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Alguns amam, outros odeiam, mas um fato unanime é que a figura do atual presidente e candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro, atrai a atenção de muitos brasileiros, seja pelo seu cargo ou pela sua personalidade. Porém, em Natal, um homem de 54 anos se destaca por uma característica especial: seu rosto possui uma semelhança natural com a do presidente, e por isso, mais do que um simples admirador, ele é um sósia de Bolsonaro.
Atrasos e contratempos impediram que ele encontrasse pessoalmente com o presidente Jair Bolsonaro, na última visita à Natal. Mesmo credenciado, ele não conseguiu entrar na base. Mas isso não diminuiu a importância de tudo que viveu: “A tietagem foi grande durante todo o percurso. Crianças deram lembranças, flores, tudo como se realmente estivessem diante do presidente. “Isso me deixa muito feliz: o carinho da população com o presidente. E eu, mesmo como sósia, me sinto senso agraciado por isso também.”
Sem o terno e a faixa presidencial fabricada, “Junior Bolsonaro”, como ficou conhecido por amigos, é apenas Raimundo Júnior, um funcionário de uma agência financeira. Nascido na cidade de Macau, Júnior chegou à natal aos 13 anos e desde então, tem vivido na capital. Segundo Júnior, o seu processo para se tornar um sósia do presidente iniciou, ainda em 2018, de maneira não planejada, quando crianças e adultos começaram a perceber a semelhança entre ele e Bolsonaro. Na época, o sósia trabalhava viajando pelo país e começou a notar olhares e risos direcionados a ele: “Isso começou a partir de crianças, que me comparavam com o presidente, mas eu não dava tanta importância por ser algo que as crianças diziam. Mas quando eu comecei a perceber que outras pessoas, que eram de outros estados e que não me conheciam, começavam a olhar e sorrir para mim, eu comecei a acreditar que realmente parecia. Porém, o que me marcou foi quando eu estava em um restaurante e uma família me pediu para tirar uma foto comigo porque a filha do casal me achou parecido com Bolsonaro”.
Para Júnior, a vitória de Bolsonaro durante o segundo turno das eleições daquele ano foi o ponto de partida para a sua empreitada como sósia. Júnior relata que, naquele dia, voltava de uma reunião quando foi ovacionado em frente à sede do então partido do presidente, o PSL, em Natal: “Eu estava de terno e resolvi dar uma passada onde era o comitê eleitoral do presidente. Quando eles me viram, me colocaram no ombro, me levaram para o meio da multidão, me colocaram em cima trio elétrico… A partir daí isso foi pegando. Não foi uma coisa que eu determinei, foi uma coisa que aconteceu por acaso”.
Em 2019, ele foi convidado para participar de um baile à fantasia durante o carnaval. Porém, ele revela que o fato de a festa ser organizada por pessoas de esquerda o surpreendeu: “Eu fui convidado de última hora e resolvi ir de Bolsonaro. Foi nesse dia, inclusive, que eu pedi para fazer uma faixa presidencial para mim. Eu não sabia, mas quem estava organizando (o baile) era o pessoal do PT”.
Apesar de já agir como um sósia do presidente há quatro anos, Raimundo Júnior relata que o reconhecimento entre a população potiguar surgiu durante a campanha eleitoral desse ano. “Nesse ano, eu fui convidado por uma candidata do PL, que é amiga minha, a participar de comícios caracterizado. Com isso, agora está maior essa tietagem. Nesses últimos dias, eu perdi as contas de quantas vezes eu já me caracterizei como Bolsonaro. Sou sempre muito solícito”.