A classe política, em geral, é arrogante. Quando integrantes da classe política de um Estado pobre e inexpressivo nacionalmente como o RN conseguem alcançar um posto de destaque na política nacional, aí é que ficam ainda mais distantes e arrogantes.
Como exemplo, temos os dois ministros do RN no Governo Bolsonaro: Fábio Faria e Rogério Marinho. A primeira decisão que tomam é justamente se distanciar da imprensa local. Veículos de comunicação do RN e jornalistas do Estado buscam entrevistas com os ministros potiguares, mas há um verdadeiro desprezo dos dois pela imprensa local.
No caso da imprensa nacional é exatamente o contrário que acontece. Fábio e Rogério vivem em busca de uma notinha em colunas ou blogs; entrevistas nos grandes veículos são comemoradas. Para o RN, desprezo.
Os políticos esquecem que uma informação verdadeira, postada em algum veículo do RN, pode ter um efeito devastador se chegar à mídia nacional.
Exemplo concreto de uma situação como essa foi na época que Fernando Bezerra era senador e ministro da Integração Nacional. Matérias feitas por Jurandir Santos no extinto Jornal de Natal, eram desprezadas até pela imprensa do Estado. Eram denúncias da Metasa e outras situações indigestas que o então ministro não dava bolas.
O material chegou em Brasília e alcançou também a grande mídia. Resultado: Fernando Bezerra foi demitido e o desgaste produziu também sua derrota para o Governo do Estado. Ficou em terceiro lugar, perdendo para Fernando Freire, que também perdeu para Wilma de Faria. A arrogância é a principal parceira do fracasso. Rogério Marinho e Fábio Faria podem amargar situação semelhante à de seu conterrâneo.
A arrogancia é o mal dos tolos!