A ex-deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), que foi candidata a vice-presidente em 2018, na chapa encabeçada pelo petista Fernando Haddad (PT-SP), informou nesta segunda-feira (19), por meio de suas redes sociais, ter sido vítima da mesma alteração de dados no Sistema Único de Saúde (SUS) que também atingiu a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos (PSol-SP).
Segundo ela, seu nome social foi apagado e o nome de seu pai também foi apagado.
A alteração fez com que o cadastro de Manuela não fosse encontrado no momento em que ela foi se vacinar contra a Covid-19, o que levou os profissionais de atendimento recorrem ao registro manual da vacinação.
Manuela estranhou o fato de que lideranças políticas do campo da esquerda estejam passando por problemas semelhantes.
“Não é estranho que os problemas só ocorreram com pessoas de esquerda?”, questionou.
Na semana passada, Gleisi cobrou um posicionamento do Ministério da Saúde sobre o ataque hacker que a deixou registrada como morta e com o apelido de “Bolsonaro” no cadastro do SUS.
Nesta segunda, Boulos informou que seus dados cadastrais no SUS foram alterados ilegalmente e que o nome de seus pais foram alterados no sistema por “ofensas e xingamentos grosseiros”. Além disso, Boulos informou que o sistema do SUS também omitia a informação que ele recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19.
Boulos, que foi candidato à Prefeitura de São Paulo, responsabilizou os bolsonaristas pelas alterações. Ele também disse que o Ministério da Saúde informou que a alteração de seu cadastro foi feita por pessoa credenciada do órgão.
*Com informações do Metrópoles.