
A CPI da Covid da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte discutiu, na tarde desta quinta-feira (7), sobre contratos relacionados à área de publicidade durante parte do período da pandemia no estado. Foram ouvidos a secretária estadual de Comunicação, Guia Dantas, e o médico infectologista Alexandre Motta, na condição de testemunhas.
O objetivo da reunião, segundo presidente da CPI, deputado estadual Kelps Lima (SDD), era esclarecer o que levou o médico, filiado ao PT, ter sido “garoto propaganda” de campanha do Governo, além de fazer prestação dos valores gastos com a divulgação.
Motta concorreu pelo Partido dos Trabalhadores ao Senado Federal na eleição de 2018.
Primeira ouvida na sessão, a secretária Guia Dantas foi questionada sobre os contratos para a área, expondo valores e explicando os momentos em que os acordos foram fechados.
Sobre a participação do médico, o presidente da CPI fez questionamentos acerca da possibilidade de que o princípio da impessoalidade tenha sido desrespeitado no momento em que Motta, que é filiado ao PT e foi candidato ao Senado Federal, tenha participado de vídeos pagos pelo Poder Público.
Alexandre Motta disse que foi convidado para participar dos vídeos pelo proprietário de uma das agências de publicidade que fazem campanhas para o Governo do Estado. Segundo ele, não houve cobrança de cachê, participando de graça apenas para colaborar. Ponto que também foi defendido pela secretária.
Em contrapartida, Kelps falou que a veiculação das peças publicitárias, contudo, não foram gratuitas. E, por isso, solicitou a prestação dos valores gastos com a divulgação.
Ainda na reunião, os deputados aprovaram a autorização para que a CPI faça a contração de profissional para colaborar com a elaboração do relatório do deputado Francisco do PT.