
Pesquisadores da Universidade de Medicina da Prefeitura de Kyoto, no Japão, compararam a capacidade de sobrevivência em superfícies do coronavírus original, encontrado em Wuhan, na China no final de 2019, e as variantes de preocupação Alfa, Beta, Gama, Delta e Ômicron.
Em um estudo ainda não revisado por pares, os cientistas concluíram que a Ômicron é a mais resistente no ambiente externo, ficando até 21 horas sobre a pele e até 193 horas (o equivalente a oito dias) em superfícies plásticas.
Os cientistas descobriram que a nova variante é a que mais resiste na superfície plástica (193,5 horas), seguido pela Alfa (191,3 horas), Beta (156,6 horas), Delta (114 horas), Gama (59,3 horas), sendo que a cepa originária de Wuhan foi a que menos sobreviveu, ficando 56 horas.
Já o tempo de permanência na pele humana foi inferior em comparação à superfície plástica, sendo a Ômicron a mais resistente (21,1 horas), seguida da Alfa (19,6 horas), Beta (19,1 horas), Delta (16,8 horas), Gama (11 horas) e a originária de Wuhan (8,6 horas).
Essa maior capacidade de sobrevivência da Ômicron sugerem os autores do estudo, poderia explicar o porquê de a nova variante ter substituído rapidamente a Delta.
Apesar da enorme capacidade de contágio da Ômicron, o diretor-geral da OMS fez nesta segunda-feira (24) prognóstico otimista, mas deixou um alerta. Para Tedros Adhanom Ghebreyesus, “podemos acabar com a fase aguda da pandemia este ano e dar fim à Covid-19 como emergência sanitária mundial”, que é o nível de alerta mais alto da OMS.
Com informações de O Globo