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CAROLINA LEMOS FAZ ESPECIALIZAÇÃO EM SP E LIDA COM DESAFIOS DA SAUDADE

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Carol faz especialização em dois dos melhores hospitais do mundo – Foto: Reprodução

Perseguir um sonho não é uma tarefa fácil, principalmente quando é necessário levantar voo e sair de casa para assumir outras responsabilidades. Há 5 anos, Carolina Lemos, 29, mora em São Paulo para estudar a especialidade que ela escolheu dentro da medicina, a cardiologia.

Ao Diário do RN, Carolina Lemos relata sobre a decisão de se especializar em outro Estado: “Sair do aconchego de casa não é uma decisão fácil, logo eu que sempre fui família. Mas confesso que nunca senti medo ou insegurança, estava certa do que queria. A Carolina desde os primeiros anos de faculdade tinha um objetivo: fazer residência médica em São Paulo. Sempre soube que ter e transmitir conhecimento é uma das coisas mais valiosas que alguém pode ter e ninguém tira de nós. E esse era meu objetivo: adquirir bagagem teórica e muita, muita prática para proporcionar e cuidar melhor dos meus pacientes”.

A inspiração para a medicina, segundo ela, veio de casa, através de seu pai, cardiologista Eduardo Lemos, um homem que a inspira dentro e fora do trabalho. O contato desde cedo com a medicina a fez se apaixonar, apesar dos desafios da profissão: “Vi todos os bônus, mas também os ônus que poderiam ter me guiado para outras escolhas. Como sempre gostei de ouvir e conversar, de dividir, de ajudar e de ver o outro feliz, vi que aquela profissão do meu maior exemplo poderia me deixar verdadeiramente feliz”.

No entanto, a vida na maior metrópole do Brasil detém vivências que vão além do glamour da “cidade grande”, pois sem a presença de sua família, Carol Lemos precisou trabalhar em dobro, ela relata sobre os maiores desafios, além de estar longe da família: “É ter que fazer tudo, ser médica, ter muitos plantões, ser estudante, ser dona de casa, ter vida social e ter que procurar tempo para se cuidar. Às vezes é tomar café da manhã no carro, acordar ainda no escuro para conseguir fazer uma atividade física, sair com mochila. Acho que o maior desafio é isso: é você e você. Sair de casa me trouxe muito mais do que meus objetivos traçados. Hoje sou uma Carol mais madura, mais responsável e mais forte”.

Segundo Carol, a medicina é um mundo de possibilidades e em determinado momento, ela precisou escolher qual especialidade iria fazer, uma paixão que surgiu aos poucos na graduação: “Sempre soube que seria uma especialidade clínica. Meus amigos mais próximos sabem que se medicina fosse resumida em cirurgia hoje eu não seria médica. Eu gosto do contato, da conversa, do olhar, de ouvir. Fora que habilidade manual nunca foi meu forte. Cardiologia para cá, cardiologia para lá até fazer um estágio, ainda na graduação. E não é que me encantei? Bati o martelo: Serei cardiologista. Ainda tímida entrei no instituto de cardiologia Dante Pazzanese, um dos maiores hospitais de cardiologia do Brasil, ou melhor, do mundo, eleito entre os 50 melhores do mundo. Me sinto honrada em fazer parte disso”.

Os anos longe da família e de sua terrinha, apesar das dificuldades, sempre foram uma motivação a mais em sua trajetória profissional e educacional, indispensável para que cada experiência a moldasse para ser a profissional que ela sempre almejou, mas o apoio da família foi indispensável para esse processo:

“O apoio da família, sem dúvida nenhuma, é de fundamental importância. mesmo distante se fazem presente com palavras de carinho e incentivo. fora as visitas que faz a gente se desligar um pouco mais da rotina corrida”.

Mas, a decisão que parecia ser tão simples, foi cheia de altos e baixos para Carolina, que apesar de sonhar com a especialidade em SP, sempre almejou voltar para suas raízes. Em contrapartida ao sonho paulista, ainda existe uma menina potiguar ansiosa para retornar ao seu lar, de areias quentes e gente hospitaleira:

“São Paulo ganhou meu coração. Cogitei algumas vezes ficar. Mas quando a cabeça esfria e o coração pensa junto, o aconchego de casa, a família, os amigos, a praia, a sua naturalidade, é mais difícil perder o foco. São Paulo te dá muito, mas também te tira muito. Então, a Carolina de 5 anos atrás, que resolveu ir morar longe, está muito realizada e com a certeza de que voltar com toda bagagem adquirida é a melhor escolha”, destaca.

Carolina Lemos retornará ao RN após a conclusão de sua especialização em março de 2024, ela se diz ousada, pois ainda pretende se especializar ainda mais no segmento que escolheu para trilhar: “Eu quero trazer mais saúde, bem estar, longevidade e harmonia. Eu quero melhorar meu desempenho, prevenir e tratar doenças. Quero prevenir infarto, mas se isso acontecer quero deixar o paciente seguro e capaz de retornar à vida habitual o mais rápido após um infarto ou uma cirurgia cardíaca. Cá estou eu, em breve voltando como cardiologista pelo Dante Pazzanese e especialista em reabilitação cardíaca e cardiologia do esporte pelo Hospital Israelita Albert Einstein”.


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