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LEVANTAMENTO MOSTRA QUE 81% DOS DESEMPREGADOS HÁ MAIS DE 2 ANOS SÃO DAS CLASSES D E E

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FOTO: REPRODUÇÃO

No Brasil, são mais de 3,7 milhões de pessoas sem emprego há mais de dois anos, o que representa 26% dos desocupados (em 2015, era 17%), segundo um levantamento feito pela Tendências Consultoria Integrada. Esse cenário é ainda mais perverso nas classes D e E, que respondem por 81% desse grupo de pessoas que estão há mais de 48 meses sem trabalho formal.

“A participação dos mais pobres no desemprego de longo prazo é superior à participação desses próprios domicílios na pirâmide social (65,7% conforme a PNAD)”, diz o economista Lucas Assis, responsável pelo levantamento. Os desempregados de longo prazo das classes D e E crescem bem acima das demais classes, elevando ainda mais a desigualdade no País. Entre 2015 e 2021, o número de pessoas sem emprego há mais de dois anos nas classes D e E avançou 173%; na classes C, 86%; na B, 53%; e na A, caiu 37%.

Na avaliação de Assis, o prejuízo desse quadro é enorme e representa uma perda de capital humano importante para o País. “Ficar tanto tempo desempregado significa desaprender tarefas, ficar desatualizado em relação às novas práticas e ter dificuldade em ser tão produtivo quanto antes”, diz o economista. No final das contas, isso representa reduzir o potencial de crescimento da economia no médio e longo prazo.

Dicas de recrutamento

Numa entrevista ou processo seletivo, o candidato que está há muito tempo desempregado precisa demonstrar que aproveitou de alguma forma o tempo fora do mercado de trabalho para ampliar suas habilidades, afirma a diretora associada da empresa de recrutamento Robert Half, Maria Sartori. “A principal dica é se manter ativo e ressaltar suas qualidades técnicas e comportamentais, mostrando-se bastante antenado ao que acontece no mercado.”

Segundo ela, entender melhor como funcionam os processos de recrutamento inteligentes, que usam ferramentas de tecnologia para otimizar os processos seletivos, também é importante para que o candidato possa destacar suas qualidades em uma primeira avaliação. “Milhares de currículos são enviados todos os dias aos recrutadores, portanto, ao invés de focar no período de distanciamento, vale aplicar algumas estratégias de SEO (otimização de mecanismos de busca) até mesmo para escolher as palavras-chave do currículo para se destacar nesse momento de retomada.” Outra dica interessante, diz ela, é adaptar o currículo de acordo com a vaga. Dependendo da posição ou do setor de atuação da empresa contratante, as ferramentas de Inteligência Artificial irão priorizar algumas habilidades e experiências específicas.

Com informações do Estadão


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