
Uma análise feita com dados consolidados de seis bases de dados internacionais sobre temperaturas globais mostrou que, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o ano passado está entre os sete mais quentes já registrados na história.
O grupo dos sete anos mais quentes inclui todos os anos desde 2015. Entre eles, o ano de 2016 lidera o ranking de temperatura global, seguido de 2019 e 2020.
A agência da ONU (Organização das Nações Unidas) especializada em meteorologia pontua que as temperaturas médias globais foram temporariamente resfriadas, entre 2020 e 2022, pelo fenômeno La Niña.
O La Niña é o nome dado aos efeitos do resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico, que altera a dinâmica de circulação na atmosfera e colabora, por exemplo, com o resfriamento da temperatura média global.
No Brasil, um dos efeitos derivados do La Niña são as chuvas que foram vistas no início do ano, que deixaram ao menos 59 mortos em 10 estados brasileiros.
Os dados levantados pela agência ao longo dos anos mostram que desde os anos 1980, o planeta fica mais quente a cada década, e a expectativa é que a tendência se prolongue.