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junho 24, 2025


RETENÇÃO DE RECEITA MÉDICA PARA VENDA DE CANETAS EMAGRECEDORAS COMEÇA NESTA SEGUNDA (23)

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A partir desta segunda-feira (23) medicamentos análogos ao GLP-1, como Ozempic, Wegovy  e Mounjaro, usados no tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade, passam a ser vendidos nas farmácias apenas com retenção de receita médica.

A medida foi determinada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em abril e busca evitar a compra indiscriminada dos produtos sem prescrição e o uso fora das indicações aprovadas na bula.

De acordo com a agência, a medida não altera o direito do médico de prescrever medicamentos para finalidades diferentes das descritas na bula, prática conhecida como uso offlabel.

No caso dessas drogas, a indicação de uso na bula é para tratar diabetes, mas podem ser indicadas em casos de obesidade quando o médico entender que os benefícios do tratamento superam os riscos.

Esses remédios são classificados atualmente como tarja vermelha, o que exige prescrição médica, mas são facilmente comprados sem ela.

Agora, as chamadas caneta emagrecedoras vão seguir as regras aplicadas a fármacos antimicrobianos, como antibióticos. Ou seja, ainda serão classificadas como tarja vermelha, mas a receita ficará retida.

Nos casos de tratamento prolongado, essa receita pode ser utilizada por até 90 dias. O médico deve indicar a posologia a cada 30 dias.

A segunda via da receita que será receita. O farmacêutico não poderá aceitar documentos posteriores ao prazo de validade estabelecido pela regra da Anvisa.

Em 2024, a área técnica da agência afirmou que “o uso fora das indicações aprovadas em situações em que não há comprovação científica de segurança e eficácia pode colocar em risco a saúde dos seus usuários”.

A Anvisa ainda apontou que os medicamentos são novos, com “perfil de segurança a longo prazo” ainda desconhecido. A agência também detectou que 32% das notificações de eventos adversos dos produtos com semaglutida estão relacionadas ao uso não previsto em bula ou não aprovado. A taxa global seria de 10%, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde).

“Chama a atenção que a pancreatite correspondeu a 5,9% das notificações para a semaglutida no Brasil, mais que o dobro da porcentagem na base global, que foi de 2,4% das notificações para o mesmo princípio ativo até o final de setembro de 2024”, ainda afirma o processo da agência.

Em dezembro, a Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica) e as sociedades médicas de diabetes e de endocrinologia divulgaram uma carta aberta apoiando a proposta de retenção da receita como medida para o uso racional e seguro da medicação.

As entidades manifestam preocupação devido ao aumento da procura pelos chamados agonistas do GLP-1 para fins estéticos e dizem que, embora seguros, esses medicamentos precisam de acompanhamento médico.

“A compra irregular para automedicação coloca em risco a saúde das pessoas e dificulta o acesso de quem realmente precisa de tratamento”, dizem as entidades.

Parte da indústria de medicamentos defende que a venda sem retenção de receita deveria ser mantida e a manipulação do medicamento em farmácias deveria ser proibida.

A Anvisa decidiu não excluir as farmácias de manipulação desse mercado, mas disse que os dados desses estabelecimentos serão monitorados.

Em nota divulgada à época da determinação da agência brasileira, em abril, a farmacêutica Novo Nordisk, fabricante dos medicamentos Ozempic e Wegovy, afirmou que “compartilha das mesmas preocupações da Anvisa quanto ao uso irregular de medicamentos e fora de indicação em bula, e reforça que a segurança do paciente é seu principal compromisso”.

Já a Eli Lilly, responsável pelo Mounjaro, reconhece que o controle atual não tem sido suficiente para conter o uso inadequado dos medicamentos, e que a obrigatoriedade de retenção de receita será uma medida de maior controle.

Afirma, porém, que não responde a outros riscos aos pacientes, como o crescimento do mercado paralelo destes tipos de fármacos. “Sendo assim, a Lilly acredita que as medidas contra a manipulação irregular, em escala industrial, precisam ser adotadas simultaneamente às ações de retenção de receita.”

*Com informações da Folha de S. Paulo


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MPRN INVESTIGA PRORROGAÇÃO INDEVIDA DE CONTRATO DA SOLARES EM PARNAMIRIM

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O Ministério Público do Rio Grande do Norte instaurou um Inquérito Civil para apurar possíveis irregularidades na prorrogação de um contrato emergencial firmado entre a Prefeitura de Parnamirim e a empresa terceirizada Construtora Solares Ltda, que fornece mão de obra ao Município. O procedimento nº 04.23.2144.0000087/2025-88 foi autuado e instaurado no último dia 5 de junho de 2025 e tramita na 1° Promotoria da Comarca de Parnamirim.

O objetivo da investigação é esclarecer se houve prorrogação indevida da vigência do contrato, que é emergencial. Segundo apuração preliminar, o prazo teria sido estendido até fevereiro de 2026, o que pode contrariar os princípios da legalidade e temporariedade que regem as contratações emergenciais na administração pública.

Contratos emergenciais são permitidos por lei em situações excepcionais, como risco à prestação de serviços essenciais, e devem ter duração limitada, sendo vedada sua renovação ou prorrogação além do tempo estritamente necessário. O suposto prolongamento do contrato sem licitação levanta suspeitas de eventual burla ao processo licitatório.

A empresa Solares é responsável por serviços terceirizados junto ao município, e o caso pode envolver a análise de documentos, pareceres jurídicos e justificativas técnicas apresentadas pela gestão municipal para sustentar a prorrogação. O contrato em vigência teve empenhados R$ 37.849.864,89 para a prestação do serviço entre 01 de janeiro e 23 de junho de 2025.

A Solares já vem envolvida numa série de polêmicas e atritos na Prefeitura de Parnamirim. No último dia 06 de maio, foi tema de audiência pública na Câmara Municipal sobre as condições de trabalho, remuneração, direitos trabalhistas e obrigações contratuais referentes aos trabalhadores vinculados a empresa Solares e que atuam junto ao Município.

Já em janeiro, diante da paralisação de trabalhadores da empresa na Prefeitura, a Solares emitiu uma nota em que justificou o atraso salarial, alegou dificuldades com a Prefeitura e afirmou que se reuniria com a nova gestão para alinhar entendimento.

O inquérito sobre os contratos emergenciais segue em andamento.


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PROCURADORIA PEDE CASSAÇÃO DE CHAPA E NOVAS ELEIÇÕES EM OURO BRANCO

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A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (PRE-RN) emitiu parecer favorável a um recurso que pede a cassação dos mandatos do prefeito Samuel Souto (PL) e do vice-prefeito Dr. Araújo (PP), eleitos nas eleições municipais de 2020 e reeleitos no pleito de 2024. A manifestação ocorre no bojo de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que apura supostos abusos de poder político e econômico e promoção pessoal com uso indevido da estrutura pública durante o período eleitoral.

O recurso foi interposto pela coligação adversária, que acusa o gestor de utilizar a administração municipal para favorecer sua campanha à reeleição. Entre os fatos apontados, estão a realização de eventos com forte conotação eleitoral antes do prazo legal e a distribuição gratuita de bens à população em contexto de evidente finalidade eleitoral.

A Procuradoria destacou em seu parecer:
“Desse modo, resta demonstrado que Samuel Oliveira de Souto, prefeito de Ouro Branco/RN, praticou conduta vedada ao infringir o § 10 do art. 73 da Lei nº 9.504/97, por ter realizado a distribuição gratuita de bens em pleno ano eleitoral, sem a comprovação de amparo nas ressalvas legais (calamidade pública, estado de emergência ou programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior), propiciando benefícios eleitorais à chapa integrada por ele e por Francisco Lucena de Araújo Filho.”

O processo agora segue para julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN), que poderá confirmar ou rejeitar o pedido de cassação. Caso a Corte acate o recurso, uma nova eleição municipal deverá ser convocada para escolher os novos representantes do Executivo de Ouro Branco.

A decisão do TRE-RN será tomada nas próximas sessões, ainda sem data definida.


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NINA SOUZA ELOGIA POSTURA DE FÁTIMA E ATACA POSIÇÃO “IMATURA” DE NATÁLIA

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Enquanto a deputada federal Natália Bonavides (PT) atacou publicamente a gestão Paulinho Freire (UB) pela suposta omissão em apresentar projetos de drenagem ao Novo PAC, a governadora Fátima Bezerra (PT) fez o movimento oposto e telefonou diretamente para o prefeito, oferecendo ajuda e colocando a estrutura do Estado à disposição do município. As duas diferentes posturas aconteceram nos últimos dias, durante as fortes chuvas que atingiram Natal e geraram os alagamentos que atingiram as quatro regiões da capital.

Diante da atitude das duas petistas, a secretária municipal de Assistência Social, Nina Souza (UB), classificou o gesto da governadora como “republicano” e elogiou a disposição de diálogo da chefe do Executivo estadual. Já sobre Natália Bonavides, o tom foi outro. Em entrevista ao Diário do RN, Nina acusou a deputada de “imaturidade política” e de se alimentar do “caos” para obter capital político.

“Quando a governadora liga para oferecer ajuda, isso é um comportamento republicano. Nós precisamos entender que é isso o Estado Democrático de Direito: a gente ter os políticos convergindo para resolver o problema do povo. Em contrapartida, os parlamentares do partido dela, que não foi só a Natália, em vez de destinar emendas para ajudar, não fizeram”, destacou Nina.

Segundo Nina, há o componente a mais, no caso da deputada Bonavides, que enquanto candidata a prefeita de Natal, em oposição a Paulinho, não aceitou o desafio de destinar 20 milhões de reais em emendas para a cidade caso fosse derrotada.

“Naquele momento ela já mostrou claramente que o objetivo não é resolver o problema. Lamentavelmente. Parece, a impressão que dá, é que é o quanto pior, melhor. É a questão de se nutrir do caos. Se o problema for resolvido, eu não tenho o que bater. Eu não tenho retórica. Eu não tenho argumento. Então, eu vou lá ajudar?”, levanta a secretária e primeira-dama de Natal.

Em nota, o Executivo estadual reforça que a responsabilidade pela execução de obras de drenagem é municipal. Ainda assim, o Estado garante estar monitorando as chuvas desde o início da semana e mantendo diálogo com a Defesa Civil da capital.

O gesto da governadora, nesse contexto, assumiu um papel político estratégico. Ao se afastar da retórica de confronto adotada por sua correligionária e optar pela construção de uma ponte com a Prefeitura, a movimentação foi lida como um gesto de maturidade política, principalmente em um momento de desgaste nas relações entre os dois lados políticos.

“Essa é a diferença entre quem está preocupada com o povo e quem ainda está no palanque eleitoral. Enquanto Fátima age, Natália ataca. Ela foi muito bem votada em Natal, poderia estar destinando emendas para ajudar na drenagem, mas prefere se omitir e criticar”, afirmou Nina.

A fala da deputada, feita dois dias antes da ligação da governadora, acusava a gestão municipal de não “ter um pingo de amor por Natal”. “A cada período de chuva, os mesmos lugares alagam, pessoas ficam desabrigadas, ruas intransitáveis. Mesmo com o governo Lula disponibilizando recursos, a Prefeitura sequer apresentou projetos”, escreveu Natália nas redes sociais, o que foi visto por aliados de Paulinho como mais um lance eleitoral em uma disputa ainda mal digerida.

A crítica também remete à percepção, dentro da base aliada do prefeito, de que Paulinho tem enfrentado mais ataques em seis meses de gestão do que Álvaro Dias sofreu em seis anos como prefeito. “É estranho. O São João está aí, aquecendo a economia formal e informal, com gente trabalhando e ganhando dinheiro, mas tem quem prefira criticar. É como se não suportassem ver a cidade avançar”, comentou Nina.

“Paralelo a isso, ele [Paulinho] zerou fila de creche, as UPAs já começaram a ser remodeladas, nós baixamos 33 mil pessoas que esperavam para ser cadastrados no Cadastro Único nessa gestão. Nós temos várias políticas sendo reestruturadas, inclusive a política de habitação sendo reformulada. Muita coisa boa aconteceu em apenas seis meses. Então, eu acho que na hora que se vê isso, vamos atacar, porque o cara não pode crescer, entendeu? É meio complicado. Parece que o povo não para de fazer política”, finaliza Nina.


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GOVERNO REBATE PROTESTO E AFIRMA QUE ESTÁ TRABALHANDO EM NOVA LEI PARA PMS

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O secretário de Estado da Segurança Pública do Rio Grande do Norte, coronel Araújo, reagiu nesta segunda-feira (23) à manifestação organizada por militares estaduais em frente à Governadoria, no Centro Administrativo, em Natal. O ato, convocado por lideranças da oposição bolsonarista – o vereador de Natal Subtenente Eliabe (PL), o deputado estadual Coronel Azevedo (PL) e o deputado federal Sargento Gonçalves (PL), ocorreu poucas horas após representantes da categoria participarem de uma reunião oficial com o Governo do Estado para tratar do mesmo tema: a regulamentação do mecanismo de promoção funcional conhecido como “ex officio”.
“Estamos trabalhando numa legislação com o comando da PM, dos Bombeiros e com o secretário de Administração, Pedro Lopes. Estamos reunidos agora. A próxima reunião já está marcada para quarta-feira. Inclusive, eles não dizem [na manifestação] que tiveram reunião hoje com a gente. Todos eles estiveram aqui”, afirmou o coronel Araújo ao Diário do RN, criticando o tom político do protesto, enquanto participava de reunião de elaboração da legislação sobre a carreira dos policiais e bombeiros militares.
A mobilização foi convocada nas redes sociais pelo vereador Eliabe, que acusou a governadora Fátima Bezerra (PT) de ter “acabado com a carreira dos militares do Rio Grande do Norte”. A declaração foi amplamente compartilhada por parlamentares alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que vêm utilizando a pauta da segurança como eixo central de suas articulações políticas no Rio Grande do Norte.
Segundo nota divulgada pela Associação de Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros Militares do RN (ASSPMBM-RN), uma assembleia teve como objetivo reforçar a cobrança pela retomada das promoções previstas na legislação. A entidade confirmou que, ainda pela manhã, representantes das associações entregaram uma proposta ao secretário Pedro Lopes e que aguardam resposta oficial do Executivo até quarta-feira (25), data marcada para a próxima rodada de negociações.
“A categoria reivindica a regulamentação e efetivação do direito à promoção, e cobra do Governo do Estado uma solução imediata”, afirma a nota da associação, que reconhece o andamento das conversas com o Governo.
Para o coronel Araújo, a antecipação de um protesto público em paralelo ao andamento das negociações tem objetivo claro: gerar desgaste político para a governadora, especialmente por parte de figuras que devem disputar novas eleições. “Se fosse o ano que vem, era pior. Ele [Eliabe] vai ser candidato e vai fazer o salzeiro. Os demais estão dando corda. Mas nós estamos trabalhando aqui”, comentou o secretário sobre as figuras políticas envolvidas nas movimentações.
A regulamentação do “ex officio” – que garante a progressão automática de carreira em determinadas condições – é uma das principais demandas dos militares da ativa. Segundo os manifestantes, a interrupção dessa política nos últimos anos gerou insatisfação entre as praças, que agora cobram uma definição formal para garantir estabilidade funcional e valorização da carreira.
A nova reunião agendada para quarta-feira deverá ser decisiva para que o Governo apresente uma resposta à proposta encaminhada pelas entidades.


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