Início » Arquivos para 4 de novembro de 2025, 15:00h

novembro 4, 2025


EXPOSIÇÃO VALORIZA IDENTIDADE E MEMÓRIA DAS ARTES VISUAIS NO RN E OFERECE VISITAÇÃO GUIADA PARA ESCOLAS

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No coração da Cidade Alta, no Palácio Potengi, a Pinacoteca do Estado segue de portas abertas para receber escolas públicas e privadas na exposição “Feito Potiguar: Identidade e Memória das Artes Visuais do RN”. A mostra, em cartaz até 30 de novembro, oferece visitas guiadas com mediadores que conduzem alunos e professores por uma trajetória de descobertas sobre a história e a diversidade das artes visuais produzidas no Rio Grande do Norte. Desde a abertura, em 26 de setembro, mais de 3 mil visitantes já passaram pela exposição, que se tornou um importante espaço de valorização cultural e educativa para a cidade.

Fruto de uma parceria entre o Sebrae/RN (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte) e o Conselho Estadual de Cultura, a exposição reúne obras inéditas de 51 artistas potiguares, incluindo pinturas, esculturas e tapeçarias que abrangem mais de um século de criação. “Temos uma equipe de mediação que acompanha as visitas, sejam agendadas ou espontâneas, e promove encontros sensíveis com as obras, estimulando o olhar, a escuta e a troca de experiências. As mediações são pensadas para todos os públicos e incluem jogos lúdicos, podendo ser adaptadas para grupos escolares, universitários e outros, com o objetivo de incrementar a vivência da potência criativa que brota do nosso território”, explica Karen Álvares, coordenadora do setor educativo da exposição.

A mostra está organizada em quatro núcleos temáticos que permitem ao visitante compreender a riqueza e a diversidade da produção artística potiguar. O primeiro módulo, “Poética Fundante”, retrata paisagens do litoral ao sertão, registrando casarios históricos, trabalhadores do campo e da pesca, além de figuras populares, apresentando uma visão poética e detalhada do cotidiano do Rio Grande do Norte. O segundo núcleo, “Cascudo, as Tradições e o Folclore”, celebra festas populares, ritos de fé, devoção e misticismo que permeiam o dia a dia da população, conectando o público com o patrimônio cultural imaterial do estado. O terceiro, “Natureza Viva”, evidencia a exuberância da flora e fauna locais, com destaque para o caju, símbolo maior do RN, mostrando como a natureza potiguar inspira artistas de diferentes gerações. Por fim, o módulo “Feito Feminino” presta um tributo às mulheres que romperam barreiras e deixaram marcas no cenário das artes visuais, evidenciando a contribuição feminina para a identidade artística do Estado.

Entre as obras que mais chamam a atenção do público, o curador Manoel Onofre cita o “Galo Branco”, de Antônio Soares, e sua releitura colorida feita pela artesã Dona Neném; uma tapeçaria inédita de Dorian Gray, com quatro metros de extensão; e obras de Joaquim Fabrício resgatadas com auxílio da inteligência artificial. Segundo Onofre, Fabrício é uma figura essencial na história da arte potiguar, tendo estudado na Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, com financiamento de D. Pedro II, e sua obra contribuiu de forma significativa para a formação visual do Estado.

“É um momento oportuno para tornar acessível ao público a produção artística potiguar e permitir que novas gerações conheçam e se apropriem desse legado. Cada núcleo é uma janela para diferentes facetas do nosso imaginário. A exuberância da flora local, com o caju como protagonista, e a exaltação da figura feminina na construção da arte potiguar completam este panorama, tecendo um fio condutor que une passado e presente, tradição e inovação”, observa Onofre.

Para o diretor superintendente do Sebrae-RN, Zeca Melo, a exposição reflete os princípios do Feito Potiguar ao resgatar a autoestima e o orgulho local. “A valorização da arte potiguar é mais uma forma de reconhecer e apreciar o que é intrinsecamente nosso. Por isso, surgiu a ideia de criar uma exposição que traduz a poética visual do projeto, mostrando as obras de quem, de fato, construiu o percurso das artes no Rio Grande do Norte”, afirma.

O acesso à exposição é gratuito, seguindo o horário de funcionamento do Palácio Potengi: de terça a sexta-feira, das 8h às 16h, e aos sábados e domingos, das 9h às 16h. Além disso, a venda de artigos para presente da marca Feito Potiguar, incluindo camisas, bonés, canecas, cadernos e ecobags, reverte parte da renda para a Casa Durval Paiva, reforçando o caráter social do projeto e integrando arte e responsabilidade comunitária.

A iniciativa representa também uma oportunidade de aproximar o público escolar da arte potiguar. A visita guiada com mediadores permite que os alunos não apenas observem as obras, mas interajam com elas por meio de atividades lúdicas e discussões guiadas, estimulando o aprendizado e a reflexão crítica, de acordo com a coordenadora do setor educativo da exposição, Karen Álvares.

“Essas mediações incentivam o olhar sensível e ajudam a formar uma nova geração que compreenda o valor da arte local e a importância de sua preservação”, finaliza.
Para agendamento de visitas escolares, o contato é pelo telefone (84) 99127-2625.


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POTIGUARES JÁ ESTÃO PAGANDO MAIS CARO PELO GARRAFÃO DE ÁGUA MINERAL

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Desde 1º de novembro, o preço da água mineral vem subindo em todo o Rio Grande do Norte. O reajuste contempla as naturais e as adicionadas de sais e pode variar conforme a política de cada indústria envasadora, levando o valor do garrafão de 20 litros a custar entre R$ 9 e R$ 15. O aumento, segundo o Sindicato das Indústrias de Cervejas, Refrigerantes, Águas Minerais e Bebidas em Geral do Rio Grande do Norte (Sicramirn), foi inevitável diante da escalada dos custos de produção, da alta do dólar e da inflação acumulada no último ano.

O presidente do Sicramirn, Joafran Nobre, explica que o reajuste é uma medida necessária para garantir o equilíbrio financeiro das empresas do setor e a manutenção da qualidade do produto entregue ao consumidor. “O aumento reflete um esforço de equilíbrio diante da elevação de custos que impactam cada elo da cadeia produtiva. Nosso compromisso é garantir que o consumidor continue recebendo um produto seguro e de excelência, dentro das normas sanitárias e ambientais exigidas”, afirma.

Segundo o Sindicato, entre os fatores que pressionaram os preços estão a inflação acumulada em torno de 5% nos últimos 12 meses, o reajuste do salário mínimo e o encarecimento de matérias-primas utilizadas na fabricação de tampas, rótulos e lacres. Os custos logísticos também pesaram na decisão. O aumento do preço dos combustíveis, da energia elétrica e de outros insumos afetou diretamente o transporte e o envase das embalagens.

Outro ponto de forte impacto foi a valorização do dólar, que encareceu o preço da resina usada na produção dos vasilhames, tendo em vista que como a matéria-prima é cotada em moeda estrangeira, qualquer variação cambial influencia diretamente o custo final do produto. “Temos acompanhado oscilações expressivas na cotação do dólar e isso repercute imediatamente na nossa produção, especialmente no valor das embalagens”, explica o presidente.

A decisão de reajustar os preços foi tomada após sucessivas tentativas de absorver os aumentos de custos ao longo do ano. Segundo o Sicramirn, o setor vem operando com margens apertadas e o reajuste busca restabelecer o equilíbrio econômico das empresas. “Nosso papel é manter o funcionamento saudável das indústrias, proteger os empregos e assegurar que o consumidor continue tendo acesso a um produto essencial, com a mesma qualidade que sempre caracterizou o setor”, reforça Joafran Nobre. Com os novos valores, coube a cada envasadora definir o percentual de reajuste de acordo com seus custos internos e políticas comerciais.

MERCADO EM EXPANSÃO
Atualmente, o Rio Grande do Norte conta com 35 indústrias envasadoras, responsáveis pela produção de aproximadamente 507 milhões de litros de água por ano. O setor também tem grande relevância econômica e social, gerando cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos. De acordo com estimativas do Sicramirn, a produção mensal chega a três ou quatro milhões de garrafões de 20 litros, volume que inclui tanto a água mineral natural quanto a água adicionada de sais.

QUALIDADE E CONTROLE RIGOROSO
O Sicramirn destaca que a diferenciação entre os tipos de água está na origem e no processo de tratamento. As águas minerais naturais possuem composição de sais minerais definida naturalmente desde o subsolo, enquanto as águas adicionadas de sais passam por um processo de purificação e recebem minerais em proporções controladas. Em ambos os casos, o envase é realizado nos mesmos garrafões de 20 litros e segue protocolos físico-químico e bacteriológico para garantir segurança e qualidade para os consumidores potiguares.

Além de ser amplamente consumida, a água envasada no estado segue rígidos padrões de segurança e qualidade. Todas as indústrias operam sob fiscalização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e da Vigilância Sanitária, obedecendo a normas que vão desde a captação até a distribuição final do produto. No Rio Grande do Norte, o setor adota ainda o Selo de Controle Fiscal, mecanismo que assegura a procedência e a conformidade do produto comercializado.


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CÂNCER DE PRÓSTATA: DIAGNÓSTICO PRECOCE GARANTE ATÉ 90% DE CURA

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De acordo com estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2025, cerca de 71.730 homens serão diagnosticados com câncer de próstata no Brasil, uma média de 196 casos por dia.

Outro dado importante mostra que, em 2024, 16.160 homens morreram em decorrência da doença, o equivalente a 44 mortes por dia, de acordo Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma.

Os números reforçam a necessidade de campanhas permanentes de prevenção e conscientização sobre a saúde masculina, especialmente durante o “Novembro Azul”, instituído no Brasil em 2011. A boa notícia é que, quando diagnosticado precocemente, o câncer de próstata tem mais de 90% de chance de cura. Com esse propósito, a Sociedade Brasileira de Urologia do Rio Grande do Norte (SBU-RN) realiza mais uma edição da campanha, incentivando os homens a cuidarem da própria saúde e manterem o acompanhamento médico regular.

“Os exames de rotina não são só para ‘descobrir doença’. Eles são uma oportunidade de diagnóstico precoce e de prevenção algumas vezes”, destaca o urologista Rafael Pauletti, presidente da SBU-RN.

Segundo o especialista, o câncer de próstata pode evoluir silenciosamente por anos, sem causar sintomas. “Quando o homem sente algo como dor ou sangue na urina, muitas vezes o tumor já está em fase avançada, e o tratamento fica mais complexo e com mais complicações”, alerta.

Entre as estratégias de controle do câncer de próstata, destacam-se o diagnóstico precoce e o rastreamento, que consiste na aplicação sistemática de exames em homens assintomáticos para identificar o câncer em estágio inicial. O acompanhamento anual com o urologista permite identificar alterações no exame de sangue PSA e no toque retal, além de possibilitar a avaliação de outros aspectos da saúde geral, como colesterol, pressão arterial e diabetes. “O check-up não é burocracia: é estratégia de vida”, resume Pauletti.

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda o rastreamento em homens entre 50 e 70 anos. Para homens negros ou com histórico familiar da doença, a orientação é iniciar aos 45 anos.

“É um grupo em idade produtiva e com expectativa de vida cada vez maior em nossa sociedade, por isso é tão importante o cuidado preventivo. E quando o pai, irmão ou avô teve câncer de próstata antes dos 60 anos e a obesidade, a atenção deve ser cada vez maior. Outro fator que deve ser observado é a exposição ocupacional a agentes químicos, que representa cerca de 1% dos casos”, explica o urologista.

Quando identificado no início, o câncer de próstata é altamente tratável. “As chances de cura ultrapassam 90%, os tratamentos são menos invasivos e há maior preservação da continência urinária e da função sexual”, tranquiliza o médico.

“Não é um exame de próstata que vai mudar a sua masculinidade”

O representante comercial José Américo de Paiva Filho, de 73 anos, conhece bem a importância do diagnóstico precoce. O histórico familiar sempre o levou a realizar exames anuais.

“Normalmente, todos os anos, fazia todos os exames, inclusive o toque. Meu pai teve câncer de próstata e meu irmão mais velho também. E com isso eu cuidava, sempre estava fazendo os exames e acompanhando”, conta.

Mesmo diante do diagnóstico, José Américo manteve a tranquilidade e a fé. “Fiquei calmo porque meu médico me passou confiança, explicou que era o início da doença. Fiz a cirurgia e, graças a Deus, não precisei de quimioterapia. A recuperação foi ótima. ”

Recuperado, ele faz questão de deixar um conselho: “Valorize a sua vida. Não é um exame de próstata que vai mudar a sua masculinidade. O importante é cuidar, porque é muito bom viver e ter saúde”, alerta.

SINTOMAS E TRATAMENTOS
Na fase inicial, o câncer de próstata geralmente não apresenta sintomas, o que reforça a importância da prevenção. Em estágios mais avançados, podem surgir sangue na urina ou no sêmen, micção frequente ou necessidade de urinar à noite, fluxo urinário fraco ou interrompido, disfunção erétil, dores ósseas e no baixo ventre. Mais do que uma campanha, o Novembro Azul é um lembrete de que cuidar da saúde é um ato de amor-próprio e de responsabilidade com a própria vida.

Os tratamentos do câncer de próstata variam de acordo com o estágio da doença, o tipo histológico, a idade e as condições clínicas do paciente. De acordo com o Ministério da Saúde, entre janeiro de 2019 e agosto de 2024, foram realizadas 18.315 prostatectomias e 28.756 prostatovesiculectomias radicais no país. As opções incluem cirurgia, radioterapia, vigilância ativa, hormonioterapia, quimioterapia e radiofármacos. Em alguns casos, são utilizadas terapias focais e imunoterápicos. “Hoje temos várias opções de tratamento, para cada fase da doença.

Casos iniciais ou avançados são passíveis de tratamento e melhora da qualidade de vida — só basta querer se tratar”, conclui o urologista, Rafael Pauletti.


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CÂMARA DE NATAL PRESTA HOMENAGEM AO EX-PRESIDENTE DA CASA, DICKSON NASSER

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A Câmara Municipal de Natal realizará, no dia 6 de novembro, às 18h30, no Plenário Érico Hackradt, uma Sessão Solene de entrega do Título de Cidadão Natalense ao ex-presidente da Casa, Dickson Nasser, natural do município de Macaíba, no Rio Grande do Norte.

A homenagem é uma iniciativa do vereador Daniel Santiago (PP), subscrita por diversos vereadores, inclusive o presidente Ériko Jácome, como forma de reconhecer sua relevante contribuição à história do Legislativo natalense e ao desenvolvimento da cidade.

Com uma trajetória pública marcada por dedicação, liderança e compromisso com o serviço público, Dickson Nasser foi vereador de 1989 a 2012 e presidiu a Câmara Municipal de Natal em dois mandatos consecutivos, entre 2007 e 2010, período em que se destacou pela modernização administrativa e pela valorização dos servidores da Casa.

Além da atuação parlamentar, exerceu cargos de destaque na administração municipal, como presidente do Iprevinat (Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Natal) e secretário de Assuntos Parlamentares. Também esteve à frente da Federação das Câmaras Municipais do Rio Grande do Norte (Fecam/RN), presidindo a entidade entre 2007 e 2010, quando ampliou o diálogo entre os Legislativos municipais e fortaleceu o papel institucional das câmaras no interior do estado.

Dickson Nasser está à frente do grupo político com mais longa atuação na Câmara Municipal de Natal, tendo seu filho, Dickson Júnior, exercido três mandatos consecutivos, encerrados em 2024, e atualmente representado pelo vereador Daniel Santiago, que cumpre seu primeiro mandato.

“Dickson Nasser é parte viva da história política de Natal. Sua experiência e o trabalho dedicado à Câmara Municipal deixaram marcas profundas de respeito, compromisso e espírito público. Esta homenagem é um reconhecimento merecido a quem tanto contribuiu para o fortalecimento do Poder Legislativo”, destacou o vereador Daniel Santiago.

A solenidade contará com a presença de familiares, amigos, ex-colaboradores, autoridades e parlamentares.


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BLOGUEIRO AGREDIDO NA PREFEITURA DE MOSSORÓ QUESTIONA SILÊNCIO DE ALLYSON

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O blogueiro Rony Holanda firma estar passando por dias difíceis e psicologicamente afetado por um caso de violência que envolve o secretário municipal de Segurança Pública, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Trânsito de Mossoró, Walmary Costa. Rony entrou com uma ação na justiça denunciando ter sido agredido pelo secretário na sede do órgão.

O caso aconteceu há duas semanas e, desde então, o blogueiro afirma não conseguir esquecer o ocorrido. “Eu sempre me vejo naquela situação, em vários momentos do meu dia a dia, não sai da minha cabeça aquele momento, uma situação que eu não desejo a ninguém passar por isso. Algo muito difícil pra mim, que fui buscar uma informação simples e ser tratado daquela forma.”, relata.

Rony relata que a agressão acorreu em um segundo momento em que ele esteve na secretaria em busca de informações sobre o pagamento do auxílio-fardamento dos guardas municipais de Mossoró. “Já tinha ido na sexta-feira e não encontrei o secretário, sendo atendido pelo seu chefe de gabinete. E quando voltei na segunda e fiquei parado por trás do carro do secretário o esperando para cobrar as informações, fui surpreendido com uma gravata do chefe de gabinete do secretário (Walmary), que me imobilizou, sendo que o secretário me deu vários tapas na cabeça e no pescoço”, descreve.

Segundo o blogueiro, na ocasião, além das agressões físicas, o secretário também arremessou o seu celular contra a parede. Sem o aparelho, Rony falou com o jornal Diário do RN por meio do celular da mãe dele.

O blogueiro questiona o silêncio do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, que não emitiu qualquer posicionamento sobre o ocorrido. “Foi algo absurdo. Uma secretaria deveria ser um local do povo, de cidadania, para escutar a população e não um local de tortura.”, indaga.

Rony agora aguarda o desenrolar do caso nos tribunais. “O que eu quero é justiça. Se tratam a imprensa dessa forma, imagine a população.”, conclui.

Em nota publicada após o caso, a Secretaria Municipal de Segurança Pública, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Trânsito disse que Rony “tentou invadir salas que contêm dados confidenciais de segurança pública, relacionados ao Centro Integrado de Operações de Trânsito e Segurança Pública (CIOTS) e acessou uma área restrita, além de ter desacatado profissionais do órgão. O blogueiro nega as afirmações e diz que a nota “é mentirosa”.

O jornal Diário do RN entrou em contato com o secretário de Comunicação Social da Prefeitura de Mossoró, Wilson Fernandes, para solicitar um posicionamento do prefeito Allyson Bezerra, mas não teve resposta até o fechamento desta edição.


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RELATOR DESMORALIZA ABRAÃO LINCOLN EM DEPOIMENTO NA CPMI DO INSS

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O presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), o potiguar Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, prestou depoimento nesta segunda-feira (3) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, em Brasília, em uma sessão marcada por constrangimentos e pela desmoralização do depoente diante das perguntas do relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL).

Abraão Lincoln, que obteve habeas corpus preventivo do ministro Alexandre de Moraes (STF) para permanecer em silêncio sobre fatos que pudessem incriminá-lo, foi confrontado com uma série de questionamentos sobre sua trajetória política e jurídica. Gaspar fez um apanhado da vida do presidente da CBPA.

As perguntas diretas e incisivas deixaram o potiguar visivelmente acuado. Alfredo Gaspar também destacou o principal ponto da investigação atual: o número alarmante de mortos incluídos nas listas de descontos associativos vinculados à CBPA. “Há cerca de 40 mil mortos incluídos como filiados ativos”, frisou o relator, observando que esse número é recordista entre as entidades investigadas.

O relator lembrou inclusive a prisão de Abraão em 2015, em Porto Alegre: “O senhor já foi preso alguma vez?”, iniciou o relator. Diante do silêncio, prosseguiu: “Em 2015, Vossa Senhoria passou alguns meses guardado na penitenciária central de Porto Alegre. Pode me dizer o motivo da prisão? Essa prisão foi decorrente da cobrança de propina? Propina relacionada a licenças de pesca artesanal falsas?”. Abraão limitou-se a dizer que o caso “ainda está sob investigação” e que “não há condenação”.

Em meio aos questionamentos na CPMI, Gaspar ainda citou registros de visitas de Abraão Lincoln ao Palácio do Planalto, em julho e agosto, para reuniões com a ministra Gleisi Hoffmann e outros dirigentes sindicais de federações ligadas à Confederação, tratando da Medida Provisória 1303, que altera regras do seguro-defeso.

Mesmo com o direito de permanecer calado, Abraão respondeu pontualmente, tentando se desvincular das suspeitas. “Está sob investigação, mas não tenho nenhuma condenação”, ou “prefiro permanecer em silêncio”, repetiu em mais de uma ocasião. Inclusive, quando questionado sobre ligações com Antônio Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, e outros personagens ligados à investigação.

Em sua fala inicial, Abraão Lincoln tentou sustentar a legitimidade da confederação. Afirmou que a CBPA “nasceu de uma dissidência de doze federações históricas” e que hoje reúne 21 federações e quase mil entidades de base em todo o país. “Estamos aqui para dizer a vocês que existimos. Nossas instituições existem”, disse o dirigente, tentando rebater críticas sobre a estrutura física da entidade, descrita pela Controladoria-Geral da União (CGU) como uma “pequena sala comercial”, com apenas uma secretária e sem condições técnicas para atender mais de 360 mil associados.

Apesar da tentativa de defesa, o depoimento foi dominado pelas acusações levantadas pela CPMI e pela Polícia Federal. A CBPA é apontada como um dos eixos centrais da chamada Operação Sem Desconto, que investiga desvios de mais de R$ 220 milhões em benefícios previdenciários de aposentados e pensionistas. Segundo a PF, a confederação teria firmado convênios fraudulentos com o INSS, multiplicando artificialmente o número de filiados para obter repasses de recursos.

Relatórios da CGU e da Polícia Federal indicam que, embora a entidade não tivesse filiados em 2022, ela firmou acordo com o INSS e, em 2023, já contabilizava mais de 340 mil associados, movimentando R$ 57,8 milhões. Nos três primeiros meses de 2024, o número saltou para 445 mil, com faturamento de R$ 41,2 milhões. O documento também associa o tesoureiro da CBPA, Gabriel Negreiros, ex-candidato a vereador em Natal e considerado braço direito de Abraão Lincoln, aparece nos inquéritos como responsável financeiro da organização. Abraão Lincoln Ferreira, o presidente da CBPA, é ex-líder do Republicanos no Rio Grande do Norte e candidato a deputado federal em 2018. Ambos são investigados por suposta falsificação de filiações em massa e pagamento de propina a servidores do INSS.

A sessão foi acompanhada de forma atenta pelos membros da CPMI, que apura o esquema de descontos indevidos em benefícios previdenciários e suspeitas de corrupção no INSS. O presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), manteve o tom institucional, mas o clima entre os parlamentares evidenciou a gravidade das acusações que cercam o dirigente potiguar.

A CPMI do INSS deve votar, nas próximas semanas, requerimentos de quebra de sigilo bancário e fiscal de Abraão Lincoln, abrangendo o período entre 2019 e 2025, além de detalhamentos sobre movimentações financeiras e contratos da CBPA. O caso, segundo o relator, “é um retrato de como organizações fantasmas têm saqueado o sistema previdenciário brasileiro, à custa de aposentados e pensionistas”.


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DANIEL VALENÇA NEGA QUE ATO EM NATAL TENHA SIDO PELO FIM DA PM

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O vereador Daniel Valença (PT) negou que a manifestação realizada na última sexta-feira (31), em frente ao shopping Midway Mall, em Natal, tenha tido como pauta o “fim da polícia” ou a “desmilitarização da polícia”, como mostram vídeos divulgados nas redes sociais. Segundo ele, o ato, convocado por ele e pela vereadora Brisa Bracchi (PT), teve como objetivo denunciar a chacina ocorrida no Rio de Janeiro e cobrar investigação sobre a ação que deixou 117 mortos civis e quatro policiais.

“A pauta do ato era contra a chacina de Cláudio Castro, não contra a polícia militar. Inclusive, quatro policiais morreram, um com 40 dias de polícia civil, graças à irresponsabilidade e ao eleitoralismo do governador do PL. Com certeza, não era sobre o fim da polícia”, afirmou Valença ao Diário do RN.

O vereador destacou ainda que o debate proposto pelo movimento é sobre a apuração dos fatos e a necessidade de discutir publicamente os rumos da política de segurança pública no país. “O que está em questão é que houve uma chacina e as pessoas estão exigindo que haja uma investigação transparente, isenta, sobre se houve execuções ou não, e que se abra um debate sobre se esse caminho muda ou não a situação de violência que o povo está submetido não só no Rio de Janeiro, mas em todas as comunidades do país”, disse Valença à reportagem.

A vereadora Brisa Bracchi se pronunciou durante o ato, conforme postagem em suas redes sociais, afirmando que o modelo de segurança pública adotado no país é insustentável e tem como consequência o extermínio da população negra e periférica. Em suas divulgações sobre o movimento, não há qualquer abordagem sobre o fim da polícia.

“Esse não é um modelo de segurança pública possível. Esse é um modelo político de extermínio da juventude negra, dos negros e favelados. Uma política de combate ao crime organizado de verdade vai no financiamento do crime, nos centros financeiros do crime organizado. Não sobe a favela atirando e matando, jorrando sangue como aconteceu essa semana”, declarou.

Brisa afirmou ainda que o momento é de transformar a dor em luta e de reafirmar o papel do movimento negro e dos defensores dos direitos humanos. “Nós precisamos ter noção e consciência do tamanho do desafio. O movimento negro unificado tem muita força, tem muita potência. Nós temos uma ancestralidade que sobreviveu à escravidão, que resistiu a momentos muito mais difíceis da história deste país”, completou.

A deputada federal Natália Bonavides também esteve presente ao ato. A reportagem do Diário do RN entrou em contato com a assessoria da parlamentar, mas não teve retorno.

O ato, que reuniu alguns militantes de movimentos sociais e representantes do movimento negro, reforçou a cobrança por apuração independente sobre as mortes no Rio de Janeiro e reacendeu o debate sobre a condução das políticas de segurança no país e no Estado.

Apesar do objetivo claro da manifestação, reforçado por Daniel e Brisa, vídeos que circulam nas redes sociais mostram que, em dado momento, manifestantes gritam em coro: “Não acabou, tem que acabar. Eu quero o fim da Polícia Militar”. Vale destacar que as imagens não mostram a presença de nenhum dos parlamentares (Daniel, Brisa ou Natália) no momento desta reivindicação.


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