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APICULTURA IMPULSIONA ECONOMIA NO RN

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Com um bioma privilegiado e técnicas inovadoras, o Rio Grande do Norte se fortalece como um polo apícola. A produção de mel no estado representa a melhoria da qualidade de vida de centenas de produtores, que encontram na atividade uma fonte sustentável de renda.

De acordo com Nilson Dantas, gestor do projeto de Apicultura e Meliponicultora do Sebrae-RN, “a apicultura desempenha um papel essencial na economia do Rio Grande do Norte, destacando-se como uma importante fonte de renda para inúmeros produtores rurais. Muitos desses apicultores conseguem integrar a atividade a outras práticas agrícolas, diversificando e ampliando seus ganhos. Nesse contexto, o SEBRAE/RN tem sido um parceiro estratégico, acompanhando e auxiliando no desenvolvimento de cerca de 300 apicultores em todo o estado”.

A introdução de práticas modernas, como o melhoramento genético das abelhas rainha e o manejo estratégico das colmeias, tem elevado a produtividade em diversas regiões. Segundo o gestor, os avanços são notáveis. “O Sebrae tem investido fortemente na transferência de tecnologia, adaptando técnicas de manejo às condições do semiárido. Entre as principais iniciativas estão a alimentação estratégica das colmeias em períodos de escassez de florada, o sequenciamento adequado da formação dos enxames, a troca regular de cera e a substituição de abelhas rainha por linhagens geneticamente aprimoradas”, explica.

Os resultados já aparecem em localidades como Lajes, onde apiários acompanhados pelo Sebrae registram até 70 quilos de mel por colmeia, enquanto a média estadual gira em torno de 15 a 20 quilos de mel por colmeia.

setor estratégico

Além de impulsionar a renda de pequenos produtores, a apicultura tem um impacto expressivo na economia potiguar. Dados do Censo Agropecuário 2023 do IBGE indicam que a produção de mel no estado alcança 886.900 quilos por ano, movimentando cerca de R$ 13,17 milhões. “O município de Apodi se destaca como o maior produtor do estado. No entanto, estima-se que a produção real seja pelo menos o dobro desse volume, uma vez que um dos grandes desafios enfrentados pelo setor é o combate à clandestinidade”, disse Nilson Dantas.

Nilson ainda explicou que “o Rio Grande do Norte está inserido em um bioma único no mundo: a Caatinga. Esse ecossistema abriga uma diversidade de plantas nativas que influenciam diretamente as características do mel produzido na região. Já foram identificados diversos méis especiais, exclusivos desse bioma, o que confere um diferencial competitivo ao estado e um enorme potencial para expandir a atividade apícola de forma sustentável e rentável”.

Com investimentos em tecnologia e manejo adequado, a apicultura é considerada um setor estratégico para o desenvolvimento rural, proporcionando geração de renda e preservação ambiental.

A cadeia produtiva do mel envolve também ações para garantir acesso a mercados e a certificação da produção. A participação em feiras e exposições tem sido uma estratégia para conectar os apicultores a compradores e expandir a comercialização.


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