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REITORA DA UFERSA RELEMBRA PROCESSOS E FALA SOBRE DESTITUIÇÃO

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Ludimilla Carvalho foi nomeada reitora da Ufersa em agosto de 2020 e mandato vai até 2024 – Foto: Reprodução

A reitora da UFERSA (Universidade Federal Rural do Semi-Árido), Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira, 48, com exclusividade do Diário do RN se defendeu das acusações de plágio e alegou ter convicção de que não haverá a destituição no processo que tramita pela Justiça Federal, segundo ela, a cassação não existe, é uma tentativa e o que se tem hoje é um desfecho jurídico em andamento: “Para falar da judicialização e do seu processo, é importante primeiro contextualizar.

Quando eu assumi, em 31 de agosto de 2020, houve um conjunto de tentativas de imediatamente me tirarem do cargo e foram vários processos, todos eles eu venci, importante destacar isso, foram processos que eu venci, que obtivemos sucesso, não há nenhum erro, nenhuma ilegitimidade na minha nomeação. Agora criou-se uma animosidade na esfera política em se querer dizer que a reitora legalmente nomeada é uma interventora, é uma golpista que tomou o cargo do primeiro lugar, a reitora não é interventora porque a reitora é legalmente nomeada em uma lista tríplice, a reitora não tomou o cargo de ninguém, haja vista no ato da inscrição”.

Na disputa pela reitoria, há um critério de nomeação do Presidente da República para o cargo, podendo ter ou não interferências. No campo acadêmico, Rodrigo Codes ficou em primeiro lugar com 37,55% dos votos, Jean Berg em segundo com 24,84% e Ludimilla em terceiro, com 18,33%.

Jair Messias Bolsonaro era o presidente vigente na época e fez a nomeação de Ludimilla em 21 de agosto em Mossoró, durante sua passagem pelo Rio Grande do Norte. Sendo assim, Ludmilla foi nomeada reitora da Universidade Federal do Semi-Árido e poderá cumprir o mandato até 2024.

Porém, de acordo, com Ludimilla Carvalho, a nomeação não se trata de uma eleição, mas sim de uma consulta acadêmica: “Essa consulta acadêmica forma uma lista tríplice e dessa lista tríplice, quando nós vamos concorrer a essa lista, já é bem claro, bem explícito, qualquer um dos que compõe a lista podem ser ali escolhidos e eu fui a escolhida, então não há nenhuma ilegalidade. A partir daí essa animosidade criou uma série de processos, exposições e inúmeras tentativas de querer ridicularizar o trabalho e a minha imagem como reitora”.

De acordo com Ludimilla Carvalho, que continua exercendo sua função no cargo de reitora da UFERSA, toda a situação que está vivendo é um grande transtorno: “É lamentável que a primeira mulher reitora da instituição seja tratada como se fosse um lixo humano, não por toda a comunidade acadêmica como se quer passar, por um grupo de pessoas que não tem respeito, que não tem hombridade, que não tem ética”.

Conforme Ludimilla explica, se defender das alegações é simples, mas ao mesmo tempo complexo, pois nem todos têm conhecimento do mundo acadêmico, o que é uma defesa de doutorado, até que ponto se pode ir contra a defesa e contra uma banca composta por cinco doutores, ela questiona por que o processo veio à tona após sua nomeação como reitora: “Por que não foi durante a consulta? Por que não foi na hora da inscrição? Por que que só foi depois que a reitora já estava trabalhando, com mais de um mês de trabalho? Porque a reitora não teve medo das ameaças, inclusive de morte. Então, essa denúncia, esse crime bárbaro que fizeram contra mim, só aconteceu depois de mais de um mês de trabalho, porque viram que a reitora não ia ceder às ameaças de morte, inclusive que recebeu, para deixar a todo custo, o cargo que legalmente ocupou. Então eu me defendo com a verdade”.

Questionada pelo Diário do RN a respeito das acusações de plágio, Ludimilla Carvalho ainda afirma que não sabe ao certo o motivo das alegações, se é um esquema contra ela ou contra seu cargo: “Eu não sei do que se trata isso, eu só sei que eu estou trabalhando com muito zelo, amor e muita dedicação pela ufersa. Quando a verdade aparecer e os reais criminosos e plagiadores que fizeram isso comigo, eles vão ter que deixar claro para a sociedade quais eram os objetivos. Era contra a minha pessoa? Era pensando na universidade? Quais são os objetivos disso? Então, eu não posso nem garantir que era um esquema, porque se for um esquema, é lamentável”.


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