O ex-governador do Ceará e pré-candidato a presidente da República, Ciro Gomes (PDT), foi alvo na manhã desta quarta-feira (15.12) de um mandado de busca e apreensão pela Polícia Federal. Ele é investigado por conta de supostas irregularidades em obras de ampliação da Arena Castelão, estádio de futebol que foi reformado na capital do Ceará, Fortaleza, para jogos da Copa do Mudo de Futebol de 2014 no Brasil.
Segundo investigações da PF, entre os anos de 2010 e 2013, quando era governador do Ceará, Cid Gomes, irmão de Ciro Gomes, que atualmente é senador.
A PF aponta que foram realizados pagamentos de R$ 11 milhões em propinas, pagas em dinheiro vivo ou através de doações eleitorais disfarçadas, com a emissão de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas.
Os indícios dão conta de que as propinas teriam sido pagas para que uma empresa ganhasse a licitação para reforma do estádio Castelão, que depois se tornou o Arena Castelão, pagas também durante a execução do contrato, para que o Governo do Ceará pudesse receber seus valores devidos.
A Operação foi chamada de Colosseum, em referência ao Coliseu de Roma, na Itália, em comparação com o estádio Arena Castelão, em Fortaleza e foi determinada pela 32ª Vara da Justiça Federal do Ceará, que autorizou 14 mandados de busca e apreensão na capital Fortaleza e em outras cidade do interior do Ceará, como Meruoca, Juazeiro do Norte, além de São Paulo, Belo Horizonte e São Luís, capital do Maranhã. Os nomes dos demais envolvidos ainda não foram divulgados pela PF. Lúcio Gomes, irmão de Ciro e Cid, também é um dos investigados.
“Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar criar danos à minha pré-candidatura à presidência da República”, disse Ciro Gomes.
“Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraudes em licitações, associação criminosa, corrupção ativa e passiva”, informa a PF em nota.
Com informações do G1 nacional