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OPERAÇÃO CARRO-PIPA COMPLETA 26 ANOS DE COMBATE À SECA NO RN

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O Exército Brasileiro está comemorando 26 anos de uma das mais exitosas e importantes ações emergenciais realizadas no país, principalmente no Semiárido nordestino. Trata-se do o Programa Emergencial de Distribuição de Água, também chamado de Operação Carro-Pipa, que tem como objetivo garantir o acesso à água potável para a população que mais sofre com a escassez hídrica.

No Rio Grande do Norte, embora o período chuvoso deste ano tenha sido melhor que em anos anteriores, 56 municípios estão sendo beneficiados com a ajuda. No acumulado do ano, mais de 200 carros-pipas já foram utilizados para levar água potável para o abastecimento de 3.680 cisternas, beneficiando aproximadamente 75 mil pessoas. Para isso, mais de R$ 15 milhões já foram aplicados somente no estado.

A Operação Carro-Pipa teve início em 1998, inicialmente sob a supervisão da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Hoje, é coordenada pelo Exército em conjunto com o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).

A seca no Nordeste
As primeiras notícias sobre a seca no Nordeste brasileiro foram registradas em 1583, pelo padre jesuíta português Fernão Cardim. Ele relatou que os indígenas da região do interior de Pernambuco e do Rio Grande do Norte foram forçados a migrar para o litoral devido à falta de água, o que causou prejuízos econômicos, principalmente para as plantações de cana-de-açúcar e mandioca, que eram atividades fundamentais à época.

Nesse contexto, desde 1998, o Exército Brasileiro apoia as vítimas da escassez de chuvas, coordenando e fiscalizando a distribuição de água para o consumo humano, minimizando o sofrimento na labuta diária pela sobrevivência e levando a esperança para milhares de sertanejos. Com o passar dos anos, observou-se também uma importante redução nos casos de doenças causadas pelo consumo de água imprópria.

No Exército Brasileiro, o programa é coordenado pelo Comando de Operações Terrestres (COTER) e executado pelo Comando Militar do Nordeste (CMNE) que, a partir da distribuição dos recursos alocados pelo MIDR, planeja, coordena e fiscaliza a coleta, o transporte e a distribuição de água potável. O Exército também recebe apoio direto dos governos estaduais e municipais e suas respectivas secretarias ou coordenadorias de Proteção e Defesa Civil.

Hoje, em todo o Nordeste, a Operação Carro-Pipa cobre 422 municípios, atendendo cerca de 1,5 milhão de pessoas. Para a execução do programa, há necessidade de contratar cerca de 3 mil pipeiros, que abastecem 32 mil pontos de abastecimento/cisternas coletivas. Estes números variam de acordo com a dinâmica conjuntural que caracteriza a Operação, conforme a seca se agrave ou haja ocorrência de chuvas, mesmo que pontuais.

Inclusão do município na Operação Carro-Pipa
Para que a Operação Carro-Pipa seja implementada, é necessário que o município esteja localizado no semiárido brasileiro e com a situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pelo Governo Federal. Após o reconhecimento, o município deverá solicitar a inclusão na OCP por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD), anexando um ofício de solicitação e os documentos exigidos pelo artigo 9º da Portaria Interministerial nº 1, de 25 de julho de 2012.

O órgão de proteção e defesa civil municipal é o responsável por fazer a inclusão. No caso de inexistência do órgão no município, a prefeitura poderá realizar o pedido. Não há um prazo específico para a conclusão do processo de inclusão, mas, geralmente, após a solicitação, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC) analisa a documentação em até dois dias úteis. Se o pedido for deferido, a solicitação é enviada ao Exército Brasileiro, que poderá levar de 45 a 90 dias para incluir o local na logística da operação. Este prazo é necessário para realizar vistorias em campo, planejar rotas, contratar pipeiros, instalar dispositivos de monitoramento antifraude, entre outras atividades essenciais para garantir um abastecimento de água seguro e eficiente.

Caso o município continue enfrentando períodos de seca ou estiagem após o término do reconhecimento federal, é necessário solicitar novo pedido de reconhecimento para manter a inclusão na OCP. Uma vez publicado o novo reconhecimento e, se o município estiver sendo atendido, a SEDEC automaticamente solicitará ao Exército Brasileiro uma nova vistoria para avaliar a necessidade de continuidade da operação.


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NO DIA DO PROFESSOR, UMA HISTÓRIA DE AMOR PELA MISSÃO DE EDUCAR CRIANÇAS

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Ela chega ao trabalho sorrindo e com muita disposição às sete horas da manhã de uma segunda-feira. Mais do que isso, essa é uma das marcas registradas da pedagoga Greice Barros. Neste dia dos professores, o Diário do RN faz uma homenagem a todos os profissionais que assumem o importante desafio de ensinar, contando muito mais do que uma trajetória profissional: uma história de amor.

Formada em Ciências Biológicas, a professora Greice tinha uma certeza: ela trabalharia em laboratório e dedicaria sua carreira à rotina automatizada dos equipamentos. “É o que eu sei fazer bem”, dizia. “Nunca havia pensado em dar aula. Apesar da minha faculdade ser bacharelado e licenciatura, eu nunca quis ir para a área do ensinar; eu queria realmente trabalhar em laboratório”, conta.

Recém-formada, ela começou a trabalhar em uma usina de açúcar e álcool. Estava tudo conforme o planejado. “Um belo dia, chega uma turma de alunos para conhecer o laboratório”, relembra a professora. E o que era para ser um dia de trabalho um pouco diferente, virou rotina – e brilho nos olhos.

“Eu pensei: ‘olha, que legal, são crianças. Será que é isso?’. Cheguei em casa e já fui falar para o meu marido ‘amor, acho que vou fazer Pedagogia’”. Ainda durante o período de graduação, Greice foi chamada para trabalhar na escola da empresa. “Me encantei. Quando coloquei meus pés na escola, eu disse: não volto mais para o laboratório”, relata.

As primeiras experiências foram com alunos de 8º e 9º anos, mas a Pedagogia podia surpreendê-la ainda mais. “Quando terminei Pedagogia, pensei: ‘vamos fazer um estágio na Educação Infantil e nos Anos Iniciais’. Aí não voltei mais. Eu disse: ‘é dos pequenos que eu gosto’”, conta. “Foi a profissão que me escolheu”, completa Greice.

Desde então, a professora trabalhou com crianças de diversas idades e, em 2024, ganhou novos desafios, cheios de emoção. “Este ano, tive a oportunidade de alfabetizar essas crianças; e é para o resto da vida, a leitura. E foi você quem ensinou o alfabeto, as primeiras sílabas, a construção da primeira frase. A leitura do primeiro texto é de arrepiar. Só quem vive, [sabe]. É tão bonito que, muitas vezes, a gente se pega chorando porque o aluno começou a ler”, diz.

O encantamento de Greice pelo ofício transborda mesmo. Pais e alunos deixam claro que é evidente o amor que ela tem pela educação. “Brincam comigo. Tem mães que dizem ‘meu Deus, eu queria essa disposição, queria estar rindo às 7 da manhã de uma segunda-feira’, porque eu venho trabalhar feliz. É muito bom trabalhar com o que você gosta. Apesar dos pesares que toda profissão tem, hoje, eu sou realizada”, revela.

“Já tive oportunidades de voltar para laboratório, mas eu quero ficar aqui. Isto aqui me conquista e me realiza. E o reconhecimento, que não precisa vir da empresa e nem dos pais, mas das crianças. Tem alunos aqui que fazem homenagens que é capaz de a gente morrer de emoção”, completa a pedagoga.

Apesar do amor, ela não nega as dificuldades de educar na era digital. “Os desafios são muitos. Hoje, com a tecnologia, as crianças ficam muito tempo com telas. Você pede [às famílias dos alunos] um brinquedo e vem um brinquedo eletrônico. [Também é um desafio] o não poder brincar nas ruas, não ter esse contato com vizinhos. Hoje, eles brincam on-line. Os meus alunos jogam um com o outro on-line. Na minha época, era todo mundo na rua correndo”, afirma Greice.

“Então, esse é um desafio muito grande que a gente tem hoje como educador. Hoje está tudo muito exposto, dado. Os meus alunos que não sabiam ler e escrever, apertavam o microfonezinho do Google e ele dava a resposta. Hoje, você pergunta e tem a resposta; antigamente, a gente ia para a biblioteca, abria a Barsa – a enciclopédia -, e ia olhar. Agora, tem a internet; tem o Chat GPT, que monta o trabalho para você”, completa.

“Não que eu seja contra [a tecnologia]. Jamais. Eu amo e ela me ajuda bastante, até para montar aulas. E é uma aula diferente da do nosso tempo. A nossa escola tem muitas ferramentas virtuais e eles amam. Então, a internet está aí para o bem; mas, se não souber usar, ela pode ser uma vilã.

E eu sinto dificuldade na parte do brincar”, pontua a professora.

Com tanto empenho, porém, os desafios viram motivação. “A cada novo ano, as turmas me motivam a dormir tarde e acordar cedo, dar o meu melhor todos os dias. Quando chego rindo às 7 da manhã, digo: não estou indo para o meu ambiente de trabalho, estou indo para o lugar que eu amo”. Para Greice, o amor é fundamental para a profissão.

“Para ser professor, tem que amar. Ser um ser de amor, emanar luz e amor para essas crianças. As nossas crianças precisam ser amadas. Eu sinto muito isso, que eles precisam de amor, carinho, de ‘ei, estou aqui com você. Você não está lendo agora, mas tem tempo, você vai conseguir’. Essa afirmação de que eles vão conseguir é o que faz com que eles consigam. Quando eles conseguem, eles dizem ‘bem que a senhora que falou’ e saem daqui radiantes”, revela.

Apesar de tanto carinho pelo que faz, de ensinar cada letra do alfabeto, quase faltam a Greice palavras para definir a grandiosidade do seu ofício. “Professor… é um herói sem capa. A gente, às vezes, é bailarino; às vezes, é coreógrafo; mãe; pai; babá; psicólogo. É amar a educação. Eu amo as minhas crianças e acho que é notório”, reflete.


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FESTA DO BOI: MAIOR EVENTO DO SETOR NO NORDESTE COMEÇA NESTA SEXTA-FEIRA

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Começa nesta sexta-feira (11), e segue até o dia 19 de outubro, a 62ª Festa do Boi, realizada no Parque de Exposições Aristófanes Fernandes, em Parnamirim. O evento agropecuário é o maior do Nordeste e um dos maiores do Brasil, e nesta edição terá número recorde de animais, mais de 150 expositores e participação de produtores rurais do México, Costa Rica e Noruega.

Promovida pela Associação Norte-riograndense de Criadores (Anorc), com apoio do Governo do Estado, via Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape/RN), a Festa do Boi é consolidada como um espaço fundamental para discussões sobre o fortalecimento da bovinocultura e de outras culturais produtivas do campo no Rio Grande do Norte.

Este ano, a previsão é de que a programação movimente R$ 80 milhões em negócios, superando o montante alcançado no ano passado, de R$ 71 milhões. Ao todo, serão realizados 5 leilões e uma extensa variedade de atrações culturais com opções para toda a família.

O presidente da Anorc, Matheus França, ressalta a força e a importância do evento. “A Festa do Boi cresce a cada ano, dinamiza o setor, consagra o circuito estadual de feiras agropecuárias e traz o modelo de vida no campo para a cidade”, declarou.

Além dos leilões, os também tradicionais shows musicais animarão o público nas noites entre 11 e 19 de outubro. Já nesta sexta-feira (11), às 22h, sobe ao palco Arnaldinho Neto; seguido o por Edyr Vaqueiro, que se apresenta à meia noite. Neste sábado (11), tem Kanelinha & CPI do Forró às 19h30, Banda Sonata às 21h30 e Circuito Musical à meia noite. No domingo (12), será a vez de Itanildo Show & banda D’Breque, às 19h, e Nildo Sanfoneiro às 21h30.

Ne segunda-feira (14), o público receberá Dodora Cardoso às 19h e Alvimar Farias & Karla Patrícia às 21h. Terça (15), animam a festa João Batista do Fama, às 19h; e Nildinho Sanfoneiro, às 21h. Quarta (16) é dia de Ivanildo Monte, que se apresenta às 19h, seguida por Cristiane Velassy, a partir das 21h. Já na quinta (17), o público será embalado pela arte de Isaque Galvão a partir das 19h e, a partir das 21h, por Paulo Cunha, “o batera cantador”.

Na sexta-feira seguinte (18), se apresentam: Banda Flor de Liz, às 19h30; Messias Paraguai, às 21h30 e Banda Grafith, à meia noite. Encerram as programações musicais, no sábado (19), Roberto Ex-Terríveis, às 19h30; e Renan Moral, a partir das 21h30.

Os ingressos para a Festa do Boi 2024 custam R$ 10,00. Estudantes, idosos, pessoas com deficiência, professores, doadores de sangue, jovens (15 a 29 anos) de baixa renda e crianças entre 6 e 12 anos pagam meia entrada. Crianças com até 5 anos têm acesso gratuito.

Agência sebrae: Expositores e inovação movimentam o agronegócio potiguar
A Festa do Boi também tem espaço para capacitações, networking e parcerias estratégicas.

Diariamente, serão realizados workshops e palestras com especialistas em diversas áreas do agronegócio, como fruticultura, aquicultura, bovinocultura e avicultura. Também estarão em pauta temas como gastronomia com valor agregado e sucessão familiar nos negócios rurais. Toda essa programação ocorrerá no espaço da Agência Sebrae, que ocupará 5.000m².

O Sebrae ainda levará para o evento 51 empresas, que irão expor seus produtos no Espaço Origem Potiguar, e startups lideradas por jovens universitários, que apresentarão soluções inovadoras genuinamente potiguares. Também serão ofertadas oficinas de harmonização, que ensinarão o público a consumir os produtos locais de forma criativa.

“Estamos levando inovação, tecnologia, acesso a soluções financeiras e diversas atividades todos os dias. A Festa do Boi é uma vitrine que apresenta o melhor do Rio Grande do Norte”, avaliou o diretor técnico do Sebrae-RN, o João Hélio Cavalcanti.

Produtores do Seridó marcarão presença
Caravanas de produtores rurais do Seridó participarão de seminários e encontros promovidos pela Agência Sebrae. Entre as programações especiais está a do dia 12 de outubro (sábado), que contará com um encontro voltado para apicultores, meliponicultores e especialistas, em que serão discutidas as principais inovações e desafios para a criação de abelhas e produção de mel.

Outro destaque será o Seminário da Bovinocultura, que acontecerá no dia 18 de outubro (sexta-feira) com palestras sobre Gestão da Propriedade Leiteira, com Camila Costa, e ainda a apresentação teatral “Somos Todos José”, de Manoel de Matos.

Para a analista técnica do Sebrae Caicó, Kessianny Souza, a participação dos produtores no evento é fundamental. “A Festa do Boi é uma grande vitrine para o produtor rural. É o momento de fazer negócios, networking e reencontrar parceiros. É uma oportunidade única para os novos produtores se conectarem com aqueles que já atuam no setor há mais tempo”, explicou.


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SEMINÁRIO VAI DEBATER CENÁRIOS E OPORTUNIDADES DO SETOR COM FOCO NO EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

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Nos dias 23 e 24 de outubro, o Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Rio Grande do Norte (CRT-RN) realizará o II Seminário dos Técnicos Industriais do estado (II SETIRN), que acontecerá no auditório da Agência SEBRAE Grande Natal, em Lagoa Nova, das 18h às 21h30. Este ano, o evento traz como tema “Empreendedorismo e inovação: cenários e oportunidades” e visa discutir as perspectivas de crescimento e as novas demandas do mercado para os profissionais técnicos.

“As expectativas para esse evento são das melhores! Tendo em vista que essa é uma maneira educativa do nosso Conselho chegar aos profissionais técnicos industriais. E ao mesmo tempo, mostrar a sociedade a importância do técnico no mercado de trabalho, já que está altamente aberto para esses profissionais. É uma maneira muito boa da sociedade conhecer, e presenciar esse trabalho dos técnicos industriais”, Jerônimo Andrade, Presidente do CRT-RN.

O seminário busca reunir técnicos de diversas modalidades, como eletrotécnica, edificações, construção civil, eletromecânica, entre outras, e promover discussões sobre o mercado de trabalho, as tendências do setor e o papel do empreendedorismo. De acordo com os organizadores, o evento também vai destacar a crescente demanda por profissionais na área de energias renováveis, uma das que mais se expande no Estado.

“Este ano temos o tema que trata de cenários e oportunidades, tendo em vista o crescente número de oportunidades para muitos desses profissionais. As energias renováveis tem sido uma área crescente, por isso uma das palestrantes é gestora do polo Sebrae de energias renováveis”, explicou a assessora do Conselho, Rozana Ferreira.

Participação feminina no setor técnico
Um dos focos do seminário é fomentar a participação feminina no setor, tradicionalmente dominado por homens. O segundo dia de evento contará com o “Momento Mulher”, com duas palestras voltadas para destacar a atuação feminina no setor técnico, incluindo a instrutora do SENAI Jeane Kelly, que falará sobre a formação de turmas exclusivamente femininas e o papel das mulheres na transição energética.

“Estamos tentando mostrar que esse mercado também é para mulheres. Apesar do universo ainda ser em grande maioria, masculino”, afirmou a assessora. Um dos exemplos que será abordado é o de uma turma formada apenas por mulheres no SENAI. “A segunda palestra do dia 24 vamos trazer a Jeane Kelly, que é instrutora do SENAI e vai mostrar turmas formadas exclusivamente por mulheres e falar do papel da mulher na transição energética, uma vez que às energias renováveis tem se tornado a menina dos olhos do mercado. Intitulamos para esse dia, momento mulher. Na primeira edição, fizemos um encontro de gerações, mulheres de uma turma de 1976 e uma técnica que hoje tem empresa. A ideia é que com as palestras da Jeane e a Lorena seja mencionado essa ampliação. O SENAI por exemplo, recebeu de uma empresa a solicitação de formação de turma exclusiva para mulheres. Esse é um dos pontos que será mencionado”, concluiu.

Inovações no setor técnico
Outro destaque do seminário será a apresentação de uma inovação desenvolvida por um técnico da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que criou uma ferramenta que otimiza a troca da pinça de freio dos trens, reduzindo o tempo de uma operação que antes exigia três pessoas e durava um dia inteiro, para apenas três horas com um único profissional. Essa inovação demonstra o impacto que os técnicos podem ter no desenvolvimento de soluções eficientes e benéficas para a sociedade. “ Isso é benéfico para a população por meio do trabalho de um técnico Industrial”, disse.

Inscrições
São 170 vagas, e as inscrições para o evento já estão abertas, podendo ser realizadas até o dia 16 de outubro, de forma gratuita. Contudo, os organizadores incentivam os participantes a doarem itens de higiene e limpeza, como fraldas geriátricas, sabonete líquido e shampoo, para o Lar do Ancião Evangélico, localizado em Neópolis. O II SETIRN também celebra o Dia do Técnico Industrial, comemorado em 23 de setembro, e faz parte das ações do Plano Nacional de Fiscalização (PNFI), que promove iniciativas institucionais e educativas para a categoria.


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ARQUIDIOCESE ANUNCIA PROGRAMAÇÃO DA 271ª FESTA DA PADROEIRA DE NATAL

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Nesta quarta-feira (09), aconteceu o lançamento da Festa de Nossa Senhora da Apresentação, que terá como tema “A Esperança”. Este tema foi escolhido em celebração ao jubileu que ocorrerá no próximo ano, marcando 25 anos do novo milênio. Durante a cerimônia, o arcebispo metropolitano destacou a importância deste tema, ressaltando que a esperança cristã transcende o otimismo superficial.

“A esperança não é apenas um pensamento positivo, mas uma vida teologal que nos conecta à nossa salvação”, afirmou Dom João. “É como uma âncora lançada na eternidade, que nos permite atravessar mares tempestuosos, garantindo que nossa vida não é um absurdo, mas sim uma jornada com propósito e significado”, complementou.

A principal mensagem de Dom João para os participantes da festa é a importância de aproveitar esse momento para fortalecer a espiritualidade. “Precisamos de momentos de conexão com Deus e de celebração com os irmãos. Não devemos perder as oportunidades que o Senhor nos oferece”, concluiu.

A Festa de Nossa Senhora da Apresentação, marcada por uma profunda reflexão sobre a esperança, promete ser um momento de renovação e fé para toda a comunidade. Com uma programação rica e diversificada, todos são convidados a participar e celebrar a vida, a espiritualidade e o encontro entre os irmãos.

A Festa
A Festa de Nossa Senhora da Apresentação, que tradicionalmente é celebrada no mês de novembro, promete ser novamente um momento de intensa espiritualidade e celebração comunitária. A programação inicia em 09 de novembro e inclui atividades voltadas também para a saúde física da comunidade, como a Corrida da Padroeira, e o novenário que será um dos principais momentos de reflexão e oração, acompanhado por diversos atos de piedade. “Estamos preocupados com a saúde espiritual e física da comunidade. Por isso, temos atividades como caminhadas e corridas, que nos mostram a importância de cuidarmos de nós mesmos”, destacou o bispo.

A programação completa está disponível do portal diariodorn.com.br.


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IBAMA PEDE SOCORRO PARA A CAATINGA, BIOMA CASTIGADO PELO DESMATAMENTO

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A Caatinga, bioma característico e exclusivo do Nordeste brasileiro, está correndo sério risco de desaparecer. O desmatamento desenfreado e as mudanças climáticas vêm contribuindo para a desertificação do sistema. O pedido de socorro está sendo feito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

Superintendente do órgão no Rio Grande do Norte, o professor Rivaldo Fernandes apresentou à Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH) um projeto que busca unir esforços dos governos federal, estadual e municipal, em colaboração com instituições educacionais de todo o estado. “Precisamos salvar a caatinga”, enfatiza o professor.

A proposta também foi discutida em Brasília, juntamente com o presidente nacional do IBAMA, Rodrigo Augustinho. “O projeto já conta com o apoio da Secretaria de Educação do RN, sob a gestão da professora Socorro Batista. Além disso, o coordenador de meio ambiente da SEMARH, Robson Henrique, também participou do encontro, reforçando a importância da ação conjunta”, destacou Fernandes.

Educar para preservar
A caatinga cobre mais de 90% do território potiguar. É um bioma extremamente frágil e ameaçado pela desertificação. Segundo a Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), mais de 2,7 bilhões de pessoas em todo o mundo são afetadas pela desertificação, e o Nordeste brasileiro é uma das regiões mais vulneráveis. Um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado em agosto de 2023, estima que metade da Caatinga está em processo de degradação, com o problema se agravando em áreas como o Seridó, que abrange boa parte do sertão do RN e da Paraíba.

“O projeto de educação ambiental pretende reverter essa situação, engajando escolas federais (Institutos Federais – IFs), estaduais e municipais para conscientizar a população sobre a importância da preservação do bioma e as consequências das mudanças climáticas. A educação será o principal pilar, com foco em envolver alunos, professores e a comunidade local em ações de conservação e recuperação ambiental”, acrescentou o superintendente do IBAMA no RN.

Parceria necessária
A iniciativa foi concebida por duas renomadas especialistas, a professora bióloga Sheila Varela Lucena, do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, e a professora engenheira florestal Rosemeire Cavalcante, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Ambas destacam que a preservação da Caatinga passa, necessariamente, pelo fortalecimento de uma educação ambiental que chegue às escolas e comunidades. Elas enfatizam que, sem esse esforço, a degradação continuará a avançar, colocando em risco não só o bioma, mas a vida e os meios de subsistência de milhões de pessoas.

Integração
A ideia é unir governos federal e estadual, juntamente com as prefeituras. Ambos têm papel fundamental na implementação deste projeto de grande escala. “A utilização das escolas estaduais e municipais, em conjunto com os IFs, será essencial para criar uma rede de proteção ao bioma e para garantir que as futuras gerações entendam a importância da Caatinga como um patrimônio natural”, enfatizou Rivaldo Fernandes. “A educação ambiental será uma poderosa ferramenta para salvar a Caatinga, promovendo práticas sustentáveis e fortalecendo a luta contra a desertificação no RN”, acrescentou.

Exploração de lenha é ameaça acelerada em território potiguar

A exploração de madeira, que praticamente sem controle algum é transformada em lenha para a indústria e fábricas de telhas e tijolos no sertão potiguar, foi tema de reportagem publicada em junho passado pelo Diário do RN, logo após estudo desenvolvido na UFRN. Na ocasião, os pesquisadores já alertavam para os resultados preocupantes.

Ao mesmo tempo em que derrubada da vegetação alimenta uma das atividades mais importantes para a economia de vários municípios no interior do estado, a devastação de extensas áreas de vegetação também causa danos irreparáveis para Caatinga.

O estudo foi coordenado pela engenheira florestal, professora e doutora Rosimeire Cavalcante dos Santos, que também chefia o projeto Expedição Caatinga. Na reportagem, ela chama a atenção para a falta de sustentabilidade e os impactos ambientais deste tipo de exploração. “O nosso estado tem uma dependência absurda da madeira de lenha como fonte de energia alternativa. É o caso do setor da cerâmica vermelha, para a fabricação de telhas ou tijolos, mas também de padarias, pizzarias, por exemplo”.

O que fazer?
“Essa é a principal resposta. Precisamos entender qual o modelo ideal. Que se explore a madeira, mas que seja de maneira sustentável”, destacou a coordenadora Rosimeire Santos.

Atualmente, o projeto Expedição Caatinga está em busca de descobrir as melhores soluções. A pesquisa avalia a quantidade de vegetação existente em uma determinada área e busca calcular a velocidade com que se pode manejar a extração dessa madeira sem devastar a área, de forma que a vegetação possa se regenerar a tempo de se fazer uma nova retirada de madeira. O ideal é que, na mesma velocidade em que se corta a madeira, haja novas plantações e que essa nova vegetação possa se desenvolver a tempo suficiente de se iniciar um novo ciclo de corte.

RN tem floresta com processo de conservação em andamento

Grupo reúne conhecimento técnico para discutir preservação da caatinga – Foto: Reprodução

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou, em junho deste ano. a seleção de 12 projetos prioritários para a criação de unidades de conservação federais no bioma Caatinga, a serem implantadas até 2026, que resultarão no aumento de mais de um milhão de hectares das áreas protegidas. Encontram-se em andamento as ampliações do Parque Nacional da Serra das Confusões, no Piauí; da Floresta Nacional de Açu (Flona de Açu), no Rio Grande do Norte; e do Refúgio da Vida Silvestre do Soldadinho-do-Arararipe, no Ceará.

A Flona de Açu é uma unidade de conservação administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidadem (ICMBio). Está localizada na bacia do Piancó-Piranhas-Açu e margeada pela Lagoa do Piató. A Floresta Nacional de Açu é um fruto da mobilização social, tendo um importante papel na proteção de espécies típicas e ameaçadas da biodiversidade da Caatinga e no combate ao processo de desertificação do semiárido, contribuindo para a construção de conhecimento, uso público e atividades socioambientais.

A Floresta Nacional de Açu foi instituída pela Portaria Nº 245 de 18 de julho 2001 e possui oficialmente uma área de 215,25 hectares, executando várias atividades como a proteção, pesquisa científica, recuperação ambiental e visitação.


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REFERÊNCIA NO FOTOJORNALISMO, CANINDÉ SOARES PREPARA NOVO LIVRO

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Encantado com a beleza Natural do Rio grande do Norte, o fotógrafo Canindé Soares apresenta “Retratos do RN”, um livro que captura a essência do Estado através de mais de 300 fotos deslumbrantes. Com lançamento previsto para o início de dezembro, a sexta obra de um dos maiores nomes do fotojornalismo potiguar, promete ser uma verdadeira celebração das belezas e da cultura do RN. Com 139 páginas e capa dura, “Retratos do RN” é uma viagem visual pelas paisagens naturais, cidades e tradições do Estado. As imagens são acompanhadas por legendas e textos informativos, destacando desde as festas católicas até as impressionantes sangrias dos açudes.

“Eu sempre faço 3.000 livros, e na edição de agora não será diferente. É um livro mais robusto com pelo menos 139 páginas e mais de 300 fotos representando muito bem o Rio Grande do Norte. Nesse livro, a gente coloca por capítulos, começando com pontos naturais, como o Pico do Cabugi, Dunas do Rosado, entre outros. Temos o capítulo do Geoparque Seridó, abrindo com Currais Novos, mostra todas as seis cidades do Geoparque, e a partir daí mostramos a religiosidade, as igrejas e capelas, festas religiosas, e procissões”, conta o fotógrafo Canindé Soares.

Quem conhece um pouco do mercado editorial, sabe que não é fácil custear uma obra como essa, mas Canindé segue confiante. “Estou trabalhando como se eu já tivesse esse montante para no início de novembro ele já estar na gráfica”.

A ideia é levantar o montante necessária com a participação de colaboradores individuais e empresas que poderão ter suas logomarcas nas páginas do livro, adquirindo cotas a preços especiais a partir de 10 unidades. Os amigos colaboradores também terão seus nomes registrados na obra.

A pré-venda do livro já está aberta, com um preço promocional de R$ 100,00, além da inclusão do nome do comprador ou da empresa nas páginas do livro. “No livro, terá uma página de amigos parceiros para as pessoas ficarem atendidas individualmente e empresas parceiras que adquirirem a partir de dez livros também terão espaço. E ainda a página com a logomarca das empresas que adquirirem cotas em mais de cinquenta ou cem livros”, explicou Canindé Soares.

O livro estará disponível por R$ 120,00 no dia do lançamento e R$ 150,00 após essa data.

Uma história no fotojornalismo
O fotógrafo potiguar Canindé Soares é natural de São Bento do Trairi, possui exatamente 64 anos de idade e 46 anos de profissão, consolidando-se como uma referência no fotojornalismo. Ele começou sua carreira no final dos anos 70, capturando eventos sociais como casamentos e aniversários, e atualmente atua como freelancer para diversas empresas e publicações locais e nacionais. Mora em Natal desde 1969 e se especializou no uso de aviões, helicópteros e drones para registrar a beleza natural e cultural do Rio Grande do Norte. Seu acervo, disponível no banco de imagens (csfotojornalismo.net), é um dos mais extensos do Estado, com fotografias publicadas em veículos renomados, incluindo Folha de São Paulo e Correio Brasiliense.

Entre algumas de suas conquistas, Canindé expressa com alegria dois destaques de sua vida. “Minha fotografia foi objeto de estudo. Uma tese de doutorado: “As narrativas de Canindé Soares entre o turismo e a religião”. A dra. Silvana Kelly, fez o doutorado dela aqui na Universidade Federal do RN, com estágio na Universidade dos Estados Unidos. E outra, quando eu trabalhei na Editora Abril, ganhei o prêmio “Abril de Jornalismo”, recorda o fotógrafo sobre o prêmio que conquistou no ano de 2013, um dos maiores do jornalismo do Brasil, recebido em Natal das mãos do escritor Carlos Fialho.

Além de sua atividade fotográfica, Canindé é um membro ativo do Sindicato dos Jornalistas do RN, tendo ocupado cargos como Diretor de Administração e Finanças e agora, atua na Comissão de Ética, contribuindo para o fortalecimento da profissão. Com um olhar atento e a paixão pela fotografia, Canindé Soares continua a explorar novas tecnologias e a contar histórias visuais que mostram a identidade potiguar.


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RN É CONTEMPLADO COM ASSISTÊNCIA TÉCNICA PARA CULTIVO DE CAMARÃO E ALGAS

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O Rio Grande do Norte está na lista de 13 estados contemplados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) com ações do Projeto Aquicultura Brasil, uma parceria com o Ministério da Aquicultura e Pesca. O objetivo é promover assistência técnica e gerencial a trabalhadores inseridos nas cadeias produtivas de pescado, ostras e camarão. No RN, o projeto deverá ser iniciado em 2025, atendendo produtores de camarão e algas marinhas. Para as algas, especificamente, o estado ainda aguarda liberação do IBAMA para dar início ao cultivo.

Guilherme Saldanha, que é secretário da Agricultura, da Pecuária e da Pesca do RN, destaca a importância do projeto para o estado. “O Rio Grande do Norte está com um projeto importante de interiorização da carcinicultura, que vai envolver uma série de ações, parcerias com prefeituras e crédito rural para pequenos produtores. E nesse processo que vai incentivar muito a produção do camarão, principalmente com os pequenos, aproveitando as águas que nós temos no interior do estado, as grandes barragens, os grandes rios, tem um fator importante que é a assistência técnica. E esse projeto do Ministério da Aquicultura e Pesca vai nos ajudar muito para proporcionar assistência técnica a esses produtores”, disse.

Quanto ao cultivo de algas na costa potiguar, o secretário foi questionado sobre o processo junto ao IBAMA, órgão ambiental responsável pela liberação da atividade no litoral brasileiro. “Estamos na expectativa de que isso ocorra até o final do ano”, respondeu Saldanha.

Além do RN, os outros estados contemplados com o projeto do SENAR são: Alagoas, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Sergipe e Tocantins.

Segundo maior produtor de camarão do Brasil

A produção de camarão em cativeiro no Brasil bateu recorde em 2023: 127,5 mil toneladas. O volume representa um crescimento de 13% em relação ao ano anterior. O Rio Grande do Norte é o segundo maior produtor, com 19,4%, perdendo apenas para o Ceará, que concentra 57% da produção nacional.

O valor de produção também aumentou significativamente, totalizando R$ 2,63 bilhões, um salto de 18,3%, conforme dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada pelo IBGE.

O município de Pendências, no Oeste potiguar, destacou-se como o maior produtor do RN, com mais de 6 mil toneladas de camarão em 2023.

Negócio gigante
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no Rio Grande do Norte está desengavetando um processo antigo, de mais de três anos, que requer licenciamento para que o estado possa explorar o cultivo de macroalgas no litoral potiguar. Se tudo correr como o planejado, o Brasil deve se tornar autossuficiente na produção de potássio, matéria-prima para a fabricação de fertilizantes utilizados na agricultura. A projeção é do superintendente do IBAMA no estado, professor Rivaldo Fernandes.

“Sobre o projeto das macroalgas, o Rio Grande do Norte pode ser beneficiado no desenvolvimento de um segmento econômico importante e que vai contribuir para criar um ambiente capaz de tornar o Brasil autossuficiente em potássio, matéria-prima para a fabricação de fertilizantes”, declarou o superintendente. “A alga tem a ver com a produção de potássio que o Brasil importa do Canadá, Bielorrússia e Rússia, que fabricam fertilizantes que o agronegócio depende para o seu desenvolvimento”, acrescentou.

O professor revelou que o IBAMA recebeu um estudo que trata sobre as macroalgas Kappaphycus alvarezii, espécie que deve ser cultivada na costa potiguar. “O processo de licenciamento começou no órgão. Dentro de alguns dias definiremos os rumos do projeto no RN”, confirmou.

A macroalga a que o superintendente do IBAMA no RN está se referindo é a Kappaphycus alvarezii, uma espécie de alga vermelha, um musgo marinho chifre-de-alce. Varia em tamanho, peso e idade, e possui um tom marrom-esverdeado escuro e às vezes pode ser roxo profundo, com formato cilíndrico.

A Kappaphycus alvarezii é uma macroalga exótica, originária das Filipinas, que é usada comercialmente por ter grande importância para diversos setores da economia. Na agricultura, pode ser usada como bioinsumo, dando mais qualidade ao solo e resistência vegetal a doenças.

Na pecuária, serve como alimentação animal, melhorando o desempenho e a saúde dos bichos.

Na indústria, a alga é fonte rica em compostos com propriedades espessantes, gelificantes e emulsificantes. E pode ser utilizada em diversos produtos, inclusive farmacêuticos e cosméticos.

Por fim, é altamente sustentável, pois contribui para a fixação de carbono, auxiliando na mitigação das mudanças climáticas e também na reconstrução de ambientes marinhos.

“Hoje, mundialmente cultivada, a alga Kappaphycus alvarezii tem vários benefícios ambientais, porque tem uma capacidade de crescimento gigante. E com essa capacidade de crescimento, ela consegue captar o CO2 (dióxido de carbono) que está na água, nas águas oceânicas, e transformar em uma alga que tem um altíssimo teor de potássio. A ideia é essa, é aproveitar esse crescimento e iniciar essa exploração aqui no estado do Rio Grande do Norte. Assim, atrairíamos empresas que atuam nesse segmento de adubos biológicos, empresas que aproveitassem essas algas para produzir adubo à base de potássio, para ser utilizado na agricultura”, acrescentou o secretário da Agricultura, da Pecuária e da Pesca, Guilherme Saldanha.


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IBAMA PROPÕE REALIZAÇÃO DE DEBATE SOBRE AS ENERGIAS RENOVÁVEIS NO RN

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A energia eólica permanece em alta no cenário industrial potiguar. Na semana passada, mesmo o estado ainda vivendo um intenso clima político em razão das eleições municipais, o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no Rio Grande do Norte (IBAMA), professor Rivaldo Fernandes, propôs abrir novas discussões acerca das potencialidades econômicas que os ventos trazem ao estado.

A proposta aconteceu durante reunião ocorrida com a presença do presidente da Federação das Indústrias do RN, Roberto Serquiz, e o presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE), Darlan Santos. A proposta inclui a realização de um seminário sobre a transição energética no RN. O objetivo, segundo o superintendente do IBAMA no RN, é refletir sobre como as energias eólicas têm impactado os municípios.

“Nós convidamos o presidente nacional do IBAMA, Rodrigo Agostinho, para ele fazer um balanço da regulamentação do setor e uma exposição sobre o processo de licitação. Também queremos debater os impactos ambientais junto aos municípios e suas comunidades”, destacou Rivaldo Fernandes.

“A lei de número 576 de 2021, que é de autoria do ex-senador Jean-Paul Prates, disciplina a ortoga para aproveitamento do potencial energético offshore, fato que será debatido no seminário”, acrescentou o superintendente.

Maior produtor do Brasil
O Rio Grande do Norte é o maior produtor de energia eólica do Brasil. O estado tem uma capacidade produtiva superior a 10 gigawatts (GW) e mais de R$ 21 bilhões de investimentos desde a instalação do primeiro parque. Indicadores de Inteligência Estratégica em Energias e Recursos Naturais, disponibilizados pelo Cerne, apontam que até o ano de 2014 o Rio Grande do Norte contava com apenas 1,16GW de potência, distribuídos em 40 empreendimentos. Agora, em 2024, já são mais de 10,1GW produzidos por 304 parques eólicos em operação. A energia é suficiente para abastecer aproximadamente 5 milhões de residências, ou quase 20 milhões de pessoas.

Os impactos
Os impactos encontrados com a exploração da energia que vem dos ventos vão além do incômodo perturbador do barulho, desmatamentos, danos a cisternas de armazenamento de água potável e violações a direitos. Para especialistas, os processos de licenciamentos ambientais simplificados, com poucas exigências, estão na origem do problema. Pesquisadores alertam também que nem mesmo a promessa de desenvolvimento local tem se concretizado.

“Será o momento para que os movimentos sociais, prefeituras e empresários, possam discutir questões relativas à distância das palhetas de geração de energias e a moradia de comunidades no entorno das usinas, assim como também os impactos no desmatamento da caatinga”, ressaltou o superintendente do IBAMA no RN.

Nordeste pode receber R$ 111 bilhões e RN deve liderar produção de hidrogênio

O Nordeste do Brasil está se consolidando como protagonista em uma revolução energética global, com destaque para a produção de hidrogênio verde (H2V), combustível considerado essencial para um futuro sustentável.

O Rio Grande do Norte, em particular, desponta como líder desse movimento. Em matéria publicada pelo Portal Sustentabilidade, investimentos de até R$ 111 bilhões devem ser aportados no Nordeste para o desenvolvimento de projetos voltados à produção de H2V.

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RN (SEDEC), a iniciativa tem potencial para gerar mais de 30 mil novos empregos na região.

Hoje, como maior produtor de energia eólica do Brasil, o RN possui condições ideais para liderar a produção de hidrogênio verde. A abundância de energia eólica e a disponibilidade de água são recursos fundamentais para o processo de produção do combustível.

Entre os principais projetos em andamento no estado destaca-se o Complexo Industrial Alto dos Ventos, localizado em Macau. Liderado por empresas internacionais, como a alemã Nordex e a espanhola Acciona, o complexo representa um investimento de US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 12,9 bilhões) e ocupará uma área de 10 hectares, com capacidade de produção de 1 GW de hidrogênio verde. Este empreendimento coloca o Rio Grande do Norte entre os maiores produtores de H2V do mundo.


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ESTEATOSE HEPÁTICA: NOME DIFÍCIL PARA UM MAL SILENCIOSO E PERIGOSO

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Você já ouviu falar em esteatose hepática? Quem tem gordura no fígado sabe muito bem o que significa. Pois bem, para explicar o que é, quais os principais sintomas, riscos, complicações e as opções de tratamento, o Diário do RN ouviu o hepatologista e gastroenterologista Arthur Nobre, médico formado pela UFRN e que possui doutorado em Ciências em Gastroenterologia pela USP.

Diário do RN – O que é a esteatose hepática?
Arthur Nobre – A Esteatose Hepática é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado. Esse acúmulo pode ser classificado em duas categorias principais: a esteatose hepática alcoólica, causada pelo consumo abusivo e crônico de álcool, e a esteatose hepática metabólica (também conhecida como Doença Hepática Esteatótica Metabólica), que ocorre principalmente em pessoas com fatores da síndrome metabólica. Essas categorias podem se sobrepor, associando maior velocidade de evolução da doença e potenciais complicações.

Diário do RN – Quais são os principais fatores de risco para desenvolver esteatose hepática?
Arthur Nobre – Os fatores de risco para a esteatose hepática incluem:

  • Obesidade: O excesso de peso é um dos principais determinantes do acúmulo de gordura no fígado. A gordura visceral, que se acumula na região abdominal, é especialmente prejudicial.
  • Diabetes tipo 2: A resistência à insulina, comum em pessoas com diabetes tipo 2, contribui para o acúmulo de gordura hepática.
  • Dislipidemia: Níveis elevados de lipídios no sangue, como colesterol elevado e triglicerídeos, estão frequentemente associados à esteatose hepática.
  • Sedentarismo: A falta de atividade física está ligada ao aumento do peso corporal e à resistência à insulina, agravando o risco de esteatose.
  • Dieta inadequada: Uma alimentação rica em açúcares simples, gorduras saturadas e calorias em excesso é um fator importante para o desenvolvimento da doença.
  • Fatores genéticos: Algumas pessoas podem ter uma predisposição genética a desenvolver esteatose hepática, o que pode ser exacerbado por hábitos de vida pouco saudáveis.
  • Uso de medicamentos: Certos medicamentos, como corticosteroides, antirretrovirais e tamoxifeno, também podem contribuir para o desenvolvimento de esteatose hepática, afetando o metabolismo lipídico e aumentando o acúmulo de gordura no fígado.

Diário do RN – Quais as complicações da esteatose hepática?
Arthur Nobre – A esteatose hepática pode levar a várias complicações sérias se não for tratada adequadamente. Uma das principais complicações é a progressão para a esteato-hepatite crônica, que é caracterizada pela inflamação progressiva do fígado. Essa condição pode resultar em fibrose hepática, onde o tecido do fígado se torna cicatrizado e menos funcional. Com o tempo, a fibrose pode evoluir para cirrose, uma condição grave que pode levar à insuficiência hepática e aumentar o risco de câncer de fígado, entre outras complicações. Além disso, a esteatose hepática está frequentemente associada a outras condições metabólicas, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Portanto, o manejo adequado da esteatose hepática é crucial não apenas para a saúde do fígado, mas também para a prevenção de complicações sistêmicas que podem comprometer a qualidade de vida e a longevidade do paciente.

Diário do RN – Quais são os sintomas da esteatose hepática?
Arthur Nobre – A esteatose hepática é frequentemente assintomática, o que significa que muitas pessoas não apresentam sinais ou sintomas evidentes. No entanto, alguns pacientes podem relatar fadiga e desconforto abdominal com predomínio em flanco direito. Para os casos em que a esteatose evolui para cirrose hepática, os pacientes podem apresentar icterícia (coloração amarelada da pele e olhos), dor abdominal intensa, inchaço abdominal (ascite), sangramento digestivo e outros sinais de insuficiência hepática.

Diário do RN – Como é feito o diagnóstico da esteatose hepática?
Arthur Nobre – O diagnóstico da esteatose hepática pode envolver várias etapas:

  • História clínica: O médico primeiro realiza uma avaliação dos sintomas, histórico e fatores de risco do paciente.
  • Exames laboratoriais: Exames de sangue são cruciais para verificar a função hepática e para detectar a presença de enzimas hepáticas elevadas, que podem indicar inflamaçãom. Também são avaliados os níveis de lipídios e glicose no sangue para identificar condições associadas, como diabetes e dislipidemia.
  • Exames de imagem: A ultrassonografia abdominal é o exame mais utilizado para detectar gordura no fígado. Outros métodos, como ressonância magnética e tomografia computadorizada, também podem ser usados para uma avaliação mais detalhada. A elastografia hepática, independente do meio onde é feita, é o método diagnóstico não invasivo de maior acurácia para estimar esteatose e fibrose hepáticas.

Diário do RN – Quais são as opções de tratamento para a esteatose hepática?
Arthur Nobre – O tratamento da esteatose hepática é fundamentalmente centrado em mudanças no estilo de vida, e é importante destacar que não existe um remédio “milagroso” que resolva a condição. A complexidade da doença exige uma abordagem multifacetada e uma série de intervenções integradas, que podem incluir:

  • Mudanças na dieta: A adoção de uma dieta equilibrada, que inclua frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, é essencial. A redução do consumo de açúcares e gorduras saturadas pode ajudar a diminuir o acúmulo de gordura no fígado.
  • Exercícios físicos: O aumento da atividade física, com a prática regular de exercícios aeróbicos e de resistência, contribui para a perda de peso e melhora a sensibilidade à insulina.
  • Perda de peso: Em casos de sobrepeso ou obesidade, a perda de peso gradual (cerca de 5 a 10% do peso corporal) pode ser muito benéfica na reversão da esteatose hepática. O foco deve ser em mudanças sustentáveis e a longo prazo.
  • Tratamento de condições associadas: É importante tratar condições como diabetes e dislipidemia, utilizando medicamentos quando necessário. O controle dessas condições pode ajudar a reduzir a carga sobre o fígado.
  • Medicamentos: deve-se avaliar caso a caso quanto à necessidade de introdução de medicamentos com potencial benefício em controlar o processo inflamatório hepático (Ex.: vitamina E, pioglitazona e análogos do GLP-1) ou que atuem diretamente na perda de peso (orlistate e análogos do GLP-1). Recentemente foi lançado nos EUA um medicamento que reduz o grau de fibrose hepática (resmetirom), o único liberado até o momento com esse benefício confirmado; no entanto, este ainda não está disponível no Brasil, além do preço elevado o tornar praticam.
  • Acompanhamento médico: Consultas regulares com um hepatologista são importantes para monitorar a progressão da doença e prevenir complicações. A avaliação contínua permite ajustes nas intervenções e garante que o paciente receba o suporte necessário.
    Essas abordagens podem ajudar a controlar a doença e melhorar a saúde do fígado a longo prazo, reduzindo o risco de complicações.

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MASSACRES DE CUNHAÚ E URUAÇU: 379 ANOS DE HISTÓRIA, RELIGIOSIDADE E FÉ

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Em 1645, os massacres de Cunhaú e Uruaçu marcaram a brutalidade da ocupação holandesa no Rio Grande do Norte. Nos dias 16 de julho e 3 de outubro, trinta católicos, incluindo o padre André de Soveral, foram assassinados durante celebrações religiosas. Reconhecidos como mártires pela Igreja Católica, esses homens e mulheres receberam o título de Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, após um longo e detalhado processo. A canonização, realizada pelo Papa Francisco em 15 de outubro de 2017, trouxe reconhecimento internacional ao sacrifício desses fiéis, simbolizando a luta pela fé e pela liberdade religiosa.

Antes disso, em 2006, a Governadora Wilma de Faria sancionou a Lei nº8913/2006 que criava o feriado estadual para culto público e oficial dos Protomártires de Uruaçu e Cunhaú. Em 3 de outubro, o estado do Rio Grande do Norte celebra um feriado em homenagem às suas memórias.

Esses eventos não apenas lembram a dor do passado, mas também reforçam a identidade cultural e religiosa da população potiguar, inspirando celebrações que perpetuam a memória dos mártires e a importância da tolerância e da paz.

Programação

Monumento dos Mártires, em Uruaçu, recebe milhares de fiéis durante programaçã que se estende por todo dia – Foto: Reprodução

Desde a instituição do feriado estadual, a Igreja Católica celebra com uma programação especial a memória dos Santos Mártires André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e demais fiéis vítimas do massacre.

No Santuário dos Santos Mártires, no bairro Nazaré, zona oeste de Natal, a festa é realizada de 2 a 12 de outubro. Nesta quinta-feira, será realizada uma missa solene às 9h, presidida pelo arcebispo metropolitano Dom João Santos Cardoso.

O novenário acontecerá de 3 a 11 de outubro, sempre às 19h, com a presença de padres convidados, além das pastorais, movimentos e serviços da paróquia. No dia 12, às 16h, a missa de encerramento será presidida pelo Mons. Valquimar Nogueira, vigário geral da Arquidiocese. Após a celebração, uma procissão percorrerá as ruas do bairro Nazaré.

Este ano, a festa também marca a comemoração dos 15 anos da construção do Santuário dos Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, localizado na Avenida Miguel Castro.

Já na comunidade de Uruaçu, no município de São Gonçalo do Amarante, a festa teve início dia 22 de setembro e termina nesta quinta-feira (03), com diversas atividades, incluindo caminhadas no início da manhã, missas ao longo de todo o dia e um grande encerramento com show do Padre Fábio de Melo.

Confira a programação de encerramento, em Uruaçu:

  • 4h: Caminhada, saindo de Macaíba, com destino ao Monumento dos Mártires, em Uruaçu;
  • 5h: Missa, presidida pelo Pe. Alexsandro de Lima Freitas, da Comunidade Canção Nova;
  • 5h30: Caminhada, partindo da Igreja Matriz de São Gonçalo para Uruaçu;
  • 7h: Missa, presidida pelo Pe. André Martins;
  • 9h: Missa, presidida pelo Pe. Matheus Marques;
  • 10h: Missa, presidida pelo Pe. João Gabriel Ribeiro;
  • 12h: Missa, presidida pelo arcebispo emérito de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha;
  • 15: Terço da Misericórdia, conduzido pelo Pe. Murilo Paiva e pelo Pe. Alexsandro Freitas;
  • 16h: Missa solene, presidida pelo arcebispo metropolitano de Natal, Dom João Santos Cardoso;
  • 18h: Show com o Padre Fábio de Melo.

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DESAFIOS E ESPERANÇA: O QUE O NATALENSE ESPERA DO PRÓXIMO GESTOR?

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À medida que as eleições municipais se aproximam, a população de Natal expressa suas expectativas e anseios para a próxima gestão. Em conversas com moradores, destaca-se a preocupação com temas como segurança, infraestrutura e saúde.

Para alguns cidadãos a eleição é sinônimo de esperança e as expectativas são de que o gestor escolhido consiga melhorar e cuidar da capital potiguar. “Espero que a nova gestão consiga priorizar áreas essenciais, como a saúde, educação e segurança. O funcionamento adequado desses serviços básicos é fundamental para garantir uma qualidade de vida digna para os cidadãos, Natal precisa de mais investimentos em infraestrutura de saúde, com unidades que atendam à demanda da população, educação de qualidade que prepare as futuras gerações”, afirma o designer Jonathan Costa.

“Eu espero uma próxima gestão que veja o potencial que Natal tem, porque a cidade tem muito potencial para diversas áreas. Em relação a saúde e educação, eu quero uma gestão que não necessariamente transforme tudo do dia para a noite, mas uma gestão que cuide dos pontos essenciais como saúde, educação, dando manutenção, mantendo a qualidade daqueles que já existem, tanto de escola como hospitais, e a longo e médio prazo, construir mais”, declara o estudante de direito, Marcus Vinícius.

Por outro lado, existem cidadãos totalmente desacreditados de uma possível mudança e critica o distanciamento dos políticos da população em seu cotidiano: “Eu estou falando aqui em nome da população do meu bairro na Zona Norte, os bairros estão todos desprezados, e precisando de um olhar público com mais atenção em todas as áreas, as ruas são muito sujas, falta água todo dia, nós não temos iluminação suficiente e muitas outras coisas. Sobre os políticos, os prefeitos e vereadores fazem descaso com a população, e agora ficam passando nos bairros quase todo dia pedindo voto”, declara Francisca Gonçalves, aposentada e moradora da Zona Norte de Natal.

Infraestrutura e mobilidade urbana
A infraestrutura da cidade também é um tema recorrente nas conversas com a população. Ruas esburacadas, falta de iluminação pública e problemas com drenagem são alguns dos pontos que geram insatisfação. “É preciso um plano de revitalização que contemple todos os bairros, principalmente os mais esquecidos”, sugere Carlos Medeiros, morador da Zona Leste de Natal.

Além disso, a mobilidade urbana é uma preocupação crescente, com muitos pedindo melhorias no transporte público. “Acredito que independente de quem seja eleito, a licitação do transporte público ocorra. Um dos principais problemas que enfrentamos em nossa cidade é a falta de empatia com a população que se utiliza desse meio para sua locomoção”, afirma Robson Trigueiro, estudante da UFRN.

Saúde e acesso aos serviços
Na área da saúde, a demanda por um atendimento mais eficiente e humanizado é evidente. Os natalenses desejam que a nova gestão priorize a reforma de unidades de saúde e a ampliação de serviços, especialmente em comunidades mais carentes. “Às vezes, é difícil conseguir uma consulta. A saúde precisa ser uma prioridade”, ressalta Renata, mãe de três filhos.

Educação e inclusão social
A educação também aparece como um tema central nas expectativas. Os moradores clamam por investimentos em escolas públicas e programas de inclusão, visando melhorar a qualidade do ensino. “A educação precisa melhorar na qualidade das escolas, ter ambientes com mais infraestrutura, escolas climatizadas principalmente, porque o sol é grande na cidade, e o calor também. Estão debatendo também muito pelas vagas de creche, que hoje são sorteadas, porque não tem vaga suficiente, então tem que acabar com esse negócio de sortear, tem que aumentar as vagas para atender todo mundo”, declara o estudante Gustavo Lennon.

Futuro
À medida que a cidade se prepara para escolher seus novos representantes, as expectativas da população de Natal são claras. A nova gestão municipal enfrentará o desafio de atender a demandas urgentes e construir uma cidade mais inclusiva e sustentável. Os próximos meses prometem ser cruciais para definir o futuro da capital potiguar e os moradores aguardam por ações concretas que reflitam suas esperanças e necessidades. E tudo começa a partir do próximo domingo, dia 06, quando a população vai às urnas para escolha de um novo gestor, que estará à frente do poder executivo da capital pelos próximos quatro anos, além dos 29 representantes na Câmara Municipal.


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IBAMA DESENGAVETA LICENCIAMENTO PARA EXPLORAÇÃO DE MACROALGAS NO RN

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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no Rio Grande do Norte está desengavetando um processo antigo, de mais de três anos, que requer licenciamento para que o estado possa explorar o cultivo de macroalgas no litoral potiguar. Se tudo correr como o planejado, o Brasil deve se tornar autossuficiente na produção de potássio, matéria-prima para a fabricação de fertilizantes utilizados na agricultura. A projeção é do superintendente do IBAMA no estado, professor Rivaldo Fernandes.

“Sobre o projeto das macroalgas, o Rio Grande do Norte pode ser beneficiado no desenvolvimento de um segmento econômico importante e que vai contribuir para criar um ambiente capaz de tornar o Brasil autossuficiente em potássio, matéria-prima para a fabricação de fertilizantes”, declarou o superintendente. “A alga tem a ver com a produção de potássio que o Brasil importa do Canadá, Bielorrússia e Rússia, que fabricam fertilizantes que o agronegócio depende para o seu desenvolvimento”, acrescentou.

Ao Diário do RN, o professor revelou que o IBAMA recebeu um estudo que trata sobre as macroalgas Kappaphycus alvarezii, espécie que deve ser cultivada na costa potiguar. “O processo de licenciamento começou no órgão. Dentro de alguns dias definiremos os rumos do projeto no RN”, confirmou.

Kappaphycus alvarezii
A macroalga a que o superintendente do IBAMA no RN está se referindo a Kappaphycus alvarezii, uma espécie de alga vermelha, um musgo marinho chifre-de-alce. Varia em tamanho, peso e idade, e possui um tom marrom-esverdeado escuro e às vezes pode ser roxo profundo, com formato cilíndrico.

A Kappaphycus alvarezii é uma macroalga exótica, originária das Filipinas, que é usada comercialmente por ter grande importância para diversos setores da economia. Na agricultura, pode ser usada como bioinsumo, dando mais qualidade ao solo e resistência vegetal a doenças.

Na pecuária, serve como alimentação animal, melhorando o desempenho e a saúde dos bichos.

Na indústria, a alga é fonte rica em compostos com propriedades espessantes, gelificantes e emulsificantes. E pode ser utilizada em diversos produtos, inclusive farmacêuticos e cosméticos.

Por fim, é altamente sustentável, pois contribui para a fixação de carbono, auxiliando na mitigação das mudanças climáticas e também na reconstrução de ambientes marinhos.

E onde este tipo de alga se reproduz? Em águas rasas, claras e limpas, com altos níveis de iluminação, temperaturas que variam entre 20 e 32 graus e salinidade superior a 30 partes por mil, ou seja, condições encontradas na costa potiguar. O problema, até então, é a liberação para o cultivo. No Brasil, isso só é possível por meio de instrução normativa do IBAMA. Atualmente, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo possuem produções já liberadas pelo órgão.

Negócio gigante
“Hoje, mundialmente cultivada, a alga Kappaphycus alvarezii tem vários benefícios ambientais, porque tem uma capacidade de crescimento gigante. E com essa capacidade de crescimento, ela consegue captar o CO2 (dióxido de carbono) que está na água, nas águas oceânicas, e transformar em uma alga que tem um altíssimo teor de potássio. A ideia é essa, é aproveitar esse crescimento e iniciar essa exploração aqui no estado do Rio Grande do Norte. Assim, atrairíamos empresas que atuam nesse segmento de adubos biológicos, empresas que aproveitassem essas algas para produzir adubo à base de potássio, para ser utilizado na agricultura”, acrescentou o secretário estadual de Agricultura, Guilherme Saldanha.

Ainda de acordo com Guilherme, o que falta para o RN se aproveitar dessa potencialidade é a autorização ambiental. “Nesse caso específico, é o IBAMA. A gente já está tratando disso há mais de três anos”, confirmou.

“Temos um grupo de trabalho, junto com o Governo do Estado, Secretaria da Agricultura, Emparn, EMATER, IDEMA, IGARN, UFRN, Escola Agrícola de Jundiaí, e com o próprio IBAMA, onde discutimos para ver se a gente consegue acelerar e concluir esse processo da autorização. E aí poderemos entrar com a pesquisa de campo, ver os potenciais que essa alga tem de crescimento, provar que ela respeita todas as diretrizes ambientais, e aí começar uma exploração comercial”, destacou Guilherme.

“Olha, isso pode se tornar um negócio gigante, gigante mesmo, algo que possa movimentar a casa dos milhões de reais, de dezenas de milhões de reais na produção de adubos orgânicos à base de potássio”, reforçou o secretário da Agricultura.


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MOSSORÓ É A SEDE DO GOVERNO DO ESTADO DURANTE A FESTA DA LIBERDADE

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Até o próximo sábado (28), o Governo do Rio Grande do Norte está, temporariamente, estabelecido em Mossoró. A instalação simbólica da sede do Executivo Estadual na cidade aconteceu nesta quinta-feira (26) em um gesto de aproximação com a população e valorização da história e cultura local, especialmente no período da tradicional Festa da Liberdade, celebração anual que rememora importantes marcos históricos de Mossoró, como o Motim das Mulheres, a Libertação dos Escravos, a resistência ao bando de Lampião e o pioneirismo no voto feminino.

Esses acontecimentos reforçam o espírito de luta e resistência da cidade e são comemorados com orgulho pela população local.

“Estamos aqui, mais um ano, para celebrar a existência do povo mossoroense, seu protagonismo na libertação da mão de obra escrava, no primeiro voto feminino da América Latina e no Motim das Mulheres, quando realizamos uma grande Festa da Liberdade. Tradicionalmente, essa celebração conta com a transferência da sede do Governo do Estado para o chão mossoroense, ocasião em que iremos anunciar ações muito importantes, não só para Mossoró, mas para toda a região Oeste”, afirmou a governadora Fátima Bezerra durante a solenidade de instalação.

A solenidade — realizada durante a manhã na Reitoria da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) — marca o início de três dias de intensas atividades, incluindo entregas de obras, visitas e reuniões com técnicos e a população local, abrangendo áreas de infraestrutura, educação, segurança e abastecimento.

“A instalação do governo aqui não é apenas simbólica, mas o claro testemunho da força transformadora que a nossa universidade representa para o Rio Grande do Norte. Ela nos aproxima ainda mais da população potiguar e dos municípios vizinhos, descentralizando as decisões e fazendo do espaço universitário um canal direto entre a sociedade e o poder público.

Ao longo desses 56 anos de história, a UERN tem sido, sim, governadora, um farol de inclusão, um farol de acolhimento em todos os cantos”, destacou a reitora Cicília Maia ao acolher a sede do Governo do RN nas instalações da UERN.

A transferência temporária da sede do governo, autorizada pela Assembleia Legislativa, é uma tradição que reforça a integração entre o poder estadual e os municípios da região.

“Quero destacar aqui a importância deste ato de instalação, com a assinatura dos atos que ocorrerão, é extremamente importante e simbólica para todos nós. Mossoró, nos próximos três dias, se transforma na capital, com a sede do poder estadual instalada em nossa universidade”, ressaltou a deputada estadual Isolada Dantas, que juntamente com a deputada Divaneide Basílio, participam do ato representando a Assembleia Legislativa.

A agenda da governadora Fátima Bezerra no Oeste Potiguar ainda inclui vistorias em diversas obras e discutir, junto à população, demandas locais que envolvem setores estratégicos, como segurança pública, saúde e educação.

LANÇAMENTOS E PARCERIAS
A instalação do governo em Mossoró será também marcada pela assinatura de atos normativos importantes.

Ainda na manhã de quinta-feira, a governadora enviou duas mensagens importantes à Assembleia Legislativa. A primeira propõe alterações na Lei Estadual n° 10.536, de 3 de julho de 2019, que criou o Programa Estadual de Compras Governamentais da Agricultura Familiar e Economia Solidária (PECAFES), visando aprimorar o programa e ampliar o seu alcance. A segunda tratou da doação de um bem imóvel do Estado para a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), fortalecendo o compromisso com a educação superior no estado.

Também foram sancionados dois projetos de lei da deputada estadual Divaneide Basílio. O primeiro institui a Semana Estadual da Apicultura, Meliponicultura e Proteção às Abelhas, que passará a integrar o Calendário Oficial do Estado. O segundo reconhece a Campanha da Fraternidade como Patrimônio Cultural e Religioso Imaterial do Rio Grande do Norte, valorizando uma das mais importantes tradições religiosas do estado.

“Um momento histórico. O reconhecimento da Campanha da Fraternidade como patrimônio no Rio Grande do Norte celebra seus 50 anos de atuação no estado, consolidando seu papel de solidariedade e ação social. Além disso, a criação da Semana da Apicultura, Meliponicultura e Proteção das Abelhas busca fortalecer essa cadeia produtiva e promover a conscientização ambiental, com ações previstas já para o próximo ano”, comemorou a deputada estadual Divaneide Basílio.

Destaque também para o lançamento de mais um episódio da websérie “Vem Ver”, uma produção que explora o potencial turístico do Rio Grande do Norte. O episódio lançado em Mossoró foca no turismo de sol e mar no interior do estado, promovendo a integração de comunidades tradicionais ao setor turístico.

ENTREGA
Durante o período de instalação em Mossoró, um dos principais destaques é a entrega da pavimentação da Rodovia Milton Marques de Medeiros (RN-117), conectando o município a Governador Dix-Sept Rosado, primeiro dos 33 trechos do Programa de Restauração de Rodovias Estaduais do Rio Grande do Norte.

“Essas obras reforçam o compromisso do governo com o desenvolvimento da infraestrutura e a melhoria da qualidade de vida da população”, pontuou o secretário estadual de Infraestrutura, Gustavo Coelho, reforçando ainda que “neste trecho restauramos toda a estrutura de suporte da rodovia. Isto é, recuperamos a base e a sub-base, fizemos o recapeamento de todo o percurso, num investimento de R$ 21,5 milhões”

Foram cinco meses e meio entre a assinatura da ordem de serviço e a inauguração nesta quinta-feira (26), quando a governadora Fátima Bezerra destacou a importância para o desenvolvimento da economia e à logística de transporte. A RN-117 liga Mossoró ao Médio Oeste e ao Alto Oeste e tem a mais elevada taxa de circulação de veículos entre todos os trechos licitados pela Secretaria de Estado da Infraestrutura. “É uma demanda de muito tempo que estamos atendendo. Estou muito feliz. Isso é cuidar da vida das pessoas, do desenvolvimento do nosso Estado. Estamos realizando o maior investimento da história contemporânea do Rio Grande do Norte”, disse a governadora.

Além do trecho Mossoró/Governador/Dix-sept Rosado da RN-117, duas outras estradas sob jurisdição do Distrito Rodoviário de Mossoró estão com as obras em fase de conclusão. São elas a RN-015, Mossoró/Baraúna (com 82,1% do serviço executado), e ainda o acesso Tibau/Grossos (92,1% executado).

Na restauração de quase 800 quilômetros da malha rodoviária, o governo do Estado está investindo 428 milhões. A previsão é de que todos trechos estarão concluídos até 31 de dezembro deste ano.

Até o próximo sábado (28), o Governo do Rio Grande do Norte está, temporariamente, estabelecido em Mossoró. A instalação simbólica da sede do Executivo Estadual na cidade aconteceu nesta quinta-feira (26) em um gesto de aproximação com a população e valorização da história e cultura local, especialmente no período da tradicional Festa da Liberdade, celebração anual que rememora importantes marcos históricos de Mossoró, como o Motim das Mulheres, a Libertação dos Escravos, a resistência ao bando de Lampião e o pioneirismo no voto feminino.

Esses acontecimentos reforçam o espírito de luta e resistência da cidade e são comemorados com orgulho pela população local.

“Estamos aqui, mais um ano, para celebrar a existência do povo mossoroense, seu protagonismo na libertação da mão de obra escrava, no primeiro voto feminino da América Latina e no Motim das Mulheres, quando realizamos uma grande Festa da Liberdade. Tradicionalmente, essa celebração conta com a transferência da sede do Governo do Estado para o chão mossoroense, ocasião em que iremos anunciar ações muito importantes, não só para Mossoró, mas para toda a região Oeste”, afirmou a governadora Fátima Bezerra durante a solenidade de instalação.

A solenidade — realizada durante a manhã na Reitoria da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) — marca o início de três dias de intensas atividades, incluindo entregas de obras, visitas e reuniões com técnicos e a população local, abrangendo áreas de infraestrutura, educação, segurança e abastecimento.

“A instalação do governo aqui não é apenas simbólica, mas o claro testemunho da força transformadora que a nossa universidade representa para o Rio Grande do Norte. Ela nos aproxima ainda mais da população potiguar e dos municípios vizinhos, descentralizando as decisões e fazendo do espaço universitário um canal direto entre a sociedade e o poder público.

Ao longo desses 56 anos de história, a UERN tem sido, sim, governadora, um farol de inclusão, um farol de acolhimento em todos os cantos”, destacou a reitora Cicília Maia ao acolher a sede do Governo do RN nas instalações da UERN.

A transferência temporária da sede do governo, autorizada pela Assembleia Legislativa, é uma tradição que reforça a integração entre o poder estadual e os municípios da região.

“Quero destacar aqui a importância deste ato de instalação, com a assinatura dos atos que ocorrerão, é extremamente importante e simbólica para todos nós. Mossoró, nos próximos três dias, se transforma na capital, com a sede do poder estadual instalada em nossa universidade”, ressaltou a deputada estadual Isolada Dantas, que juntamente com a deputada Divaneide Basílio, participam do ato representando a Assembleia Legislativa.

A agenda da governadora Fátima Bezerra no Oeste Potiguar ainda inclui vistorias em diversas obras e discutir, junto à população, demandas locais que envolvem setores estratégicos, como segurança pública, saúde e educação.

LANÇAMENTOS E PARCERIAS
A instalação do governo em Mossoró será também marcada pela assinatura de atos normativos importantes.

Ainda na manhã de quinta-feira, a governadora enviou duas mensagens importantes à Assembleia Legislativa. A primeira propõe alterações na Lei Estadual n° 10.536, de 3 de julho de 2019, que criou o Programa Estadual de Compras Governamentais da Agricultura Familiar e Economia Solidária (PECAFES), visando aprimorar o programa e ampliar o seu alcance. A segunda tratou da doação de um bem imóvel do Estado para a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), fortalecendo o compromisso com a educação superior no estado.

Também foram sancionados dois projetos de lei da deputada estadual Divaneide Basílio. O primeiro institui a Semana Estadual da Apicultura, Meliponicultura e Proteção às Abelhas, que passará a integrar o Calendário Oficial do Estado. O segundo reconhece a Campanha da Fraternidade como Patrimônio Cultural e Religioso Imaterial do Rio Grande do Norte, valorizando uma das mais importantes tradições religiosas do estado.

“Um momento histórico. O reconhecimento da Campanha da Fraternidade como patrimônio no Rio Grande do Norte celebra seus 50 anos de atuação no estado, consolidando seu papel de solidariedade e ação social. Além disso, a criação da Semana da Apicultura, Meliponicultura e Proteção das Abelhas busca fortalecer essa cadeia produtiva e promover a conscientização ambiental, com ações previstas já para o próximo ano”, comemorou a deputada estadual Divaneide Basílio.

Destaque também para o lançamento de mais um episódio da websérie “Vem Ver”, uma produção que explora o potencial turístico do Rio Grande do Norte. O episódio lançado em Mossoró foca no turismo de sol e mar no interior do estado, promovendo a integração de comunidades tradicionais ao setor turístico.

ENTREGA
Durante o período de instalação em Mossoró, um dos principais destaques é a entrega da pavimentação da Rodovia Milton Marques de Medeiros (RN-117), conectando o município a Governador Dix-Sept Rosado, primeiro dos 33 trechos do Programa de Restauração de Rodovias Estaduais do Rio Grande do Norte.

“Essas obras reforçam o compromisso do governo com o desenvolvimento da infraestrutura e a melhoria da qualidade de vida da população”, pontuou o secretário estadual de Infraestrutura, Gustavo Coelho, reforçando ainda que “neste trecho restauramos toda a estrutura de suporte da rodovia. Isto é, recuperamos a base e a sub-base, fizemos o recapeamento de todo o percurso, num investimento de R$ 21,5 milhões”

Foram cinco meses e meio entre a assinatura da ordem de serviço e a inauguração nesta quinta-feira (26), quando a governadora Fátima Bezerra destacou a importância para o desenvolvimento da economia e à logística de transporte. A RN-117 liga Mossoró ao Médio Oeste e ao Alto Oeste e tem a mais elevada taxa de circulação de veículos entre todos os trechos licitados pela Secretaria de Estado da Infraestrutura. “É uma demanda de muito tempo que estamos atendendo. Estou muito feliz. Isso é cuidar da vida das pessoas, do desenvolvimento do nosso Estado. Estamos realizando o maior investimento da história contemporânea do Rio Grande do Norte”, disse a governadora.

Além do trecho Mossoró/Governador/Dix-sept Rosado da RN-117, duas outras estradas sob jurisdição do Distrito Rodoviário de Mossoró estão com as obras em fase de conclusão. São elas a RN-015, Mossoró/Baraúna (com 82,1% do serviço executado), e ainda o acesso Tibau/Grossos (92,1% executado).

Na restauração de quase 800 quilômetros da malha rodoviária, o governo do Estado está investindo 428 milhões. A previsão é de que todos trechos estarão concluídos até 31 de dezembro deste ano.


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SAÚDE MENTAL DOS IDOSOS PRECISA DE CUIDADOS ESPECIAIS

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O Setembro Amarelo abre a oportunidade para a reflexão acerca da saúde mental e a visibilidade de todos, seja dos mais jovens, dos adultos e também dos mais velhos. Para falar da importância da sanidade na terceira idade, os principais sinais de alerta, preconceitos, quando procurar ajuda especializada, qual o impacto do isolamento e quais as principais dicas de prevenção, o Diário do RN procurou uma especialista na saúde mental dos idosos.

A seguir, uma breve entrevista com a médica geriatra Ângela Gonçalves Costa. Titulada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), ela atende na clínica Equilibre e também no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), em Natal.

Diário do RN – Qual a importância da saúde mental para o idoso?
Ângela Gonçalves Costa – A saúde mental é essencial para o bem-estar geral do idoso, já que ela influencia diretamente na qualidade de vida, na independência, e no controle de doenças crônicas. Enfrentar as mudanças associadas ao envelhecimento, como a perda de entes queridos e a diminuição da capacidade funcional, pode afetar significativamente o humor e a disposição.

Diário do RN – Quais são os principais sinais de alerta de depressão em idosos?
Ângela Gonçalves Costa – Os sinais podem ser sutis, como irritabilidade, apatia, perda de interesse por atividades antes prazerosas, isolamento social, fadiga, alterações no apetite e no sono, e dificuldades de concentração. Muitas vezes, sintomas físicos, como dores inexplicáveis, também podem estar associados à depressão.

Diário do RN – Existe preconceito em torno da depressão e outras doenças mentais nos idosos?
Ângela Gonçalves Costa – Sim. Muitos idosos e até familiares consideram os sintomas de depressão como parte “natural” do envelhecimento, o que não é verdade. Esse estigma pode impedir que os idosos busquem tratamento adequado, prolongando o sofrimento.

Diário do RN – Como identificar quando o idoso precisa de ajuda especializada?
Ângela Gonçalves Costa – Se o idoso apresentar alterações persistentes de humor, comportamentos incomuns, isolamento, choro frequente ou falta de motivação, é importante procurar um profissional de saúde. Mudanças repentinas de comportamento também são um sinal de que algo mais sério pode estar acontecendo.

Diário do RN – Qual o impacto do isolamento social na saúde mental do idoso?
Ângela Gonçalves Costa – O isolamento social é um dos maiores fatores de risco para a depressão e ansiedade em idosos. Ele pode contribuir para o surgimento de sentimentos de solidão, tristeza e até aumentar o risco de suicídio. Manter uma rede de apoio social e o envolvimento em atividades comunitárias são formas eficazes de prevenir esses problemas.

Diário do RN – Quais práticas ajudam a manter a saúde mental do idoso?
Ângela Gonçalves Costa – A prática regular de atividades físicas, a manutenção de laços sociais, o envolvimento em atividades cognitivas e criativas, e a busca de suporte emocional são fundamentais. Além disso, uma alimentação saudável, o controle de doenças crônicas e o acompanhamento médico regular contribuem para um envelhecimento mental saudável.

Diário do RN – Como podemos falar sobre prevenção ao suicídio com os idosos?
Ângela Gonçalves Costa – É importante falar abertamente sobre os sentimentos do idoso, sem julgamentos, e estar atento aos sinais de desespero ou desesperança. Perguntar diretamente sobre pensamentos suicidas, longe de incentivar o ato, pode proporcionar um espaço para que o idoso compartilhe sua dor e, assim, receba o apoio necessário. Profissionais de saúde mental e programas de apoio são fundamentais nesse processo.


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RAFAEL MOTTA SE COLOCA COMO O CANDIDATO QUE REPRESENTA A INOVAÇÃO

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Poderia ser um mês como qualquer outro do ano de 1991. Mas a primavera daquele ano, no mês de outubro, foi diferente para as crianças Vaneide e Rannon. Vaneide, com aproximadamente nove anos, chegava do interior juntamente com seus avós paternos para morar em Natal. Vinha de uma família humilde, sendo a quinta de dez irmãos, com sonhos tão grandes quanto as estrelas que brilhavam nas noites de sua cidadezinha, e sabedoria diferente das outras crianças que tinham sua mesma idade.

“Acabei morando com eles três anos. Minha avó foi diagnosticada com depressão e precisou ser internada. Eu precisava voltar para casa dos meus pais, mas eu não queria. Eu era muito pequena, mas eu já tinha muita consciência, não queria voltar para ser uma pessoa a mais nas despesas, e aí eu pedi a minha tia que conseguisse uma família para me adotar, me acolher”, conta Vaneide.

O que ela não esperava, era que a decisão tomada ainda criança, seria responsável por deixá-la em uma família muito acolhedora, onde ali também se encontrava o amor da sua vida. Um menino, com aproximadamente sete anos, de olhar doce e sorriso tímido: Rannon. Ele era dois anos mais novo, e desde o primeiro momento, tornou-se seu companheiro nas brincadeiras da infância. Cresceram juntos, como primos, passando férias, tardes despreocupadas e risos que enchiam a casa. Era uma relação de pura amizade, sem nunca imaginar o futuro que os esperava.

O tempo passou, a adolescência chegou, e a vida seguiu seus rumos. Vaneide voltou para o interior por um tempo, e perdeu o contato diário com Rannon. “Minha mãe biológica precisou passar por um tratamento e eu fui para o interior ficar com meus outros irmãos enquanto ela ficava em Natal fazendo o tratamento. Eu realmente perdi o contato com ele. Tinha notícias dele, mas não falava diariamente porque meus pais moravam no Sítio Saco de Dentro, distrito de Lages Pintada. Fica perto de Santa Cruz. Na época, se você precisasse falar com alguém, você tinha que marcar um horário. Era muito burocrático, então a gente acabou ficando sem esse contato”, relembrou Vaneide.

O REENCONTRO E A LUTA PELA VIDA
Anos mais tarde, quando tudo se ajeitou, o reencontro trouxe algo novo: ele não era mais aquele menino. Agora, Vaneide via nele algo diferente, um jovem homem com quem ela começou a sonhar em compartilhar uma vida. Começaram a namorar em segredo, com o coração cheio de esperanças e promessas sussurradas entre abraços. Pouco tempo depois, Vaneide engravidou e o segredo do relacionamento veio à tona. As famílias, que sempre os viram como primos, apoiaram o casal. Mas a felicidade de um novo começo foi logo ofuscada por uma dura realidade: Rannon tinha dificuldades para enxergar e ouvir, e, após consultas com especialistas, veio o diagnóstico, Síndrome de Alport.

“Essa síndrome era um problema renal que atacava primeiro a visão e a audição, aos poucos ela ia atingir todos os órgãos até paralisar a pessoa e vir a óbito. Nós fomos para uma nefrologista e ela disse que de fato, ele tinha essa síndrome, que ia ficar cego, surdo, e depois morrer. Não se sabia quanto tempo, talvez, em anos ou meses. Mas pelo avanço da doença, pelos exames, ele já estava em uma fase final e talvez não visse nossa filha nascer”, explicou. A notícia caiu como uma tempestade. Os dias seguintes foram de angústia, mas Vaneide não cedeu ao desespero. Ela acreditava, do fundo de sua alma, que Deus tinha um propósito maior. Encorajou Rannon a buscar uma segunda opinião, a lutar. E foi assim que começaram a enfrentar a doença juntos.

A filha nasceu, e Vaneide, segurando aquele pequeno ser em seus braços, sabia que sua missão era manter Rannon ao lado delas. Com a fé inabalável, buscou todos os tratamentos possíveis, especialistas que pudessem dar uma nova esperança. Foram anos de luta, tratamentos, consultas, e um amor que se fortaleceu a cada batalha vencida. Mas, quando a doença de Rannon voltou a avançar, ele precisou iniciar a hemodiálise.

A BUSCA PELO TRANSPLANTE
Era um processo exaustivo! Enquanto os familiares faziam testes de compatibilidade para um possível transplante de rim, a fé de Vaneide crescia cada vez mais. Ela sentia, em seu coração, que seria ela a doadora. “Ele começou a fazer hemodiálise. A gente sempre com muita fé em Deus, acreditando que ia dá certo. Eu sempre tinha uma força muito grande dentro de mim dizendo que ia dar tudo certo. E Deus sempre falava no meu coração que eu ia doar um rim para ele quando fosse preciso. Eu falava isso para todo mundo, e ficavam rindo achando que eu falava as coisas que não sabia”, disse.

Após muitas dificuldades, o teste de compatibilidade foi feito. Vaneide era a resposta com 98% de compatibilidade. O milagre que ela sempre acreditou se concretizou e poderia salvar a vida do seu esposo. Entre burocracias e preocupações, conseguiram realizar a cirurgia. O rim que ela doou, deu a Rannon uma nova chance de vida, uma nova oportunidade de ser o pai, o marido, o homem que sempre sonhou ser. “Nos conhecemos em outubro de 1991, e minha vida foi salva por ela em 22 outubro de 2016”, expressou Rannon.

CAMPANHA
“Quando a gente descobriu o tamanho da misericórdia de Deus, ficamos pensando o que poderíamos fazer para ajudar e conscientizar outras famílias, além das pessoas se ajudarem com doação de sangue, de órgão, de medula, de tudo”, declarou Vaneide. Hoje, o casal tem uma campanha permanente que se chama “Seja Um Doador de Vida”, e mantém o perfil no Instagram com o mesmo nome (@sejaumdoadordevida). A campanha serve para incentivar a doação de sangue e órgãos, conscientes de que, assim como eles, muitas outras famílias poderiam ser salvas pela generosidade de quem se dispõe a ajudar. Vaneide, que já deu parte de si para salvar o amor de sua vida, continua dando de si para o mundo, doando sangue, ajudando, e compartilhando a história de fé, coragem e amor, na esperança de inspirar outros finais felizes.


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CARLOS EDUARDO VETOU E ENTROU ATÉ NA JUSTIÇA CONTRA PATRULHA MARIA DA PENHA

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As mulheres de Natal têm hoje um serviço de apoio em cumprimento à lei Maria da Penha, ampliando a proteção quanto à violência doméstica e familiar. Mas nem sempre foi assim. A Patrulha Maria da Penha (PMP), cuja lei foi promulgada pela Câmara dos Vereadores em 2017, teve um início complicado, sendo combatida pelo então prefeito, Carlos Eduardo Alves (PSD), que não só vetou, como levou à Justiça Estadual (TJRN) e recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente, porém, o projeto está em operação e é uma referência para outros municípios, que têm procurado orientações para a implantação da Patrulha, segundo informações da Prefeitura.

A PMP surgiu por meio de proposta da vereadora Júlia Arruda (PC do B) para criar, no âmbito da Guarda Municipal da capital potiguar, um instrumento visando qualificar os serviços de atendimento, apoio e orientação policial no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher.

“A Patrulha Maria da Penha surgiu da necessidade de se pensar em alguma iniciativa legislativa que pudesse acolher as mulheres vítimas de violência porque é muito fácil dizer que a segurança é papel do Estado. Mas como é que nós, do Município de Natal, como legisladores, poderíamos contribuir? ”, conta a propositora da lei.

“Foi aí que, pesquisando algumas experiências pelo Brasil a fora, tomamos conhecimento desse instrumento que visa resguardar o direito da mulher e também já é um dispositivo fruto do avanço da lei Maria da Penha, que foi instituída para proteger as mulheres vítimas de violência”, completou Arruda.

O projeto tem por ações: realizar o atendimento, quando noticiado o descumprimento da medida protetiva de urgência; garantir o cumprimento das medidas protetivas de urgência; dissuadir e reprimir o descumprimento de ordem judicial; identificar os casos graves; orientar e esclarecer a vítima sobre os seus direitos; realizar palestras de prevenção e orientação, entre outras.

De acordo com a delegada da Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN) Sheila Freitas, ex-Secretária de Segurança de Natal, a Patrulha funciona como “olhos do Judiciário”. “A principal função dela é fazer a fiscalização do cumprimento das medidas protetivas”, explicou. Ao ser determina a ação da PMP, a equipe “entra em contato com essa mulher, vai até ela, ouve seus problemas, entende sua situação e começa a fazer um plano de trabalho em cima da situação de cada uma”, explicou Freitas ao Diário do RN.

BATALHA JUDICIAL
Na época da propositura da lei que criou o projeto, o prefeito em mandato, Carlos Eduardo, vetou-a integralmente. No entanto, a Câmara dos Vereadores realizou a promulgação. Diante disso, o ex-Chefe do Executivo Municipal iniciou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no TJRN, pedindo suspensão da lei.

Durante o processo, o relator pediu uma manifestação do Ministério Público Estadual (MPRN) sobre o caso, sendo a resposta do Procurador-Geral de Justiça Eudo Rodrigues Leite a de que não havia que “se falar em violação aos ditames da Constituição Estadual, visto que a lei vergastada não criou funções de policiamento para as guardas municipais, mas apenas as especificou, em consonância com a legislação que rege o tema”. Sendo assim, o caso foi levado a audiência pública, e, por maioria, a ação do ex-prefeito foi julgada improcedente pelo TJRN.

Diante de mais um insucesso, Alves entrou com um recurso no STF, porém, mais uma vez, teve o pedido negado. A relatora do caso, ministra Rosa Weber, disse que “o entendimento da Corte de origem não diverge da jurisprudência firmada no STF”, negando a inconstitucionalidade da lei e o seguimento do processo no órgão máximo do Poder Judiciário brasileiro, encerrando as possibilidades de Carlos Eduardo conseguir a revogação.

Para a vereadora Júlia Arruda, a oposição à iniciativa foi lamentável, visto que a demora para fazer valer o projeto teria custado vidas. “O meu sentimento com relação à tentativa da gestão da época em barrar esse projeto é de muito lamento. Enquanto estava nesse imbróglio, nessa luta jurídica, mulheres morreram por falta de um equipamento, por falta de um instrumento eficaz, como é a Patrulha”, afirmou.

IMPLEMENTAÇÃO
A Patrulha Maria da Penha foi implementada na capital potiguar em março de 2020, na gestão do prefeito Álvaro Dias (Republicanos). Segundo a delegada Sheila Freitas, o início do funcionamento se deu com limitações pela falta de estrutura.

“A implementação da Patrulha, inicialmente, foi com muita dificuldade, porque tínhamos apenas uma viatura, três guardas e um número muito pequeno de mulheres para fazer a proteção diária, já que ela funciona 24 horas, e também a falta de empatia com a causa porque a gente não podia colocar guardas para trabalharem na Patrulha se não tivessem empatia com a causa”, ressaltou.

OS RESULTADOS
Atualmente, a Patrulha Maria da Penha mantém em zero o índice de reincidência de agressão e feminicídio contra as mulheres assistidas. “Hoje, o projeto já prova, por si só, a sua necessidade.

Ele tem um índice extraordinário: de 300 mulheres que tiveram oportunidade de serem acompanhadas pela Patrulha, nenhuma foi vítima de feminicídio. Então, todas as mulheres estão vivas, nenhuma foi morta. Isso mostra que o projeto é necessário, que salva vidas”, ressaltou a vereadora Júlia Arruda.

Para a delegada Sheila Freitas, implementar o projeto em Natal foi um trabalho muito gratificante. “Hoje a Patrulha é referência nacional, ela foi tema de estudos, é tema de vários Trabalhos de Conclusão de Cursos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), é tema de um estudo de Pós-doutorado na Universidade de Brasília (UnB) em que se prova a eficácia da PMP”, contou a delegada.

No entanto, Freitas ressalta que os esforços não podem parar. “Nos dá uma tranquilidade muito grande saber que estamos no caminho certo, que é uma política pública que deu certo e que precisa ser cada dia mais fortalecida, para que mais mulheres seja amparadas”, pontuou.


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ESTADO DO RN TEM POTENCIAL MILIONÁRIO PARA EXPLORAÇÃO DE ALGAS MARINHAS

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O nome é complicado: Kappaphycus alvarezii. Trata-se de um musgo marinho chifre-de-alce, uma espécie de alga vermelha. Varia em tamanho, peso e idade. Possui um tom marrom-esverdeado escuro e às vezes pode ser roxo profundo, com formato cilíndrico. Porém, o mais complicado não é falar o nome, difícil mesmo é conseguir a licença ambiental para sua exploração. No Rio Grande do Norte, que possui potencial milionário, a espera dessa liberação já dura mais de 3 anos.

A Kappaphycus alvarezii é uma macroalga exótica, originária das Filipinas, que é usada comercialmente por ter grande importância para diversos setores da economia. Na agricultura, pode ser usada como bioinsumo, dando mais qualidade ao solo e resistência vegetal a doenças.

Na pecuária, serve como alimentação animal, melhorando o desempenho e a saúde dos bichos.

Na indústria, a alga é fonte rica em compostos com propriedades espessantes, gelificantes e emulsificantes. E pode ser utilizada em diversos produtos, inclusive farmacêuticos e cosméticos.

Por fim, é altamente sustentável, pois contribui para a fixação de carbono, auxiliando na mitigação das mudanças climáticas e também na reconstrução de ambientes marinhos.

E onde este tipo de alga se reproduz? Em águas rasas, claras e limpas, com altos níveis de iluminação, temperaturas que variam entre 20 e 32 graus e salinidade superior a 30 partes por mil, ou seja, condições encontradas na costa potiguar. O problema, até então, é a liberação para o cultivo. No Brasil, isso só é possível por meio de instrução normativa do IBAMA. Atualmente, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo possuem produções já liberadas pelo órgão.

“Isso pode se tornar um negócio gigante”, diz Secretário de Agricultura

“Hoje, mundialmente cultivada, a alga Kappaphycus alvarezii tem vários benefícios ambientais, porque tem uma capacidade de crescimento gigante. E com essa capacidade de crescimento, ela consegue captar o CO2 (dióxido de carbono) que está na água, nas águas oceânicas, e transformar em uma alga que tem um altíssimo teor de potássio. A ideia é essa, é aproveitar esse crescimento e iniciar essa exploração aqui no estado do Rio Grande do Norte. Assim, atrairíamos empresas que atuam nesse segmento de adubos biológicos, empresas que aproveitassem essas algas para produzir adubo à base de potássio, para ser utilizado na agricultura”, acrescentou o secretário estadual de Agricultura, Guilherme Saldanha.

Ainda de acordo com Guilherme, o que falta para o RN se aproveitar dessa potencialidade é a autorização ambiental. “Nesse caso específico, é o IBAMA. A gente já está tratando disso há mais de três anos”, confirmou.

“Temos um grupo de trabalho, junto com o Governo do Estado, Secretaria da Agricultura, Emparn, EMATER, IDEMA, IGARN, UFRN, Escola Agrícola de Jundiaí, e com o próprio IBAMA, onde discutimos para ver se a gente consegue acelerar e concluir esse processo da autorização. E aí poderemos entrar com a pesquisa de campo, ver os potenciais que essa alga tem de crescimento, provar que ela respeita todas as diretrizes ambientais, e aí começar uma exploração comercial”, destacou Guilherme.

“Olha, isso pode se tornar um negócio gigante, gigante mesmo, algo que possa movimentar a casa dos milhões de reais, de dezenas de milhões de reais na produção de adubos orgânicos à base de potássio”, reforçou o secretário da Agricultura.

IBAMA faz reunião e promete retomar discussão
Ao Diário do RN, o superintendente do IBAMA no RN, professor Rivaldo Fernandes, prometeu retomar as discussões. “Hoje fizemos uma reunião para tratar disso. Vamos retomar”, prometeu.

Natal tem jornada para discutir estratégias de implementação do cultivo da Kappaphyccus

Natal está sediando, até o dia 4 de outubro, a “2ª Jornada Norte-Rio-Grandense pró Kappaphyccus”. O evento é uma iniciativa conjunta da Secretaria da Agricultura, da Pecuária e da Pesca do RN (SAPE), da Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura do Estado do Rio Grande do Norte (SFPARN) e da Sociedade Brasileira de Ficologia (SBFic). O objetivo é definir os parâmetros logísticos a serem adotados como estratégia na implementação dos processos operacionais envolvidos numa possível cadeia produtiva das macroalgas no estado.

A 2ª JRNpK integrará também as atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão desenvolvidas pelo setor de Aquicultura da Escola Agrícola de Jundiaí-EAJ-UFRN, respectivamente, vinculadas ao PRONATEC, ao PRODEMA e ao Projeto “Maricultura de Macroalgas: Tecnologia Social e Organização de Grupos Produtivos no Rio Grande do Norte”.

A programação conta com apresentações orais, debates, oficinas de trabalho e visitas técnicas às localidades litorâneas que possuem as melhores condições socioambientais para executar o cultivo comercial da K.alvarezii, de forma sustentável.

As visitas técnicas ocorrerão de 01 a 03 de outubro, abrangendo localidades praianas nos municípios de Caiçara do Norte, Extremoz, Macau, Maxaranguape e Rio do Fogo.


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ELEIÇÕES 2024: SEGURANÇA PÚBLICA TERÁ MAIS DE 12 MIL AGENTES EM TODOS OS 167 MUNICÍPIOS DO RN

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O Governo do Rio Grande do Norte já definiu os parâmetros e o esquema de segurança pública para o primeiro turno das eleições municipais deste ano, a chamada “Operação Eleições 2024”.

Para garantir que tudo transcorra dentro da normalidade, a Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED) decidiu utilizar a mesma estratégia de pleitos passados, ou seja, empregar todo o efetivo disponível em todos os 167 municípios potiguares.

Atualmente, mais de 12 mil homens e mulheres compõem as forças de segurança pública do Estado. Desta forma, com a exceção dos que estarão de férias ou de licença médica no dia do pleito, serão convocados a trabalhar todos os servidores da ativa que compõem a Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar e Instituto Técnico-Científico de Perícia, o ITEP. Nestas eleições, também participarão da segurança pública os policiais penais, servidores estaduais que são ligados à Secretaria da Administração Penitenciária.

No estado, também trabalharão no dia do pleito guardas municipais, agentes da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.

Exército em João Dias
Em razão das mortes do prefeito de João Dias, Francisco Damião de Oliveira, mais conhecido como Marcelo Oliveira, e do pai dele, Sandi Alves de Oliveira, assassinados a tiros no dia 27 de agosto, o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral aprovou o pedido de reforço das forças armadas para a eleição no município. A tendência é que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acate a solicitação e envie uma tropa do Exército para a cidade no dia do pleito.

“A requisição de forças federais se encontra regulada pela Resolução TSE nº 21.843/2024, em seu art.1º, § 2º, que estipula que o Tribunal Superior Eleitoral requisitará força federal necessária ao cumprimento da lei ou das decisões da Justiça Eleitoral, visando garantir o livre exercício do voto, a normalidade da votação e da apuração dos resultados. Determinando em seu parágrafo 2º que o pedido será acompanhado de justificativa – contendo os fatos e circunstâncias de que decorra o receio de perturbação dos trabalhos eleitorais –, que deverá ser apresentada separadamente para cada zona eleitoral, com indicação do endereço e do nome do juiz eleitoral a quem o efetivo da força federal deverá se apresentar”, justificou a procuradora do Ministério Público Eleitoral, Clarisier Morais.

Eleições pacíficas
Nas eleições ocorridas em 2022, quando se votou para presidente, governador, deputado estadual, deputado federal e senador, a SESED considerou o pleito pacífico, sem o registro de ocorrências de gravidade. Na ocasião, foram registradas 16 ocorrências:

Os motivos foram:
1 registro de compra de votos
5 registros de transporte ilegal de passageiros
5 registros de boca de urna
2 registros de propaganda eleitoral irregular
3 registros de uso de celular na cabine
As ocorrências foram contabilizadas pelo Centro Integrado de Comando e Controle Estadual, montado no Centro Integrado de Operações de Segurança Pública da SESED, do Governo do Estado, e enviadas para a Plataforma Integrada de Operações e Monitoramento de Segurança Pública, do Governo Federal.


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AUDITOR FISCAL: RECONHECIMENTO PELA ARRECADAÇÃO QUE SUSTENTA O RN

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Dia 21 de setembro se comemora o Dia do Auditor Fiscal. No RN, a data foi instituída pela Lei n° 9.452/11, escolhida em homenagem a São Mateus, padroeiro dos auditores, alfandegários, fiscais financeiros e conselheiros fiscais, que desempenham um papel fundamental na administração pública.

Hoje, o Rio Grande do Norte conta com 315 auditores fiscais ativos, distribuídos em repartições fiscais em Natal e no interior do estado. Esses servidores públicos são responsáveis pela arrecadação de impostos estaduais como ICMS, IPVA e ITCD, exercendo atividades contínuas de fiscalização, controle e arrecadação. Sua missão principal é garantir os recursos financeiros necessários para a aplicação em políticas públicas voltadas à educação, saúde, segurança, justiça, além do pagamento da folha salarial dos servidores estaduais.

“O Dia do Auditor Fiscal é de extrema importância, pois reconhece uma categoria que trabalha incansavelmente pelo bem-estar e pela qualidade de vida de toda a população. É essencial que esse trabalho seja valorizado, ” ressalta Márcio Marcos de Medeiros, presidente do SINDIFERN.

Além de suas atividades tradicionais, os auditores fiscais do RN têm um papel de destaque em projetos nacionais. A Secretaria de Estado da Fazenda do RN foi pioneira no desenvolvimento e na implementação da nota fiscal eletrônica. O Fisco potiguar também esteve à frente na introdução da Nota Fiscal Eletrônica ao Consumidor (NFC-e).

Mais recentemente, o setor de TI da SEFAZ desenvolveu a atendente virtual Sofia, que já está em operação no Posto Fiscal Núcleo Integrado de Fiscalização (NIF Caraú). Sofia foi projetada para reduzir a burocracia e otimizar o tempo de atendimento de motoristas e transportadores, suprindo a alta demanda dos atendimentos presenciais e agilizando os processos, aliviando a sobrecarga do sistema tradicional.

O trabalho de educação fiscal também ganhou mais força com o lançamento da PDEF (Plataforma de Educação Fiscal), disponível no site Nota Potiguar, ampliando o conhecimento sobre cidadania fiscal de forma digital, com informações sobre os direitos e deveres dos contribuintes.

Já o programa Nota Potiguar oferece aos cidadãos uma série de benefícios pelas notas das compras, além de auxiliar no combate à sonegação fiscal e garantir a transparência na arrecadação de tributos.

De janeiro a agosto de 2024, os auditores fiscais do Rio Grande do Norte já arrecadaram cerca de R$ 5,89 bilhões, o que representa um aumento significativo em relação ao ano anterior. Esse valor é fruto do árduo trabalho dos auditores e sustenta a administração estadual em áreas essenciais para o bom funcionamento da sociedade.

Arrecadação por tributo:

  • ICMS: R$ 5.424.911.667,83
  • IPVA: R$ 439.631.550,49
  • ITCD: R$ 28.095.185,09
    Total arrecadado: R$ 5.892.638.403,41

A arrecadação eficiente promovida pelos auditores fiscais do RN é crucial para garantir o desenvolvimento econômico e social do estado, assegurando que recursos essenciais cheguem aonde são mais necessários.


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