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Tulio Lemos


“O NÃO RECONHECIMENTO COMO TRABALHADOR PROFISSIONAL É UM CALO”

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Hoje, estima-se que entre 12 mil e 15 mil motoristas estejam cadastrados em aplicativos de transporte de passageiros aptos a atuar no Rio Grande do Norte. Porém, o número é extraoficial.

Segundo Carlos Cavalcanti, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Aplicativos de Transportes do Rio Grande do Norte (Sintat/RN), “enquanto não houver uma regulamentação, criando oficialmente a categoria para que os aplicativos sejam obrigados a informar ao governo pelo menos quem são esses motoristas, onde eles estão e de que forma eles estão trabalhando, não teremos um número concreto”, afirmou. “O não reconhecimento como trabalhador profissional, é um calo, uma pedra no caminho dos motoristas por aplicativo”, acrescentou.

Carlos ressalta que as plataformas se intitulam como empresas de tecnologia, e não como empresas de transporte, o que é um problema. “Está errado. Elas são empresas de transporte sim, porque elas negociam viagens com os passageiros e com os motoristas. Então, elas são uma caixa-preta, não têm um número oficial”, reforçou.

Então, de onde vem a estimativa de aproximadamente 15 mil motoristas de app cadastrados no RN? A explicação também foi dada pelo presidente do Sintat/RN. “Essa estimativa tem como base o número geral, que gira em torno de 15 mil trabalhadores. Há uma média por cada região, por cada estado. No Rio Grande do Norte, essa estimativa reina desde 2021, com a pandemia, que foi quando se calculou entre 10, 12,13 mil. Agora, estima-se entre 12 e 15 mil motoristas por aplicativo cadastrados aqui no estado”, acrescentou.

Apesar de este número, à primeira vista parecer bem expressivo, nem todos participam ou contribuem com a classe. Prova disso está no total de associados ou sindicalizados. “O nosso sindicato não tem um trabalho voltado para sindicalizar, até porque estamos em regime de livre associação. É livre a associação dos motoristas a sindicatos ou não. É fato que o sindicato não tem uma carta sindical ou registro sindical. E por quê? Porque não temos ainda a profissão criada.

Isso é um empecilho para o sindicato fazer associados. Mas, hoje, temos uma rede de contato direto, de motoristas que buscam o sindicato e do associado que entra em contato direto com o sindicato que gira em torno de 4 mil motoristas”, salientou Carlos Cavalcantii.

Benefícios e problemas
Porém, não foi apenas de números que o sindicalista falou ao Diário do RN. Para o representante dos motoristas de aplicativo que atuam em território potiguar, expor os prós e os contras também se faz necessário para o fortalecimento da categoria. É verdade: há pontos positivos e pontos negativos em ser um motorista de app no Brasil. “Se for da categoria como trabalhador, como profissional, motorista por aplicativo, um dos benefícios é você poder escolher seu próprio horário, é você poder fazer uma renda extra. A princípio, com a regulamentação, a gente vai poder estar contribuindo para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) desde a primeira viagem, com qualquer número de viagens você vai estar contribuindo para o CNSS (Conselho Nacional de Serviço Social), ou seja, você vai se aposentar.”, exemplificou.

Outro benefício que passa a existir com a regulamentação, ainda de acordo com o presidente do Sintat/RN, é a proteção social contra acidentes, contra doenças, morte, invalidez, e que hoje o motorista não tem. “Ele é obrigado a ser MEI, que é prejudicial para a categoria, ou pagar uma previdência por fora, que aí ele vai ter que pagar o mínimo exigido para ser contribuinte do individual do INSS, só que na categoria de um salário mínimo. Com a regulamentação, o motorista ainda vai poder atingir o teto do INSS, não precisando, obrigatoriamente, receber apenas o salário mínimo em caso de acidente ou em caso de aposentadoria. ”.

Não ter reconhecimento profissional é um dos problemas que mais afligem as pessoas que trabalham com o transporte por aplicativo. “Quando acontecem assaltos, homicídios, latrocínio, enfim, todos esses problemas envolvendo os perigos da profissão, e o motorista vai fazer o boletim de ocorrência, não existe uma classificação específica de que ele é um trabalhador profissional do transporte, que ele é um trabalhador como motorista por aplicativo. O sistema de segurança pública que é interligado entre os estados e a federação, o sistema de notificação nacional dessas ocorrências, ele ainda não é sincronizado pela falta de um CBO, que é o Código Brasileiro de Operações. Então, é importante que a categoria seja reconhecida. Com esse mesmo reconhecimento da categoria, a gente também passa a ter acesso a benefícios, como redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), acesso à assistência social como trabalhador. Hoje, o não reconhecimento como trabalhador profissional, é um calo, é pedra no caminho dos motoristas por aplicativo”, afirmou.

Carlos Cavalcanti disse mais: “Isso também traz consequências do judiciário. Porque hoje as ações que são julgadas pelo judiciário vão para a área cível por serem uma relação de contrato entre a empresa e o motorista, quando na verdade há uma relação de trabalho. A gente reconhece que não há um vínculo empregatício, porque eu não tenho ali a obrigação de trabalhar naquela empresa, mas há a subordinação direta ao aplicativo, porque o aplicativo negocia a viagem e diz aonde ir buscar o passageiro. O aplicativo diz o horário que vai buscar, e o passageiro avalia o motorista como trabalhador, se foi boa a viagem, se o carro estava limpo, quer dizer, há toda uma avaliação, há toda uma subordinação, inclusive, dando o trajeto da viagem. E isso é extremamente importante frisar, que nós precisamos desse reconhecimento como trabalhador para que, na esfera social, na esfera de segurança pública, na esfera jurídica, a gente possa ter respaldo como trabalhador e não como empresários. ”, destacou.

Movimentação na economia
Por fim, o que e quanto os motoristas de aplicativo representam para a economia potiguar? É possível mensurar? “É muito difícil dar estas respostas, porque não se pode medir um motorista pelo outro. Tem motorista que trabalha para pagar o financiamento do carro, sem mexer no orçamento fixo com outra profissão. E tem outros, como eu, que pagam prestações de carro, casa, feira, todas as despesas com o trabalho de motorista por aplicativo. Então não tem como medir, mas teria como medir, tem como medir. Quando a regulamentação for criada e cada empresa de aplicativo tiver que fazer suas declarações de imposto de renda. Assim nós vamos ter um parâmetro de quanto cada motorista por aplicativo movimenta na sociedade. E há um detalhe muito grande: a compra de insumos para um motorista de aplicativo, que é quatro vezes maior do que um carro comum. Nós compramos e gastamos quatro vezes mais com pneus, óleo, pastilhas de freio… a movimentação que nós fazemos na economia do estado não é pequena. É um valor alto. Agente precisa dessa regulamentação para dar respeito, para dar respaldo à categoria e também para ter números reais e avançar nas conquistas”, concluiu.


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RECORDE NA GERAÇÃO DE EMPREGO NÃO É FRUTO DA REDUÇÃO DO ICMS, DIZ CADU

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Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que o Rio Grande do Norte gerou 4.533 postos de trabalho no mês de junho, superando os 2.604 empregos criados no mesmo período de 2023. O crescimento de mais de 74% foi o melhor resultado do ano na geração de empregos formais no Estado. É para comemorar? Sim. Contudo, para o secretário da Fazenda, o recorde não pode ser vinculado à redução do valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que no RN passou de 20% para 18% no início do ano. “O crescimento dos empregos é um fenômeno nacional”, afirma Cadu.

A avaliação do secretário vem após ele próprio ter usado suas redes sociais para questionar o posicionamento de parte da mídia, que vem atribuindo a melhoria na geração de emprego em território potiguar ao fato de o Estado ter reduzido o ICMS, fato que gerou polêmica e discussões acaloradas nas esferas política e econômica. “Enquanto jornais nacionais destacam o crescimento da geração de emprego em todo país, um jornal local do RN tenta vincular este crescimento em nosso estado a redução da alíquota do ICMS. Enquanto isso no mês de julho mais uma queda de arrecadação deste tributo, na casa de 9% nominal, ou seja, sem considerar a inflação. A matéria parece ter dupla finalidade: não reconhecer o mérito do governo federal neste resultado e tentar vincular algo positivo na redução da alíquota do ICMS já que não reduziu preços e teve forte impacto nas finanças estaduais”, disse o secretário em seu perfil no Instagram
“Na sexta-feira, eu, vendo a imprensa daqui, vi uma matéria, em determinado jornal, vinculando o crescimento da geração de emprego aqui no estado com a questão da alíquota, da redução da alíquota e com o plano diretor. E a gente está acompanhando esse movimento, que é um movimento nacional, que vem acontecendo há mais ou menos um ano. E aí eu fiz aquele post na tentativa de mostrar que não dá para fazer uma análise localizada de um fenômeno que é nacional. O desemprego está caindo no Brasil todo. Redução de alíquota de ICMS foi só aqui, só aqui no estado. Então, o que eu quis explicar ali é mostrar uma montagem com várias manchetes de veículos nacionais colocando que o desemprego vem caindo no Brasil, e que vem aumentando a taxa de crescimento do emprego e que não dá para vincular isso a fenômenos locais. Claro, você pode até colocar em discussão a questão da retomada do setor da construção civil, que é algo que aqui no estado é perceptível. Mas, com relação à alíquota de ICMS, não faz sentido nenhum, não tem vinculação”, ressaltou.

“Os preços das mercadorias não reduziram aqui no estado. A gente está preparando um estudo sobre isso, para mostrar, de fato, que não houve redução de preços. Houve sim, um impacto forte na arrecadação do ICMS do estado. De fato, o aumento da geração de emprego é algo para se comemorar. Agora, a gente precisa olhar o fenômeno como ele, de fato, está acontecendo. É um fenômeno que está acontecendo no país todo, exceto no Rio Grande do Sul, por causa da tragédia que aconteceu lá. Se o desemprego está reduzindo, isso é fruto, é mérito da gestão econômica do país, e não dá para trazer para a redução de alíquota do ICMS em um estado como o nosso, para justificar esse crescimento da geração de emprego”, acrescentou.

Competitividade
O Diário do RN quis saber do secretário se a geração de emprego no RN está totalmente atrelada à economia nacional, se existe uma dependência. A resposta foi rápida. “Olha, assim, a geração de emprego, ela está sempre muito relacionada ao desempenho da economia nacionalmente. Isso é um fato. Claro que aqui no Estado, especificamente já falando da gestão da professora Fátima desde 2019, a gente tomou várias medidas para manter a competitividade do Estado, por exemplo o PROEDI (Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio Grande do Norte). Toda a política tributária do Estado foi revisada para manter e atrair novos empreendimentos que acabam impactando na geração de emprego, mas é muito difícil você desvincular um movimento nacional para um movimento estadual, para um movimento local. A gente tentou com essas medidas não ter um diferencial negativo, que era a nossa política tributária extremamente atrasada, porque a gente ouvia muito falar em saída de empresa daqui, para se estabelecer na Paraíba, no Ceará, em Pernambuco. Isso não acontece mais hoje. Acontece mais fruto da política tributária, que foi implementada no governo Fátima desde 2019. Então, há uma vinculação direta assim, nessa questão da geração de emprego com o desempenho da economia nacionalmente falando”, pontuou Cadu.

“A gente tem avançado muito, que é essa questão da política tributária. É uma questão importante. A melhoria no ambiente do IDEMA, que muito se falou ultimamente nessa questão da engorda de Ponta Negra. É inegável que hoje o IDEMA tem uma celeridade de resposta muito maior do que tinha antes. Então, essas duas áreas são muito importantes para o Estado ter competitividade. Que é uma política tributária que dê competitividade em relação aos estados vizinhos, e um ambiente de concessão de licença também funcionando. Ainda está longe do que poderia ser, mas já estamos de uma forma muito mais efetiva nos últimos anos. Estamos trabalhando na melhoria das estradas, tem várias melhorias na infraestrutura com a duplicação da BR-304, a questão do Porto Indústria Verde, que a gente está tentando viabilizar também. Acho que a infraestrutura é algo que a gente tem que investir aqui no Estado para dar ainda mais competitividade para o Estado, para gerar emprego e renda para a população aqui no Estado. Não é reduzindo a alíquota de ICMS que vamos aumentar o nível de empregabilidade aqui do Estado”, reafirmou o secretário estadual da Fazenda.

Recorde
O Rio Grande do Norte alcançou, em junho, o melhor resultado do ano na geração de empregos formais, marcando o sexto mês consecutivo de crescimento.

No acumulado do primeiro semestre de 2024, o emprego formal no Rio Grande do Norte teve o melhor desempenho desde o início da série histórica do Novo Caged, em 2010. Foram abertas 13.060 vagas de emprego formal, mais do que o dobro das vagas abertas no primeiro semestre do ano passado (6.060) e quase 50% a mais do que o último recorde para o período, registrado no primeiro semestre de 2010, com 8.188 novas vagas.

Os setores de Comércio e Serviços foram os grandes responsáveis pelo desempenho positivo. No acumulado do ano, esses setores geraram 12.400 vagas, correspondendo a 95% do total de empregos formais criados no estado.

Negócios aquecidos
O desempenho do emprego formal no estado no primeiro semestre é atribuído a três fatores principais: aumento da renda média do trabalhador, que subiu cerca de 9% no período; aumento de 13,6% no volume de crédito ofertado no mercado e diretamente ao consumidor; e a manutenção do modal de ICMS no RN em 18%, resultando na injeção de aproximadamente R$ 300 milhões que seriam pagos em impostos no mercado consumidor.

Os festejos juninos também tiveram um impacto significativo na economia do estado. Segundo dados do Instituto Fecomércio RN, as grandes festas realizadas em municípios como Assú e Mossoró movimentaram pouco mais de R$ 450 milhões na economia local.

Os números mostram a força do nosso mercado de trabalho, especialmente nos setores de Comércio e Serviços, que são pilares fundamentais para o desenvolvimento econômico do estado.

O presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, explica a influência dos fatores na geração de mais postos de trabalho.

“Mais crédito e renda ajudam a aquecer o mercado fazendo que haja a necessidade de novos postos de trabalho. Pelo peso que os setores de Comércio e Serviços têm, quando eles se aquecem, aumentando suas vendas, também estimulam um forte e ágil círculo virtuoso na economia”, afirma.


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PAULINHO AFIRMA QUE CARLOS EDUARDO ESTÁ “SOZINHO PELA ARROGÂNCIA”

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O palanque que reúne seis partidos, UB, Republicanos, PL, PP, PSDB e Podemos, em torno da candidatura de Paulinho Freire, juntou a militância na convenção partidária no último sábado, 3, no ginásio Nélio Dias, na Zona Norte de Natal. Com a presença de dois senadores, deputados federais, deputados estaduais, e 21 vereadores, o candidato a prefeito do União Brasil citou o “isolamento” do opositor Carlos Eduardo em seu discurso e atribuiu à sua “arrogância e prepotência”: “Todos os partidos que estão conosco foram tentados pelo outro candidato e felizmente para mim, ele não tem credibilidade pela arrogância, pela prepotência, e nós fizemos uma aliança por Natal, você não governa mais uma cidade como Natal sozinho”.

A união dos nomes que compõem a aliança e continuidade da gestão de Álvaro Dias, que preside o partido da candidata a vice-prefeita, Joanna Guerra (Republicanos) foi o foco da fala de Paulinho Freire. “O prefeito pegou uma cidade esburacada, atrasada, maltratada e eu e Joanna vamos pegar uma cidade bem tratada e pavimentada para o futuro”, afirmou Paulinho, garantindo que a cidade terá “a maior virada que Natal já viu”.

Criticado pela aliança também pelo candidato Rafael Motta (Avante), Paulinho Freire respondeu, durante entrevista ao Diário do RN, pouco antes de iniciar o discurso: “Eu acho que Rafael tem que tomar conta da campanha dele e deixar a da gente em paz”.

O candidato garantiu, ainda, que vai ganhar de “quem vier no segundo turno”. “Eu tenho a minha experiência, seis mandatos como presidente da Câmara, conheço os problemas em Natal como o povo. Então nós vamos fazer um projeto muito interessante pra Natal, para que possa diminuir as demandas tanto na área da saúde, da educação e na questão social, principalmente ao turismo e a geração de emprego”, anunciou.

No evento, o discurso mais agressivo foi do prefeito Álvaro Dias (Republicanos), contra o ex-prefeito e candidato opositor, Carlos Eduardo.

Além de apontar um suposto projeto de estagnação de Natal quando foi prefeito, para o crescimento de Parnamirim, Álvaro acusou Carlos Eduardo de falar “inverdades”. “O ex-prefeito sai de esquina em esquina falando inverdades sobre a situação da cidade. O prefeito Álvaro Dias foi quem mudou a fisionomia dessa cidade”, ressaltou.

Além do prefeito de Natal, José Agripino (UB), Rogério Marinho (PL), Eriko Jácome (PP), Joanna Guerra (Republicanos) e candidatos a vereador discursaram. O evento também teve a presença do senador Styvenson Valentim (Podemos) e do deputado estadual Coronel Azevedo (PL).

Natália responde a Rafael: “Vamos marcar presença nas urnas e no Palácio Felipe Camarão”

Convenção que lançou Natália-Milklei anunciou vinda do presidente Lula – Foto: Reprodução

A convenção do Partido dos Trabalhadores (PT) aconteceu na última sexta-feira (2), no IFRN Natal. Numa aliança entre o PT, PV, PCdoB, MDB, UP, PSOL, PRD, REDE, PSB e PDT, a candidatura de Natália Bonavides (PT) e Milklei Leite (PV) a prefeita e vice de Natal foi homologada. Citando o “respeito”, as lideranças mantiveram o foco em abordar a cidade e não falaram diretamente sobre os opositores na disputa.

Entretanto, questionada pelo Diário do RN sobre as críticas feitas por Rafael Motta à sua candidatura, Bonavides, com poucas palavras, respondeu: “Nossa candidatura é para marcar presença na cidade, marcar presença nas urnas, marcar presença no Palácio Felipe Camarão no ano que vem”. Rafael Motta afirmou, durante a convenção do Avante, na última sexta-feira (1), que a candidatura do PT era só “para marcar presença junto à militância”.

Já sobre o afastamento de Carlos Eduardo (PSD), com quem o PT manteve aliança à majoritária em 2022, ela destacou a vantagem do PT pelo alinhamento partidário e programático com o governo Fátima Bezerra (PT) e Lula (PT).

“Eu trabalho muito todo dia, mas quando a gente tiver na Prefeitura, a gente vai ver mais possibilidades de atuar nesses problemas. A gente viu que aconteceu aqui no nosso Estado quando o Bolsonaro era presidente. Ele retaliava a população de Natal porque tinha divergências políticas com as lideranças. A gente vai ter possibilidade de ter as portas abertas nos ministérios, as portas abertas do presidente Lula”, afirmou.

A presença de Lula em Natal para a campanha de Natália Bonavides foi o maior destaque dado durante o evento. O debate nacional Lula x Bolsonaro poderá estar presente na campanha feita pelo PT na capital.

“Lógico que vai acontecer (o debate) de dois campos políticos que vão fazer o enfrentamento. Não sei se necessariamente vai ser um debate sobre Bolsonaro e sobre Lula. Vai ter o campo democrático progressista e popular contra o campo da extrema direita. Está se organizando no Brasil. E aqui nós estamos num campo democrático popular e progressista”, disse Gleisi Hoffman, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, presente na convenção ao lado da


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CARLOS EDUARDO: “ÁLVARO É UM MENTIROSO. DEVIA RESPEITAR A MEMÓRIA DO MEU PAI”

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“Álvaro é um mentiroso. Ele devia respeitar pelo menos a memória do meu pai, que ele conheceu.

Quando era vivo, ele respeitava”. O candidato a prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PSD) se referiu, em entrevista ao Diário do RN na convenção partidária do PSD, à fala feita poucas horas antes por Álvaro Dias (Republicanos), na convenção do União Brasil, que homologou a candidatura de Paulinho Freire (UB). O discurso do prefeito foi o mais duro em ataques a Carlos Eduardo.

Em meio a Paulinho Freire, José Agripino (UB), Rogério Marinho (PL), Ériko Jácome (PP) e demais lideranças que formaram o palanque do opositor do ex-prefeito, Álvaro afirmou que Carlos Eduardo “segurou” o plano diretor de Natal para impedir o crescimento de Natal em favor do crescimento de Parnamirim, quando a cidade vizinha era administrada por Agnelo Alves (in memorian), pai de Carlos Eduardo. A teoria já foi abordada pelo atual prefeito em entrevistas pré-eleitorais.

“Na esquina da praça Cívica tem um prédio de 44 andares. Ali se pagava R$ 75 mil de IPTU. Com esse novo prédio, Natal vai receber R$ 2,5 milhões por ano. Só que com o ex-prefeito esse prédio não podia ser feito em Natal. O plano diretor proibia. Como não podia ser feito o que está sendo feito vizinho ao Albatroz, como não podia ser feito o que está sendo construído ao lado do Nordestão da Deodoro. São obras que só estão sendo possíveis serem construídas por causa do novo plano diretor, que o ex-prefeito segurou para beneficiar a cidade de Parnamirim, que o pai dele era prefeito”, disse durante o discurso.

Álvaro complementou, ainda: “Então, agora ele deve uma conta para Natal, com o atraso que ele impôs à nossa cidade com o plano diretor dele, agora ele vai pagar essa conta, porque o futuro prefeito de Natal é Paulinho Freire e a vice-prefeita é Joanna Guerra”.

Ainda sobre o assunto, na rápida resposta sobre a provocação, Carlos Eduardo completou: “Isso não existe, isso não existe e a gente vai ter tempo para esclarecer isso”.

O retorno para Natal e o “tempo” foram a tônica do discurso do ex-prefeito durante a convenção partidária, que homologou sua candidatura em busca do quinto mandato à Prefeitura da capital.

Sem aliança com qualquer outro partido, os opositores de Carlos Eduardo têm atribuído o isolamento a uma “falta de credibilidade”. Em cima do palanque, antes de discursar, o ex-prefeito rebateu apontando para o público que estava presente.

“Olha, disseram que eu estava sozinho, olha a multidão aqui, não é? Então, eu acho o seguinte, nós vamos ganhar com aquele que é mais importante, que é o povo de Natal”, disse Carlos.

A convenção aconteceu no último sábado, 3, no Centro Educacional Dom Bosco, Zona Norte de Natal. Acompanhado do candidato a vice-prefeito na chapa puro-sangue, Jacó Jácome, da presidente estadual do PSD, senadora Zenaide Maia, e demais lideranças do partido, Carlos Eduardo, apontou as falhas da atual gestão em Natal.

“A Prefeitura perdeu completamente a capacidade de investimento. A Prefeitura hoje oferece educação de má qualidade. As crianças não têm fardamento, em muitas escolas faltam merenda escolar, as escolas se deteriorando e o professor desestimulado. Na saúde, um descaso, falta remédio, falta uma dipirona, falta insulina, falta até gases para o esparadrapo. A saúde é abandonada e o povo abandonado”, disse citando ainda as dificuldades na infraestrutura da cidade.

Classificando como “uma circunstância completamente diferente”, o ex-prefeito falou sobre a disputa ao Governo do Estado, quando concorreu e foi derrotado em 2018: “Natal entendeu aquilo, tanto que me deu uma consagradora vitória para governador em Natal. Mas agora eu volto para atender uma necessidade da população. Melhor dizemos, a uma convocação da população que em mais de 40 pesquisas nos coloca lá em cima na intenção de voto”.

Zenaide: “PSD tem candidato em Natal do jeito que o PT tem o direito”

Zenaide reforçou que relação com o PT independe de candidaturas – Foto: Reprodução

Durante a convenção que homologou a candidatura de Carlos Eduardo, a senadora Zenaide Maia abordou a relação com o PT, com quem é aliada no plano nacional, enquanto vice-líder do governo no Senado. Ela destaca que “o PSD é o único partido que tem três candidatos das maiores cidades da grande Natal”.

“O PSD tem candidato em Natal do jeito que o PT tem o direito de ter. Isso não impede que eu seja vice-líder do governo lá, porque os vice-líderes tem de vários partidos. E essa situação não é só em Natal, temos São Gonçalo e algumas outras cidades. Então, quando a gente pensa em democracia tem que entender que existe os dois lados disso. Zenaide está aqui na defesa do Carlos Eduardo, porque já não tem novidade, todos já conhecem, é um cara trabalhador, é um cara que tem história dentro de Natal e é do meu partido e eu vou defender, vou estar no palanque dele, independente se o PT tem (candidato), como outros partidos têm. Então, não vou abrir mão disso”, afirma a presidente do PSD no RN.


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ALLYSON FAZ CONVENÇÃO GIGANTE, ANUNCIA VICE E MAIS UM PARTIDO EM SEU PALANQUE

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Confirmando o que já era certo nos bastidores, Allyson Bezerra (UB) apresentou, durante a convenção partidária do União Brasil, a composição com o PSD, apontando como seu candidato a vice-prefeito o tesoureiro municipal do partido e ex-gerente da Atenção Integral da Secretaria Municipal de Saúde durante sua gestão, Marcos Medeiros. A indicação foi uma escolha pessoal do gestor municipal.

A convenção aconteceu no último sábado, 3, e firmou a aliança entre o União Brasil, PSD, Solidariedade, Republicanos e Rede. O evento teve a presença, além de lideranças locais, do ex-senador José Agripino, presidente estadual do União Brasil, e do prefeito de Natal, Álvaro Dias, presidente do Republicanos no RN.

A aliança com o Republicanos foi firmada no apagar das luzes e foi uma das surpresas da convenção. A coalizão leva para o palanque da situação o vereador Isaac da Casca (MDB), que nos últimos quatro anos fez oposição à Allyson Bezerra. Apesar de ser filiado ao MDB, Isaac é um nome forte no Belo Horizonte, um dos bairros estratégicos de Mossoró, e não será candidato à reeleição, mas a sua mãe, Heliane Duarte, candidata filiada ao Republicanos, leva 22 candidatos a vereador para a base de Allyson.

O evento também teve a presença dos deputados estaduais Neilton Diógenes (PP) e Ivanilson Oliveira (UB). O ex-pré-candidato pelo Republicanos, Zé Peixeiro também esteve presente.

Apoio de Rosalba
Depois de adiar a convenção, que seria na quinta-feira, 1º, o PP de Rosalba Ciarlini finalmente anunciou a opção pelo palanque do PL a majoritária em Mossoró. A ex-prefeita decidiu por apoiar a chapa bolsonarista Genivan Vale (PL) e Nayara Gadelha (PL) a prefeito e vice na cidade. A convenção foi realizada no último domingo, 4.

O anúncio do apoio de Rosalba, segunda eleitora do segundo maior colégio eleitoral do RN, foi feito ao lado de Beto Rosado, presidente municipal do PP, e era esperado desde que ela desistira de concorrer ao cargo eletivo por questões familiares e por inviabilidade eleitoral.

Durante o evento, Rosalba não citou a desistência da ex-prefeita Claudia Regina (PP) de concorrer a uma vaga na Câmara de Mossoró. Claudia era um dos nomes fortes na nominata, que já apresentava dificuldade de eleição. O anúncio de Claudia foi feito horas antes da convenção, sem deixar claro o motivo de sua desistência. A pré-candidata Arlene, ex-vereadora, também desistiu do projeto.

As duas ex-prefeitas, que haviam se aproximado politicamente neste ano, voltam a se afastar, inclusive na questão majoritária em que Cláudia não deve seguir o partido do partido a Genivan Vale (PL). Rosalba disse ainda que anuncia até segunda-feira (5) a substituição dos nomes de seu partido que desistiram de disputar à Câmara Municipal.

Fátima Bezerra
Numa das únicas presenças neste fim de semana, a governadora Fátima Bezerra (PT) prestigiou a convenção partidária que homologou a candidatura de Lawrence Amorim (PSDB) e Carmem Júlia (MDB) à prefeito e vice em Mossoró, no último sábado, 3.

A aliança em torno da candidatura do presidente da Câmara Municipal são PSDB, Cidadania, PSB, PT, PCdoB, PV, MDB, PDT e PRD. A nota oficial do partido indica que a Frente Ampla pode crescer.

Confirmada na convenção como vice, a vereadora Carmem Júlia (MDB), filha da ex-presidente da Câmara de Mossoró, Izabel Montenegro (MDB), lembrou que não seria mais candidata e sairia da política. “Porém, mais uma vez, recebi uma missão do povo e não costumo fugir à luta”, afirmou.

Participaram, ainda, a deputada estadual e presidente local do PT, Isolda Dantas, e ex-pré-candidato a prefeito e líder oposicionista na Câmara Municipal de Mossoró, Tony Fernandes (Avante), que coordena a campanha de Lawrence.


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DINARTE ASSUNÇÃO, ‘O CARA’ DO JORNALISMO INVESTIGATIVO

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No mundo do jornalismo, há uma prática que se destaca pela sua complexidade e impacto: o jornalismo investigativo. Essa forma de reportagem vai além do factual, buscando desvendar verdades e revelar histórias que muitas vezes estão fora do alcance do público, e o objetivo central é revelar informações que poderiam permanecer desconhecidas, seja por negligência, corrupção ou simples falta de interesse em expor verdades incômodas.

Em Natal, o jornalismo investigativo tem um nome de peso: Dinarte Assunção – editor do “Blog do Dina” e colaborador da revista “Época”, a partir de Natal. Natural de Areia Branca, formado em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), ele conta que a escolha do jornalismo foi uma dúvida, mas descobriu na faculdade que possuía a habilidade do olhar investigativo, que virou sua marca.

Seu trabalho já foi reconhecido em premiação do Ministério Público do Rio Grande do Norte, por uma matéria do Portal No Ar, em que havia a suspeita sem confirmação: “Qual era a suspeita? De que a Semsur superfaturava contratações de asfalto, comprava um asfalto no contrato mais caro do que era realmente aplicado, que era um asfalto de qualidade inferior e mais barato, mas o que era pago era o do contrato, que era mais caro”, lembra Dinarte.

A premiação ocorreu e, depois, houve a operação do MP e as peças estavam em sigilo: “Então, eu tive que fazer um esforço investigativo para ir juntando contratos, cruzando as coisas, até eu ter o material e dizer que aqui é isso, o caso é esse. Depois que eu confirmei realmente, e citei o principal acusado, Ranieri Barbosa”, contou Dinarte.

O espírito de investigação é algo intrínseco na vida de Dinarte Assunção e, ao ser contatado pela equipe de reportagem do Diário do RN, ele revelou ter usado suas técnicas: “A primeira coisa que fiz foi checar se você é quem diz ser. Primeiro acionei Túlio (diretor do jornal), mas ele demorou a responder. Com seu número, obtive informações com técnicas que uso e constatei que você é quem diz ser, e depois Túlio me respondeu. Isso está em mim”, revelou Dinarte.

O jornalismo investigativo não é isento de desafios. Pelo contrário. Repórteres frequentemente enfrentam pressões e ameaças de poderosos interesses que podem tentar silenciá-los ou obstruir suas investigações. “O desafio de ser jornalista é que nossas histórias sempre incomodam e os ataques vêm, as ameaças, elas vêm veladas: ‘Cuidado’, ‘cuidado com a sua rotina’, mas concretamente nunca fizeram algo”’, afirma o jornalista.

Dinarte alerta sobre os riscos que envolvem a abordagem investigativa do jornalismo e fala sobre os cuidados que adota para realizar essa linha de apuração: “Eu tenho uma tese de que pode estar acontecendo um crime – então, eu estou buscando coisas que confirmem minha tese. Quando a gente adota essa linha de apuração, tem que ter os pés muito no chão para não confundir, porque a gente está tão apaixonado pela tese, que não vê que um documento é frágil e não sustenta a tese, entendeu? Essa é uma das linhas de apuração que eu só boto matéria no ar depois que eu tenho tudo sustentado de pé”.

Entre os muitos casos que cobriu, teve um que mais marcou o jornalista: “Eu era assessor de um órgão, que eu prefiro preservar por questão lógica, nem vale a pena citar. E aí, eu fiz uma matéria que no meio do processo da publicação teve um desdobramento e eu fui chamado pelo órgão para dizer quem foi que me passou isso. Eu disse “ó, eu não vou fazer, eu não tenho como abrir minha fonte”. Aí, eu recebi uma ameaça: “olha, mas aí fica complicado de eu defender que você continue aqui, né, fica complicado defender que você continue”. E eu mantive a minha posição, eu disse faça o que você achar melhor. Era o trabalho que melhor me pagava, só que não tinha a ver com dinheiro, tinha a ver com fontes acreditarem que podem passar a informação para jornalista e ele vai respeitar o que você dá”.

Entre processos e ameaças, Dinarte se mantém firme na profissão e na área do jornalismo investigativo que, para ele, é um dom dado por Deus. “Tentei sair várias vezes já, mas eu sou arrastado de volta para o jornalismo investigativo. Eu acho que existe uma missão, uma vocação.

É como se fosse algo maior que eu. É como se fosse um dom que me foi dado, Não por mim, mas eu sou cristão, dado por Deus, e não adianta tentar fugir desse dom”, expressou Dinarte.

Reconhecimento em projeto internacional

Dinarte Assunção é o mais novo membro reconhecido da OCCRP (organized crime and corruption reporting project, em tradução livre, projeto de denúncia de crime organizado e corrupção). Com equipes em seis continentes e hubs em Amsterdã, Washington DC e Sarajevo, a OCCRP é uma das maiores organizações de jornalismo investigativo do mundo. “Para ser membro da OCCRP, você preenche um formulário, se submete a uma análise e eles vão ver se o trabalho que você faz tem rigor suficiente para lhe conceder acesso. Esse é o barato, acesso ao banco de dados que eles têm”, concluiu Dinarte.

A OCCRP é uma redação sem fins lucrativos voltada para a missão que faz parcerias com outros veículos de mídia para publicar histórias que estimulam a ação. A OCCRP também é uma plataforma de desenvolvimento de mídia que promove o jornalismo investigativo em todo o mundo.

Fundada em 2007, é pioneira em jornalismo investigativo colaborativo transfronteiriço. De um começo modesto na Europa Oriental com um punhado de parceiros, a OCCRP cresceu e se tornou uma potência mundial, moldando a indústria enquanto mantém os mais altos padrões de reportagem de interesse público.

Livro
Além de jornalista, Dinarte Assunção também é escritor e lançou em 2020 seu primeiro livro: “Sobre Viver” é um relato feito em primeira pessoa pelo autor sobre sua experiência com o vício em drogas. “Sobre Viver foi meu projeto de TCC, é um romance autobiográfico, em que eu exploro a minha espiral descendente de fundo de poço, em que eu me atirei através do uso de cocaína. A história é abordada entre 2009 e 2014, porque foi nesses cinco anos que o meu padrão depressivo se estabeleceu e eu conheci a cocaína e aí f#deu, aí foi ladeira abaixo. O livro é uma espécie de expurgo que coloca as coisas para fora e fala abertamente sobre um problema que é considerado ainda um tabu, a dependência química”.


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COMÉRCIO E SERVIÇOS DO RN CONTRIBUÍRAM COM 95% DAS VAGAS DE EMPREGOS EM 2024

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Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e3 Desempregados (Caged), o Rio Grande do Norte gerou 4.533 postos de trabalho no mês de junho, incrementando em mais de 57% o número de empregos criados no mesmo período de 2023, que foi de 2.604 admissões, marcando o sexto mês consecutivos de crescimento.

Segundo informações da assessoria de comunicação do Instituto Fecomercio, no acumulado do primeiro semestre de 2024, o emprego formal no Rio Grande do Norte teve o melhor desempenho desde o início da série histórica do Novo Caged, em 2010. Foram abertas 13.060 vagas de emprego formal, mais do que o dobro das vagas abertas no primeiro semestre do ano passado (6.060) e quase 50% a mais do que o último recorde para o período, registrado no primeiro semestre de 20.10, com 8.188 novas vagas.

DESEMPENHO
Embora os festejos juninos tenham gerado um impacto significativo na economia do estado, o desempenho do emprego formal no RN no primeiro semestre é atribuído a três fatores principais: aumento da renda média do trabalhador que subiu cerca de 9% no período: aumento de 13,6% no volume de crédito ofertado no mercado e diretamente ao consumidor; e a manutenção do modal de ICMS no RN em 18%, resultado da injeção de aproximadamente R$ 300 milhões que seriam pagos no mercado consumidor.

O empresário Marcelo Queiroz, presidente da Fecomercio RN, explica a influência de fatores na geração de mais postos de trabalho quando diz que “Mais crédito e renda ajudaram o mercado fazendo que haja a necessidade de novos postos de trabalho. Pelo peso que os setores de Comércio e Serviços têm, quando eles se aquecem, aumentando suas vendas, também estimulam um ágil e forte círculo virtuoso na economia”.

Hotel Senac Barreira Roxa conquista certificação de Empresa Carbono Neutro

Conhecido por ser o único hotel do estado em funcionamento sustentável, o Hotel Escola Senac Barreira Roxa recebeu mais um selo de reconhecimento no pilar da sustentabilidade, o de Empresa Carbono Neutro.

Para o presidente do Sistema Fecomercio do Rio Grande do Norte, Marcelo Queiroz, “A sustentabilidade é o pilar fundamental do nosso sistema e está presente em todo o nossos processo e nas ações de todos os colaboradores, gerando resultados extremamente positivos”.

A certificação emitida pela consultoria ambiental O’Green Brasil, empresa do Grupo Econom, atesta o compromisso do hotel com a gestão de emissões de gases do efeito estufa na atmosfera, começando pela neutralização das emissões geradas pela sua operação, por meio de créditos de carbonos validados pela ONU.

“Esse reconhecimento é uma resposta ao trabalho que entregamos à sociedade, porque prezamos por entregar serviços de excelência em todas as nossas ações”, enfatizou o diretor regional do Senac/RN, Ranyere Pimenta.


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RAFAEL MOTTA DISPARA CONTRA CARLOS EDUARDO, NATÁLIA E PAULINHO FREIRE

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“A gente sabe que a campanha não tem estrutura, vai ser uma campanha quase que franciscana, honesta e vitoriosa. A gente vai estar disputando contra grandes estruturas, candidatos que já tiveram oportunidade de ser quatro vezes prefeito de Natal e não resolveram os problemas de nossa cidade. O natalense não pode se contentar com pouco”. O trecho é do discurso de Rafael Motta (Avante), que teve candidatura a prefeito de Natal oficializada em convenção do Avante nesta quinta-feira, 1º, em Natal, e trata, apesar de não citar nome, diretamente da candidatura do ex-prefeito Carlos Eduardo (PSD).

Há algumas semanas, Rafael chegou a abrir diálogo e considerar a possibilidade de ser vice de Carlos. As conversas, no entanto, foram descartadas e ele volta a criticar as posturas do ex-prefeito.

Motta também atacou os demais candidatos. Sobre Paulinho Freire disse: “A gente tem outro candidato que tem se comportado agregando gregos e troianos numa mesma chapa. Pessoas que se odeiam no mesmo lugar apenas por uma situação casuística. E infelizmente essa pessoa já foi vice-prefeita, já foi presidente da Câmara por quatro vezes e a gente já sabe que não tem nenhum trabalho por Natal”.

Já sobre Natália Bonavides e o PT, Rafael acredita: “A gente tem uma candidata que está marcando presença apenas para ocupar o espaço através de sua militância. Uma candidata que tem uma rejeição muito alta”.

Colocando-se como “uma opção moderna”, Rafael pontuou que tem pesquisas e dados qualitativos que colocam seu nome “bem aceito” pelas pessoas. “Não existe rejeição ao nosso nome e esse é o segredo no nosso crescimento”, acredita.

Em entrevista ao Diário do RN, aprofundou as críticas ao Partido dos Trabalhadores e, fazendo um paralelo com a intervenção da Executiva Nacional do PSOL que resultou na desistência da pré-candidata Camila Barbosa a prefeitura de Natal, relembrou interferência do PT na sua candidatura. “Na realidade, o PT local pediu que o PT nacional exigisse do PSB nacional a minha não candidatura aqui em Natal. Então, é por isso que eu entendo (Camila). Na verdade, eles queriam que eu não fosse candidato. Ou seja, a minha candidatura traz um incômodo enorme para as grandes estruturas que vão ter candidaturas aqui em Natal”, ressalta.

Motta acentua que, enquanto PSB, apoiou o PT na candidatura ao Governo do Estado, mas, em contrapartida, o “PT nunca o apoiou a nenhum cargo público”. Além de afirmar não se arrepender de ter resistido à interferência do PT e seguido para o Avante em seu projeto de ser candidato a majoritária em Natal, considera que ser vice de Natália não seria politicamente mais interessante para ele.

“A questão de ser vice de Natália não, porque eu não acredito no plano de governo dela e também de alguma forma eu discordo de alguns comportamentos, de algumas ideologias. Então, do meu ponto de vista, o nosso plano de governo é muito mais moderno atual e consoante com a realidade”, explica.

Sobre a candidatura “franciscana”, com menor estrutura, Motta, além de reforçar a expansão do Avante no país, se baseia em eleições anteriores para crer no seu crescimento. “O eleitor é livre e eu já passei por isso na eleição de 2022, quando fui candidato ao Senado sem nenhuma estrutura me apoiando, sem deputado federal, sem deputado estadual, com poucos prefeitos e eu tive uma votação expressiva de quase 400 mil votos. Então, a gente já tem uma certa experiência nesse sentido”, afirma.

“É óbvio que precisa ter esse contato direto com a estrutura federal”

Durante entrevista concedida ao Diário do RN pouco antes do início da convenção, Rafael Motta respondeu à fala de Carlos Eduardo (PSD) sobre o apoio do Governo Federal para a gestão municipal. Para se desvencilhar do peso de ter apoiado primeiro Bolsonaro (PL) e depois Fátima e Lula (PT) nas duas últimas eleições, respectivamente, o ex-prefeito e pré-candidato a prefeito de Natal afirmou, durante coletiva nesta quarta-feira, 31, que “ideologia é incompatível com gestão”.

Carlos Eduardo rejeitou seu próprio discurso da última campanha, quando apontava várias obras que teriam sido executadas em Natal justamente pelo fato de Lula ser presidente e ter ajudado a cidade durante sua gestão.

“Lula e Bolsonaro não moram em Natal e ao que sei nem pretendem morar; depois, quem resolve os problemas de Natal não é a Presidência da República, quem resolve os problemas de Natal é a Prefeitura de Natal”, disse Carlos Eduardo.

Para Rafael, “em Natal, até por dados qualitativos, não vai existir essa dicotomia entre Lula e Bolsonaro”, mas que “obviamente” o apoio nacional é necessário para o funcionamento da gestão municipal.

“Obviamente que apoio político eleitoral conta; e a questão do apoio administrativo é óbvio que precisa ter esse contato direto com a estrutura federal. E eu, por ter sido deputado federal por oito anos, por dois mandatos, tenho muita abertura com vários ministros que foram colegas meus de legislatura e muitos membros também do Governo Federal”, relembra.


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AZEVEDO RECUA E ANUNCIA APOIO A PAULINHO E SALATIEL, CANDIDATOS DO PL

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Após reuniões e um quase acerto definitivo para subir ao palanque de Carlos Eduardo (PSD), o deputado estadual do PL, Coronel Azevedo, resolveu dar um passo atrás e seguir ao lado de Rogério Marinho (PL) nos apoios que dará nesta eleição. O parlamentar anuncia hoje, às 15h, apoio a Paulinho Freire (UB) em Natal e a Salatiel de Souza (PL), em Parnamirim. A declaração será oficializada na sede do Partido Liberal, ao lado do presidente estadual da legenda e secretário-geral nacional do PL, senador Rogério Marinho, e do deputado federal General Girão (PL), que anunciou adesão a Paulinho Freire no dia 20 de maio.

Coronel Azevedo e General Girão, assim como o deputado federal Sargento Gonçalves (PL), resistiram à decisão do PL de não lançar candidatura própria a prefeito da capital e questionaram o apoio a Paulinho Freire (UB). Gonçalves pontua o posicionamento de Paulinho na Câmara Federal, que votou em “80% dos projetos a favor do Governo Federal”.

Em Parnamirim, a resistência se deu ao nome de Salatiel, pré-candidato lançado pelo PL.

Azevedo chegou a receber em seu gabinete, na Assembleia Legislativa, a vice-prefeita e pré-candidata a vice-prefeita de Parnamirim, Kátia Pires (UB), que se opõe ao PL compondo chapa com a Professora Nilda (Solidariedade). Diferentemente de Gonçalves, entretanto, Azevedo decidiu seguir o caminho de Girão e não virar as costas para o PL.

Pouco antes da decisão, porém, Coronel Azevedo foi o responsável por levar o Sargento Gonçalves às reuniões e o entregou a Carlos Eduardo. A ligação com a igreja evangélica e a indicação do nome do “irmão em Cristo”, Jacó Jácome, como vice do ex-prefeito foi a justificativa para a aproximação dos parlamentares do PL com a chapa opositora de Paulinho, e do PL.

Em entrevista ao Diário do RN, nesta quarta-feira, 2, durante oficialização do apoio ao PSD, Sargento Gonçalves explicou: “Nos últimos 15 dias eu fui procurado e levado pelo deputado Coronel Azevedo, que me convidou a conversar com Jacó e Antônio Jácome, que são nossos irmãos em Cristo da igreja Assembleia de Deus. Aquilo me cativou e eu coloquei como condicionante pra Carlos Eduardo. Se o senhor aceitar Jacó como candidato a vice-prefeito na sua chapa, o senhor terá o meu apoio. E conversei com o senador Rogério Marinho, levei a mesma informação para ele. Então não foi nada feito às escuras”.

A conversa com o líder Rogério Marinho, no entanto, levou Coronel Azevedo a recuar, tanto em Natal, quanto em Parnamirim.

O PL nacional emitiu resolução, ratificada nas últimas semanas pela Executiva Estadual, proibindo os filiados e, principalmente, parlamentares de mandato do partido, a anunciar outro apoio nos municípios em que a sigla apresente candidatura própria. Não é o caso de Natal, mas na capital, o apoio ao nome de Paulinho tem intenções em 2026, o que pode ter pesado para o deputado estadual.

A situação em Parnamirim é diferente. Rogério Marinho explicou em entrevista ao Diário do RN publicada na última terça-feira, 30: “Se algum detentor do mandato se posicionar, após a convenção partidária, no sentido contrário, é evidente que o partido vai se posicionar também no sentido de dar o tom que nós imaginamos que é o adequado do ponto de vista partidário, inclusive submetendo essa pessoa à comissão de ética”, antecipou.

O fortalecimento do partido do ponto de vista programático e ideológico, reforçado pela fidelidade dos seus membros, também entra nos cálculos do PL.

“Isso faz parte. O processo de discussão de contraditório existe dentro dos partidos e é absolutamente normal, saudável, nós ficamos tranquilos. (…) A consumação do processo só se dará, eventualmente se isso ocorrer, após as convenções. Então, eu estou aguardando as convenções confiando que o partido vai sair unido”, complementou Marinho.


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CONSELHEIRO FOI PUNIDO PELA UFRN POR COMETER VÁRIAS IRREGULARIDADES

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Médico, Conselheiro e vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, o potiguar Jeancarlo Cavalcante está envolvido em outra polêmica. Nessa semana, o Diário do RN revelou documentos que mostram viagens internacionais do médico por cerca de 20 países, que custaram mais de R$ 1 milhão aos cofres do Conselho Federal de Medicina. Agora, o tema é outro e envolve novamente o atual representante do RN no CFM em fato negativo.

Jeancarlo Cavalcante também professor na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O acúmulo de tantas funções já causou dor de cabeça ao profissional que acabou sendo punido pela universidade após a conclusão de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

O processo teve origem no Acórdão nº 2891/2019 da 1ª Câmara do TCU, que identificou uma série de irregularidades cometidas por Jeancarlo Fernandes Cavalcante, como o gozo de férias fora do período de recesso escolar sem justificativa, recebimento indevido de diárias coincidentes com período escolar e lecionar disciplinas sem registro de atividade prática.

Além disso, a apuração do Tribunal de Contas da União também apontou afastamento indevido para participação em atividades extra UFRN e duplicidade de contratos e pagamentos indevidos.

O relatório do TCU destaca o gozo de férias nos anos de 2016 e 2017 fora do período de recesso escolar sem justificativas; recebimento de 25 diárias que coincidiram com o período de gozo de férias de 4/7 a 2/8/2016 e de 17/10 a 31/10/2016, e mais 55 diárias não justificadas, todas pagas indevidamente; além de lecionar as disciplinas “Internato em Medicina de Urgência” e “Medicina de Urgência – Trauma Clínico e Cirúrgico (Prático e Teórico)” no Hospital Universitário Onofre Lopes, vinculado à UFRN, com a finalidade de compor carga horária nessa Universidade, sem que exista registro de cirurgias ou de atendimento a pacientes em ambulatório no Centro Cirúrgico desse hospital.

O mesmo relatório também aponta afastamentos indevidos da jornada de trabalho prestada na UFRN, e ainda concomitância de vigência de convênio e contratos celebrados entre a UFRN e o Cremern, com os mesmos objetos, resultando em possíveis duplicidades de tarefas e pagamentos indevidos.

Ao final do Processo Administrativo Disciplinar instaurado pela Universidade Federal, a comissão concluiu em relatório que o Professor do Magistério Superior, lotado no Departamento de Medicina Integrada, “infringiu a observância às normas legais e regulamentares e lesão ao erário público por omissão culposa acumulou indevidamente benefício indenizatório”

A UFRN aplicou a punição de 20 dias de suspensão e ressarcimento ao erário. A decisão veio após a conclusão do processo administrativo disciplinar. A punição aplicada pela instituição determina o ressarcimento aos cofres públicos dos valores recebidos indevidamente a título de auxílio-alimentação e vale-transporte recebidos durante o período que fez jus às diárias do CREMERN e CFM.

O professor Jeancarlo chegou a buscar a justiça em uma ação para suspensão dos efeitos da decisão do Processo Administrativo Disciplinar n. 23077.077550/2019-47 e ainda o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva e a anulação do referido PAD. Além de requerer a aplicação apenas da penalidade de advertência, afastando a decisão que determinou o ressarcimento ao erário, em virtude da sua boa-fé.

O juiz Ivan Lira de Carvalho, julgou improcedentes os pedidos formulados na petição inicial afirmando verificar que “a boa-fé objetiva do autor não restou configurada, pois o recebimento das referidas verbas não decorreu de erro administrativo ou operacional nem de mudança de interpretação de lei por parte da UFRN, mas sim do cometimento de infração disciplinar por parte do autor”.

O juiz considerou ainda que “além de ser professor da UFRN, o autor ocupava cargo de chefia no período de cometimento da infração, conforme consta no processo administrativo disciplinar e na Portaria n° 358/17-R, de 24 de fevereiro de 2017, publicada no Boletim de Serviço n° 042, de 06 de março de 2017, fato esse que corrobora a ausência de boa-fé objetiva”.

O magistrado concluiu, então, pela repetibilidade dos valores cobrados pela UFRN e condenou o autor ao pagamento de honorários sucumbenciais, fixados em R$ 3.000,00 (três mil reais), nos termos do art. 85, §8°, do CPC.

Ou seja: A punição pelas irregularidades cometidas como professor da UFRN, foram mantidas pela Justiça e o fato termina sendo extremamente negativo para um profissional que pleiteia o quarto mandato como Conselheiro Federal de Medicina.


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DEPOIS DE TODA A CONFUSÃO, DRAGA NÃO APARECE E PREFEITURA NÃO COMEÇA OBRA

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Depois de um ano para atender 83 condicionantes, protestos, uma invasão ao Idema, com direito a agressão a servidor público, e a vinda, por duas vezes, da draga que deve realizar a engorda de Ponta Negra, a Prefeitura de Natal, após obter mais uma autorização para iniciar a obra, agora afirma ter que concluir condicionantes antes de dar a ordem para que a embarcação retorne ao litoral natalense e operacionalize o projeto. A nova postura acontece depois da Prefeitura ter repetido, durante série de protestos e críticas ao Instituto, que poderia inciar a obra sem todas as condicionantes cumpridas imediatamente.

Mais uma autorização para dar início às obras de engorda na praia de Ponta Negra foi concedida nesta quarta-feira,31. O serviço é considerado solução para contenção do avanço do mar em um dos cartões-postais mais visitados da capital potiguar. Porém, ainda não há uma data certa para os trabalhos serem iniciados. O Município, mesmo com a licença ambiental em mãos, ainda não atendeu todas as recomendações técnicas, sanitárias e urbanísticas exigidas pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN, o IDEMA.

Secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Thiago Mesquita confirmou ao Diário do RN que, apesar da nova autorização publicada em portaria, a Prefeitura de Natal ainda precisa atender parte das condicionantes exigidas pelo IDEMA após a emissão da concessão. “Tem 18 condicionantes que o IDEMA colocou que impedem o início”, revelou ele, se referindo a um total de mais de 80 exigências feitas pelo órgão ambiental.

As condicionantes dizem respeito ao processo de drenagem e questões socioambientais, como a obrigação da Prefeitura em incluir nos projetos executivos a implantação de estruturas de acessibilidade nas áreas de influência do projeto, relatórios mensais e bimestrais sobre protocolos de andamento da obra, monitoramento e execução do Plano de Resíduos Sólidos, monitoramentos de fauna e apresentação de alternativas de mitigação dos impactos locais.

Autorização condicionada
O novo consentimento dado à Prefeitura de Natal foi publicado na edição de ontem do Diário Oficial da União (DOU), por meio da Portaria Nº 5.257. O documento foi assinado por Adriano Platiny Torquato do Rêgo, superintendente do Patrimônio da União no Estado do Rio Grande do Norte, órgão vinculado ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGISP).

Segundo a portaria, o Município de Natal fica autorizado “a executar a obra referente à alimentação artificial (engorda) da Praia de Ponta Negra, em Natal/RN, em área de uso comum do povo”. Ainda de acordo com o documento, o serviço “contempla uma área correspondente a 708.769,12m² referentes à intervenção na praia e 776.515,50m² referentes à jazida (espelho d’água)”.

“A execução da obra aqui autorizada fica condicionada à apresentação da Licença Ambiental de Instalação a ser expedida pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA), bem como o cumprimento rigoroso das recomendações técnicas, ambientais, sanitárias e urbanísticas, e em conformidade com a legislação vigente.

A autorização, vale ressaltar, “fica condicionada ao cumprimento das condicionantes ambientais exigidas pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA) e das demais recomendações técnicas e urbanísticas emitidas pelos órgãos competentes, aprovação de projetos, pagamentos de taxas e alvarás, assim como qualquer exigência complementar necessária à regularidade da obra”. Atualmente, a Prefeitura de Natal trabalha para atender a 83 condicionantes elencadas pelo IDEMA, que por determinação da Justiça, concedeu licença ambiental permitindo que o Executivo municipal pudesse começar os serviços.

“A realização das obras, pelo tempo que perdurar, deverá estar coberta por licença ambiental válida”, destaca a portaria do MGISP.

Durante o período de execução das obras, o Município de Natal ainda fica obrigado a fixar na área em que serão realizadas as obras, em local visível ao público, uma placa com os seguintes dizeres: “ÁREA JURISDICIONADA AO PATRIMÔNIO DA UNIÃO, COM OBRAS E SERVIÇOS AUTORIZADOS PELA SUPERINTENDÊNCIA DO PATRIMÔNIO DA UNIÃO NO RIO GRANDE DO NORTE, NA FORMA DA PORTARIA [MGI-SPU-RN]/MGI Nº 5257, DE 29 DE JULHO DE 2024”.

Por fim, o Patrimônio da União fixou prazo de 12 meses, a contar da publicação da referida portaria, para realização das obras do aterramento, “podendo ser prorrogada a juízo e a critério da conveniência da Administração”.

Licença emitida
O Idema concedeu a Licença de Instalação e Operação (LIO) da obra de engorda da praia de Ponta Negra no dia 23 de julho, após decisão do juiz titular da 3ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Natal, Geraldo Antônio da Mota. A licença, concedida pelo prazo de 10 anos, apresenta 83 condicionantes que ainda necessitam de mais esclarecimentos por parte da Prefeitura de Natal e da empresa contratada.

Draga no Ceará
Mesquita explicou também que, antes das obras, é preciso fazer o imageamento da área de onde será retirada a areia que será utilizada no aterramento. “Eles vão escanear o fundo do oceano para verificar se tem algum tipo de naufrágio, algum tipo de obstáculo que possa atrapalhar o deslocamento da draga ao longo da sua execução. Isso é um procedimento normal, operacional, antes de iniciar a dragagem em si”, explicou o gestor.

A draga é um navio que possui um equipamento capaz de fazer a remoção de areia, rochas e lodo do fundo de rios, lagos e praias. A embarcação é muito utilizada na limpeza, aprofundamento e/ou alargamento das áreas de embarque e desembarque para grandes navios em portos.

De acordo com o secretário de Obras e Infraestrutura de Natal, Carlson Gomes, a draga permanece no porto do Ceará, aguardando ordem para se deslocar até Natal.

A engorda
A engorda de Ponta Negra prevê a retirada de 1 milhão de metros cúbicos de areia do mar, na altura da praia de Areia Preta, na Via Costeira. Toda esta areia será depositada ao longo de 4 quilômetros de praia em Ponta Negra, fazendo a “engorda da orla”. Com isso, a estimativa é alargar a faixa de areia nas praias de Ponta Negra e Via Costeira em até 50 metros na maré cheia e de até 100 metros quando a maré estiver baixa.

Custo da obra
Somando-se todas as etapas das obras de defesa costeira promovidas pela Prefeitura de Natal na praia de Ponta Negra, os serviços irão custar mais de R$ 108 milhões. Deste total, mais de R$ 73 milhões serão só para a engorda. A estimativa é do Ministério do Desenvolvimento Regional.

Serão realizados ainda o complemento do enrocamento feito ao longo da orla e alterações na drenagem.


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O “CIGANO” E A “GENTINHA”: JORNALISTA LANÇA LIVRO SOBRE MARKETING DE ALUÍZIO

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“Como toda eleição, aquela Campanha de 60 constitui-se em um processo multifacetado, onde episódios e personagens se confrontam e se reencontram em momentos distintos do processo.

Nesse estudo, dedicamos nosso foco apenas aos aspectos inovadores daquela campanha em termos de articulação política e de uso pioneiro das técnicas, ainda pouco difundidas, do que conhecemos hoje como marketing político”. O livro “O Triunfo da Esperança: A Campanha de 60 em Natal/RN”, do jornalista Ciro Pedroza, com um dos primeiros trechos descrito acima, é um debruçar sobre uma das mais importantes experiências de marketing político de Natal e do Rio Grande do Norte. A publicação, fruto de pesquisa de mestrado, realizada por Ciro na Escola de Comunicação e Artes, da Universidade de São Paulo, será lançada nesta quinta-feira, 1º, a partir das 16h, no Temis Clube Balcão Bar, no bairro Tirol, em Natal.

“Em verdade, o que a gente pretendeu é fazer um livro de abrangência local, apesar do campo de discussão da arena ser a campanha em Natal, ela tem reflexo no estado inteiro e também no Brasil, porque essa campanha de 1960 foi pioneira e o mais importante, a gente pode usar esse modelo para qualquer campanha dos tempos atuais, ela cai como uma luva. Aluísio desenhou todo o modelo que a gente tem hoje de campanha eleitoral. Daí a importância da campanha de 60 para a atualidade para todos nós”, referencia o autor.

A memória das passeatas com pessoas carregando bandeiras e galhos de árvores pelas ruas da cidade, dia e noite adentro, das músicas da campanha de Aluízio Alves contra Djalma Marinho pela cadeira do governador, Dinarte Mariz e de Djalma Maranhão a prefeito da capital contra o deputado Luiz de Barros são os aspectos descritos em seus bastidores ao longo das 162 páginas.

“A campanha de 60 aqui em Natal foi uma grande batalha de mídia. Uma batalha política que foi disputada na arena da mídia, que era algo novo. Até então a disputa ocorria nos palanques, nos discursos, e quando Aluízio entra com a sua propaganda moderna, o seu jeito diferente de fazer campanha, estabeleceu um marco. Depois dela, as campanhas nunca mais foram como antes”, pontua Ciro.

O livro foi feito com em base pesquisa bibliográfica, análise de documentos e jornais da época. O pesquisador aplicou em seu estudo sobre a eleição de 1960 o modelo teórico desenhado pelo teórico Gaudêncio Torquato, que estrutura uma campanha moderna em quatro pilares: articulação política, pesquisa, comunicação e mobilização.

Além disso, o jornalista ouviu o depoimento do próprio Aluízio Alves, de Eugênio Neto, Moacyr de Gois, Cassiano Arruda Câmara, da compositora Jacira Costa e de Pedro Alencar, responsável pelas pesquisas de opinião da campanha.

As ilustrações da capa são do artista plástico Flávio Freitas. “Flávio Freitas é um artista plástico consagrado. Há quem diga que ele é até o sucessor de Dorian Grey pela beleza do traço dele, pela elegância, pela simplicidade. Era isso que eu queria na capa. Uma capa que representasse aquele momento, o pessoal do lado vermelho de Dinarte, Djalma, do Luiz de Barros, todos organizados, bem-comportados no palanque, e a campanha de Aluízio, o povo no meio da rua com bandeira, com árvore, com bananeira, com coqueiro, tem tudo isso na capa”, afirma Ciro.

Gaudêncio Torquato, consultor político e professor titular da USP, que fez parte da banca examinadora de mestrado de Ciro Pedroza, prefacia o livro.

“O ‘cigano’, o ‘tuberculoso’, que reunia sua ‘gentinha’, o povo pobre, nos comícios e os lenços e galhos verdes são muito bem descritos na presente obra. Tive muita satisfação em integrar a banca que examinou e aprovou a dissertação de Ciro Pedroza. E com muita alegria faço este modesto prefácio”, observa Torquato sobre o trabalho.


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JACÓ JÁCOME, VICE DE CARLOS EDUARDO, É ‘BICHADO’ NA JUSTIÇA POR IMPROBIDADE

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O festejado pré-candidato a vice-prefeito de Carlos Eduardo (PSD), Jacó Jácome, que teve nome oficializado nesta quarta-feira, 31, chega à chapa do PSD como uma promessa de agregar os votos dos evangélicos natalenses na disputa pela Prefeitura Municipal. Jacozinho, como é conhecido, no entanto, carrega também duas ações na Justiça, que tratam de cargos fantasmas no serviço público no Estado do Rio Grande do Norte. Os dois processos são por improbidade administrativa.

Um deles gerou ação penal sob acusação do crime de “peculato”. As “fantasmas” seriam uma prima e uma amiga do ex-deputado, que eram lotadas no gabinete em mesmo período em que cursavam medicina na Universidade Potiguar.

Uma ação civil pública, a de número 0808970-29.2018.8.20.5001, foi movida pelo Ministério Público, através da 44ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, contra o então deputado Jacó Jácome e Omara Jácome Torres Medeiros Mesquita, suposta funcionária fantasma lotada no gabinete do parlamentar.

De acordo com a ação, Omara, que é prima do ex-deputado, recebia gratificação de R$ 1.492,69, equivalente a uma função sem exercer qualquer cargo, no período de 02 de março de 2015 a 04 de março de 2016.

“A situação narrada, portanto, caracteriza a condição de “funcionária fantasma”, evidenciada sobretudo pela concomitância entre o vínculo com a Assembleia Legislativa e o curso de medicina na Universidade Potiguar, onde a demandada estudava durante os dois turnos”, diz trecho do processo.

A ação teve deferido, em primeira instância, o pedido de indisponibilidade dos bens até o montante de R$ 20.549,36, divididos entre Omara e Jacó.

Já o processo de nº 0827903-50.2018.8.20.5001, movido pela 44ª promotoria do Ministério Público de Natal, tem como réu, além do então deputado Jacó, Renata Bezerra de Miranda, “acusados de cometerem atos de improbidade administrativa tipificados na Lei nº 8.429/1992, em prejuízo do Estado do Rio Grande do Norte”.

“A demandada Renata Bezerra Miranda foi contemplada com função gratificada no gabinete do Deputado Estadual Jacob Jácome, no seio da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, sem possuir cargo público efetivo ou em comissão, além de auferir remuneração sem que tenha contribuído com a efetiva contraprestação de função pública, uma vez que sequer comparecia ao local de trabalho, pois frequentava curso de medicina com carga horária integral na Universidade Potiguar – UNP”, diz a ação.

Nesta, foi deferida, também em primeiro grau, a indisponibilidade de bens dos réus no valor de até R$ 18.384,96, “apontado como o valor do prejuízo sofrido pelo erário estadual”.

Renata e Jacó apresentaram contestação e negaram irregularidades na contratação da assessora parlamentar, com argumento de que, por se tratar de cargo de natureza política, o exercício independe de cumprimento de carga horária. “Os requeridos, por sua vez, apresentaram alegações finais defendendo a regularidade do vínculo, a inexigência de cumprimento de carga horária, e que a função pública era desempenhada aos finais de semana e feriados, sem prejuízo da discência em regime integral na Universidade Potiguar durante a semana”, descreve o relatório da ação.

Tramita também, na 4ª Vara Criminal de Natal, uma ação penal, movida pela 44ª de Promotoria de Natal, sob o nº 0103949-44.2019.8.20.0001, com a acusação de peculato. A ação teve movimentação no último dia 25 de julho de 2024, em despacho da juíza Ada Maria da Cunha Galvão, para juntada de documentos.

Os demais processos ainda estão em curso, com recursos tramitando em segundo e terceiro graus.


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“QUEM RESOLVE OS PROBLEMAS DE NATAL NÃO É A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA”

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Para Carlos Eduardo (PSD), “ideologia é incompatível com gestão”. Foi dessa forma que ele justificou a mudança de postura em relação ao PT, com quem esteve aliado há dois anos, na eleição de 2022, em dobradinha com Fátima Bezerra (PT). O assunto foi comentado durante o anúncio oficial do nome de Jacó Jácome (PSD) como candidato a vice-prefeito na chapa com Carlos Eduardo, nesta quarta-feira, 31.

O ex-prefeito garante que a pauta nacional não deverá basear sua campanha pela Prefeitura de Natal. “Lula e Bolsonaro não moram em Natal e ao que sei nem pretendem morar; depois, quem resolve os problemas de Natal não é a Presidência da República, quem resolve os problemas de Natal é a Prefeitura de Natal”, diz. Apesar da afirmação, na última campanha eleitoral, Carlos Eduardo apontou várias obras que teriam sido executadas em Natal justamente pelo fato de Lula ser presidente e ter ajudado a cidade durante sua gestão.

Hoje, Carlos, que defendeu Bolsonaro em 2018 e depois de se dizer “arrependido” apoiou Lula em 2022, analisa que tem dois adversários em Natal, “o PT e o acordão”. O acordão que ele se refere inclui o bolsonarista PL, no palanque de Paulinho Freire (UB), além dos partidos Republicanos, PSDB, Podemos e o PP.

“O PT quer tudo, PT quer Presidência da República, quer Governo do Estado e quer a Prefeitura de Natal. E o outro adversário simplesmente fez um acordão. Transformou a Prefeitura de Natal numa pista, dividindo entre senadores, deputados federais e deputados estaduais, vereadores, deixando aquele que elege do lado de fora, que é o povo de Natal”, considera.

Para ele, o foco não será a ideologia: “A nossa campanha é uma campanha com foco em educação e saúde de qualidade, assistência social, as famílias de vulnerabilidade social, apoio à cultura, apoio à ciência tecnologia e inovação, apoio ao esporte e lazer, as diversas políticas públicas para melhorar a cidade de Natal, porque o que está em jogo é a gestão de Natal, não a questão de ideologia”.

Sargento Gonçalves vira as costas para o PL na eleição de Natal

Nesta quarta-feira, 31, Jacó Jácome (PSD) foi oficializado candidato a vice-prefeito na chapa com Carlos Eduardo (PSD) na disputa pela Prefeitura de Natal. Em coletiva realizada pelo pré-candidato, o ex-deputado estadual levou para o lado de Carlos Eduardo o apoio do deputado federal Sargento Gonçalves, que escolheu seguir caminho independente do seu partido, o PL, cujo apoio está definido para Paulinho Freire (UB). Gonçalves não concordou com os rumos do partido bolsonarista para as eleições na capital e diz acreditar que o candidato do PSD é o mais viável para derrotar o PT, seu “principal objetivo”.

Em conversa com o Diário do RN, argumentou que a “decisão não é fácil”, mas diante da impossibilidade de uma candidatura própria do seu partido, que defenda os valores conservadores e patriotas, decidiu por “uma das duas opções de centro”.

Para o Sargento Gonçalves, que em 2022 obteve 24.083 (5,89%) votos em Natal, mais ligados à segurança pública do que ao bolsonarismo necessariamente, Carlos Eduardo seria o projeto mais viável “tendo em vista que tem mais de 40% nas pesquisas”.

“O que Paulinho Freire pode fazer na pior das hipóteses ou na melhor das hipóteses é fazer com que o PT chegue a um 2º turno e quem sabe até repente o que seria um desastre total chegar a ser eleita Natália Bonavides (PT) ocupando a cadeira da Prefeitura de Natal fechando o tridente do mal”, afirma se referindo também ao Governo do PT no Estado e na Presidência da República.

Coronel Azevedo
O deputado Estadual conta com naturalidade que foi levado para a primeira reunião com Carlos Eduardo pelo deputado estadual Coronel Azevedo, também do PL, independente das conversas que teve com a liderança estadual do seu partido, Rogério Marinho. “Aquilo me cativou e eu coloquei como condicionante pra Carlos Eduardo: ‘Se o senhor aceitar Jacó Jácome como sendo candidato a vice-prefeito na sua chapa o senhor terá o meu apoio’. E conversei com o senador Rogério Marinho (PL) levei a mesma informação para ele e dar essa possibilidade. Então, não foi nada feito às escuras, foi de forma conversada”, ressalta.

O coronel Azevedo, entretanto, não apareceu para a coletiva e deve permanecer ao lado do PL. O pré-candidato a prefeito entende que ele “recuou”.

“Ele estava certo de que iria apoiar, estava vindo motivado, até porque o nosso vice Jacó Jácome é evangélico, é irmão dele de igreja, e isso faria com que ele viesse dar apoio a nossa candidatura.

Até pela experiência que ele disse que conhecia das nossas gestões, testado e aprovado, de Natal, seria a melhor chapa, mas ele parece que recuou, quem deve explicar é ele”, explicou Carlos Eduardo.


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CONSELHEIRO QUE VIAJOU O MUNDO POR CONTA DO CFM SE DIZ “INDIGNADO”

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Agosto é o mês de combate à violência contra a mulher. Isso acontece em razão do aniversário de 18 anos da Lei nº 11.340, mais conhecida como “Lei Maria da Penha”. No Rio Grande do Norte, apesar de as forças de segurança pública apresentarem uma redução considerável no total de mortes violentas intencionais ao longo dos últimos anos, os crimes contra as mulheres ainda preocupam bastante. Em cinco anos, por exemplo, os casos de violência que se enquadram na Lei Maria da Penha saltaram de 4.451 registros para 20.101 denúncias feitas no estado, o que representa um crescimento de mais de 340%.

E tem mais: de janeiro a junho deste ano, as delegacias de polícia do RN receberam 8.997 denúncias de crimes somente contra as mulheres. Importante explicar que a Lei Maria da Penha trata especificamente da violência doméstica e familiar contra a mulher. As formas mais comuns de violências que as mulheres podem sofrer são: física, psicológica, sexual, patrimonial ou sexual.

Para tentar frear o crescimento da violência e combater mais efetivamente os crimes contra a mulher, o Ministério da Justiça e da Segurança Pública vai deflagrar, a partir do dia 1º de agosto, mais uma ação nacional de combate à violência doméstica e assassinatos de mulheres, principalmente os casos de feminicídios, que são as mortes por gênero.

Na média nacional, houve um aumento de 9,8% nos casos de mulheres vítimas de agressões decorrentes de violência doméstica. Nos casos de stalking (perseguição), o crescimento foi de 34,5%. Feminicídios (0,8%) e ameaças (16,5%) também aumentaram no Brasil.

No Rio Grande do Norte, os dados são ainda mais alarmantes, o que reforça a necessidade de uma atenção especial por parte do poder público. O Diário do RN comparou os dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública com as estatísticas apresentadas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social. Em território potiguar, os números são os seguintes: agressões decorrentes de violência doméstica (+14,6%); stalking (+50,1%); feminicídios (+50%); ameaças (+ 20,2%).

Dados de 2024 no RN
Os dados da violência doméstica no Rio Grande do Norte em 2024 não são tão diferentes dos registrados nos anos anteriores. Dados da Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais, comparando o primeiro semestre do ano passado com os seis primeiros meses deste ano, mostram que houve redução em alguns tipos de crimes contra as mulheres, mas nada que mereça comemoração. A principal diminuição está no total de feminicídios: – 30,8%. As outras reduções são: lesão corporal (-1,6%), difamação (-19,5%), estupro (-29,3%), estupro de vulnerável (-44,4%) e calúnia (-51,2%).

Por outro lado, houve aumento nos casos de injúria: (+29,8%), ameaça (+0,7%), descumprimento de medida protetiva (+20,7%), vias de fato (+5,7%) e tentativa de feminicídio (82,4%).

Outros dados
No Brasil, uma mulher é estuprada a cada seis minutos. A informação foi divulgada recentemente pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ameaças, agressões, feminicídios e outros crimes contra as brasileiras também têm aumentado. As estatísticas estão no 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que comparam as ocorrências registradas contra as mulheres entre 2022 e 2023.

Operação Shamar
Para combater com mais eficiência a violência contra a mulher, mais precisamente os casos de violência doméstica e os crimes de feminicídio, acontece ao longo do mês de agosto, em todo o país, mais uma edição da operação “Shamar”. As ações são ostensivas, de fiscalização, conscientização, educacional e de prevenção.

No Rio Grande do Norte, a coordenação é da Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social, com colaboração da Secretaria de Estado das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (SEMJIDH). Participam a Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Instituto Técnico-Científico de Perícia e guardas municipais de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante e Ceará-Mirim. Mandados de prisão também estão sendo cumpridos.

A Operação Shamar (palavra em hebraico que significa cuidar, guardar, proteger, vigiar, zelar) é uma ação nacional que ocorre no mês da conscientização pela defesa da mulher, o Agosto Lilás, e é desenvolvida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Lei Maria da Penha
A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), que completará 18 anos na próxima quarta-feira, dia 7, define a violência doméstica e familiar contra a mulher como qualquer ação ou omissão baseada no gênero, que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.

Segundo a legislação, estes tipos de violência se enquadram quando praticadas nas seguintes situações:
1) no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
2) no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
3) em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.

Canais de denúncia
Em caso de suspeita ou violação dos direitos da mulher, a orientação é procurar uma delegacia de polícia especializada ou ligar para o 190 ou para a Central de Atendimento à Mulher do Ministério das Mulheres, através do 180. No Rio Grande do Norte, a Polícia Civil também disponibiliza o Disque Denúncia 181, sempre resguardando o anonimato de quem procura ajuda. Todos os números disponíveis funcionam gratuitamente, 24 horas por dia, todos os dias da semana.


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REGISTROS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CRESCEM MAIS DE 340% NO RN

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Agosto é o mês de combate à violência contra a mulher. Isso acontece em razão do aniversário de 18 anos da Lei nº 11.340, mais conhecida como “Lei Maria da Penha”. No Rio Grande do Norte, apesar de as forças de segurança pública apresentarem uma redução considerável no total de mortes violentas intencionais ao longo dos últimos anos, os crimes contra as mulheres ainda preocupam bastante. Em cinco anos, por exemplo, os casos de violência que se enquadram na Lei Maria da Penha saltaram de 4.451 registros para 20.101 denúncias feitas no estado, o que representa um crescimento de mais de 340%.

E tem mais: de janeiro a junho deste ano, as delegacias de polícia do RN receberam 8.997 denúncias de crimes somente contra as mulheres. Importante explicar que a Lei Maria da Penha trata especificamente da violência doméstica e familiar contra a mulher. As formas mais comuns de violências que as mulheres podem sofrer são: física, psicológica, sexual, patrimonial ou sexual.

Para tentar frear o crescimento da violência e combater mais efetivamente os crimes contra a mulher, o Ministério da Justiça e da Segurança Pública vai deflagrar, a partir do dia 1º de agosto, mais uma ação nacional de combate à violência doméstica e assassinatos de mulheres, principalmente os casos de feminicídios, que são as mortes por gênero.

Na média nacional, houve um aumento de 9,8% nos casos de mulheres vítimas de agressões decorrentes de violência doméstica. Nos casos de stalking (perseguição), o crescimento foi de 34,5%. Feminicídios (0,8%) e ameaças (16,5%) também aumentaram no Brasil.

No Rio Grande do Norte, os dados são ainda mais alarmantes, o que reforça a necessidade de uma atenção especial por parte do poder público. O Diário do RN comparou os dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública com as estatísticas apresentadas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social. Em território potiguar, os números são os seguintes: agressões decorrentes de violência doméstica (+14,6%); stalking (+50,1%); feminicídios (+50%); ameaças (+ 20,2%).

Dados de 2024 no RN
Os dados da violência doméstica no Rio Grande do Norte em 2024 não são tão diferentes dos registrados nos anos anteriores. Dados da Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais, comparando o primeiro semestre do ano passado com os seis primeiros meses deste ano, mostram que houve redução em alguns tipos de crimes contra as mulheres, mas nada que mereça comemoração. A principal diminuição está no total de feminicídios: – 30,8%. As outras reduções são: lesão corporal (-1,6%), difamação (-19,5%), estupro (-29,3%), estupro de vulnerável (-44,4%) e calúnia (-51,2%).

Por outro lado, houve aumento nos casos de injúria: (+29,8%), ameaça (+0,7%), descumprimento de medida protetiva (+20,7%), vias de fato (+5,7%) e tentativa de feminicídio (82,4%).

Outros dados
No Brasil, uma mulher é estuprada a cada seis minutos. A informação foi divulgada recentemente pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ameaças, agressões, feminicídios e outros crimes contra as brasileiras também têm aumentado. As estatísticas estão no 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que comparam as ocorrências registradas contra as mulheres entre 2022 e 2023.

Operação Shamar
Para combater com mais eficiência a violência contra a mulher, mais precisamente os casos de violência doméstica e os crimes de feminicídio, acontece ao longo do mês de agosto, em todo o país, mais uma edição da operação “Shamar”. As ações são ostensivas, de fiscalização, conscientização, educacional e de prevenção.

No Rio Grande do Norte, a coordenação é da Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social, com colaboração da Secretaria de Estado das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (SEMJIDH). Participam a Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Instituto Técnico-Científico de Perícia e guardas municipais de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante e Ceará-Mirim. Mandados de prisão também estão sendo cumpridos.

A Operação Shamar (palavra em hebraico que significa cuidar, guardar, proteger, vigiar, zelar) é uma ação nacional que ocorre no mês da conscientização pela defesa da mulher, o Agosto Lilás, e é desenvolvida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Lei Maria da Penha
A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), que completará 18 anos na próxima quarta-feira, dia 7, define a violência doméstica e familiar contra a mulher como qualquer ação ou omissão baseada no gênero, que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.

Segundo a legislação, estes tipos de violência se enquadram quando praticadas nas seguintes situações:
1) no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
2) no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
3) em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.

Canais de denúncia
Em caso de suspeita ou violação dos direitos da mulher, a orientação é procurar uma delegacia de polícia especializada ou ligar para o 190 ou para a Central de Atendimento à Mulher do Ministério das Mulheres, através do 180. No Rio Grande do Norte, a Polícia Civil também disponibiliza o Disque Denúncia 181, sempre resguardando o anonimato de quem procura ajuda. Todos os números disponíveis funcionam gratuitamente, 24 horas por dia, todos os dias da semana.


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CÂMARA MUDA PORTAL DA TRANSPARÊNCIA PARA EXPLICAR GASTOS COM COMBUSTÍVEIS

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Na última terça-feira, 23, o Diário do RN publicou reportagem sobre os altos gastos da Câmara Municipal de Tangará com combustíveis nos dois primeiros meses de 2024. Em pleno período de recesso e com a frota de um veículo, a Câmara Municipal de Tangará utilizou mais de quatro mil litros de combustível.

O faturamento no Posto Trairí, em janeiro e fevereiro de 2024, foi de R$ 26.344,70, de acordo com o Portal da Transparência da Casa Legislativa tangaraense. Pela proporção, a presidente da Câmara, Ana de Ilo (PSD), gastou cerca de um tanque de combustível por dia, todos os dias, de janeiro e fevereiro, no único veículo da “casa do povo”.

A parlamentar questionou a publicação, através de nota, afirmando “não ser verdade” os fatos veiculados pelo Diário. Segundo ela, o valor de R$ 26.344,70 “é referente aos gastos com combustível realizados nos últimos seis meses, de janeiro a junho de 2024, e não em apenas dois meses”.

A nota não cita, no entanto, as alterações que foram realizadas no Portal da Transparência após a publicação da matéria. A apuração do Diário do RN do último dia 23 constatou, conforme print capturado da tela, que a despesa exorbitante da casa legislativa de Tangará foi registrada no Portal em referência aos meses de janeiro e fevereiro de 2024, e não aos seis meses de movimentação da casa, conforme o Legislativo Municipal quer induzir a constatar após alteração supostamente fraudulenta.

Ela ainda busca justificar os gastos afirmando que o único veículo da Câmara de Tangará é utilizado por todos os 11 vereadores que compõem o respectivo Poder Legislativo Municipal. E que, além disso, “mesmo durante os períodos de recesso parlamentar os serviços administrativos da Câmara Municipal continuam a funcionar normalmente, necessitando da utilização do veículo para resolver as demandas administrativas ligadas ao seu funcionamento e aos serviços de interesse público que se apresentam”.

Ainda assim, os gastos do recesso de 2024 seguem bem mais altos que os do mesmo período de 2023, quando todos os 11 vereadores utilizaram R$ 1.453,43, de janeiro a fevereiro, diferentemente dos R$ 26.344,70, de acordo com o Portal da Transparência.

Fato que o Portal da Transparência da Câmara de Tangará foi alterado para dar veracidade ao discurso da presidente da Casa, mas esse tipo de alteração deixa rastros e a vereadora Ana de Ilo poderá ser chamada pelos órgãos de fiscalização para dar explicação de como e porque o Portal foi alterado.


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“NÓS ESTAMOS CONFIANTES TRABALHANDO PARA GANHAR, NO 1º OU NO 2º TURNO”

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Está confirmado o nome de Jacó Jácome (PSD), ex-deputado estadual, a vice-prefeito de Natal na chapa com Carlos Eduardo (PSD) para a eleição de outubro. A antecipação foi feita pelo ex-prefeito e pré-candidato em conversa com o Diário do RN, nesta terça-feira (30), ocasião em que afirmou estar trabalhando para a vitória, se não no primeiro, no segundo turno. Hoje (31), o anúncio oficial será em uma coletiva de imprensa na sede do PSD.

“Primeiro, ele é uma pessoa que já foi vereador de Natal e foi duas vezes deputado estadual. É advogado, é estudante de medicina e ele é evangélico. Eu creio que traz assim a simpatia da religião dele, porque pela primeira vez os evangélicos poderão ter uma participação na prefeitura de Natal”, disse Carlos Eduardo sobre Jacó Jácome.

A chegada do segmento evangélico na chapa deve levar, ainda, o deputado federal Sargento Gonçalves e o deputado estadual Coronel Azevedo, ambos do PL, para o apoio ao projeto de eleição de Carlos Eduardo. “Isso ajudou muito a decisão do deputado federal Sargento Gonçalves e do deputado estadual Coronel Azevedo de virem me apoiar porque ambos são evangélicos, da mesma religião do vice e isso contribuiu muito para a vinda desse apoio importante desses dois deputados”, afirmou Carlos.

O PL deve, oficialmente, compor aliança com o União Brasil do pré-candidato Paulinho Freire, mas os deputados citados ofereceram resistência em apoiá-lo e abriram diálogo com Carlos Eduardo. No entanto, Gonçalves e Azevedo ainda não publicizaram o apoio. O PL publicou resolução partidária em que proíbe que os filiados apoiem outros nomes nos municípios em que há candidatura própria, o que não é o caso de Natal. O Diário do RN entrou em contato com os dois parlamentares, mas não obteve retorno.

Segundo Carlos Eduardo, o apoio dos deputados ficou “colocado nas duas ou três conversas” que tiveram, sendo a última delas na última sexta-feira (26).

“O PL não tem candidato. Então, eles resolveram acompanhar o Jacó. O PL não ofereceu resistência, pela palavra do senador Rogério Marinho. Só teria resistência se fossem os dois candidatos, o Rafael ou a deputada Natália, mas fora daí, não. Então eles estão naturalmente vindo”, complementou.

Jacó Jácome garante que as conversas estão avançadas: “Estamos bem firmes. Esperamos que não haja mudança”.

Além dos dois deputados, o ex-prefeito espera que a comunidade evangélica como um todo apoie a candidatura e deverá desenvolver trabalho nesse sentido. “Eu creio que depois do anúncio lá na sede do PSD, a gente vai realmente fazer uma visita à Assembleia, visitar o presidente e os pastores, uma deferência que eu acho que é importante”, diz.

Para Jacó Jácome, a união com os evangélicos são aceno de Carlos Eduardo com setores da direita em Natal:
“Essa conjuntura de união de forças foi natural e representa bem o diálogo de Carlos Eduardo com setores de direita que gozam uma afinidade de pautas e de conceitos que sempre defendi e isso traz uma naturalidade nessa articulação. Iremos atuar em vários setores e dialogar com a cidade sobre suas demandas, tenho a honra e alegria de ter sido criado num lar evangélico e a minha experiência somada a essa história de vida nos dá a convicção de que o diálogo é a melhor saída pra construir boas políticas públicas”, explica Jácome.

Pesquisas eleitorais e 2º turno
“Confiança e bem querer” são os fatores que Carlos Eduardo atribui à preferência pelo seu nome em intenções de votos, de acordo com as pesquisas eleitorais. “Nós estamos considerando que é porque Natal nos conhece né? Todas as vezes que eu fui prefeito eu deixei a prefeitura com altos índices de aprovação. Então, agora as pesquisas vieram e todas elas indicam meu nome, então eu creio que seja exatamente uma relação de confiança e de bem querer, de carinho que grande parcela da opinião pública de Natal tem a meu favor”, analisa.

A queda de cerca de cinco pontos percentuais que ele apresentou nas últimas sondagens publicadas não representam, para ele, ameaça, já que os resultados “não coincidem” com as pesquisas internas que ele vem obtendo durante a pré-campanha.

“Essas outras aí eu não sei nem que institutos são esses. Porque agora deve ter aí uns 10 a 12 institutos de pesquisa. Ninguém sabe mais nem quantos têm e aí não conhece quem são os donos e que empresas são essas. É daqui? Eu não sei. Eu sei que as nossas a gente não teve nenhuma queda. No patamar de 40%”.

Recusando-se a avaliar as candidaturas opositoras, Carlos Eduardo afirma que vem percorrendo de dois a quatro bairros de Natal diariamente e que a recepção tem sido “muito boa”. “Condiz com as nossas pesquisas, que estamos realmente muito bem”, garante.

Sobre o segundo turno, o pré-candidato não quis arriscar: “Eu não sei, a campanha é que vai dizer. Nós estamos muito confiantes trabalhando muito para ganhar, seja no primeiro ou no segundo turno. Todo candidato entra para ganhar no primeiro, acredito. Se não conseguir, para ganhar no segundo”.


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PSTU COMEÇA CAMPANHA ELEITORAL COM CRÍTICAS A ÁLVARO DIAS E AO PT

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O PSTU não tem tempo de TV e nem fundo eleitoral, por não ter alcançado a cláusula de desempenho na última eleição. Mesmo assim, homologou a candidatura de Nando Poeta (PSTU) e Tiago Silva (PSTU) a prefeito e vice-prefeito de Natal, além das nominatas à Câmara Municipal da capital. A chapa, que pretende unir a experiência de Nando, sociólogo, professor, cordelista e militante socialista há mais de 30 anos, e a juventude de Tiago Silva, jornalista e estudante de teatro, questiona a gestão do prefeito Álvaro Dias e também relaciona o PT aos demais partidos de direita, atuantes em Brasília.

O presidente estadual do PSTU, Dario Barbosa, aponta a impossibilidade do partido andar ao lado do Partido dos Trabalhadores nas eleições porque o PT “há muito tempo abandonou a classe trabalhadora”.

“Você veja no Congresso Nacional, os mesmos partidos que apoiaram Bolsonaro para poder governar são os mesmos partidos de direita, de centro direita, de ultradireita, que apoiam hoje o governo Lula. Então por isso que não dá para nós, o PSTU, que queremos governar para a nossa classe trabalhadora, para os mais pobres, fazer aliança com um partido que retira dinheiro dos cofres públicos, da saúde, da educação, para privilegiar os banqueiros”.

O dirigente complementa: “O Haddad faz uma defesa da economia, onde quem ganha mais são os ricos e os grandes empresários e o Lula faz outro discurso, em ajuda aos pobres. Então, é uma tática, um ajuda os banqueiros e o outro diz que ajuda os pobres”.

Já o candidato a prefeito, Nando Poeta, foca nos problemas locais: “A maioria dos governos que já passaram não resolveram esse problema social, está aí o debate de moradia, tá aí a questão do transporte coletivo, a questão da educação, da saúde, agora a gente está vendo a explosão do meio ambiente, a questão aqui da orla de Natal”.

“Recentemente o prefeito Álvaro Dias falou em privatizar nosso teatro Sandoval Vanderlei e o nosso mercado da redinha ele quer entregar para a iniciativa privada por meio das parcerias público-privadas. E a gente entende que esses são mecanismos de privatização e que vão totalmente de encontro aos interesses da classe dos trabalhadores que estão ali e que precisam”, reitera Tiago Silva, candidato a vice-prefeito.

Para driblar a pouca estrutura partidária, em detrimento das candidaturas com recursos, o PSTU pretende utilizar a redes sociais e o “corpo a corpo” com a população. O financiamento, segundo os candidatos, deve vir da própria militância.

Duas candidaturas a vereador
Para a Câmara Municipal, pela primeira vez, o PSTU vai oficializar uma candidatura coletiva, composta por três militantes do partido: o servidor do Detran e pré-candidato a vereador Alexandre Guedes encabeça o coletivo, composto também pela indígena e técnica de enfermagem, Érica Guarani, e pelo professor, José Jairan. Além disso, a professora Luciana Lima, que milita no movimento de mulheres contra o machismo, é a outra pré-candidatura que vai disputar uma vaga na Câmara de Vereadores.

Luciana Lima foi indicada inicialmente para compor a chapa majoritária como candidata a vice, mas a cota de gênero imposta pela legislação eleitoral a levou para a disputa proporcional. De acordo com os membros do partido, a chapa do PSTU para o legislativo municipal também expressa a diversidade socialista.

Convenções
O PSTU foi o primeiro partido com projeto à majoritária natalense a realizar convenção partidária, na última sexta-feira (26), no auditório do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), na Cidade Alta.

As demais agremiações com nomes à prefeitura de Natal vão realizar as convenções nesta semana. Quinta-feira, dia 1º de agosto, o Avante deve oficializar a candidatura de Rafael Motta. O PT realiza na próxima sexta-feira, 2, a homologação da candidatura de Natália Bonavides, às 18h13 no IERN Natal, no bairro Bom Pastor. Já no sábado, 3, o União Brasil formaliza a candidatura de Paulinho Freire, às 9h, no Ginásio Nélio Dias. No mesmo dia, o PSD ratifica o nome de Carlos Eduardo, às 15h, no Conjunto Gramoré, bairro Lagoa Azul.

O PSOL, que teve convenção que homologaria candidatura própria de Camila Barbosa suspensa por ordem da Executiva Nacional, ainda não comunicou decisão sobre realização, ou não, de novo evento e de participação no pleito de outubro.


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CFM PAGOU MAIS DE R$ 1 MILHÃO EM VIAGENS PARA MÉDICO VISITAR 20 PAÍSES

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As eleições para o Conselho Federal de Medicina acontecem em todos os Estados brasileiros. Esse ano, o pleito será realizado nos dias 06 e 07 de agosto. O atual conselheiro federal representante do RN, é o médico Jeancarlo Cavalcante, que é conselheiro há três mandatos e pleiteia um novo mandato de 05 anos.

A disputa pela vaga do RN terá Jeancarlo Cavalcante em busca de um novo mandato e a médica Karla Emerenciano, luta pela indicação da categoria, disputando pela oposição.

O Diário do RN analisou planilhas do Portal da Transparência do CFM e alguns números chamaram a atenção, principalmente no que se refere a viagens internacionais do atual conselheiro, Jeancarlo Cavalcante e revelam porque o cargo é tão atrativo a ponto de ele querer permanecer no cargo por tanto tempo. O cargo de conselheiro não recebe salário, mas o titular recebe jeton por participação em reuniões, o que rende uma média superior a R$ 20 mil praticamente todos os meses, no caso de Jeancarlo. Porém, o Portal da Transparência não apresenta os valores das diárias que ele recebeu referente às inúmeras viagens internacionais que fez. O valor individual de uma diária é R$ 1.270,00 mas não detalha se esse valor é o mesmo pago também para viagens internacionais.

No intervalo de apenas cinco anos, Jeancarlo Cavalcante visitou quase 20 países, em praticamente todos os continentes, o que gerou uma despesa de R$ 1.068.765,94 para os cofres do Conselho Federal de Medicina. Isso mesmo: Mais de 1 milhão de reais somente em passagens aéreas.

Para o paraíso de Bali, principal ilha da Indonésia, apenas a passagem custou a bagatela de R$ 48.720,84. Além das terras balinesas, o conselheiro Jeancarlo visitou Dubai, cuja passagem foi paga pelo CFM e custou R$ 31.359,50. Ele também passou pela Nigéria, Estados Unidos, Bolívia, Indonésia, Espanha. A viagem para Ruanda, na África, custou mais de R$ 40 mil; ele também passou pelo Paquistão, Angola, foi a Portugal em mais de uma oportunidade, França, Moçambique, Uruguai, Níger, Quênia, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe.

Todos os dados constam no portal da Transparência do Conselho Federal de Medicina.


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