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novembro 28, 2024


CÂMARA APROVA PROJETO DAS ÁREAS DE INTERESSE TURÍSTICO PAISAGÍSTICO DE NATAL

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A Câmara Municipal de Natal aprovou com emendas, na sessão ordinária desta quinta-feira (28) o PL nº 302/2024, de autoria do Chefe do Poder Executivo, que trata sobre as Áreas Especiais de Interesse Turístico e Paisagístico – AEITPs, instituídas pelo novo Plano Diretor (LC nº 208/2022). Na sessão, foram aprovadas outras matérias encaminhadas pelo Chefe do Executivo.

O projeto que versa sobre o uso e ocupação do solo e estabelece prescrições urbanísticas das AEITPs unifica as legislações que incidem sobre as áreas costeiras de Natal, com a manutenção de seus gabaritos específicos, mas com a adoção das prescrições da zona adensável da cidade.

O líder do Governo na Casa, vereador Kleber Fernandes (Republicanos) explicou que a matéria é necessária e urgente. “É importante a aprovação para garantir segurança jurídica, emprego e renda. A falta de investimentos nessas regiões gera afastamento turístico”, destacou.

A matéria teve votos contrários da bancada da oposição e foi votada em regime de urgência, assim como Projeto de Lei Complementar nº 12/2024, do Chefe do Poder Executivo, que institui o Código de Obras e Edificações do município de Natal. Este último está previsto para retornar à pauta em segunda votação, com emendas, na próxima quinta-feira, 5 de dezembro.

Outras matérias de autoria do Executivo Municipal aprovadas foram a 3ª Revisão do Plano Plurianual 2022-2025; e o PL n° 650/2024, que institui normas gerais e procedimentos aplicáveis à Regularização Fundiária Urbana (REURB) na cidade.

“Temos muitas famílias que edificaram em terreno público e precisam de um instrumento legal para ter o documento da sua casa. Então, vamos dar essa condição através dessa aprovação”, explicou a vereadora Nina Souza (União), que presidiu a sessão.

O plenário apreciou, ainda, veto ao Projeto de Lei nº 152/2022, de autoria do Vereador Aldo Clemente (PSDB), que versa sobre a obrigatoriedade das operadoras de planos e seguros privados de saúde fornecerem ao consumidor comprovante de negativa de serviço de cobertura de serviço e/ou procedimento médico.


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PLURALIDADE RELIGIOSA, DEMOCRACIA E JUSTIÇA SOCIAL EM PAUTA NA PRAÇA CÍVICA

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A Praça Cívica, em Petrópolis, será palco de um evento pela diversidade religiosa e direitos sociais nesta quinta-feira (28). A partir das 16 horas, terá início a 2ª edição da Celebração Inter-Religiosa pela Democracia com Justiça Social. A programação contará com reflexões, testemunhos, orações e música, e também com uma feira solidária de artigos religiosos, artesanatos e comidas, encerrando às 20 horas.

De acordo com o coordenador do evento, o missionário Leão da Cruz (Gecionny Pinto), da Fraternidade de São Pio de Pietrelcina – pertencente à Igreja Católica Apostólica Romana -, o principal objetivo do evento é a defesa da democracia e outros temas defendidos pela organização são os direitos dos homossexuais, pessoas com deficiência, quilombolas, indígenas e refugiados, além da segurança alimentar, garantia de moradia e terra, entre outros. “São pautas que unem todas as religiões e igrejas que estão compondo essa celebração”, disse.

Além de valorizar a diversidade religiosa, a celebração dará espaço para abordar o ateísmo e agnosticismo. “A gente tem que quebrar o preconceito, também, com os agnósticos e ateus.

Muitas pessoas são agnósticas ou ateias e, mesmo assim, são boas pessoas, do bem, que cultivam a paz e que admiram os líderes das várias religiões globais e locais”, afirmou o ministro.

Líderes espirituais proporcionarão momentos de reflexão, oração e testemunho nos quais os visitantes poderão conhecer mais sobre diferentes religiões. Entre os representantes religiosos estarão o diretor da Federação Espírita do Rio Grande do Norte, Nilo Emerenciano; o fundador da Fraternidade de São Pio de Pietrelcina, Frei Antônio de Pádua; o bispo da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias Emerson Souza e o escritor sobre judaísmo Janduí Medeiros. “Será um momento de congraçamento, um momento de união”, ressaltou Leão da Cruz.

Já na Feira Modelo de Empreendedorismo Solidário Popular, mais de vinte expositores ofertarão para venda ou doação produtos como artesanatos, livros, imagens e comidas. O objetivo da feira é fortalecer o empreendedorismo social. “Vamos ter de várias tradições religiosas vendendo ou doando produtos – porque algumas religiões doam produtos, como os mórmons, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. A Igreja Católica vai doar também alguns materiais”, explicou o religioso.

O evento está relacionado à Frente Religiosa pela Democracia com Justiça Social, que será oficializada durante a celebração. O movimento visa combater a intolerância política, conforme explica o ministro Leão da Cruz. “Ela surgiu diante de tantos atos de intolerância política que têm havido no Brasil. A gente tem percebido o aumento da violência política. E aí a gente percebeu a necessidade de formar uma frente com pessoas de várias religiões e igrejas para tentar defender e consolidar, dar nossa contribuição para a democracia no Brasil. Mas não qualquer democracia, uma democracia que defenda as pautas da justiça social”, ressaltou.


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CRESCIMENTO DO TURISMO RELIGIOSO TRANSFORMA DESTINOS NO PAÍS E NO RN

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O turismo religioso no Brasil tem se revelado um caminho de fé e descoberta, onde destinos se transformam em pontos de encontro entre a espiritualidade e a cultura. Segundo o Ministério do Turismo do Brasil (MTur), esse segmento movimenta cerca de R$15 bilhões por ano em todo o país e cresce a cada ano, mostrando-se uma força que movimenta economias locais, gera empregos e transforma o cotidiano de pequenas e grandes cidades. Em tempos de pluralidade e diversidade, ele se torna também uma ponte que aproxima diferentes culturas e crenças, mostrando que, em cada templo, há um eco de unidade que reverbera por todo o país.

Em 2017, o Fórum Nacional de Turismo Religioso, idealizado por Sidnésio Moura, uma referência no Turismo Religioso no país, surgiu com o propósito de direcionar, incentivar e motivar o segmento. “Mais do que uma viagem, o turismo religioso é uma jornada de conexão — com a história, com a fé, e com a beleza singular que cada religião oferece”

De acordo com Sidnésio, o Fórum busca unir a academia, especialistas e autoridades do setor para discutir soluções e direcionamentos para o crescimento do turismo religioso no Brasil. “Nosso objetivo é pensar no evento em uma visão macro, mas também regionalmente dentro da realidade de cada região brasileira. Existem vários eventos no país que atraem o turismo religioso ou de formação sobre o segmento, mas faltava um evento que trouxesse a academia, especialistas, mestres e doutores para discutir e trazer direcionamento para o Turismo Religioso que vem crescendo a cada ano no Brasil”, comenta Sidnésio, destacando que o evento visa além do aspecto religioso, também seu impacto socioeconômico e cultural, reconhecendo o turismo religioso como uma poderosa ferramenta de desenvolvimento urbano e geração de emprego e renda.

“O Fórum Nacional e os Regionais foram pensados para preencher uma lacuna no mercado de eventos religiosos no Brasil. Haja visto que o segmento é um dos que mais tem ganhado destaque na última década, apresentando crescimento superior à média. Além de sermos o principal evento com foco exclusivo no Turismo Religioso no Brasil”, afirma Sidnésio. Durante a pandemia, o Fórum foi adaptado para o formato online, com edições regionais nos Estados do Norte e Nordeste, ampliando ainda mais seu alcance.

Este ano, o Fórum Nacional de Turismo Religioso tem como tema “O Turismo Religioso como Fonte de Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso”, alinhado com o espírito do Concílio Vaticano II, que desde o Papa Paulo VI busca o diálogo com as diferentes religiões. Sidnésio destaca a importância de construir pontes entre as religiões, em vez de muros, uma ideia que tem sido amplamente defendida pelo Papa Francisco: “O turismo religioso é uma dessas portas para aproximarmos as diversas realidades religiosas e culturais”.

Sidnésio reforça que, embora o catolicismo seja a religião que mais fomenta o turismo religioso no Brasil, o evento tem um enfoque plural, que valoriza todas as expressões religiosas e culturais presentes no país: “Que possamos trabalhar sim em nossas realidades religiosas, mas que ao pensarmos no turismo religioso possamos olhar sua amplitude e podermos ver a beleza de uma experiência de Deus e do sagrado através das diversas religiões”.

Programação da 6ª Edição
A 6ª edição do Fórum Nacional de Turismo Religioso teve início nesta quarta-feira (27) e segue até a próxima sexta-feira (29), com uma programação repleta de palestras, mesas de debates e ações voltadas para o fortalecimento do segmento no Brasil. Durante o evento, especialistas do setor irão discutir temas como afroturismo, governança no turismo religioso, sustentabilidade e os caminhos do turismo religioso em sua diversidade. Ao final de cada dia, as discussões serão compiladas em artigos científicos. Em janeiro de 2025, serão submetidos trabalhos acadêmicos que também irão se tornar artigos científicos e virão a ser publicados na primeira edição da Revista FNDETUR. Para conferir a programação completa de cada dia do evento acesse diariodorn.com.br.


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PRESIDENTE DO SINDICATO DOS MÉDICOS DENUNCIA CRISE NA SAÚDE E COBRA PROVIDÊNCIAS DO GOVERNO

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O Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed) convocou a imprensa para uma coletiva nesta quarta-feira (27) com o objetivo principal de denunciar o caos na saúde do Rio Grande do Norte. “É até um pedido de desculpa à população”, disse Geraldo Ferreira, presidente do Sindicato. Um pouco mais tarde, no Jornal das Seis, na 98 FM, o médico abordou a precarização a partir da proporção de terceirização nos Estados e Municípios, com mais de 3.000 trabalhadores terceirizados no Rio Grande do Norte e municípios, de um universo de 6.500 a 8.000 profissionais. Ele denuncia um “caminho suspeito” pelo qual as terceirizações são firmadas. Segundo ele, o intuito é “fugir da relação trabalhista”.

“O problema é que as terceirizações hoje estão sendo feitas num caminho altamente suspeito. São empresas que se chamam de participação societária. O profissional não é empregado, ele é sócio da empresa, então ele recebe participação nos lucros. Isso aí do nosso ponto de vista, jurídico, é fraude tributária, fiscal e trabalhista. Nós já denunciamos à Receita, já denunciamos ao Ministério Público, agora não é fácil, porque todos esses setores entendem que o médico é hiper suficiente e se ele está lá é porque quer. Na verdade, não é porque quer, porque hoje tem uma multidão de médicos que saem das faculdades e precisam sobreviver”, afirma Geraldo.

Na semana em que estouraram duas paralisações de médicos em dois hospitais de Mossoró e se acentuou debate entre Estado e Municípios da Grande Natal sobre dificuldade do Hospital Regional Walfredo Gurgel, o presidente da entidade ressalta que a crise é uma realidade com a qual os profissionais vêm convivendo há alguns anos.

“Raparam o tacho todo, já não tem recurso. Então, ou aparecem recursos extras, ou então realmente a situação descamba. Eu, por coincidência, estou escrevendo um livro sobre as lutas trabalhistas, desde 88. E esse retrato é recorrente. A gente vê a administração de Rosalba, por exemplo, era gente desfilando na rua com um caixão de defunto fazendo enterro de governadora.

E era uma médica que nós ajudamos a eleger, a classe médica ajudou a eleger. Isso, então, é costumeiro, é crônico, agora, que se agudizou agora, sem dúvida”, esclarece.

O médico avalia que a crise aumentou por uma série de razões, que incluem o crescimento da população e a falta de renovação da rede. Sobre a gravidade do colapso no Hospital Walfredo Gurgel, Geraldo Ferreira alerta para a possibilidade de piora na situação, principalmente nas escalas de anestesistas e cirurgia geral.

“Se não tiver um freio ou se a governadora não puxar a responsabilidade e chamar outras vozes para ser resolvida, vai piorar, porque eles estão querendo mudar as escalas de anestesia e da cirurgia geral”, alerta.

“Existe uma escala de anestesista que põe um determinado número de plantões e os outros são para acompanhamento de pós-operatório ou avaliação de doentes no pós-operatório, querem acabar com essa escala e transformar todo mundo só no plantão. Ou seja, não haverá mais compromisso com o paciente. Será alguém que está ali, passa lá no leito, faz uma medicação, mas não há um acompanhante, um médico responsável pelo paciente. Isso é péssimo, vai piorar a qualidade e provavelmente vai aumentar o índice de complicações”, destaca o presidente do Sinmed.

A solução, de acordo com ele, é utilizar a rede privada para desafogar a fila de cirurgias do maior hospital do RN. “Desafogaria de imediato o Walfredo Gurgel. Bastava tirar essas 150 cirurgias por mês que hoje são feitas dentro do Walfredo. Desocupava as duas salas de cirurgia e desafogava esses pacientes para rede privada auxiliar. O governo não faz, não sei se é pelos atrasos, falta de recursos, tudo”, levanta.

O médico cobra, ainda, que o Governo do Estado busque do Governo Federal recursos para viabilizar a saúde: “Eu tenho a impressão, posso estar equivocado, de que o Governo Estadual tem poupado muito o Governo Federal. Porque quem tem dinheiro é o Governo Federal. Então, cabe à secretária de saúde buscar os caminhos dentro do Ministério da Saúde para arrancar a verba”, finaliza Geraldo Ferreira.


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OUTRO CENÁRIO TERIA A RENÚNCIA DE FÁTIMA E WALTER, DANDO VEZ A EZEQUIEL

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Apesar do quadro desenhado para a possibilidade de candidatura de Walter Alves (MDB) como o candidato de Fátima Bezerra (PT) ao Governo do RN em 2026, nos bastidores do PT ainda se ventila a possibilidade de renúncia tanto de Fátima, quanto do vice-governador Walter Alves.

Neste cenário, assumiria o Governo do Estado o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira (PSDB), que se tornaria candidato natural à reeleição ao Executivo estadual. No entanto, não há informações se o aliado de Fátima já demonstrou interesse no projeto.

Em 2022, Ezequiel chegou a articular sua candidatura a governador do Estado, em chapa com Walter Alves, mas em oposição à Fátima. O acordo foi firmado, inclusive com apoio de deputados da oposição. Após articulação do PT local com o PT e MDB nacionais, e pressão sobre o presidente da Assembleia, Ezequiel manteve apoio à Fátima e à sua candidatura à reeleição.

Após a eleição municipal de outubro passado, Walter e Ezequiel divulgaram fotos e texto em conjunto nas redes sociais ratificando parceria dos dois partidos, que iniciou em 2022, para 2026.

No cenário com Ezequiel candidato ao Governo, permaneceria para Fátima o projeto de candidatura ao Senado. Já Walter, seguiria para candidatura a deputado federal, em busca de recuperar cadeira do MDB na Câmara dos Deputados, mantendo mais um aliado de Lula na Casa.

Este quadro, entretanto, dependeria de quem serão os opositores na disputa estadual, além da disposição do presidente da Assembleia Legislativa.


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CHAPA GOVERNISTA PARA 2026 DEVE TER WALTER ALVES COM FÁTIMA E ZENAIDE

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No Rio Grande do Norte, o PT elegeu em 2024 sete prefeitos, 13 vice-prefeitos e 62 vereadores e vereadoras. Apesar destes números estarem aquém de outros partidos – como o MDB – a sigla considera que os resultados foram muito positivos. Os dirigentes do partido avaliaram, logo após o pleito, que a participação do PT foi ativa em mais de 120 municípios, através das alianças com partidos da base de sustentação do governo de Fátima Bezerra. São estas alianças que devem justificar a formação da chapa governista ao Executivo Estadual em 2026, ao colocar o nome do atual vice-governador, Walter Alves (MDB), como provável candidato à sucessão de Fátima. Em 2024, o PT firmou aliança com os partidos MDB, PSB e PDT, além dos integrantes da Federação Brasil da Esperança, que inclui PV e PCdoB.

A chapa majoritária deverá ser formada por Walter Alves (MDB) ao Governo do RN, e Fátima Bezerra (PT) e Zenaide Maia (PSD) ao Senado. Para que o cenário seja viabilizado, a gestora estadual precisa renunciar até o prazo eleitoral de abril de 2026, se tornando apta a disputar o Senado. Ela abre, assim, espaço para que o vice-governador assuma o posto de governador e seja candidato natural à reeleição. Apesar de não falar do assunto, Walter vem recebendo sistemáticos elogios de lideranças políticas do PT.

Quando esteve em Natal para a campanha de Natália Bonavides (PT) à Prefeitura da capital, o presidente Lula falou sobre o vice-governador. “O Garibaldi sabe que ele já plantou um fruto e uma boa árvore produz bom fruto. E o filho dele é vice-governador e eu tenho certeza que vai seguir a mesma carreira vitoriosa do pai”, disse o presidente da República. No mesmo evento, ministros de Estado comentaram sobre as participações de Walter em reuniões e tratativas do Rio Grande do Norte junto ao Governo Federal.

A deputada estadual Divaneide Basílio, presidente municipal do PT de Natal, em entrevista no Programa 12 em Ponto, na 98 FM, disse que Walter “é um importante aliado” e tem feito “uma importante parceria” com a governadora.

Já a parceria eleitoral passa pelo campo nacional, assim como aconteceu em 2022. A indicação de Walter à vice veio de articulações do PT e do MDB nacional, partido com capilaridade para a disputa contra o bolsonarismo, e excluiu o aliado Antenor Roberto (PCdoB) dos planos do PT local. Mesmo que alguns petistas tradicionais defendam que a governadora siga com o mandato até o final e não abra caminho para “um Alves”, a parceria já existe, e engloba, também, a postulação de Fátima ao Senado como parte do projeto do PT nacional, mesmo que não seja a vontade de Fátima.

O planejamento inclui o apoio do PT à candidatura de Walter ao Governo e do MDB de Walter à candidatura de Fátima ao Senado, com seus 45 prefeitos e 30 vice-prefeitos eleitos nas últimas eleições. Nas contas da legenda da governadora, entram, ainda, a indicação de um nome do PT à vice-governador. Passados os quatro anos na gestão, caso eleito, Walter não poderá ser candidato à reeleição em 2030, já que disputará nesta condição em 2026. Se quiser, lá na frente, ser candidato a algum outro cargo, terá que renunciar e abrir espaço para o vice indicado pelo PT.

Para completar a chapa majoritária, figura a senadora Zenaide Maia (PSD) como a candidata à reeleição ao lado de Fátima e Walter. Apesar de ter concorrido contra o PT na capital, com a candidatura de Carlos Eduardo (PSD), e em São Gonçalo do Amarante, reduto eleitoral do casal Zenaide e Jaime Calado, tanto o PT, quanto Zenaide trabalham com esta possibilidade. As arestas geradas na eleição municipal na Grande Natal entre PT e o grupo de Zenaide, não interferem na relação nacional do partido do presidente da República com o PSD. Zenaide continua vice-líder do Governo na Casa Legislativa Federal.

Natália Bonavides
Apesar do contexto atual apontar para este caminho, há interlocutores do PT que alertam para o fato de Walter Alves não ter ainda falado sobre o assunto. Não disse nem que sim, nem que não.

Em caso de Walter não aceitar seguir os passos do pai, como apontou o presidente Lula, o PT teria que considerar buscar um nome para apoiar à sucessão de Fátima Bezerra (PT). Natália Bonavides (PT), no entanto, não teria colocado seu nome à discussão. De acordo com as informações até aqui, ela é candidata à reeleição à Câmara Federal.

O nome de Natália é lembrado pelos petistas após o resultado da eleição em Natal. No primeiro turno Natália obteve 110.483 (28,45%) dos votos, o levou o PT ao 2º turno na capital potiguar após 28 anos. No 2º turno, Natália obteve 179.714 (44,66%) votos. Ficou atrás do candidato Paulinho Freire (UB), também deputado federal, que alcançou 222.661 (55,34%) dos votos.

Entretanto, a presidente do PT, Divaneide Basílio, lembra que “ela mesma sinalizou que não está disponibilizando o nome dela para governadora, está disponibilizando para a reeleição à deputada. Se houver qualquer mudança nesse sentido nós estaremos conversando”, declarou.


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ROGÉRIO MARINHO SABIA DO PLANO DE GOLPE E DESACONSELHOU BOLSONARO

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“As informações que envolvem Rogério Marinho – repassadas por pessoas de seu grupo – revelam que ele sabia do plano do golpe. Se ele pediu para o seu chefe ter “paciência” é porque ele sabia que o mesmo estava “impaciente”, óbvio. No caso, estava tramando e coordenando o golpe”, a análise do deputado federal potiguar, Fernando Mineiro (PT), que forma a base de Lula no Congresso, desfaz o discurso criado por alguns nomes de aliados de Bolsonaro, incluindo o senador Rogério Marinho (PL), de que as informações de planejamento de golpe de Estado seriam inventadas pelos opositores de Jair Bolsonaro.

“A cada dia surgem informações que evidenciam quem está falando a verdade e quem está mentindo. Por isso eu disse – e reafirmo – que qualquer outra atitude que não seja a firme condenação da tentativa de golpe é ser cúmplice de crimimosos”, ressalta o deputado federal.

Depois do senador potiguar Rogério Marinho (PL) tratar os fatos da Operação Contragolpe, divulgados pela Polícia Federal, como “narrativas” criadas pela esquerda, novas informações sobre o caso revelam que o secretário nacional do PL e presidente do partido no RN tinha conhecimento dos planos para um golpe de Estado no país. Além disso, teria desaconselhado Bolsonaro e seus auxiliares da ideia de implementar a trama no caso que envolvia, inclusive, o assassinato do presidente Lula (PT), do vice Geraldo Alckmin (MDB) e do Ministro do STF, Alexandre de Moraes. Ao desaconselhar o então presidente da República, os fatos revelam que Bolsonaro estava propenso a executar o planejado.

Desde que as informações do relatório da PF tornaram-se públicas, Rogério Marinho coloca os fatos divulgados pela Polícia Federal como “narrativas forçadas e perseguições” por parte da Justiça e “tentativas de silenciar a direita conservadora e, consequentemente, grande parte do povo brasileiro”.

Nesta terça-feira (27), à noite, o líder da oposição no Senado abordou o assunto em pronunciamento na sessão plenária do Senado. A fala foi feita poucas horas antes da divulgação de que ele tinha conhecimento sobre o planejamento de Bolsonaro, dos auxiliares da linha de frente do Governo passado e militares sobre o golpe.

Sem saber que seu nome seria mencionado em um dos documentos que revelam conversas de Mauro Cid com Braga Neto, Marinho disse no Senado que o Brasil “vive um regime de exceção” e que o país vê um “desfile incessante dos que defendem arbítrio e repressão, dos que querem calar e emudecer os que pensam diferente”.

O senador disse, ainda: “Nós queremos que a Constituição seja cumprida, a volta da normalidade democrática, o escudo que nos protege, que a lei possa voltar a vigorar no nosso país”, se referindo à Operação da PF e atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) contra as articulações para um golpe de Estado, que pretendia utilizar as Forças Armadas para garantir a permanência do presidente derrotado nas urnas e incluía a remoção de todos os ministros do STF sem o devido processo legal.

Anotações encontradas pela Polícia Federal (PF) revelaram que os militares bolsonaristas envolvidos na trama teriam demonstrado insatisfação com o líder da oposição no Senado. De acordo com o site Metrópoles, em uma folha com mensagens do delator Mauro Cid repassadas ao general Braga Netto, consta a frase: “Ressentimento com a parte política da direita: Rogério Marinho”.

A decepção com Marinho teria acontecido porque o parlamentar foi contra iniciativas que levassem a uma ruptura democrática. O parlamentar tentou convencer o entorno do então presidente a “virar a página e ter paciência” para que Bolsonaro voltasse ao poder em 2026 pela via eleitoral.

Pelos dados, Rogério Marinho teria argumentado que o ex-presidente tinha o “apoio de 50% da população” e que o PT “não saberia governar”, abrindo espaço para o retorno da direita ao Planalto. Marinho tinha, naquele momento, relação diária e muito próxima com o então presidente.

“O contexto do documento é grave e revela que, possivelmente, foram feitas perguntas a Mauro Cid sobre o conteúdo do acordo de colaboração realizado por este em sede policial, as quais foram respondidas pelo próprio”, afirmou a Polícia Federal.

A reportagem do Diário do RN entrou em contato com Rogério Marinho, através de sua assessoria de imprensa, para obter posicionamento sobre as novas informações, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.


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