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DOAÇÃO DE SANGUE ENTRE ANIMAIS É UM MERCADO EM PLENO CRESCIMENTO

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Imagine a cena: um cãozinho esperando por uma segunda chance após um grave acidente. Ou uma gatinha, que luta contra uma doença que ameaça sua vida, rodeada de carinho e cuidados.

Esses momentos de vulnerabilidade nos lembram do quanto nossos amigos peludos são importantes em nossas vidas. Assim como nós, eles também enfrentam desafios que exigem intervenções médicas urgentes, e muitas vezes, a solução pode estar na generosidade do tutor de outro animal. Em situações emergenciais, a transfusão de sangue pode ser a chave para salvar vidas.

Em entrevista ao Diário do RN, o médico veterinário Agrício Moreira, especialista em hematologia clínica veterinária, que atua no primeiro Banco de Sangue Veterinário do Rio Grande do Norte, o CEOH, explicou o funcionamento, a importância e os desafios envolvidos na doação de sangue para animais.

De acordo com Agrício Moreira, a doação de sangue para animais de estimação é tão essencial quanto para os seres humanos. “A necessidade de ter sangue disponível para situações emergenciais é fundamental”, explica. “Quando um animal necessita de uma transfusão, seja de sangue total, plaquetas ou plasma, ele precisa do hemocomponente para restabelecer a funcionalidade do organismo de maneira adequada. Ter esses componentes disponíveis é crucial para salvar vidas”, completa.

A manutenção de bancos de sangue oferece benefícios imediatos para os animais que necessitam de transfusões. A principal vantagem é a disponibilidade de sangue “puro”, ou seja, com todos os testes necessários já realizados para garantir que o animal doador está saudável e livre de doenças infecciosas. O sangue doado é processado e separado em componentes como plaquetas, plasma e hemácias, podendo ser utilizado conforme a necessidade do paciente.

“Antes de um animal se tornar um doador, ele passa por uma série de exames rigorosos”, diz o veterinário. “Exames de sorologia e PCR para doenças infecciosas, como leishmaniose, FIV, e outras, garantem que o sangue doado seja seguro para o receptor”, explica.

Como Funciona o Processo de Doação
O processo de doação de sangue em animais é semelhante ao realizado em humanos. O animal é submetido a uma avaliação clínica completa, incluindo exames de sangue e testes de função hepática e renal. Somente após a confirmação de que o animal está saudável e livre de doenças transmissíveis, a doação é autorizada.

O veterinário destaca a importância de um ambiente controlado e a experiência da equipe para garantir a segurança do animal durante o procedimento. “A doação de sangue é realizada de forma segura e não traz riscos para a saúde do doador, desde que os intervalos entre as doações sejam respeitados”, assegura.

Cada animal deve atender a requisitos específicos para se tornar um doador. Para cães, é necessário ter entre 1 e 8 anos, pesar no mínimo 25 quilos, ter um temperamento dócil e estar com as vacinas e vermifugações em dia. Já para gatos, os requisitos incluem idade entre 1 e 7 anos, peso mínimo de 4 quilos e também o controle de parasitas.

Além disso, tanto cães quanto gatos não podem ter histórico de doenças graves, transfusões anteriores ou estarem em período de gestação, lactação ou cio.

Mitos sobre a doação de sangue
Embora a doação de sangue seja um procedimento seguro para os animais, ainda existem mitos que podem afastar os tutores de considerarem essa prática. O veterinário esclarece que a doação não deixa o animal fraco ou prejudica sua saúde. “Existem alguns mitos que a gente enfrenta, por exemplo, que a doação de sangue pode deixar o animal fraco, e isso é um mito. Ou que a doação de sangue pode fazer mal para o animal, ou até que o animal pode ficar com algum déficit nutricional, com alguma fraqueza ou com algum distúrbio por doar sangue. São mitos”, explica Agrício acrescentando: “Outro grande mito é que o animal corre risco depois da doação. Isso não existe. A doação hoje em dia, com os exames prévios, uma avaliação clínica segura, o animal pode doar sangue e isso não traz nenhum problema para o animal, respeitando o intervalo entre as doações não há problema nenhum e fazendo de uma maneira segura, não há problema nenhum nas doações”, completa o veterinário.

Incentivando mais doadores
Uma das estratégias adotadas pelo Banco de Sangue Veterinário para atrair mais doadores é oferecer benefícios para os animais que participam do programa. “Os doadores têm direito a consultas veterinárias gratuitas, exames de saúde periódicos e até mesmo vacinas e vermifugações custeadas pelo banco”, informa o veterinário.

Além disso, o banco oferece exames para detectar doenças infecciosas e faz check-ups anuais para garantir que os doadores permanecem saudáveis e aptos a doar.

Agrício acredita que a doação de sangue para animais tem um futuro promissor. “Os avanços na área de hemoterapia veterinária são significativos. O apoio de iniciativas privadas e a continuidade dos estudos sobre o uso de componentes sanguíneos em medicina veterinária contribuirão para o aprimoramento do atendimento emergencial aos pets”, comenta.

Embora o número de doadores ainda seja baixo, a situação está mudando. O banco de sangue veterinário tem 31 cães e 9 gatos cadastrados como doadores ativos, com a promessa de aumentar esse número nos próximos anos. “Dados nacionais não existem, por não existir participação do poder público. Mas no nosso banco, nos últimos 12 meses temos levantamentos dos nossos doadores caninos e felinos, temos 31 doadores caninos e 9 doadores felinos, cada um deles doam sangue com intervalos a cada 3 meses e cada doação dessa, salvam até 3 vidas, um número baixo pelo que a gente espera, por tudo que a gente vê de benefício na medicina transfusional”, explica o veterinário.

“Cada doação pode salvar até três vidas, pois os hemocomponentes são separados e usados conforme a necessidade. Mas ainda precisamos de mais doadores, principalmente felinos, pois a adesão é mais difícil devido aos receios dos tutores”, completa.

A conscientização sobre a importância da doação de sangue entre animais e a eliminação dos mitos em torno desse gesto são passos essenciais para aumentar o número de doadores e garantir que mais animais recebam o tratamento necessário em momentos críticos.


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EM NÍVEL DE ALERTA PARA EPIDEMIA DE DENGUE, RN ANUNCIA AÇÕES DE COMBATE

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Diante de um aumento de mais de 180% nos casos prováveis de dengue no período de dezembro do ano passado em comparação com a mesma época de 2023, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) realizou, nesta quinta-feira (16), a instalação de um Centro de Operações de Emergência (COE) em Saúde para dengue e outras arboviroses. A medida vem após a abertura, na última segunda (13), de uma sala de situação para monitoramento e auxiliar no enfrentamento das mesmas doenças e torna o RN o 1º estado a criar um centro, que reúne representantes de diversos órgãos públicos do Governo do Estado e também a níveis municipal e federal. A ação é incentivada pelo Ministério da Saúde, como um esforço para fortalecer a capacidade de resposta do país diante de emergências de saúde pública causadas por arboviroses.

PRIMEIRAS AÇÕES
Na reunião de abertura do COE, ocorrido na sede da Sesap, no centro de Natal, os participantes alinharam as primeiras ações conjuntas, com atenção inicial para a diminuição dos focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti nos 30 municípios prioritários identificados pela Saúde.

Segundo o plano de contingência para as arboviroses, o RN está em nível de alerta, com possibilidade de entrar em situação de epidemia caso seja registrado um aumento expressivo de casos, ou seja confirmado algum óbito.

A secretária de Saúde ressaltou que os números de casos estão sendo continuamente monitorados e que as medidas tomadas têm caráter preventivo. “A gente está em monitoramento constante, tanto a área da regulação, como a área de vigilância; a gente trabalha integrado, completamente; temos um sistema que consegue fazer esse monitoramento tanto na rede Sesap, como na rede privada, então, está tudo sob controle. Mas, mesmo assim, a gente está fazendo todo esse processo realmente de prevenção, para que a gente não tenha realmente nenhum problema”, disse.

A partir de agora, a Sesap e os demais membros do COE vão coordenar ações conjuntas, que vão desde a limpeza em prédios e áreas públicas, articulação para ampliação do atendimento à população e campanhas de conscientização nos 167 municípios potiguares. Segundo Lyane Ramalho, está sendo programada uma capacitação de profissionais – da rede Sesap e dos Municípios – para o manejo clínico.

CONSCIENTIZAÇÃO NO ENFRENTAMENTO À DENGUE
A gestora destacou a importância do trabalho de conscientização e da colaboração da sociedade para o enfrentamento da dengue e demais arboviroses. “É aquele slogan que o próprio Ministério [da Saúde] está colocando, que todos nós tiremos dez minutinhos para tratar dos focos prováveis que temos nos nossos domicílios e ao redor das nossas casas. É tão importante que a gente tire esse tempinho para fazer essa averiguação. Às vezes está na geladeira, às vezes está no vasinho, às vezes está na planta – aquela planta que tem uma capacidade de deixa um pouco de água -, e o mosquito fica ali e termina proliferando uma doença, vai picar um idoso, vai picar uma criança, e termina fazendo com que a doença se torne um problema”, disse.

“No período epidêmico do ano passado montamos uma estratégia que foi bem sucedida, com apenas dois óbitos apesar do alto número de casos, e agora queremos repetir. Agora, de forma ainda mais antecipada, visto que o COE de 2024 foi aberto apenas em março”, completou a gestora. Segundo o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do RN, haverá uma união de trabalho entre as pastas para garantir a efetividade das ações. “Todo o efetivo da segurança pública está mais uma vez à disposição para repetir a parceria que já deu certo”, disse.

Na próxima semana, equipes da Sesap retornam ao calendário de visita aos 30 municípios prioritários, que foram selecionados devido à incidência de casos, casos graves, óbitos, quantidade de focos de mosquitos e fluxo turístico. As visitas reúnem não somente a Saúde, mas também integrantes da Educação, Limpeza Urbana e Meio Ambiente, Infraestrutura e outros órgãos municipais.

Dengue tipo 3
A coordenadora de vigilância sanitária em saúde da Sesap, Diana Rego, afirmou que há uma preocupação em torno da circulação da dengue tipo 3, que pode ocasionar casos mais graves devido à possibilidade de uma parcela considerável da população estar vulnerável ao vírus, já que ele não circula no estado desde o fim da década de 2000. “Precisamos também monitorar de perto “, pontuou.

Ação do Ministério da Saúde
Visando reduzir os impactos das arboviroses, o Ministério da Saúde instituiu, preventivamente, o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE Dengue), para fortalecer a capacidade de resposta do país diante dessas emergências de saúde pública. O COE foi instalado no último dia 9 pela ministra da Saúde, Nísia Trindade.

“Seguimos a lógica de que ‘prevenir é sempre melhor do que remediar’, o que inclui medidas simples que cada cidadão pode adotar, como dedicar ao menos 10 minutos semanais para eliminar possíveis focos do mosquito em casa e nas proximidades”, frisou a gestora.


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“EU NOSSO DE CADA DIA”: LIVRO DA JORNALISTA LEANE FONSECA CELEBRA HISTÓRIAS DE SUPERAÇÃO

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A jornalista Leane Fonseca, prepara-se para o lançamento do livro: “Eu Nosso de Cada Dia”, uma obra que promete envolver os leitores com reflexões sobre a vida, o amor e a superação. O evento ocorrerá nesta quinta-feira, 16 de janeiro, às 18h, na Galeria de Artes Peixoto e Aldo Soares, no Praia Shopping, em Natal.

Leane compartilha uma série de textos que mostram sua visão sobre as emoções e experiências que marcaram o cotidiano das pessoas. “Eu tinha vários escritos, de diversos momentos da minha vida e de outras pessoas, e decidi colocar tudo em um livro com o objetivo de uma leitura agradável. Acreditei e acredito que os leitores vão se identificar com os sentimentos e vivências tratados”, afirmou.

Embora o projeto tenha começado em 2015, a jornalista acredita que este é o momento certo para o lançamento. “Não foi simples publicar. O livro foi pensado e escrito em 2015, e somente agora, 2025, está sendo lançado. Possivelmente, este é o momento certo para mim e para os leitores também”, explicou.

A obra também traz histórias de superação de pessoas que se tornaram heróis e heroínas de suas próprias vidas. “Eu conheço os protagonistas de todas as histórias. E, ao conversar com eles sobre suas vidas, suas superações, vi que seria interessante escrever sobre esses momentos específicos da vida de cada um”, disse a autora. As histórias mostram que o extraordinário pode estar nos detalhes do cotidiano.

Leane espera que, ao ler o livro, os leitores sintam-se motivados a reconhecer suas próprias jornadas de superação. “Espero que essas histórias de superação façam os leitores entenderem que todos nós somos heróis e heroínas anônimos, que merecemos aplausos, nem que seja de nós mesmos, pelas superações já enfrentadas”, afirmou.

Para a autora, o livro é um convite à reflexão e ao reconhecimento do valor de cada trajetória pessoal. Ela conta que a escolha de lançar o livro na Galeria de Artes Peixoto e Aldo Soares tem um significado especial. “É maravilhoso, pois estarei em um espaço que já respira arte e cultura, levando meus amigos e familiares para conhecer as obras dos artistas plásticos que me presentearam concedendo esse ambiente tão acolhedor e agradável”, disse Leane, destacando a importância do local para o evento.

A jornalista também revela que, durante o processo de escrita, alguns textos lhe tocaram profundamente, “em alguns dos textos expresso sentimentos fortes que estava vivendo, onde muitas vezes a alma desejava ser ouvida”. Para ela, escrever sobre essas experiências foi uma forma de dar voz a sentimentos intensos e pessoais.

Com o lançamento de Eu Nosso de Cada Dia, Leane Fonseca se estabelece como escritora, dando início a uma nova etapa em sua carreira. “Sou uma jornalista apaixonada pela profissão, uma contadora de histórias que ama fazer o que faz e, agora, uma escritora cheia de planos para outros projetos onde o sentimento humano possa ser ressaltado e apreciado com entusiasmo e amor”, finalizou.


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ELEIÇÃO DA UNIMED: OPOSIÇÃO CONFIRMA MAIS TRÊS NOMES PARA DISPUTA

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A eleição para escolha da nova diretoria da Unimed Natal está prevista para ocorrer em março de 2025, mas a pré-campanha já começou. Nesta quinta-feira (16), o grupo da oposição, liderado pelos médicos Márcio Rêgo e Carla Karini, confirmou mais três nomes para a composição da futura chapa. São os médicos cooperados Maria Auxiliadora Rocha, conhecida como Dodora, patologista; Robinson Dias, ginecologista; e Marcos Doti, oftalmologista.

A primeira sondagem 2025, encomendada pela TV Ponta Negra ao instituto Perfil, mostra que os cooperados querem mudanças. Segundo o levantamento, a chapa da oposição larga na frente com quase 14% de vantagem.

Com a apresentação dos novos nomes, o grupo da oposição ganha mais força reunindo características como experiência, conhecimento de gestão, sendo dois atuais conselheiros e uma ex-conselheira, com representatividade, focados na inclusão, eficiência, responsabilidade e transparência.

A ideia da chapa é fortalecer e devolver a Cooperativa aos cooperados com valorização, inclusão, gestão profissional e transparente, para que a Unimed volte a ser a maior operadora de saúde do Rio Grande do Norte, também em número de usuários.


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VERÃO PEDE CUIDADOS ESPECIAIS COMA SAÚDE DOS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

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A estação mais quente do ano começou, e, nesses meses de verão, os potiguares marcam presença nas praias e aproveitam o período de férias escolares para levar a família para viagens e atividades ao livre. No entanto, é preciso ficar atento à saúde dos pets antes de expô-los a atividades diferentes das habituais e prestar atenção aos sinais de que eles possam estar sofrendo com o calor.

A médica veterinária Cristiane Freitas explica que o cuidado mais importante nesta época é com a ingestão de água dos animais. “Nós moramos em uma cidade em que é verão o ano inteiro, mas nesta época do ano, especificamente, a cidade tende a estar ainda mais quente, e nós precisamos, de certa forma, ter cuidados mais específicos com os nossos pets. O primeiro, é essencial, extremamente básico: aumentar a ingestão hídrica dos nossos pets, ou seja, espalhar mais potinhos de água pela casa”, orienta.

“Aos primeiros sinais que você observar que seu animalzinho está apático, sem querer se alimentar, muitas vezes fica ofegante, isso pode ser indício de que seu animal está passando por um processo de desidratação. Mas o importante é: se você observar qualquer alteração, levar logo ao médico veterinário”, recomenda a especialista.

PARASITAS E DERMATITES
Outro cuidado essencial é com parasitas, como pulgas e carrapatos, cujas infestações são aumentadas no calor. Além disso, é preciso ficar atento às doenças de pele, também mais frequentes no verão. “Nessa época, é muito comum o animal apresentar dermatites, então, o tutor precisa ficar bem atento a inflamação na pele, coceira, vermelhidão, feridinhas e, aos primeiros sinais, levar o pet ao veterinário. É importante também que o pet esteja protegido contra parasitas, afinal de contas, ele vai estar exposto muitas vezes, passeando, indo à praia, onde muitas vezes tem outros animais que podem não estar protegidos e o seu animal acabar se infectando com pulgas e carrapatos”, ressalta.

PRAIA E PROTEÇÃO SOLAR
E por falar em praia, as visitas a esses locais, bem como práticas de atividades ao ar livre, exigem um outro cuidado com a pele dos pets: a proteção solar. Assim como os seres humanos, os cães e gatos podem ter complicações de saúde devido à exposição aos raios ultravioletas.

“Os raios solares também podem ser bastante nocivos para os pets, inclusive, causando câncer de pele. Então, o ideal é evitar a exposição nos horários mais quentes do dia e, quando o pet precisar se expor ao sol, fazer uso de filtro solar. E se você for levar para a praia, o ideal é que fique debaixo de um guarda sol. Aqueles animais com a pele clarinha sofrem ainda mais com a exposição solar, então, devemos redobrar os cuidados”, ressalta a médica, que dá uma dica extra para tornar o passeio à beira-mar mais seguro: “Lembrar, também, dele estar com uma plaquinha de identificação, afinal de contas, ele pode se perder, pode fugir”.

MAIS BANHOS
Ainda falando sobre os cuidados dermatológicos, será que é saudável dar mais banhos nos animais de estimação durante o verão? De acordo com Cristiane Freitas, para animais sem doenças de pele, não há contraindicação. “Aqueles animais de pele saudável que, por ventura, o tutor queira dar um banho para refrescar – um banho de mangueira, banho de piscina –, não tem problema nenhum. Tem até alguns tutores que compram piscinas infláveis próprias para o pet se refrescar nessa época e isso acaba sendo um momento de diversão para o pet”, diz.

No entanto, é necessário cautela com os que apresentam alguma complicação na pele. “Com aqueles animais que têm problemas dermatológicos, os tutores devem redobrar os cuidados nessa época e não devem descuidar do uso do banho terapêutico, fazendo sempre uso do shampoo recomendado pelo médico veterinário”, ressalta.

RAÇAS MAIS SENSÍVEIS AO CALOR
De acordo com a médica veterinária, os animais que são braquicefálicos – aqueles com focinho mais curto – como os cães das raças Pug, Bulldog Francês, Bulldog Inglês, e Shih Tzu, precisam de ainda mais atenção durante o verão, pois podem sofrer com a síndrome do cão braquicefálico.
“É fundamental que o tutor redobre os cuidados evitando exposição nos horários mais quentes do dia, evitando também que eles façam exercícios com grande esforço ao longo do dia. A gente sabe que alguns tutores acabam levando o pet para correr, para fazer exercício e que, devido a essa própria formação anatômica do focinho, eles têm essa certa dificuldade respiratória. Nas altas temperaturas, isso pode se agravar ainda mais. Então, deve-se evitar esse tipo de passeio, esse tipo de esforço para esses pets dessas raças”, afirma.


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ESTAÇÃO MAIS QUENTE TRAZ TAMBÉM AUMENTO DE CASOS DE CONJUNTIVITE

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Durante os meses de verão, uma das condições mais comuns que afetam os olhos das pessoas é a conjuntivite, uma inflamação da conjuntiva ocular, a camada superficial que cobre o olho. Com o aumento do calor, o número de casos tende a aumentar, especialmente em lugares com grande concentração de pessoas, como praias e piscinas.

Em entrevista ao Diário do RN, Anderson Martins, médico oftalmologista e presidente da Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Norte, explica que “a conjuntivite pode ser causada por diferentes fatores, como agentes químicos, alérgicos ou infecciosos, incluindo vírus e bactérias”. Ainda segundo ele, a condição pode se manifestar de diversas formas, com sintomas que variam conforme o tipo, mas geralmente incluem lacrimejamento excessivo, sensação de areia nos olhos, vermelhidão, secreção e olhos grudados ao acordar.

Por que os casos de conjuntivite aumentam no verão?
O aumento de casos de conjuntivite no verão está diretamente relacionado à maior convivência social e aglomerações típicas da estação. “No calor, principalmente no verão, aumentam as aglomerações. Banhos de piscinas coletivos, banhos de mar coletivos, shows, e com isso as transmissões virais também aumentam”, comenta o oftalmologista. Como a conjuntivite viral é de fácil transmissão, as pessoas em locais com grande concentração de público estão mais expostas ao risco de contrair a doença.

Sintomas e cuidados essenciais
Os principais sintomas da conjuntivite incluem “lacrimejamento, desconforto ocular, sensação de areia, vermelhidão, secreção e olhos grudados ao acordar”, destaca o médico. O tratamento é, em sua maioria, sintomático, com o uso de anti-inflamatórios e lubrificantes para aliviar o desconforto, além de antibióticos ou corticoides em casos mais graves. A boa notícia é que, em geral, a conjuntivite é uma doença autolimitada, ou seja, tem uma resolução espontânea após cerca de 5 a 7 dias, período de atividade do vírus. “A gente como médico precisa dar um conforto a esse paciente e tratar essa conjuntivite para ele aguentar passar esses 7 dias com sintomas.

Então, normalmente, faz uso de anti-inflamatórios e lubrificantes. Em alguns casos, pode ser necessário associar antibióticos ou corticoides. Por isso é necessário na hora da irritação ter uma consulta com um médico oftalmologista”, orienta o profissional.

No entanto, Anderson Martins alerta sobre as complicações, que são raras, mas podem ocorrer. “As complicações são raras, mas podem incluir cicatrizes palpebrais, que podem ser permanentes, e infecções corneanas, como a úlcera de córnea, que é um quadro grave”, reforçando porque é fundamental buscar orientação médica para garantir um tratamento adequado, principalmente diante de sintomas persistentes ou agravantes.

Prevenção
Prevenir a conjuntivite viral, especialmente no verão, exige cuidados simples, mas eficazes. O presidente da Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Norte enfatiza que “para prevenir, tem que se fazer uma prevenção dos contágios virais tradicionais: lavar as mãos, usar álcool em gel, evitar aglomeração, uso de máscaras e, principalmente, as pessoas contaminadas não circularem em ambientes com outras pessoas”. A transmissão da doença é extremamente fácil, por isso, o autocuidado é essencial para evitar a propagação.

Portanto, durante o verão, além de aproveitar o calor e a diversão, é importante redobrar a atenção com a higiene e, caso surjam sintomas de conjuntivite, a consulta com um oftalmologista é fundamental para um diagnóstico preciso e o tratamento adequado.


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PREFEITURA MOVE CINCO PROCESSOS CONTRA CAERN E APLICA 500 MIL EM MULTAS

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A polêmica em relação ao despejo de esgoto em praias de Natal voltou ao centro das discussões após o alagamento ocorrido em um trecho da área de engorda de Ponta Negra, onde – além de água da chuva – também havia muito mal cheiro.

Segundo o secretário Thiago Mesquita, a Prefeitura de Natal já move cinco processos contra a Caern, sendo dois por lançamento de esgoto na praia de Miami, na Zona Leste, e na área da engorda de Ponta Negra. Ao todo, o Município está requerendo, em pagamentos de multas, que R$ 492.300,00. Segundo o gestor, a empresa já foi autuada.

“Isso é extremamente sério, é um absurdo a Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do Norte deixar que procedimentos de manutenção de estações elevatórias extravasem esgoto doméstico, in natura, para dentro de uma área costeira. Isso é inadmissível. Inclusive, vamos encaminhar também ao Ministério Público Estadual essa situação, porque virou quase situação rotineira. Nós descobrimos uma vez, depois, foram cinco vezes. Então, deve também haver aí, por parte do Ministério Público, uma investigação criminal em relação a essa situação”, declarou.

Thiago Mesquita sobre esgoto em praias: “Isso é extremamente sério” – Foto: Reprodução

Caern afirma que não houve extravasamento e esgoto na praia de Ponta Negra é responsabilidade da Prefeitura

Roberto Linhares afirma que irá provar que problema não é da Caern – Foto: Reprodução

O mal cheiro relatado na área da engorda da praia de Ponta Negra, na Zona Sul de Natal, após as chuvas entre a madrugada e a manhã desta segunda-feira (13) não foi causado por extravasamento da rede de esgoto da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), segundo o diretor-presidente da empresa, Roberto Linhares. O gestor rebateu uma afirmação feita pelo titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Thiago Mesquita, que culpabilizou a Caern pelo problema.

De acordo com Linhares, não há qualquer problema na rede de esgotamento sanitário da Caern, e a situação ocorrida na praia de Ponta Negra se deve a uma ligação clandestina de esgoto, que seria responsabilidade da Prefeitura de Natal fiscalizar. Ainda segundo ele, um simples vazamento naquela área seria diluído e não ocasionaria o odor que foi relatado.

“Nosso sistema de esgoto está funcionando completamente bem e funcionou naquele período; e qualquer extravasamento pequeno, seria totalmente diluído e não causava aquele cheiro. O senhor [Thiago Mesquita] sabe que aquele cheiro é causado por ligação clandestina de esgoto, e essa ligação clandestina de esgoto é de responsabilidade de quem, secretário? Do Município, que tem poder de polícia para fiscalizar, para tamponar e conta com a nossa parceria para isso, para ajudar na solução desses problemas”, disse o diretor-presidente em vídeo divulgado à imprensa.

Ainda na gravação, Roberto Linhares afirmou que irá provar que a Caern não tem responsabilidade sobre o caso e que será solicitada uma retratação do secretário Thiago Mesquita. “O senhor disse que vai me chamar para uma audiência, nós vamos para a audiência, vamos comprovar que não é e pedir que o senhor se retrate naquilo que o senhor falou. E não é nada de confronto, é verdade. É pedir que seja verdadeiro, que assuma a responsabilidade, que é sua, não é responsabilidade nossa. Se fosse nossa, a gente assumiria”, declarou.

O gestor da Caern afirmou que a equipe da companhia está à disposição para auxiliar na resolução de problemas, apesar de negar a responsabilidade pela presença de esgoto no alagamento na área da engorda. “Estamos juntos para solucionar os problemas da cidade de Natal, mas não vamos assumir aquele que não é responsabilidade nossa”, pontuou.

Procurado pela equipe do Diário do RN nesta terça-feira (14), Thiago Mesquita assumiu que o mal cheiro sentido na praia de Ponta Negra está relacionado à ligação clandestina de esgoto no sistema do Município, mas reafirmou que também se deve à ligação de águas de chuva no sistema da Caern – que, ressalta, é crime no país –, e disse que ambos devem buscar soluções para a situação.

“Deixei muito claro que [o alagamento] em Ponta Negra, está relacionado à drenagem do município, entre o ponto oito e nove da drenagem. É água pluvial, água de chuva, está certo? (…) Agora, o que que tem a ver com a Caern? Isso que eu coloquei e que o presidente, ao invés de, lá atrás, ter vindo a público, ter falado ‘olha, nós erramos aqui nas elevatórias; estou corrigindo o erro, estou deixando uma área de reservatório para que não venha mais extravasar esgoto para a engorda de Ponta Negra ou pra Praia do Meio, contaminando o ambiente costeiro de Natal”, que é uma área de preservação permanente, (…) agora, ele veio, apareceu questionando e dizendo – e o que ele falou é verdade – que há ligação clandestina de esgoto no sistema pluvial do Município”, disse.

“E é verdade, há mesmo, e a SEINFRA, a Secretaria de Infraestrutura do Município, junto com a SEMURB [Secretaria Municipal de Urbanismo], junto com a ARSBAM [Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico], e até junto com a Caern também – a Caern pode contribuir, deve contribuir – têm que identificar essa problemática. Só que, também, no sistema de esgotamento da Caern, há ligação de água de chuva. No Brasil, isso é crime, crime ambiental. Os sistemas têm que ser independentes. O marco do saneamento exige que os sistemas pluviais e de esgotamento sejam independentes; não pode haver mistura, como acontecia há duzentos, trezentos anos atrás.

Então, a Caern também tem a obrigação legal, técnica e moral como a empresa responsável pela parte de esgotamento no município de Natal, de fazer manutenção no sistema dela, de identificar a origem dessas ligações que – e Caern como vítima, inclusive”, completou o secretário.

De acordo com Mesquita, essas ligações terminam provocando extravasamentos em caixas de passagem no calçadão de Ponta Negra, que têm as tampas arremessadas por causa da pressão. “O que eu falei foi isto: o mau cheiro que tem lá está relacionado tanto à ligação clandestina de esgoto no sistema do Município, quanto à ligação de água de chuva, águas pluviais, no sistema da Caern”, concluiu o gestor.


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OBRAS INACABADAS QUE FORAM INAUGURADAS POR ÁLVARO DESMORONAM

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“Porque nunca mais haverá problema, nem perigos, nem dificuldades, mesmo que haja o maior inverno na cidade de Natal. Agora, definitivamente, a Avenida Nossa Senhora do Ó é segura, tranquila, e nunca mais haverá problema, mesmo que tenhamos o inverno muito complicado, com muita chuva caindo aqui”. Esse é um trecho do discurso feito pelo ex-prefeito Álvaro Dias durante a inauguração das obras inacabadas da Avenida Nossa Senhora do Ó, no dia 30 de dezembro de 2024.

Porém, os momentos que os moradores da avenida passaram na madrugada desta segunda-feira (13), não foram de “segurança ou tranquilidade”, mas de aflição e desesperança.

Por volta das três horas da manhã, um barulho ensurdecedor acordou os moradores, que se depararam com uma cratera aberta na esquina da Avenida Nossa Senhora do Ó com a Rua Santa Luzia, na qual uma retroescavadeira havia sido “engolida” pela terra, além de um poste ter caído.

O estrondo gerou pânico na comunidade, que já sofre há anos com os transtornos causados pelas chuvas e obras inacabadas.

Mariluce Matias, dona de casa e residente no local há mais de 40 anos, relatou à reportagem do Diário do RN o momento de desespero: “Eu não acreditava no que estava vendo. A escavadeira estava afundando, e eu saí correndo para tirar minha neta de dentro de casa, com medo de que a terra levasse nossa casa. Fui até o vigia da obra, mas ele não estava lá. As barreiras de proteção já estavam caindo, e eu pensei: ‘Agora vai levar a minha casa’. A situação está cada vez pior. Desde antes do Natal, não conseguimos dormir por causa do fedor de fezes da obra, que se espalha aqui.

E agora, essa cratera, essa situação horrível”, desabafou.

REVOLTA
Além de Mariluce, o sentimento compartilhado também por outros moradores da região é de revolta. O estudante Paulo Victor criticou a postura da gestão do ex-prefeito Álvaro Dias. “Esse é um problema que já existe há mais de três anos, e a gestão anterior não deu a devida atenção aos moradores. O prefeito inaugurou a primeira parte da obra, mas essa área onde ocorreu o acidente ainda estava em obras”, afirmou ele, referindo-se ao trecho onde a retroescavadeira caiu.

Paulo também relatou que, após a inauguração, a obra na região parecia ter sido apenas uma fachada para a mídia: “Eles prometeram que tudo ia ser resolvido, mas a obra foi entregue com buracos e problemas ainda visíveis. E agora, estamos vendo o que aconteceu, uma retroescavadeira afundando no meio da rua, um poste caindo e a população em pânico”, relata.

Pedro Henrique está no bairro há 27 anos e destacou a precariedade das obras entregues pelo então prefeito Álvaro Dias, já com rachaduras e outros problemas. “Está apresentando problemas, fica rachando, que é aqueles blocos de pedra intercravados e aí eles [funcionários das obras] ficam trocando continuamente”, afirmou Pedro.

Procurada pela reportagem do Diário do RN, a prefeitura de Natal informou que a situação na Rua Nossa Senhora do Ó está controlada, as casas não correm riscos e os postes atingidos não são de energia, mas de telecomunicações.

A secretária municipal de Infraestrutura, Shirley Cavalcanti, explicou que o que ocorreu na rua Nossa Senhora do Ó foi uma fuga de material devido às fortes chuvas que resultou em uma máquina caindo nessa escavação. No final da manhã de segunda-feira, a secretaria afirmou que a situação já estava sendo sanada e a máquina retirada do local. “É importante dizer que não houve nenhum dano aos imóveis. Todos esses imóveis estão protegidos por uma contenção dessa própria obra, e a previsão é que hoje à tarde mesmo a obra já seja retomada, ela já continue”, referindo-se à continuidade das que seguem na região, sem previsão de prazo de conclusão, apesar do trecho inaugurado na gestão anterior.

Parte da Engorda amanhece alagada e secretário alega problemas na drenagem

Outra obra não concluída pelo ex-prefeito Álvaro Dias, e que apresentou problemas depois da forte chuva da madrugada e início de manhã de segunda-feira, foi a Engorda de Ponta Negra.

O trecho entre os postos 8 e 15, nas imediações do hotel Manary, amanheceu completamente alagado. Segundo o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, Thiago Mesquita, o que aconteceu é consequência de um erro de execução por parte da empresa contratada para a obra.

O titular da Semurb explicou que o volume de água deveria ter sido direcionado para a caixa 9, mas acabou seguindo para a caixa 8, que não tem a mesma capacidade.

Ainda de acordo com o secretário, o Consórcio DTA/AJM, já trabalha para a correção do problema
Sobre reclamações relacionadas ao mau cheiro, Thiago Mesquita informou que ocorreu um extravasamento do sistema de esgotamento sanitário da CAERN e a Companhia de águas e Esgotos deverá ser autuada pelo fato.

O secretário ainda destacou que não houve perda de material da Engorda, nem prejuízos a obra que continua com previsão de conclusão total até 31 de janeiro.

REUNIÃO
Também na manhã de segunda-feira, o prefeito Paulinho Freire, convocou uma reunião de emergência com parte do secretariado para acompanhar as ações de enfrentamento dos impactos das chuvas em Natal.

Em publicação nas redes sociais afirmou: “Reforcei a importância do trabalho em conjunto das pastas, com foco em medidas preventivas e estratégias eficazes para minimizar os danos e garantir a segurança da população. Nossas equipes seguem trabalhando!”.


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BRASIL TEM O SEGUNDO MAIOR ÍNDICE DE CASOS DE HANSENÍASE DO MUNDO

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A hanseníase, uma doença que remonta a milênios, continua a desafiar a saúde pública no Brasil, onde quase 20 mil novos casos foram registrados entre janeiro e novembro de 2023, de acordo com o Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase do Ministério da Saúde. A Região Nordeste é a mais afetada, contabilizando 7.779 diagnósticos. A Secretaria de Estadual de Saúde foi procurada pela reportagem, mas não forneceu números até o fechamento dessa reportagem.

Com o país ocupando o segundo lugar no mundo em incidência da doença, a luta contra o preconceito e pela conscientização torna-se cada vez mais urgente. Desde a década de 1980, o Ministério da Saúde implementa medidas significativas para desestigmatizar a condição, incluindo a proibição do termo “lepra” e o investimento em campanhas educativas.

Além disso, desde 2009, o último domingo de janeiro é marcado como o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, uma data fundamental para reforçar a importância do diagnóstico precoce e dos tratamentos disponíveis na rede pública. Esta reportagem aborda os aspectos clínicos da hanseníase, as iniciativas em curso para fomentar a conscientização e as histórias de superação que emergem desse contexto.

Todo ano, no mês de janeiro, a sociedade é convidada a refletir sobre a hanseníase e seus impactos, por meio da campanha Janeiro Roxo. Criada em 2016, a ação busca desmistificar, alertar sobre a importância do diagnóstico precoce e combater os estigmas que ainda cercam a doença. Em entrevista ao Diário do RN, a Dra. Bárbara Carriço, Presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional RN (SBD-RN), detalha os objetivos e os desafios dessa importante iniciativa.

A campanha “Janeiro Roxo” nasceu com a missão de esclarecer a população sobre a hanseníase, uma doença curável, mas que ainda é marcada por preconceito e desinformação. “O objetivo principal é promover o diagnóstico precoce, quebrar preconceitos e garantir que as pessoas afetadas tenham acesso ao tratamento adequado, evitando complicações e transmissibilidade”, explica Dra. Bárbara Carriço.

A hanseníase é uma doença transmitida por gotículas respiratórias de uma pessoa infectada para outra pessoa suscetível, geralmente por meio de contatos próximos e prolongados. Contudo, um dos maiores mitos é sobre a forma de transmissão. “Um dos principais mitos é que a doença é altamente contagiosa. Na verdade, o simples toque não transmite a hanseníase, e ela pode afetar qualquer pessoa, independentemente da higiene ou condição socioeconômica”, esclarece a Dra. Bárbara.

Os sinais da hanseníase são muitas vezes sutis e podem ser facilmente confundidos com outras condições de pele. Os principais sintomas incluem manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele, com alteração ou perda de sensibilidade ao calor, dor ou toque. A Dra. Bárbara orienta: “É importante estar atento também a sensações de formigamento ou dormência nas extremidades, diminuição da força muscular, especialmente nas mãos e pés, e engrossamento dos nervos periféricos.”

“O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações graves, como deformidades físicas e incapacidades permanentes. Além disso, o tratamento iniciado precocemente interrompe a transmissão da doença, protegendo a comunidade e reduzindo o impacto do estigma social”, enfatiza Dr. Bárbara.

O tratamento da Hanseníase, cura e perspectivas

A hanseníase tem cura, e a poliquimioterapia (PQT) é o tratamento mais eficaz para erradicar a doença. O tratamento, que pode durar entre seis e 12 meses, dependendo do tipo da doença, é oferecido gratuitamente pelo SUS e interrompe tanto a transmissão quanto o desenvolvimento de complicações. Com a adesão ao tratamento, a maioria dos pacientes se recupera sem deixar sequelas.

Um dos maiores desafios enfrentados pelos pacientes com hanseníase é o estigma social. A sociedade, muitas vezes, ainda associa a doença a preconceitos históricos, o que dificulta a busca por tratamento. “A sociedade pode contribuir disseminando informações corretas sobre a doença, evitando o uso de termos pejorativos e acolhendo as pessoas diagnosticadas”, afirma Dra. Bárbara. A inclusão social e o tratamento respeitoso são fundamentais para que os pacientes se sintam encorajados a procurar ajuda médica.

Campanhas de conscientização: aliadas na luta contra a desinformação

Para mais informações sobre a campanha, acesse o site oficial: www.sbd.org.br – Foto: Reprodução

As campanhas de conscientização desempenham um papel crucial na detecção precoce da doença. Dra. Bárbara destaca: “As campanhas de conscientização têm um papel crucial em educar a população sobre os sinais e sintomas da hanseníase, incentivando as pessoas a buscarem atendimento médico.”

Neste Janeiro Roxo, a SBD traz uma novidade: a campanha “Enredos da Hansen(IA)se”, que usa inteligência artificial para criar um funk brasileiro. “A letra do funk é composta com base nas palavras e nos temas mais comentados sobre hanseníase, destacando a importância do diagnóstico precoce e do tratamento”, explica Dra. Bárbara. A ideia é alcançar um público mais jovem de forma criativa e inovadora.

Além da campanha digital, estão sendo realizadas capacitações de profissionais de saúde para aprimorar o diagnóstico e o manejo da hanseníase. O foco é garantir que os profissionais estejam bem preparados para identificar e tratar a doença de maneira eficaz.


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OPERAÇÃO VERÃO 2025 É LANÇADA COM AÇÕES INTEGRADAS DE SEGURANÇA E TRÂNSITO NO LITORAL

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Iniciado o período de maior tráfego e ocupação nas praias potiguares, foi lançada nesta terça-feira (9) a Operação Verão 2025. A iniciativa tem o objetivo de prover ações integradas da segurança pública e de trânsito na região litorânea Rio Grande do Norte, e inclui atividades da das polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros, do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) e do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), em parceria com municípios e órgãos federais.

Os trabalhos, que se estenderão até 27 de fevereiro, irão combater o porte ilegal de armas de fogo, furtos e roubos a turistas, veranistas, moradores e comerciantes, furtos e roubos de veículos, tráfico de drogas, exploração sexual infanto-juvenil, crimes ambientais como poluição sonora, embriaguez ao volante, perturbação do sossego e outras modalidades de delitos.

De acordo com o secretário de estado da Segurança Pública e Defesa Social, coronel Francisco Araújo, estarão à serviço da Operação efetivos ordinários e extraordinários, com o objetivo de “prevenir, educar e dar mais tranquilidade à população e aos visitantes”.

Ao todo, 1.300 policiais atuarão diariamente em todo litoral e nos locais de especial interesse turístico. A polícia civil terá postos fixos nas praias de Pirangi do Norte, Camurupim e de Barra de Maxaranguape e postos móveis, tipo “van”, em Ponta Negra, Pirangi e em Búzios e em Muriú. De acordo com informações do Governo do Estado, estão sendo investidos mais de R$ 10 milhões na operação.

Além disso, postos fixos estarão em funcionamento nos municípios de Tibau e Grossos, Praia da Pipa em Tibau do Sul e São Miguel do Gostoso – com atuação em São Miguel, Touros e Rio do Fogo.

Equipes de apoio tático operacional e educativas irão atuar compostas por seis policiais civis e deverão interagir com as equipes das delegacias fixas e móveis, bem como poderão ser acionadas por qualquer uma delas.

Quanto ao trabalho do Corpo de Bombeiros, haverão equipes espalhadas por todo o litoral, com postos móveis na Redinha e São Miguel do Gostoso e em praias urbanas de Natal – Praia do Forte, Praia do Meio/Artistas e Areia Preta (posto fixo), Miami e Ponta Negra. No Litoral Sul, em Búzios (posto móvel e fixo), Camurupim (posto fixo) e Pipa – Praia do Amor (posto móvel). No Litoral Extremo Norte, na Praia do Ceará (posto fixo) e na Praia das Emanuelas (posto móvel).

O Instituto Técnico de Perícia (ITEP) terá equipes de plantão no Laboratório Forense e na Identificação Criminal durante os finais de semana de 11 e 12, 18 e 19, 25 e 26 de janeiro.


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ROUPAS COM FOTOPROTEÇÃO OU FILTRO SOLAR TÓPICO: QUAL A MELHOR ESCOLHA?

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Durante os meses de verão, diante do frequente aumento da exposição solar, se faz ainda mais necessário proteger a pele dos efeitos do sol. Atualmente, além de protetores tópicos, há ainda uma ampla gama de roupas que bloqueiam os raios nocivos. Diante das opções, a reportagem do Diário do RN procurou saber se existe algum mais indicado do que o outro.

De acordo com a dermatologista Priscilla Vargas (CRM 5649 RN), membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia no RN (SBD RN), as roupas com proteção solar oferecem uma proteção melhor do que os filtros solares devido à durabilidade da ação.

“As roupas são superiores aos filtros por garantirem uma durabilidade maior. Enquanto ela está intacta, com aspecto do tecido íntegro, ela protege, independente do tempo de uso, enquanto os protetores precisam ser reaplicados para manterem a proteção adequada e também dependem da quantidade aplicada para essa proteção ser adequada. Portanto, idealmente, sempre que possível, para a área que é possível ser coberta, como tronco e braços, priorizar a camisa”, explica.

Segundo a especialista o uso das roupas com fotoproteção dispensam o uso do filtro, mas é importante lembrar de aplicar o protetor nas áreas que a vestimenta não está cobrindo. “Onde a roupa cobre, não é necessário aplicar protetor embaixo, mas nas outras áreas, que a roupa não está cobrindo, é fundamental o uso do protetor”, afirma.

Dra. Priscilla Vargas ressalta que, na hora de escolher um protetor solar, é preciso priorizar marcas que sejam bem conceituadas na indústria, preferencialmente recomendadas por um médico dermatologista de confiança. Além disso, ela recomenda a opção por produtos com Fator de Proteção Solar (FPS) acima de 30, sendo o ideal maior que 50. Quanto às roupas, ela destaca a necessidade de atenção à qualidade do tecido.

“Para os protetores solares, escolher marcas confiáveis, com fator de proteção acima de 30, e, idealmente, acima de 50, e, nas roupas, também priorizar a boa qualidade para ter certeza de que o tecido está correspondente ao recomendado”, afirma. “Quanto maior o FPS, maior a proteção oferecida, no entanto, o fator 50 já é um número bem adequado, com uma proteção bem satisfatória”, completa a dermatologista.

Ainda de acordo com a médica, FPS acima de 50 são muito recomendados para situações em que haja mais exposição solar ou ainda para pessoas com peles mais sensíveis e mais claras. Mas ela destaca também que peles mais escuras não dispensam uso de filtro solar.

“A melanina presente na pele morena ou negra tem uma potencial proteção. Não dispensa o uso do protetor, mas permite que o fator seja um pouco mais baixo, enquanto que nas peles mais brancas a proteção é muito menor e exige que, idealmente, os protetores sejam de números mais altos; 70 ou superior”, frisa.

Para as crianças, a orientação é dar preferência a protetores infantis e as roupas com fator de proteção também são bastante indicadas. “A pele infantil é mais suscetível a alergias e, por isso, o ideal é que a gente priorize sempre protetores infantis, que, normalmente, são compostos só de filtros físicos, e por isso, sendo menor o risco de alergias. As roupas [com proteção solar] são muito recomendadas, assim como os chapéus”, afirma.


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80% DOS CASOS DE AFOGAMENTO NO RN SÃO REGISTRADOS DURANTE O VERÃO

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Nos meses de verão, potiguares e turistas lotam as praias do extenso litoral do Estado, bem como aproveitam o clima e as férias escolares para frequentar lagos e lagoas no interior. Esta época, porém, acende um alerta a mais para a segurança em ambientes aquáticos. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN), aproximadamente 80% dos casos de afogamento no Estado são registrados durante a “Operação Verão” realizada pela corporação.

Apenas nos seis primeiros dias deste ano, o CBMRN contabilizou 25 resgates de pessoas em situação de afogamento nas praias do litoral norte e sul do estado. No período, também foram registrados dois óbitos.

Segundo o subcomandante do Grupamento de Busca e Salvamento Aquático (GBSA), tenente Christian Bari, o ponto que mais merece atenção na costa norte-rio-grandense é a corrente de retorno, “presente em todo o litoral e indicada com bandeiras vermelhas”. Já no interior, ele explica que é preciso ter cuidado com as barragens e as correntes nos rios. “Tem lugares muito escorregadios e em que não há certeza da profundidade. Então, ter cuidado com saltos, com aumento rápido da profundidade”, afirma.

Situações aparentemente sem risco
De acordo com o militar, os motivos mais frequentes para as fatalidades são a falta de respeito à sinalização ou superestimação da capacidade de natação, aliada ao consumo de álcool. Além disso, ele afirma que os afogamentos em áreas externas, como praias e lagoas, são mais comuns entre homens jovens, entre 18 a 24 anos.

“As pessoas que superestimam sua capacidade se colocam em uma situação em que aparentemente não há risco, como uma lagoa em que não há presença de correntezas, mas ficam se desafiando como ‘vou até aquele ponto e volto’, e nisso, gera o afogamento. Muitas vezes, é aquele afogamento que a gente chama de afogamento múltiplo, em que uma pessoa está se afogando, outra pessoa do grupo vai tentar salvar sem treinamento, se coloca em uma situação de risco e acaba se afogando também”, disse.

Bari alerta que é essencial respeitar as sinalizações nas praias e seguir as orientações do Corpo de Bombeiros. “Chegou em alguma praia, busca informação sobre os lugares seguros para banho.

Caso não existam guarda-vidas naquela praia, nem placas indicando locais de risco, se informar com pessoas da população local – seja pessoas de um restaurante, de um comércio onde você está presente ou até mesmo surfistas e banhistas locais”. Ele alerta, ainda, para evitar a ingestão de bebidas alcoólicas em ambientes aquáticos.

Atenção especial com as crianças
Quanto ao cuidado com crianças, o tenente recomenda o uso de roupas que facilitem a identificação e proximidade de um adulto ao entrar na água. “Utilizar roupas chamativas que facilitem identificá-las tanto fora quanto dentro da água e entrar na água sempre com um adulto responsável ao lado, a uma distância máxima de um braço”.

Orientações gerais
Em caso de presenciar um afogamento, a orientação é ligar 193 e acionar o Corpo de Bombeiros ou informar o Corpo de Bombeiros presente na região de alguma outra forma. Além disso, caso haja preparo, pode ser oferecida uma “flutuação”.

“Caso a pessoa tenha segurança, fornecer uma flutuação, que seria ofertar uma boia, um flutuador, uma tampa de isopor, uma prancha, qualquer objeto flutuante que aquela pessoa que está numa situação de risco possa segurar e venha a ficar na superfície. Dessa forma, ela ficará mais calma e auxiliará no tempo-resposta, até que o guarda-vidas chegue lá e consiga fazer a retirada”, recomenda.


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A JORNADA DE UM JOVEM EM BUSCA DE SEUS SONHOS E A LUTA POR ACESSIBILIDADE

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A vida de Arthur Andrade não foi definida pelo que ele não podia fazer, mas pelo que ele sempre acreditou ser capaz de alcançar. E o maior alicerce dessa trajetória, marcada por lutas e vitórias, é uma mãe que nunca deixou de acreditar em seus filhos, mesmo quando o mundo parecia não acreditar.

A história de Arthur começa em um momento de dor, mas também de um amor imenso. Valécia Andrade sempre teve o sonho de ser mãe. Casada há dez anos, ela e o marido, em um momento de grande frustração devido a três gestações interrompidas, decidiram adotar. “Foi tudo feito muito rápido, levamos tudo o que nos foi pedido, passamos por entrevistas, treinamentos e no final era só aguardar. Foram seis meses de espera, fiquei surpresa porque sempre que chegava a ligação eram duas crianças e meu esposo sempre dizia querer só uma, mas nas ligações eram sempre duas ou mais. Até que em um dia ele me ligou no trabalho e disse que recebeu outra ligação e estavam pedindo para irmos ver sem compromisso dois bebês. E aí começou nossa história de amor por duas crianças que mudaram nossas vidas”, conta Valécia.

Os dois irmãos gêmeos chegaram a Valécia e seu marido em uma situação extremamente delicada. Nascidos prematuros, com apenas três meses de vida e com um peso muito abaixo do esperado, Arthur e Ana Beatriz tiveram que passar por uma série de cuidados intensivos. “Eles nasceram prematuros e até completar os três meses pesavam apenas um quilo. Eram tão pequenos que não tive coragem de pegar no primeiro dia, o pai que foi logo pegando nos braços e eu fiquei só de olho. Com uma semana finalizamos o pedido de adoção e levamos para casa. Tudo maravilhoso. Passava horas olhando eles dormindo sem acreditar que eram meus”, relembra Valécia.

E o amor incondicional de Valécia não demorou a se revelar. Arthur e Ana Beatriz enfrentaram uma série de complicações de saúde, incluindo uma deficiência visual diagnosticada em ambos.

Valécia, sem hesitar, assumiu o desafio de lutar por eles: “Marcamos uma consulta com um médico que se dizia ser o melhor pediatra de natal, com mais experiência, foi quando tive o diagnóstico de que eles tinham deficiência visual e que eu não esperasse nada deles que nada poderia ser feito. Voltamos para casa, meu marido em choro, e eu falei que eles eram crianças como qualquer outras e iríamos lutar juntos”.

O diagnóstico de paralisia cerebral nos dois filhos foi outro golpe duro, mas Valécia, longe de desmoronar, se levantou e batalhou: “Minha família ficou em cima para devolvermos eles pois, de todas as perguntas que nos fizeram, a única que eu disse não foi a que se eles tivessem algum problema de saúde que precisasse de muitos cuidados eu não queria, pois pretendia continuar trabalhando para dar o melhor para eles. Apesar de saber que isso era legal, eu fiquei revoltada e questionei: ‘Se tivesse saído da minha barriga vocês iriam mandar eu fazer o quê? ’. Começamos, então, a luta para ajudar eles a terem uma vida de qualidade, fisioterapia diária, fono, terapias de tudo que foi possível, acompanhamento com oftalmologista que até hoje os acompanha, uma profissional de uma sensibilidade incrível”, complementa Valécia.

A luta pela inclusão: enfrentando o sistema educacional
Mas a luta de Valécia não parou por aí. No caminho para garantir um futuro melhor para Arthur e Ana Beatriz, a inclusão educacional se tornou outro grande desafio. “Eles foram crescendo e a luta aumentando, momento de matrícula em uma escola, vários “não” ouvidos, escola pública não tinha estrutura na época”, relata Valécia ao lembrar de todas as portas fechadas que enfrentaram.

A escola pública em frente à sua casa não tinha recursos suficientes para criar uma estrutura que atendesse as necessidades de crianças com deficiência. “Eles tinham o material, mas ele estava guardado, entulhado. Não havia uma sala adequada para eles. Eu tive que ir atrás, conversar com políticos, pressionar, buscar a inclusão de verdade”, lembra. Mesmo após conseguir a matrícula dos filhos em uma escola privada, Valécia logo percebeu que a educação que eles estavam recebendo era precária. “Os meninos perderam um ano, mas resolvi colocar numa escola privada que a princípio recebeu muito bem. Porém, ao longo do tempo, vimos que as crianças estavam sendo apenas um jarro na sala de aula. Até começar o processo de aprendizagem dele, eu insistia que eles tem o cognitivo perfeito e capacidade de aprender. Você só precisa explorar e saber como utilizar esse aprendizado”, relata.

Foi só quando Valécia encontrou uma escola pública que realmente acreditava na inclusão que os filhos começaram a florescer. “Nesse período a escola pública já havia aberto a sala do AEE, que é uma expressão que eles usam para crianças especiais, na escola que ficava de frente à minha casa, então no sétimo ano eles foram para a escola pública onde eles tiveram todo o desenvolvimento. O sonho da minha filha era um caderno e escrever o nome dela, o sonho de Arthur era apenas conseguir tirar notas boas em suas atividades, e tudo isso eles conseguiram nessa escola, que inclusive hoje é referência na zona Norte em relação a crianças com deficiência “, conta Valécia.

O sonho de ser jornalista esportivo: “É isso que eu quero fazer”

O sonho de Arthur é extremamente claro: ser jornalista esportivo. Desde pequeno, orientado pela fonoaudióloga, quando ainda não falava, para ouvir coisas que gostasse e assim aprendesse a falar, o futebol se tornou uma ferramenta importante nessa jornada. “Uma coisa que ele gosta muito e sempre gostou foi futebol e ele passou a ficar ouvindo jogos de futebol e isso fez com que ele desenvolvesse a fala e aí o desejo de ser um jornalista esportivo”, comenta Valécia.

“O meu sonho começou eu ouvindo rádio. Eu comecei a ter essas referências por ouvir muitas transmissões. Isso foi uma coisa que me pegou e me veio logo na mente com 9 ou 10 anos. E pensei ‘É isso que eu quero fazer’. Por mais que muita gente questione que eu não tenho a visão, perguntam ‘Como você vai fazer isso?’, ninguém tirou isso da minha cabeça e ninguém vai tirar, porque é o que eu quero fazer para o resto da minha vida”, explica Arthur.

Quando chegou a hora de entrar na faculdade, Arthur precisou superar uma frustração anterior. “Bom, eu já vinha de uma frustração porque eu não tinha passado na prova do IFRN, então eu já vinha frustrado, e não queria realmente fazer o Enem. Mas eu fiz um combinado com meus pais que eu faria por experiência, então eu fui sem esperança nenhuma e acabei passando”, conta Arthur.

Quando Arthur recebeu a notícia de que havia sido aprovado no curso de Jornalismo da UFRN, foi uma celebração de lágrimas e emoção. “A sensação foi incrível, foi uma sensação de êxtase mesmo na hora não consegui controlar, a emoção foi muito grande. Eu chorei, eu gritei, fiquei surpreso porque não acreditava que ia passar. Para mim, foi uma surpresa muito grande, emoção, sensação incrível, que eu acho que eu raramente vou sentir de novo na minha vida”, diz ele.

As barreiras da universidade: uma nova luta
A realidade da universidade trouxe novos desafios. A mãe, como sempre, é uma figura fundamental nesse processo. Valécia está sempre presente em cada aula, descrevendo os slides, auxiliando nas atividades, para garantir que Arthur tenha as mesmas oportunidades dos outros estudantes.

Arthur enfrentou o preconceito de alguns professores, que não estavam preparados para lidar com a sua deficiência. “Eu sabia que a luta seria dura, mas eu não ia deixar que ninguém me fizesse sentir menor. Se eles não podiam me dar a atenção que eu precisava, minha mãe estava ali. Ela não iria me deixar sozinho”, revela Arthur.

A jornada de Arthur não foi apenas sobre superar obstáculos pessoais. Ela foi uma jornada que envolveu também a luta pela mudança no ambiente acadêmico. “Fomos até a CIA (Centro de Inclusão Acadêmica) para garantir que os professores soubessem das dificuldades de Arthur.

Muitos professores estavam dispostos a nos apoiar, mas nem todos. Alguns ainda acreditam que pessoas com deficiência não são capazes de aprender da mesma forma. Mas Arthur mostrou a todos que ele estava lá porque tinha conquistado o seu lugar”, diz Valécia.

Hoje, Arthur está no quarto período de Jornalismo e continua sonhando alto. “Eu sei que meu caminho é difícil, mas estou disposto a lutar por cada conquista. Minha mãe me ensinou isso: nunca desistir. E, a cada dia, eu me torno mais forte”, afirma Arthur.

E Valécia, sempre ao seu lado, reforça: “Ninguém tem o direito de dizer o que ele pode ou não pode fazer. Ele é um ser humano, um cidadão, e está lutando pelos seus sonhos. E ninguém vai tirar isso dele.”

Arthur e sua irmã, Ana Beatriz, com suas vitórias diárias, são a prova viva de que o amor, a dedicação e a coragem podem transformar vidas. A jornada deles é uma história de superação e, principalmente, de uma mãe que nunca deixou de acreditar em seus filhos, não importa o que o mundo dissesse.


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DETRAN RN VAI REALIZAR TRÊS DIAS DE MUTIRÃO DE EXAMES PRÁTICOS

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O Departamento Estadual de Trânsito do RN (Detran) abrirá, nesta quarta-feira (08), a partir das 12h, novas vagas para agendamento de exames práticos de direção veicular, destinados aos mutirões de habilitação de condutores que ocorrerão na próxima semana. As ações acontecerão na quarta-feira (15), quinta-feira (16) e sexta-feira (17), na sede do Detran, em Natal. Os agendamentos devem ser realizados exclusivamente no Portal de Serviços do Detran/RN: https://portal.detran.rn.gov.br

Serão ofertadas 500 vagas por dia de mutirão, sendo 150 para a categoria A (motocicletas) e 350 para a categoria B (automóveis). No total, serão disponibilizadas 1.500 vagas, sendo 1.050 para a categoria B e 450 para a categoria A.

A Coordenadoria de Habilitação do Detran/RN orienta que os usuários com processos de habilitação próximos do vencimento aproveitem a oportunidade para realizar a última etapa, que consiste na aprovação no exame prático de direção, necessária para a obtenção da permissão para conduzir veículos automotores.

Vale lembrar que os processos de habilitação cuja carga horária do curso prático já estava concluída e que dependiam apenas da prova prática para finalização e com vencimento previsto para o final de dezembro do ano passado, tiveram o prazo prorrogado pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Esses candidatos podem agendar e realizar o exame prático até o dia 31 de março deste ano.

Os exames práticos para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) são realizados em veículos disponibilizados pelo Detran. A prova prática de direção, etapa final para a emissão da CNH, é aplicada aos candidatos que já foram aprovados nos exames médico e psicológico e que concluíram as aulas teóricas e práticas. Para aprovação, o candidato não pode cometer faltas eliminatórias, e a soma dos pontos negativos deve ser inferior a três.

Agendamento
Para participar do mutirão, o candidato deve realizar o agendamento antecipado no Portal de Serviços do Detran (https://portal.detran.rn.gov.br). Após acessar o portal com login e senha, é necessário clicar no botão “Agendamentos”, selecionar a opção “Habilitação” e, em seguida, “Mutirão CNH”. O candidato deve indicar a categoria de habilitação desejada (“A” ou “B”), marcar o local de atendimento como “Sede – Setor de Habilitação” e escolher uma das datas disponíveis para o exame.


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EXPORTAÇÕES DO RN CRESCEM 42,6% NO ANO DE 2024 E ULTRAPASSAM MAIS DE 1 BILHÃO DE DÓLARES

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As exportações do Rio Grande do Norte registraram um aumento de 42,6% em 2024, totalizando US$ 1,1 bilhão. Esse crescimento impulsionou o comércio exterior do estado, que atingiu um volume recorde de US$ 1,7 bilhão, considerando tanto as exportações quanto as importações (US$ 595 milhões). Os dados foram divulgados nesta terça-feira (07/01) pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC), com informações da Balança Comercial do estado, obtidas por meio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Entre os produtos exportados, destacaram-se óleos combustíveis (US$ 558,7 milhões), melões frescos (US$ 120,1 milhões), óleo diesel (US$ 86,7 milhões) e melancias frescas (US$ 52,9 milhões). Esses itens refletem a combinação da forte base agrícola do Estado, principalmente na fruticultura, com a crescente importância do setor energético, especialmente no comércio de combustíveis.

No lado das importações, o RN destacou-se pela aquisição de células fotovoltaicas (US$ 129,1 milhões), “outras gasolinas” (US$ 92,2 milhões), grupos eletrogêneos de energia eólica (US$ 54,6 milhões), trigo e centeio (US$ 49,6 milhões) e óleo diesel (US$ 40,7 milhões). A predominância de tecnologias voltadas para a transição energética reforça o compromisso do Estado com o desenvolvimento sustentável, consolidando sua posição como líder nacional na geração de energias renováveis.

Os cinco principais destinos das exportações potiguares foram: Singapura (US$ 199,3 milhões), Países Baixos (US$ 189,2 milhões), Ilhas Virgens Americanas (US$ 187,8 milhões), Estados Unidos (US$ 66,1 milhões) e Reino Unido (US$ 52,2 milhões).

Nas importações, os maiores parceiros foram: China (US$ 260,4 milhões), Estados Unidos (US$ 76,2 milhões), Suíça (US$ 44,1 milhões), Argentina (US$ 34,3 milhões) e Países Baixos (US$ 32,7 milhões).

Boletim de Dezembro
Em relação ao mês de dezembro, as transações comerciais do Rio Grande do Norte somaram US$ 126,8 milhões, com exportações de US$ 64,6 milhões e importações de US$ 62,2 milhões.


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INDÚSTRIA SALINEIRA COMEMORA NOVA CESTA BÁSICA E INCLUSÃO NO PROEDI

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Maior produtora de sal marinho do Brasil, a indústria salineira do Rio Grande do Norte comemora avanços alcançados no ano de 2024. Entre as conquistas comemoradas pelo setor, está a inclusão da atividade no Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial (PROEDI), pelo Governo do Estado, nos últimos dias de dezembro.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Extração de Sal do RN (Siesal), Airton Torres, o último ano foi favorável. De acordo com ele, uma das grandes conquistas foi exatamente o benefício adquirido com o PROEDI. Além disso, ele ressalta a incorporação do sal na Cesta Básica Nacional de Alimentos (CBNA) a partir da reforma tributária – o produto ficou na lista dos itens isentos de Imposto sobre Valor Adicionado (IVA).

“O ano foi positivo. Dentre as conquistas alcançadas, vale a pena destacar a inclusão do sal na cesta básica nacional criada pela Reforma Tributária e a inclusão da atividade salineira no PROEDI”, ressaltou Torres. “A indústria salineira do Estado está muito feliz com a inclusão do sal neste programa. É o governo da senhora Fátima Bezerra voltando seu olhar para essa indústria secular que se destaca como uma fonte de riqueza local”, completou.

O PROEDI foi criado para fomentar o desenvolvimento da atividade industrial no Estado por meio da concessão de crédito presumido no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a empresas de determinados setores, possibilitando isenção de 75% a 95% de isenção no referido tributo. O programa é administrado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), segundo a gestão estadual, atualmente beneficia 300 indústrias que, ao todo, geram mais de 56 mil empregos no Rio Grande do Norte.

A inserção da indústria salineira no rol de segmentos beneficiados pelo programa foi garantida no último dia 27 de dezembro, através do Decreto nº 34.264/2024. De acordo com informações do governo do estado, a decisão atende a uma reivindicação histórica do setor.

Apesar de considerar o último ano como benéfico, o presidente ressaltou que a forte concorrência com produtores internacionais tem sido um problema. “A acirrada concorrência que o nosso sal enfrenta diante do produto importado tem sido uma dificuldade para os industriais produtores”, afirmou.

Para o gestor, o PROEDI vai ajudar a tornar o produto potiguar mais competitivo, fortalecendo a indústria local. “O incentivo contribui para melhorar a competitividade do nosso sal, dando inclusive, previsibilidade e segurança jurídica, na medida em que ele vai permanecer vigorando até que seja implantada a Reforma Tributária por inteiro em 2032”, ressaltou Airton Torres.

Outro problema enfrentado no ano de 2024 foram as fortes chuvas, que provocaram uma queda na produção. “No ano que passou, choveu muito na região salineira. Em consequência, os estoques estão muito baixos”. O comportamento do período chuvoso, que tem início neste trimestre, será decisivo para que a recuperação do estoque ocorra em 2025.


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TURISMO COMEMORA SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA EM NATAL

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O primeiro santuário de Natal está sendo construído no conjunto Pajuçara, na Zona Norte, em homenagem a Nossa Senhora de Fátima, e já é comemorado pelo setor turístico. O Complexo do Santuário de Nossa Senhora de Fátima terá uma imagem da santa com 35 metros de altura e base de 8 metros, que foi recebida na capital potiguar nesta quinta-feira (26).

Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Norte (ABIH-RN), Abdon Gosson, a iniciativa de instalação do equipamento religioso e turístico em Natal é digna da gratidão do setor pelo potencial de fazer os turistas ficarem mais um dia no destino e gerar empregos e renda para a população. No entanto, o gestor ressalta que um fator determinante para o sucesso é a qualidade da estrutura e a manutenção do espaço.

“Natal nunca teve um santuário. Esse vai ser o primeiro assim, imponente, grande, bem estruturado. Se, ao término dele, estiver muito organizado, com certeza, a cidade de Natal será também um destino para o turismo religioso. Indiscutivelmente, o turista deverá ficar mais um dia no destino. Que coisa boa, né? Se o turista, normalmente, fica quatro a cinco dias; agora, vai ficar cinco a seis dias. Pelo menos, mais um dia, mais dinheiro na nossa economia, gerando mais emprego e renda para nossa população”, afirmou.

Gosson afirmou, ainda, que um novo atrativo turístico para a capital era necessário, já que há quase 15 anos não havia uma novidade para atrair visitantes a Natal. “Precisávamos de mais opções para incrementar a qualidade do turismo no nosso destino. O nosso destino vem há pelo menos 12, 15 anos sem opções diferentes; em especial, a cidade de Natal. Então, é extremamente louvável. O turismo agradece essa iniciativa e vamos torcer para que continue bonito, organizado, estruturado e respeitoso àqueles que aqui chegarem. O que é ‘respeitoso’? Não podemos permitir que os ambulantes invadam, que não tenha segurança”, afirmou.

Para o presidente, essa manutenção adequada garantirá “sucesso absoluto” para o novo equipamento. “Se for preservado, tiver respeito àqueles que aqui chegarem, for seguro, limpo, se tudo funcionar direitinho, indiscutivelmente, será sucesso absoluto e o turismo haverá de agradecer, e o turista, mais ainda”, reafirmou.

NATAL ENTRA NA ROTA DO TURISMO RELIGIOSO
O turismólogo especialista em turismo religioso, Sidnesio Moura, afirma que o novo espaço vai colocar Natal em evidência no cenário desse tipo de viagem no país e que o fato da cidade ser litorânea soma ainda mais ao potencial de geração de impacto econômico.

“Natal acaba ganhando por ser uma cidade que está no litoral. Se torna bastante importante o turismo religioso porque o turista não vai vir apenas pelo turismo religioso. O turista religioso também gosta de lazer. Costumo dizer que quem faz turismo religioso, é possível fazer outros segmentos de turismo, como sol e praia, cultural, histórico. Natal tem tudo isso. Isso aí vai potencializar mais e colocar oEstado, a partir da capital, em evidência, e em evidência no turismo religioso nacional. Principalmente porque a imagem e a devoção a Nossa Senhora de Fátima são mundiais”, disse.

Moura também ressaltou a necessidade de uma gestão adequada, especializada no segmento de turismo religioso para alavancar os resultados do santuário para a economia local. “Não depende só da construção. Tem que ter técnicos, pessoas que entendam de turismo religioso, para que a coisa aconteça como deve acontecer, ordenadamente. Então, não é a imagem que vai impactar, mas algo bem trabalhado dentro do espaço sagrado”, afirmou.

O COMPLEXO
De acordo com informações da Prefeitura de Natal, além da estátua, o Complexo do Santuário de Nossa Senhora de Fátima será composto por uma praça em forma do Espírito Santo, dedicada aos Mártires de Cunhaú e Uruaçu; uma réplica exata da Capelinha das Aparições, que segue as mesmas dimensões da original no Santuário de Fátima, em Portugal; um espelho d’água; uma imagem do Anjo, simbolizando as aparições de Nossa Senhora e um vitral de 13 metros, além de um anfiteatro para apresentações culturais e um prédio administrativo, em que serão ofertados cursos de formação para crianças. Enquanto a construção da estátua é de responsabilidade do município, as demais obras estão sob a coordenação da Arquidiocese de Natal.


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“NATAL LUZES DO SERTÃO”

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Nem só de scheelita e ouro reluz Currais Novos. As luzes do Natal neste fim de ano encantam e destacam a cidade “Princesa do Seridó” e a consolidaram como um dos destinos turísticos mais procurados no interior do Rio Grande do Norte neste período de festividades natalinas.

Criado em 2019 para estimular o comércio e resgatar a essência das festividades de fim de ano, o “Natal Luzes do Sertão” teve como um dos idealizadores o artista plástico Assis Costa, com experiência em grandes eventos de mesmo formato em municípios gaúchos como Gramado e Canela, planejou junto à CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas e Prefeitura de Currais Novos, um modelo de evento que reunisse arte, cultura, autos natalinos, e o “Pavilhão Natalino” com shows de artistas nacionais que atraem grande público.

Para este ano, o evento tornou-se ainda maior. Além da decoração na Praça Cristo Rei com a grande árvore e luzes em diversos pontos da cidade com elementos natalinos, o “Natal Luzes” contou com uma extensa programação desde o dia 29 de novembro (aniversário da cidade), com apresentações artísticas e musicais das escolas, o “Auto do Belo Amor” entre as praças Cristo Rei e Tomaz Salustino, e os shows de Diogo Nogueira, Batista Lima e Giullian Monte no último sábado, 21, que atraiu grande público no largo da Avenida Cel. José Bezerra


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NATAL NAS RUAS: TRANSFORMANDO A CEIA DE NATAL EM SOLIDARIEDADE E ACOLHIMENTO

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A ceia de Natal é, para muitos, um dos momentos mais aguardados durante as festividades de final de ano. Em muitas casas ao redor do mundo, ela simboliza não apenas a celebração do nascimento de Jesus Cristo, mas também o reencontro com familiares e amigos, em torno de uma mesa farta.

Mas, afinal, como essa tradição nasceu? O que ela representa e como ela é celebrada em diferentes culturas?

O Natal, como celebração religiosa, começou a ser festejado oficialmente apenas no século IV, quando o Papa Júlio I, após um minucioso estudo sobre o nascimento de Jesus, escolheu o dia 25 de dezembro como data para a comemoração.

A ceia de Natal, tradicionalmente realizada na noite de 24 de dezembro, é um momento de celebração do nascimento de Cristo, mas também de acolhimento e união. Nos primeiros tempos, era comum que as portas das casas ficassem abertas para receber peregrinos e viajantes. Esse espírito de acolhimento permanece até hoje, em muitas partes do mundo, onde as famílias se reúnem para compartilhar uma grande refeição, marcada por abundância e diversidade de pratos.

CEIAS PELO MUNDO
A ceia natalina varia significativamente ao redor do globo. Em países como os Estados Unidos e Canadá, o peru assado é o prato principal, acompanhado por purê de batatas e molhos.

Na Europa, as tradições também são distintas: na Itália, o “cenone di Natale” pode incluir peixe e uma variedade de pratos regionais; enquanto na França, a “Réveillon de Noël” é marcada por iguarias como o “foie gras” e o “bûche de Noël”, um bolo em forma de tronco.

No Brasil, a ceia de Natal adquire características muito especiais, refletindo a diversidade cultural do país. Por aqui, os pratos servidos variam conforme as preferências regionais, mas alguns alimentos são praticamente obrigatórios em qualquer mesa natalina.

A estrela principal é o peru, mas outras aves festivas também ganham espaço. Os acompanhamentos mais comuns são o arroz – que nesse dia ganha ingredientes especiais, como o arroz à grega – as saladas, farofas e uma grande variedade de doces, incluindo alguns típicos desta época, como rabanada e panetone.

A RESSIGNIFICAÇÃO DO NATAL
Ao longo dos séculos, a mesa farta e outras tradições como, por exemplo, o ato de presentear, deram ao Natal uma característica peculiar quando o consumismo aflora nas pessoas e, algumas vezes, chega até a desconectá-las do verdadeiro significado Natal.

Por muitos anos, observar tanta fartura trazia também muita inquietação para a servidora pública Ilane Virgílio. Ela conta que sempre se sentiu desconfortável ao ver a abundância de alimentos nas festas de Natal em sua família: “Eu sempre ficava olhando e achava meio sem sentido ter tanta comida para a gente e tanta gente na rua sem comida. Sempre achei contraditório as pessoas comemorarem o Natal com um banquete só para sua família, quando Jesus nos ensinou que o amor e a solidariedade são para todos, principalmente para os mais necessitados. O Natal não deveria ser uma festa egoísta. É essa reflexão que tento provocar no projeto, para que mais pessoas se sensibilizem”, reflete Ilane.

Foi a partir dessa reflexão que, junto com as irmãs, ela decidiu transformar o Natal em um momento de solidariedade. Assim nasceu, em 2021, o projeto “Natal nas ruas”, com a ideia de levar a solidariedade e o cuidado com o próximo para aqueles que mais precisavam. Dali em diante, o Natal ganhou um novo significado para Ilane e sua família, além de mostrar um potencial multiplicador. “Na primeira edição, éramos apenas minha família – meus pais, minhas irmãs e eu. No ano passado, já envolvemos cerca de 15 pessoas, com três carros para a entrega.

Agora, a cada ano, mais pessoas se juntam a nós, e a gente espera crescer ainda mais”, conta Ilane, acrescentando que “alguns vêm pelo desejo de ajudar, outros por estarem sozinhos no Natal e verem no projeto uma forma de contribuir para um fim maior”.

O projeto prepara entre 300 e 350 marmitas com refeição completa, sobremesa, refrigerante e kits de higiene, que são distribuídos nas ruas da capital potiguar, na noite do dia 24 de dezembro. Além disso, o grupo também promove um momento de acolhimento e reflexão com as pessoas em vulnerabilidade que encontram pelas ruas.

Tudo isso é possível com a ajuda de uma rede de amigos, familiares e voluntários; afinal, como todo projeto social, o “Natal nas Ruas” tem um custo elevado. A produção das marmitas, a compra dos alimentos e a logística envolvem um investimento significativo. A arrecadação sempre é feita de maneira simples e intimista, por meio de campanhas entre amigos, familiares e com recursos próprios. “Nós sempre nos organizamos durante o ano e, quando falta algo, complementamos com nossos próprios recursos. Mas o principal vem de doações de amigos e familiares”, explica.

Além das doações financeiras, também é possível se juntar de outras formas. “Quem não puder ajudar com dinheiro, pode vir ajudar na cozinha, na organização e montagem das marmitas ou na entrega. Toda ajuda é bem-vinda”, afirma Ilane que finaliza a conversa com um convite “Quem quiser ajudar, pode entrar em contato pelo WhatsApp ou fazer uma doação via PIX. O importante é que todo apoio é bem-vindo.”

Contatos:

  • WhatsApp: (84) 98833-8833
  • PIX: ilanevirgilio@gmail.com

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CAJUEIRO DE PIRANGI, O MAIOR DO MUNDO, CELEBRA 136 ANOS COM PROGRAMAÇÃO ESPECIAL

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O Maior Cajueiro do Mundo, localizado em Pirangi do Norte, município de Parnamirim, no Rio Grande do Norte, celebra nesta sexta-feira (20), seus 136 anos. A árvore é uma das principais atrações turísticas do RN e, para marcar esta data, recebe uma programação repleta de atividades culturais, educativas e ambientais, a partir das 8 horas da manhã. Organizado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) – órgão responsável pela gestão do Cajueiro – o evento homenageia esse gigante da natureza e promove ainda mais a interação com a comunidade e os milhares de turistas que visitam o local.

De acordo com o IDEMA, o enorme cajueiro possui uma área de cerca de 9.100 metros quadrados, com perímetro de aproximadamente 500 metros. O Cajueiro de Pirangi entrou para o Guinness Book como o Maior Cajueiro do Mundo, em 1994. Seu formato único, com galhos que crescem horizontalmente e criam raízes ao tocarem o solo, transforma a árvore em um espetáculo da natureza.

Além de seu tamanho impressionante, o Cajueiro de Pirangi também é notável pela produção de caju. Cada fruto pesa, em média, 150 gramas. A safra acontece de dezembro a fevereiro, sendo janeiro o mês de maior produção, com cerca de 2,5 toneladas de caju. “Agora, estamos realizando a contagem da atual safra”, explicou Iracy.

A origem do cajueiro é envolta em mistério: enquanto algumas versões atribuem o plantio ao pescador Luiz Inácio de Oliveira, outras apontam o ex-prefeito de Natal, Sylvio Pedroza, como responsável.

Outras Curiosidades
O Cajueiro de Pirangi possui alguns desvios genéticos, permitindo que seus galhos se espalhem para os lados e, ao entrarem em contato com o solo, formam novas raízes, tornando a árvore cada vez maior. Este crescimento expansivo continua a impressionar visitantes do mundo inteiro, transformando o Cajueiro em um dos maiores símbolos naturais do Rio Grande do Norte, importante ponto turístico que impulsiona o turismo sustentável na região.

Ao longo de todo o ano, o local atrai vários turistas, que participam de atividades culturais e educativas promovidas no espaço. De acordo com a gestora Iracy Wanderley, são “cerca de 5 mil visitantes por semana em baixa estação. No verão e outros períodos de alta estação, esse número chega a triplicar.”

A poda e a gestão do Cajueiro de Pirangi
A poda do Cajueiro de Pirangi é um tema frequentemente, especialmente no que diz respeito à manutenção da árvore dentro dos limites estabelecidos. De acordo com Iracy Wanderley, a poda é realizada anualmente, após a frutificação, de maio a junho, com foco na limpeza e manutenção.

“Temos uma equipe de 40 pessoas que cuidam do gigante”, explicou a gestora. As podas incluem a remoção de galhos secos, doentes ou danificados, com o objetivo de garantir a saúde da árvore e a segurança dos visitantes.

Contudo, a poda no Cajueiro de Pirangi é um processo delicado. De acordo com especialistas, podas severas podem gerar danos irreversíveis à árvore devido ao desequilíbrio bioquímico que causam. A poda de segurança, por exemplo, é realizada para evitar que galhos caiam sobre as pessoas, mas qualquer poda fora de época ou sem a técnica adequada pode resultar em estresse e enfraquecimento da planta.

Outras intervenções, como a suspensão de galhos, também foram tomadas para manter a árvore fora das vias públicas. Embora tenha sido construída uma estrutura, o Caramanchão, em 2012, para suspender os galhos que invadiam a RN 063, o impacto da obra gerou estresse na árvore, com a remoção de galhos e alteração no seu crescimento.


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