O jornal impresso e portal Diário do RN tem se tornado um veículo que busca contribuir para a preservação da natureza e estimula os cuidados com o meio ambiente como forma de preservar o planeta terra. E em razão das comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, o DRN abriu espaço para uma entrevista com a indigenista e ativista climática Gilda Gomes que começa por explicar a origem e a história dessa data ao fazer o seu primeiro relato, quando focalizou, dizendo que “Aproximando-se o marco de 100 anos desde a sua criação, o Dia Mundial do Meio Ambiente comemora 97 anos de inspiração e ação em prol da preservação do nosso planeta. Desde o seu estabelecimento em 1972, durante a histórica Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em Estocolmo, Suécia, este dia tem servido como um farol de consciência ambiental e um chamado à ação global”.
Especificamente, para falar da data, a ativista climática, que também é a CEO do The Planet, disse que “O Dia Mundial do Meio Ambiente surgiu em resposta a uma crescente conscientização sobre as questões ambientais que afetam nosso planeta. A Conferência de Estocolmo marcou um ponto crucial, desencadeando uma nova era de sensibilização e responsabilidade ambiental. Desde então, esta data tem sido uma ocasião anual para renovar nosso compromisso com a sustentabilidade e a preservação ambiental. Quando esta celebração teve início, o conceito de “mudança climática” era praticamente desconhecido. No entanto, ao longo dos anos, testemunhamos mudanças alarmantes em nosso clima global. Desde a década de 1970, as emissões de dióxido de carbono (CO2) têm aumentado exponencialmente, desencadeando consequências devastadoras, como o derretimento das geleiras e eventos climáticos extremos”.
Emissões de CO2 e projeções para 2030:
Para a indigenista Gilda Gomes, “O aumento das emissões de CO2 ao longo das décadas reflete o crescimento industrial e a crescente demanda por energia. Apesar dos esforços para promover fontes de energia renovável, as emissões continuam a crescer, destacando a urgência de ações mais robustas para mitigar os impactos das mudanças climáticas. As projeções da ONU indicam um cenário preocupante se as tendências atuais persistirem. Para cumprir os objetivos do Acordo de Paris e limitar o aquecimento global a 1,5°C, medidas ousadas e imediatas são essenciais. O tempo para ação é agora, e cada ação conta para moldar o futuro do nosso planeta”.
Sobre a data em que a população é convocada a lembrar para um maior engajamento em defesa do planeta terra, o CEO do The Planet faz também a sua convocação ao declarar que “Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, é imperativo que cada um de nós se envolva na proteção do nosso planeta. Podemos aproveitar esta ocasião para promover políticas sustentáveis, defender os direitos das comunidades indígenas e proteger os preciosos ecossistemas que sustentam a vida na Terra”. E continua em se apelo: “À medida que celebramos mais um Dia Mundial do Meio Ambiente, é crucial reconhecer que enfrentamos uma crise climática urgente e que nosso trabalho está longe de estar concluído. As mudanças climáticas representam uma das maiores ameaças ao nosso planeta e exigem ações decisivas e ousadas. Precisamos intensificar nossos esforços, unir forças e implementar medidas robustas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, proteger ecossistemas preciosos e garantir um futuro mais sustentável e equitativo para as gerações vindouras. Está em nossas mãos moldar o curso dos eventos e criar um legado de responsabilidade ambiental para as futuras gerações”.
APELOS CONCLUSIVOS
Concluindo a entrevista concedida com exclusividade para o DIÁRIO DO RN, Gilda Gomes fez questão de exemplificar ações que poderão ser postas em prática ao afirmar que “Um exemplo tangível para a sociedade é promover a transição para fontes de energia renovável. Isso envolve investir em energia solar, eólica e outras formas de energia limpa, tanto em nível individual quanto coletivo. As comunidades podem iniciar projetos de energia solar compartilhada, empresas podem adotar políticas de energia verde e os governos podem implementar incentivos fiscais para a instalação de painéis solares em residências e edifícios públicos. Essa transição não apenas reduziria significativamente as emissões de carbono, mas também criaria empregos verdes, promoveria a inovação tecnológica e ajudaria a construir uma economia mais resiliente e sustentável. A transição para fontes de energia renovável pode ter um impacto significativo na redução das emissões de CO2. Por exemplo, substituir a energia gerada por combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, por energia solar ou eólica pode resultar em uma redução substancial nas emissões de CO2”.
Para a ativista climática e indigenista que chegou a receber comenda da Organização das Nações Unidas (ONU) pelos seus trabalhos já executados, “Em termos quantitativos, os benefícios variam dependendo de vários fatores, como o tipo de energia substituída, a escala da implementação de energias renováveis e a eficiência das tecnologias utilizadas. No entanto, estudos indicam que a transição para fontes de energia renovável pode potencialmente evitar bilhões de toneladas de emissões de CO2 ao longo do tempo, contribuindo assim para mitigar os impactos das mudanças climáticas. Temos apenas um planeta e é fundamental que cuidemos dele da melhor maneira possível. A transição para fontes de energia limpa e renovável é essencial para garantir a saúde do nosso planeta e das gerações futuras. Ao investirmos em energias sustentáveis, estamos contribuindo para um futuro mais seguro, saudável e próspero para todos. Vamos trabalhar juntos para proteger e preservar o nosso lar!”.