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CPI DA COVID TEM OITIVAS COM SUBSTITUTOS, MAS PRESIDENTE DA COMISSÃO DIZ NÃO ABRIR MÃO DE DEPOIMENTO PREVISTO

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Foto: Eduardo Maia

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, instalada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte para investigar contratos firmados pelo estado no enfrentamento à pandemia, reuniu-se mais uma vez nesta quinta-feira (02) para a nona tarde de oitivas. 

Na ocasião foram ouvidos Paulo Ricardo Leão Ansel, que é sócio administrador da empresa Leão Serviço e Comércio. Ele substituiu Thássila Karen dos Santos Bezerra, e prestou depoimento sobre a contratação de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como sapatilhas, toucas e aventais. Antônio Marques Rodrigues Alves foi o outro depoente. Ele foi à CPI substituindo Kaliny Chrys da Silva Matos, da empresa D-OXXI Nordeste, e deu esclarecimentos a respeito da aquisição de teste Swab e reagentes para o Laboratório Central de Saúde Pública do RN (LACEN).

“Agradecemos a presença dos senhores Paulo Ricardo Leão Ansel que mesmo arrolado como investigado, hoje falou como testemunha, e de Antônio Marques Rodrigues Alves, em substituição as convocadas Thássila Karen dos Santos Bezerra e Kaliny Chrys da Silva Matos. Mas não abriremos mão do depoimento da senhora Thássila Karen dos Santos Bezerra nesta comissão”, comentou o presidente da CPI, deputado Kelps Lima (Solidariedade).

Paulo Ricardo Leão Ansel foi a primeira testemunha a ser ouvida na tarde desta quinta-feira. Ele negou qualquer envolvimento com ilegalidades, possibilidade de superfaturamento e outras denúncias sobre a venda de produtos ao Governo do Estado. 

“É preciso lembrar que tudo aumentou de preço no auge da pandemia. A variação de valores em determinados produtos passou a ser algo normal devido à falta destes no mercado e até nas fábricas”, disse Paulo.

Sobre as sapatilhas compradas com gramatura 50 e entregues de gramatura 30, motivo de muita discussão na CPI, Paulo Ricardo informou que o produto chegou na primeira remessa como estabelecia o pedido e que diante da falta deste com gramatura 50 no mercado, foi enviado as sapatilhas de gramatura 30. 

As informações foram questionadas pelos membros da CPI que em vários momentos da reunião reiteraram a importância dos convidados falarem a verdade. “Reforço essas informações por entender que pior que julgar um culpado é condenar um inocente”, disse Kelps Lima.

Na sequência, Antônio Marques Rodrigues Alves, sócio da empresa D-OXXI Nordeste, com sede em Natal, prestou depoimento em substituição a Kaliny Chrys da Silva Matos. Indagado sobre a diferença de valores entre as empresas participantes da licitação de compras de testes Swab, ressaltou em seu depoimento as dificuldades das empresas fornecedoras de encontrar produtos para fornecer, principalmente, aos órgãos públicos. “Especificamente sobre os testes Swab, durante a pandemia esse produto chegou a preços estratosféricos dificultou e muito a nossa atividade”, explicou.

Ao fim da reunião, o presidente da CPI, propôs uma acareação entre o depoente Paulo Ricardo Leão Ansel e o diretor da Unidade de Apoio a Saúde (DUAS), e da Unidade Central de Agentes Terapêuticos (UNICAT),  para que sejam confirmadas informações consideradas contraditórias.

Na próxima quarta-feira (08) a CPI se reune novamente. Na ocasião devem ser ouvidos Daniele Nascimento dos Santos, assistente técnica da Sesap; Fernando Aguiar de Figueiredo, presidente da Associação Institutos de Pesquisas do RN (ASSINP/RN); Neuma Lúcia de Oliveira, coordenadora de promoção à saúde da Sesap, sobre a contratação de empresa de pesquisa do Estado do Piauí.


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