
Por conta de novas ameaças a seus diretores e servidores, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pediu que sejam feitas investigações por parte da Polícia Federal (PF), Procuradoria Geral da República (PGR) e Governo Federal, inclusive que seja dada proteção policial reforçada aos integrantes da Anvisa.
Desde o mês de outubro passado que a Anvisa vem denunciando que seus servidores têm sofrido ameaças de morte por conta da liberação da vacinação contra a covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos, que vinha sendo discutida desde então e liberada apenas em 16 de dezembro passado.
Para que a vacinação para crianças desta faixa etária, ainda é preciso a liberação por parte do Governo Federal. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, vem dizendo que a vacinação para este público, pode começar em janeiro ou até em fevereiro de 2022, mas sem confirmar uma data certa ainda.
Existe uma previsão de que a vacinação de crianças contra a covid-19 possa ser iniciada em 5 de janeiro. A própria câmara técnica de assessoramento ao Ministério da saúde já se colocou a favor da imunização das crianças.
O próprio presidente Jair Bolsonaro tem colocado fogo em toda essa história. Na semana passada ele afirmou que “seu ambiente de trabalho é isento de pressões internas e avesso a pressões externas”, além de chegar a pedir o nome dos servidores que fizeram a liberação na Anvisa para o público infantil. “Nós queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento e, obviamente, forme o seu juízo”, declarou o presidente Bolsonaro.
Neste domingo (19.12), Bolsonaro ainda colocou mais lenha na fogueira, ao declarar o seguinte: “Criança é coisa muito séria. Não se sabe os possíveis efeitos adversos futuros. É inacreditável o que a Anvisa fez”.
A Anvisa disse que seus servidores estão recebendo ameaças, intimidações e ofensas por meio das redes sociais. “Esses fatos aumentaram a preocupação e o receio dos diretores e servidores quanto à sua integridade física e de suas famílias e geraram evidente apreensão de que atos de violência possam ocorrer a qualquer momento”, afirmaram os cinco diretores da agência no pedido enviado neste domingo (19.12).
O documento é assinado por:
Antonio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa;
Romison Rodrigues Mota, diretor da Anvisa;
Cristiane Jourdan, diretora da Anvisa;
Meiruze Sousa Freitas, diretora da Anvisa;
e Alex Machado Campos, diretor da Anvisa.
O documento foi enviado a:
Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional;
Anderson Torres, ministro da Justiça;
Augusto Aras, procurador-geral da República;
Paulo Gustavo Maiurino, diretor-geral da Polícia Federal;
e Victor Cesar Carvalho dos Santos, superintendente regional da Polícia Federal no Distrito Federal.
Com informações do Blog do BG