Embora sacrificado na última eleição pelo seu próprio partido, o PT, o senador Jean-Paul Prates tem se portado como fiel escudeiro da sigla a qual pertence, inclusive assumindo riscos em suas análises.
Em recente entrevista ao canal CNN, na tentativa de justificar o que vem sendo publicado pela imprensa de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se eleito presidente da República, teria dificuldades em dialogar com o Senado Federal devido ao crescimento das bancadas dos partidos considerados de centro e de direita, o representante potiguar na Câmara Alta e que terá o seu mandato extinto no dia 31 de janeiro próximo, disse que “quanto a essa questão dessa onda conservadora eu quero lembrar que muito foi destacado que ministros que foram eleitos e na verdade dentro do mesmo campo, do campo conservador, mas nós também temos a chegada de governadores que foram eleitos senadores de alto padrão político”.
Tentando minimizar a formação das novas bancadas no Senado Federal com tendências mais conservadoras e mesmo sem citar os números, o senador Jean dá entender em suas declarações que a oposição, no caso de Lula assumir a presidência da República, em nada irá alterar, quando diz: “Nós temos realmente uma renovação de personagens, mas não necessariamente uma onde porque na verdade se você ver cadeira a cadeira, a troca foi feita dentro do mesmo campo, exceto um ou dois casos a gente pode dizer que foi mantida a mesma proporção. Portanto, a questão de crise governamental não se coloca. ”
Se o candidato Lula (PT) for eleito como presidente, ele deve, sim, enfrentar algumas dificuldades para aprovar projetos, já que a nova composição está mais alinhada com o atual presidente Bolsonaro (PL), já que seu partido possui a maior bancada, seguida dos partidos do Centrão.