
A Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou, nessa quinta-feira, 13, as orientações sobre medicamentos recomendados para o tratamento de pacientes com a Covid-19.
De acordo com o documento elaborado por especialistas do Grupo de Desenvolvimento de Diretrizes da OMS, o medicamento Baricitinibe passa a ser fortemente recomendado para indivíduos em estado grave ou crítico pela doença.
Os efeitos da Covid-19 no corpo podem ser divididos em duas fases. A primeira consiste na fase viral, que reúne sintomas comuns de outras viroses, como dor no corpo, dor de cabeça, coriza, mal estar e febre. Conforme a doença avança, por volta do sétimo dia da infecção, tem início a fase inflamatória.
De acordo com a OMS, evidências científicas sobre a utilização do baricitinibe em associação com outros recursos, como corticoides, apontam que o medicamento pode contribuir para controlar a inflamação, reverter quadros graves da doença e reduzir a necessidade de ventilação, sem aumento observado nos efeitos adversos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a indicação do baricitinibe para o tratamento de pacientes internados com Covid-19 no dia 17 de setembro.
Na mesma atualização da diretriz, a OMS também faz uma recomendação condicional para o uso do Anticorpo Monoclonal Sotrovimabe em pacientes com Covid-19 que não apresentam quadros graves. O uso é indicado apenas para pessoas com maior risco de hospitalização, uma vez que foram encontrados poucos benefícios para pacientes de menor risco.
A Anvisa aprovou o uso emergencial do sotrovimabe no dia 9 de setembro. O medicamento é de uso restrito a hospitais e não pode ser vendido em farmácias e drogarias. A dose recomendada é uma dose única de 500 mg, administrada por infusão intravenosa.
As recomendações foram baseadas em novas evidências de sete ensaios envolvendo mais de 4 mil pacientes com Covid-19 em diferentes quadros clínicos, incluindo não grave, grave e crítica.
A OMS é contra o uso de plasma convalescente, ivermectina e hidroxicloroquina em pacientes com Covid-19 independente da gravidade da doença.
Com informações da CNN Brasil