ou federal.

“Devo ir para algum espaço no Governo, para fazer política, para continuar na luta articulando os movimentos sociais. Eu sempre fui de movimentos sociais, o líder comunitário, então articular e se fortalecer para 2026, fazer uma casadinha novamente casca de bala com Natália”, garante.

O plano é se organizar para a eleição geral de 2026, quando poderá ser candidato a deputado estadual, “tudo indica”, diz ele.


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ÉRIKO SOBRE ÁLVARO: “DECISIVO PARA FORTALECER A CANDIDATURA DE PAULINHO”

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Segundo vereador mais votado na eleição de 2024 à Câmara de Natal, o atual presidente da Casa, Eriko Jácome (PP), articulou não só sua eleição, mas foi ativo na mediação do apoio do prefeito Álvaro Dias (Republicanos) a Paulinho Freire (UB) e na consolidação do apoio maciço dos vereadores ao projeto do sucessor de Álvaro no pleito. Considerando-se parte de “um projeto vencedor” coletivo, o presidente da Câmara afirma que Paulinho Freire (UB) mostrou comprometimento com o futuro de Natal.

“Sua atuação na Câmara Municipal de Natal provou seu compromisso com a cidade, e há um desejo genuíno de vê-lo realizar ainda mais pela população como prefeito. Esse é um projeto coletivo, e é extremamente gratificante saber que contribuí para sua vitória. Mais do que vencedores, fazemos parte de um time comprometido com o futuro de Natal”, afirma Ériko.

Os vencedores a que se refere são os 21 vereadores da bancada do Governo, que iniciaram a campanha ao lado de Paulinho Freire. “Sem dúvida, sinto-me parte desse projeto vencedor. O apoio dos vereadores a Paulinho foi algo natural, pois muitos já acreditavam em sua capacidade e em seu histórico de trabalho”, complementa.

Neste projeto, o apoio de Álvaro Dias foi, para ele, decisivo para a virada de Paulinho sobre Carlos Eduardo (PSD), no primeiro turno, e a posterior vitória sobre Natália Bonavides no segundo turno, com 55,34% contra 44,66%.

“Álvaro Dias foi fundamental. Sua presença e apoio foram decisivos para fortalecer a candidatura de Paulinho. Ele viu em Paulinho alguém que pode, de fato, continuar sua gestão de maneira ainda mais sólida e inovadora. Álvaro trouxe credibilidade e experiência, o que fez toda a diferença para conquistarmos a confiança do eleitorado”, afirma Ériko.

Ele complementa que Paulinho Freire dará continuidade ao legado e liderança de Álvaro Dias para Natal: “Álvaro Dias deixa um legado de inúmeras obras realizadas, de compromisso e transformação para Natal. Sua gestão foi marcada por importantes avanços em saúde, educação e infraestrutura, sempre priorizando as reais necessidades da população. É um trabalho visível em cada canto da cidade, resultado de uma liderança presente. Esse legado será continuado e ampliado com Paulinho Freire, que assume a responsabilidade de dar sequência a um projeto que já trouxe tanto desenvolvimento aos natalenses”.

PP foi um dos protagonistas dessa eleição
Sem a presença do presidente estadual do Partido Progressista, João Maia, mas com a chancela dele para seguir rumo próprio na capital, o presidente municipal da legenda, Eriko Jácome, conduziu o PP ao palanque que reunia Republicanos, PSDB-Cidadania, PP, Podemos, Solidariedade, PL e União Brasil em torno da candidatura de Paulinho Freire.

Para a Câmara Municipal, o partido elegeu quatro vereadores, sendo o segundo em número de eleitos, junto com Republicanos e Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB), que também elegeram quatro. Ériko foi eleito com 8.819 votos. Claudio Custódio, Pedro Henrique, Daniel Santiago são os parlamentares que vão compor a bancada do PP a partir de janeiro de 2025 na Câmara de Vereadores.

“O pleito de 2024 foi uma demonstração de que a população natalense deseja compromisso com o desenvolvimento da cidade. O Partido Progressistas (PP) mostrou sua força, sendo um dos protagonistas desta eleição. Tenho confiança de que o nosso partido está ainda mais forte e pronto para seguir contribuindo para Natal”.

Com a reeleição, Ériko Jácome garante que projetos implementados enquanto vereador continuarão. “Receber mais de 8 mil votos é, sem dúvida, uma grande honra e uma responsabilidade ainda maior. Essa votação expressiva reflete o reconhecimento da população pelo trabalho que realizamos dentro e fora da Câmara Municipal. Projetos como o Saúde Bucal nos Bairros, a luta contra o câncer, nossas ações de saúde, os cursos profissionalizantes e os aulões preparatórios para o Enem não só continuarão, como também serão ampliados para atender cada vez mais pessoas. Esse apoio da população nos dá ainda mais força para seguir defendendo os interesses de Natal com dedicação e comprometimento”, explica.


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EZEQUIEL FERREIRA SERÁ RECONDUZIDO AO CARGO DE PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA

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No início da atual legislatura, o presidente da Assembleia Legislativa do RN (ALRN), Ezequiel Ferreira (PSDB), tratou de articular sua reeleição para os biênios 2023/2024 e 2025/2026, em 1° de fevereiro de 2023. A antecipação, no entanto, se tornou pauta do Supremo Tribunal Federal (STF), com entendimento de que a definição da forma de eleição para os cargos diretivos das assembleias estaduais deve observar as regras impostas pela Constituição Federal, entre elas a necessidade de contemporaneidade entre o pleito e o exercício do mandato. A antecipação, portanto, fere essa normatização. A recomendação é que a antecipação aconteça a partir de outubro do ano que antecede a posse ao cargo de presidência.

Dentro desse entendimento, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu em Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) a anulação da reeleição antecipada que levou Ezequiel Ferreira à presidência. O julgamento da ADI 7733 foi iniciado na sexta-feira (08), com o voto do ministro relator, Gilmar Mendes, para anular a eleição antecipada realizada em 1° de fevereiro de 2023. O ministro Alexandre de Moraes acompanhou o relator.

“Antecipação desarrazoada dessas eleições tende a favorecer os grupos políticos majoritários e influentes no momento da votação, que não refletirá, necessariamente, o anseio predominante ao início do novo biênio”, afirmou o ministro Gilmar Mendes em sua decisão.

Com a determinação à ALRN, semelhante à proferida para outras casas legislativas estaduais no país, o presidente Ezequiel convocou os demais parlamentares para nova eleição da mesa diretora do biênio 2025-2027, a ser realizada às 10h30 da manhã desta quarta-feira, 13.

“Movidos pelo senso de justiça e de boa fé, reforçando o ambiente democrático que sempre tivemos nesta Casa e também por uma questão de segurança jurídica e de cumprimento rigoroso do Regimento Interno, faço uso das prerrogativas e com absoluta transparência convoco uma sessão preparatória a fim de se realizar uma nova eleição para a Mesa Diretora, na forma do artigo 36 do Regimento Interno e de acordo com os precedentes jurisprudenciais”, disse Ezequiel, na abertura dos trabalhos legislativos da sessão ordinária desta terça-feira, 12.

Em uma rápida articulação, o atual presidente garantiu, mais uma vez, consenso em torno do seu nome. Nesta quarta-feira, 13, deverá ser novamente reconduzido à presidência da Casa Legislativa estadual. Com isso, ele deve se manter no cargo pelos próximos dois anos e em janeiro de 2027 chegará ao total de 12 anos na presidência do Poder Legislativo potiguar. Ele está no cargo desde 2015.

Nos bastidores, a costura não teve percalços para Ezequiel. A composição da Mesa Diretora deve permanecer praticamente a mesma, com algumas alterações. Devem se inverter as posições de Kleber Rodrigues (PSDB), que passa de 1º secretário para 1º vice-presidente, e de Tomba Farias (PL), que passa a ser o 1º secretário, deixando a 1ª vice-presidência.

De acordo com o que circula nos bastidores, a deputada Eudiane Macedo (PV) deverá entrar como 2ª vice-presidente da Mesa. O lugar é do PV e era ocupado pelo então deputado, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), George Soares, que renunciou ano passado.

Ainda ocupam a Mesa Gustavo Carvalho (sem partido), como 2º secretário, e a deputada Isolda Dantas (PT), como 3ª secretária. Eles devem permanecer na composição.

Novas eleições
Novas eleições foram determinadas em outros Estados, a exemplo de Pernambuco. O ministro Flávio Dino, do STF, determinou que a Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (ALEPE) realize novas eleições para a Mesa Diretora do biênio 2025/2026. A decisão suspende os efeitos da eleição anterior, realizada em novembro de 2023, e define que o novo pleito ocorra entre dezembro deste ano e 1º de fevereiro de 2025.

Já realizaram novas eleições os presidentes das Casas do Amazonas, Maranhão, Piauí, Sergipe, Roraima, Mato Grosso, Tocantins e Amapá. No Amazonas, o presidente Roberto Cidade (UB) foi reeleito no último dia 30, após decisão do ministro Cristiano Zanin. A mesma coisa aconteceu em Sergipe, uma nova votação realizada em 22 de outubro manteve a reeleição de Jeferson Andrade (PSD).

Na Paraíba, o deputado federal, presidente da Casa, Adriano Galdino (Republicanos) admite realização de nova eleição. As Assembleias Legislativas do Piauí e do Tocantins fizeram, assim como na ALRN, as votações para os dois biênios no mesmo dia, mas ainda não convocaram novo pleito.


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