O uso de tecnologia para incrementar o combate à pandemia no Rio Grande do Norte foi estudado por um grupo de pesquisadores, analisando plataformas como o RN+ Vacina e o Regula RN, operados pela Secretaria de Estado da Saúde Pública. O resultado da pesquisa foi um artigo publicado na Revista da Associação Brasileira de Saúde Coletiva e disponibilizado na plataforma SciELO.
O artigo científico, entitulado “A relevância de um ecossistema tecnológico no enfrentamento à covid-19 no Sistema Único de Saúde: o caso do Rio Grande do Norte, Brasil”, tem entre os autores, por exemplo, a subsecretária de planejamento e gestão da Sesap, Lyane Ramalho, o coordenador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Ricardo Valentim, e o procurador da República Fernando Rocha.
O grupo analisa, entre outros pontos, como os 13 subsistemas e ferramentas digitais disponíveis potencializaram o trabalho contra a covid-19 no Rio Grande do Norte, dentro das diretrizes da Política Nacional de Informação e Informática em Saúde (PNIIS) do Ministério da Saúde. Todo o ecossistema foi criado a partir da cooperação da Sesap com o LAIS/UFRN, o Núcleo de Estudos de Saúde Coletiva (NESC) da UFRN , o Núcleo Avançado de Inovação Tecnológica (NAVI) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RN (IFRN), além da participação da Secretaria Municipal de Saúde de Natal.
“(…) esse processo induziu o engajamento gradual das autoridades do estado (adesão ao uso das tecnologias), assim como houve ampliação da transparência e do controle social sobre a divulgação dos dados da covid-19 na imprensa local. Isso porque o desenvolvimento do Ecossistema também teve como propósito qualificar a informação e mitigar os efeitos da infodemia. Nesse cenário, é importante ressaltar a participação e a incorporação de outros atores institucionais no processo cooperativo, como o Ministério Público Federal (MPF/RN) e o Estadual (MPRN)”, pontua o artigo.
O estudo ressalta que a construção do sistema, que segue em aperfeiçoamento por parte da Sesap e dos demais envolvidos, mostrou-se importante na condução das medidas de enfrentamento à pandemia. “A maior evidência desse processo está na utilização dos relatórios técnicos produzidos pelo Ecossistema como subsídio de recomendações dos ministérios públicos, nas portarias estaduais e nos decretos do governo para a retomada gradual das atividades econômicas do estado e também das atividades escolares”, afirma.
Confira aqui o artigo na íntegra.