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COMBUSTÍVEIS: HÁ RISCO DE DESABASTECIMENTO NO ESTADO

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FOTO: DIVULGAÇÃO

O setor petrolífero mundial passa por momento delicado, também influenciado pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

O varejo dos derivados de petróleo enfrenta dificuldades subsequentes, e no RN a realidade é semelhante.

De acordo com informações de empresários do setor, houve queda nas vendas que chegam a 30% e agora há uma nova preocupação, o desabastecimento e a consequente falta de produtos nas bombas.

Segundo algumas distribuidoras, a Petrobras tem feito cortes constantes nas cotas de compras que lhes são disponibilizadas por falta de capacidade operacional para atender à toda a demanda.

Além disso, por causa do déficit atual entre os preços praticados no Brasil e no mercado internacional (a própria Petrobras reconhece que só na gasolina esta defasagem é hoje da ordem de 20%), as próprias distribuidoras, principalmente as regionais, têm evitado importar os volumes necessários para complementar suas vendas, com receio de terem que arcar com prejuízo.

O resultado disso é a falta de produto para o abastecimento do mercado. A escassez já é uma realidade quando se trata do diesel S10, cujas compras estão em restrição há pelo menos dois meses.

O cenário para o mês de junho deve ser agravado e é provável que o problema atinja também a gasolina.

Nesta terça-feira (17), pela primeira vez nos últimos dez anos, o setor de Comércio Varejista de Combustíveis deixou de ocupar o topo da lista dos setores que mais arrecadam ICMS no Rio Grande do Norte.

Em abril/2022, dados da Secretaria de Tributação do Estado mostram que a arrecadação de ICMS do setor de postos e distribuidoras de combustíveis ficou apenas em segundo lugar na lista dos principais arrecadadores do imposto.

O setor viu sua arrecadação despencar de R$ 138 milhões em março para R$ 116 milhões em abril (queda de 19%). Dados do boletim demonstram que, desde novembro do ano passado, quando foi instituído o congelamento do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (valor de referência sobre o qual é cobrado o ICMS sobre a gasolina, cuja sigla é PMPF), a arrecadação do segmento dininui mês a mês, caindo de R$ 150 milhões, em dezembro, para os R$ 116 milhões verificados no mês passado.

“Os números reforçam o que nós vimos dizendo sempre: não interessa aos postos que os preços subam porque, com a alta vem a inevitável queda nas vendas. E nenhum varejista quer, ou mesmo pode, vender menos. Nos interessa menos ainda um cenário de desabastecimento porque isso seria extremamente desastroso para todo o sistema”, afirma o presidente do Sindipostos RN, Maxwell Flor.

Com informações do Blog do BG



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