Recentemente, um caso envolvendo o apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ensaísta Olavo de Carvalho, fez com que parlamentares do PT buscassem explicação do comandante da Aeronáutica ministro brigadeiro Carlos Almeida Baptista Junior.
Há suspeita de que um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) teria ajudado o ensaísta o fugir do Brasil. Ele deixou o hospital em 11 de novembro, alguns dias depois de ser intimado pela PF para depor no inquérito que apura a organização dos atos antidemocráticos em favor de Bolsonaro.
Em vídeo postado na internet no dia 16, Olavo de Carvalho admitiu que deixou o Brasil às pressas, depois de permanecer meses internado na clínica Saint Marie, em São Paulo. “Estou em casa, a mesma de sempre. A história é muito breve: eu estava no hospital e me ofereceram um voo repentino. Eu fui, entrei no avião e viemos para cá”, declarou.
Diante da publicação, Jorge Sola, deputado federal pelo PT da Bahia, cogitou chamar o ministro da Aeronáutica para a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, para explicar o caso. Já o deputada Maria do Rosário (PT-RS) considerou o fato gravíssimo.
Em nota, o ministro brigadeiro Carlos Almeida Baptista Junior negou que tenha ajudado Olavo de Carvalho a sair do Brasil para não cumprir intimação da Polícia Federal. E justificou que a aeronave em questão estava a serviço do ministro das Comunicações, Fábio Faria.
Sobre o fato do avião ter pousado num aeroporto pequeno em Nova York, para depois seguir ao JFK, onde o ministro Fábio Faria, começou a usá-lo, a Aeronáutica afirmou: “O pouso em Long Island foi então considerado pelo fato de já ser um local comumente utilizado como base de suporte pela FAB em viagens para Nova York e que o aeroporto está apenas a 32 milhas náuticas, que equivalem a aproximadamente 59 quilômetros e cerca de 10 minutos do destino. Somou-se ainda à decisão do pouso no aeroporto Mac Arthur o fato de possibilitar todo o processo de imigração dos tripulantes e também de não ter passageiros a bordo da aeronave.”
Informações do 247 afirmam que o aeroporto em Long Island é também utilizado para voos domésticos e de lá saem aviões para Peterburg, na Virgínia, onde mora Olavo de Carvalho.
Se não foi a Aeronáutica que transportou Olavo, quem foi? A filha mais velha do ensaísta, Heloisa, que é rompida com ele mas o conhece bem, tem certeza de que o pai não viajou em avião comercial, porque poderia ser barrado no embarque em razão da intimação da PF. “Ele tem medo”, disse ao 247.
Condira na íntegra a nota lançada pela Aeronáutica