Procon não fiscaliza, Sindpostos culpa Petrobras e estatal não responde questionamentos sobre valores em Natal
Desde o fim de setembro, quando o preço da gasolina passou a ter um preço médio de R$ 5,50 em Natal, os motoristas sofrem com a negligência e o descuido do Procon, que realiza fiscalizações de forma lenta e pouco eficaz. Por parte do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do RN (Sindpostos), as informações pouco ou nada esclarecem.
Na quinta-feira, 06 de outubro, o Sindpostos informou ao Diário do RN que a alta tinha relação com problemas de abastecimento e com a chegada do navio responsável pelo transporte do combustível na sexta (7), a queda do preço da gasolina estava prevista para acontecer na segunda (10). Porém, oito dias depois, a situação continua a mesma com preço médio de R$ 5,50 nas bombas da capital.
A reportagem do Diário questionou, mais uma vez, o Sindpostos sobre a situação. Agora, o sindicato alega que o problema é de responsabilidade da Petrobras. Em busca de uma resposta, a Petrobras foi questionada, mas até o fechamento desta edição, não respondeu as tentativas de contato. Também voltamos a procurar o Procon Natal para falar sobre o andamento das fiscalizações, mas sem êxito.
Sem respostas, resta ao consumidor revolta e indignação, a mercê de preços abusivos e sem assistência. “Quem acaba sempre se prejudicando é a população. O sentimento é de irritação porque eles não explicam o que está acontecendo direito”, afirmou o eletricista Edson Pereira. Edson está entre os milhares que precisam lidar diretamente com os efeitos da alta da gasolina na capital.
Trabalhador de uma empresa multinacional, Edson relatou que o dinheiro reservado para o abastecimento do seu veículo era usado para proporcionar uma qualidade de vida melhor aos filhos. Porém, com o atual cenário do mercado dos combustíveis, a prioridade é garantir a locomoção da família. “Esse dinheiro deveria ir para o lazer dos meus filhos, para uma compra melhor, mas agora é usado nisso (gasolina). Hoje em dia, a gente só compra o necessário, não temos mais o gosto de comprar uma coisa a mais que você podia comprar antes. Nós só temos o básico”.