“É uma decisão que deve vir do povo. O que o povo decidir, eu aceito”. Com simplicidade e tranquilidade, o deputado estadual José Dias (PSDB) falou sobre as manifestações favoráveis e contrárias ao presidente Jair Bolsonaro ocorridas nesta terça-feira (7) e como vê esse momento de briga ideológica que divide o país. Criticou o radicalismo de ambos os lados e disse que Bolsonaro não se comporta de forma pacífica, o que estimula seus eleitores a atos antidemocráticos, como os pedidos por intervenção militar, a destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o fechamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Questionado sobre um possível pedido de impeachment do presidente pelo diretório nacional do PSDB, o deputado estadual disse que essa decisão deve vir do povo, uma vez que o mandatário foi eleito democraticamente. “Este é o meu entendimento. Não importa o que o partido nacional decida, ficarei sempre ao lado da decisão que o povo escolher, então, o que o povo decidir, eu aceito”, enfatizou o parlamentar.
Deputado estadual há 35 anos pelo Rio Grande do Norte, José Dias (PSDB) falou sobre as manifestações, José Dias teceu críticas ao extremismo radical – de ambos os lados – que predomina no cenário nacional e se mostrou preocupado com o futuro do país.
“Meu sonho é com a pacificação do Brasil. Precisamos ser um país de paz, de oração, de amor e respeito ao próximo. Precisamos de políticos voltados para beneficiar o povo, não desse radicalismo todo que vivemos hoje, as pessoas estão agitadas, nervosas, brigam por tudo. Não precisamos disso. Tenho pedido muito a Deus que isso acabe logo, mas eu vejo que o próprio presidente não quer paz”, desabafou.
Do alto da sua experiência pessoal e parlamentar, José Dias explicou que acompanhou as manifestações do dia 7 de setembro em Natal e percebeu as pessoas participando ativamente, tanto a favor como contra a gestão do presidente Jair Bolsonaro. No entanto, afirmou que considerou mais prudente se manter fora das discussões e mobilizações por entender que esta é uma situação delicada e que poderia descambar para um lado “violento”.
*Texto de Alessandra Bernardo para o jornal Agora RN