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junho 18, 2025


THABATTA DESTACA FORÇA POPULAR COMO PRÉ-CANDIDATA AO GOVERNO

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Três semanas após lançar sua pré-candidatura ao Governo do Rio Grande do Norte, a vereadora de Natal Thabatta Pimenta (PSOL) avalia que sua presença no debate eleitoral já provocou movimentações reais no cenário político estadual. Em entrevista ao Diário do RN, Thabatta afirmou que sua pré-campanha tem despertado apoio espontâneo por onde passa e que o nome dela “já está na boca do povo”.

“Desde Mossoró [no Pingo da Mei Dia], logo após o anúncio, as pessoas só falavam nisso, mesmo sendo a cidade de um dos pré-candidatos ao Governo. Foi um clamor muito grande. Percebi que falta alguém que represente essa massa. A nossa pré-candidatura mexeu com o imaginário das pessoas, de que corpos que nunca estiveram projetados em algo tão grande agora podem ocupar esse lugar”, disse a vereadora trans sobre sua posição enquanto pré-candidata.

Apesar de afirmar ainda não contar com apoios formais de prefeitos e lideranças partidárias, o que tem movido sua caminhada é a resposta popular. “Não vou por apoio fixo de prefeita, de prefeito. Eu vou pela vontade das pessoas. Em João Câmara, por exemplo, fui convidada pela prefeita para conhecer o São João e só se falava nisso. As pessoas me chamam de governadora e eu fico passada, porque já está nesse nível de identificação”, contou, ressaltando que o convite da prefeita Aize Bezerra não significa apoio oficializado.

Com forte inserção nos movimentos sociais e na militância LGBTQIAPN+, Thabatta avalia que sua candidatura representa um novo tempo e pode preencher uma lacuna deixada pela falta de diversidade entre os nomes que hoje se colocam para a disputa. “Quando estavam só os quatro homens [pré-candidatos], o que mais ouvia era: ‘não voto em nenhum desses daí’. Então, eu tô surgindo como uma possibilidade real de uma pré-candidatura feminina que se coloca por todas as pautas possíveis. Não é apenas a pauta LGBTQIA+, é a luta por políticas públicas reais para quem mais precisa”, defendeu.

A vereadora reforçou que sua atuação política já é reconhecida nacionalmente e que, na próxima semana, viaja à Europa para representar o Brasil em atividades do Mês do Orgulho LGBT. “Fui indicada não só pelo Governo, mas pelos movimentos sociais e organizações LGBTQIA+ do país.

Isso mostra que a nossa política é construída com as vozes das populações mais vulneráveis. E é isso que queremos levar também para o Governo do Estado”, afirma.

Embora reconheça que o PSOL ainda está em fase inicial de construção da estratégia estadual para 2026, Thabatta afirma que sua pré-candidatura é legítima e já conta com respaldo interno.

“Já indiquei o meu querer ao partido. Estamos começando o processo de construção, mas já falamos nacionalmente, e tive apoio nesse sentido. Minha pré-candidatura é legítima. O partido sabe disso e as pessoas estão mostrando que querem essa representação”, disse.

A pré-candidata também afirmou que sua eventual candidatura ao Governo do Estado não concorre com nomes já postos na esquerda, mas amplia as possibilidades de escolha popular. “A governadora já tem seu pré-candidato, mas a nossa candidatura também é legítima. O povo está dizendo que quer outra figura, quer alguém que veio do interior e conhece de perto os anseios tanto do interior quanto da capital. E isso eu posso representar”, diz, fazendo um paralelo com a pré-candidatura de Cadu Xavier, lançado pela governadora Fátima Bezerra (PT).

Em sua análise, Thabatta Pimenta considera que se eleita, poderá se tornar a primeira governadora trans do Brasil, fato que ela considera simbólico e potente politicamente. “Nós estamos mostrando que é possível. Ser uma mulher trans, nordestina, do interior, eleita na capital, ocupar esse espaço e mudar a forma de fazer política. Não é só simbólico. É real, é popular, é necessário”, avalia.

Thabatta comenta fala de Léo Souza e afirma que já foi comparada outras vezes à ex-governadora Wilma

A vereadora Thabatta Pimenta (PSOL) comentou a fala feita pelo vereador Léo Souza (UB), que, durante uma das festas do São João de Natal, asseverou “Thabatta governadora” e afirmou que a parlamentar poderia ser a nova Wilma de Faria. O vídeo do momento em meios aos festejos foi compartilhado pela própria Thabatta nas redes sociais e reforça a repercussão da sua pré-candidatura ao Governo do Estado.

“Eu fiquei muito feliz, porque a gente não espera de uma pessoa até da base do prefeito Paulinho Freire (UB); mas dentro da Câmara Municipal do Natal é algo que já é corriqueiro dos vereadores perceberem que há uma força que nem eu imaginava que eu tinha”, declarou Thabatta.

Ela atribui esse reconhecimento à sua atuação combativa no Legislativo natalense, que, segundo ela, tem repercutido para além da capital. “As pessoas estão vendo que a nossa luta é muito além do que as pessoas achavam que era a pauta LGBT, das pessoas com deficiência. É muito além disso. A gente está pautando tudo que é possível: a classe trabalhadora, os trabalhadores e tantas outras pautas que realmente precisam de um olhar muito mais participativo, humano”, disse.

Thabatta se disse “lisonjeada” com a fala de Léo Souza, mas ressaltou que não foi a primeira vez que ouviu comparações com a ex-governadora Wilma de Faria. “Acho que outras pessoas, até nos outros vídeos que eu já coloquei, falaram muito sobre isso: de me compararem com Wilma por estar em todos os lugares, subir morro, descer morro, interior, ser querida”, afirmou.


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ÁLVARO DIAS AFIRMA QUE PODE FORMAR CHAPA COM ALLYSON E ZENAIDE MAIA

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“Seria aí uma alternativa bastante viável. Uma chapa trabalhada e apoiada por mim e por Allyson não é terceira via. Vira uma chapa forte, muito competitiva, com apoio consistente em Natal e em Mossoró, no Seridó e no Oeste”. O cálculo é do ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), sobre o que caracterizou como o início dos diálogos com Allyson Bezerra (UB), com vistas às eleições de 2026. O ex-prefeito conversou sobre o assunto com o Diário do RN.

A reunião que aconteceu nesta segunda-feira (16) com o prefeito de Mossoró, segundo Álvaro, serviu para quebrar o gelo entre os dois e iniciar um diálogo que pode resultar numa composição de chapa majoritária para a disputa estadual. “Acordamos de caminhar juntos, de continuar conversando”, afirmou.

Pré-candidato ao Governo do Estado, Álvaro admite que está aberto a outras possibilidades, inclusive uma candidatura ao Senado, a depender da costura política com Allyson. “Eu já disse em entrevistas que não descarto a possibilidade de disputar o Senado. A minha preferência é o Governo, mas não descarto o Senado, não”, disse Álvaro, que chegou a afirmar em entrevistas anteriores que Allyson não deveria se candidatar ao governo “por ser muito jovem” e ainda não ter experiência suficiente para o cargo, mas agora aponta para uma mudança de posicionamento.

“A gente viu pontos convergentes, divergentes, e combinou de manter o diálogo para ver se chega a um denominador comum”, explicou.

Allyson, por sua vez, ainda não oficializou intenção de disputar o Governo. Apesar disso, é colocado como nome competitivo para o cargo, com bom desempenho nas pesquisas eleitorais mais recentes em municípios do interior. A sinalização concreta do prefeito oesteano, por enquanto, é o compromisso público com a senadora Zenaide Maia (PSD).

Dentro desse raciocínio, o ex-prefeito da capital admite ser possível a chapa com Allyson para o Governo, e a senadora Zenaide Maia (PSD) e Álvaro ao Senado. “É possível, tudo é possível. Um desses dois postos realmente cabe dentro do meu projeto”, declarou.

Rogério Marinho e Styvenson Valentim
Questionado se essa articulação indicaria um rompimento com o grupo liderado pelo senador Rogério Marinho (PL), Álvaro foi cauteloso. “Não quer dizer isso, não. Quer dizer que eu vou estar sempre conversando com Allyson, procurando alinhar a minha decisão com os interesses comuns meus e dele, para a gente ter aí uma boa convivência e não ser engolido”, ressaltou sobre o grupo.

A movimentação cria novo cenário na disputa estadual e pode dificultar a tentativa de unificação das forças de direita em torno de uma única candidatura ao Governo. Atualmente, Marinho, que teve a pré-candidatura lançada por Bolsonaro na semana passada, tenta liderar esse campo político e declarou, em entrevista publicada nesta terça-feira (17) pelo Diário do RN, que seu objetivo é reunir todos em um mesmo palanque, inclusive Styvenson Valentim (PSDB), que deve disputar a reeleição ao Senado, junto com Allyson e Álvaro.

Álvaro, porém, admitiu que sua articulação com Allyson pode caminhar em trilha separada. “Foi um encontro que nós achamos bom iniciar esse entendimento, esse diálogo, visando atuar de uma forma conciliatória”, finalizou.


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MINEIRO AFIRMA QUE ROGÉRIO EXERCE A POLÍTICA COM ÓDIO E USA FAKE NEWS

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O lançamento da pré-candidatura do senador Rogério Marinho (PL) ao Governo do Rio Grande do Norte, feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante visita ao estado no último final de semana, foi recebido com críticas pelo deputado federal Fernando Mineiro (PT). Para o parlamentar, Marinho representa um projeto político ultrapassado, enfraquecido e alicerçado em práticas antidemocráticas.

“Rogério é o principal representante do bolsonarismo aqui no Estado. Segue a mesma cartilha: contra as políticas públicas e o estado de desenvolvimento social sustentável; ataques às conquistas e direitos sociais; exerce a política com ódio, useiro e vezeiro de fake news”, afirmou Mineiro, em conversa com o Diário do RN nesta terça-feira (17).

O deputado enfatizou que as práticas adotadas pelo senador, incluindo em período em que era Ministro de Bolsonaro, foram responsáveis pelo apoio em massa que obteve dos prefeitos na eleição geral de 2022. Ele lembrou o papel do senador potiguar na articulação do chamado orçamento secreto durante o governo Bolsonaro, mecanismo considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal e que foi amplamente utilizado para alavancar candidaturas de aliados.

Naquela eleição, Rogério teve o apoio de mais de 100 prefeitos ao Senado. Muitos deles que também apoiaram a candidatura de Fátima ao Senado, mesmo em lados opostos.

“A sociedade potiguar – e principalmente trabalhadores e trabalhadoras urbanos e rurais – o conhecem muito bem. Não estaria onde está se não tivesse usado e abusado dos recursos públicos via orçamento secreto para angariar apoio político. Não à toa, teve o apoio de grande parte de prefeitos e prefeitas em 2022. Hoje, a situação é diferente justamente por não dispor mais do poder de distribuição de recursos via orçamento público”, pontuou.

Mineiro avalia que o contexto político de 2026 será distinto daquele que favoreceu o bolsonarismo em 2022, quando Marinho foi eleito senador derrotando o então ex-governador Carlos Eduardo Alves (PDT). O deputado do PT vê um esvaziamento do capital político de Bolsonaro no cenário nacional, o que, segundo ele, pode impactar diretamente os planos do PL nos estados.

“O bolsonarismo vem perdendo a sua força. Basta ver que setores da elite conservadora brasileira – notadamente a paulista – vêm se afastando do Bolsonaro. Ele não é mais ‘funcional’ para essa elite, principalmente depois das revelações das tentativas de golpe que ele liderou”, destacou.

Apesar disso, Mineiro reconhece que o ex-presidente ainda mantém influência em determinados segmentos, mas não unânime. “Não foi totalmente descartado porque ainda tem algum capital político. Hoje a direita brasileira busca um candidato conservador mais ‘palatável’”, concluiu.

O lançamento da pré-candidatura de Rogério Marinho ao Governo do Estado foi feito por Bolsonaro na última sexta-feira (13), durante ato político na região Seridó. “Nosso cabra da peste Rogério Marinho vai ser governador do Rio Grande do Norte”, declarou o ex-presidente. A agenda no estado também incluiu visitas a Tangará, Santa Rita, Jucurutu e Mossoró, reforçando a aposta do PL em mobilizar sua base com antecedência para as eleições de 2026.


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