
O ecossistema de inovação do Rio Grande do Norte está em plena expansão. É o que afirma Eugênio Spínola, analista técnico do Sebrae, ao destacar o amadurecimento acelerado do setor de startups no estado. “O RN está em ritmo acelerado, a gente saiu do estágio inicial e agora já vê startups ganhando tração, captando investimento e indo para fora do estado e do país”, explica.
Natal está entre as dez cidades do Brasil com mais startups, segundo o estudo Startups Report Brasil 2024, produzido pelo Observatório Sebrae Startups. Ocupando o décimo lugar, a capital potiguar possui 361 startups.
Segundo Spínola, os setores que mais se destacam entre as startups potiguares são os de serviços, inteligência artificial, turismo, energias renováveis, educação e saúde. “Como a IA está em alta, muitas novas startups estão criando e evoluindo seus produtos para ter a IA a seu favor”, afirma.
Entre os principais nomes do estado, ele cita as startups Blindog, Datavence, Strategi, Faceponto, NUT e Capte.AI, algumas das quais já operam em escala nacional e estão em processo de internacionalização para a Europa. Outras, em estágio de tração, vêm crescendo de forma acelerada.
O perfil dos empreendedores é um pouco diverso. “Gente jovem, universitários ou recém-formados, muitos vindos de áreas como TI, administração e engenharia. Mas também tem muitos profissionais e empreendedores experientes aderindo a novos negócios inovadores”, relata Spínola.
“Eventos focados em inovação e empreendedorismo como o GO!RN e o Startup Day, além da presença ativa do Sebrae em programas de aceleração e capacitação, têm puxado o movimento.
Também temos editais de fomento que ajudam a tirar ideias do papel. As universidades e faculdades estão incentivando cada vez mais, e há uma nova mentalidade empreendedora ganhando força. A digitalização acelerada completou esse empurrão”, explica Eugênio.
As startups não apenas movimentam a economia local, mas também têm impacto direto no desenvolvimento social da região. Elas geram empregos qualificados, atraem investimentos e desenvolvem soluções para problemas locais, inclusive no interior do estado. “Hoje já vemos startups surgindo e se consolidando em cidades como Mossoró, Caicó e Currais Novos, isso tem movimentado a economia regional, retido talentos no interior e estimulado jovens a empreenderem e inovarem nas próprias comunidades”, diz o analista.
O ecossistema de inovação do RN também tem se fortalecido com parcerias entre instituições de ensino, empresas e o poder público. “Sebrae, UFRN, IFRN, parques tecnológicos, incubadoras, comunidades, governo, empresas juniores e até grandes empresas têm se aproximado, como exemplo da Neoenergia com o programa de inovação aberta. Ainda tem muito a evoluir, mas o terreno é fértil”, conclui.
Startups no mercado nacional
No cenário empresarial global, as startups emergiram como catalisadoras de mudanças, redefinindo indústrias tradicionais, impulsionando a inovação e desafiando o status quo. De acordo com o levantamento do Observatório Sebrae Startups, existem atualmente 18.056 startups ativas no Brasil. O Sudeste lidera com 36,15% dessas empresas, enquanto o Nordeste detém 23,53%, ultrapassando o Sul, que possui 21,06%. Este crescimento é impulsionado por iniciativas locais que visam fortalecer o ambiente de inovação na região.
As startups são empresas jovens e dinâmicas, geralmente fundadas por empreendedores que buscam explorar oportunidades de mercado com soluções inovadoras. Nos últimos anos, o ecossistema das startups testemunhou um crescimento exponencial, impulsionado por avanços tecnológicos, acesso a financiamento e uma cultura global de empreendedorismo.
O sucesso das startups é amplamente impulsionado pelo ecossistema que as sustenta.
Incubadoras, aceleradoras, investidores de risco e comunidades de empreendedores fornecem suporte vital, oferecendo financiamento, mentoria, networking e recursos necessários para o crescimento e escala das empresas iniciantes.