
No último dia 27, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) anunciou o bloqueio de recursos que afetam o orçamento das principais instituições públicas federais de ensino no Estado.
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) terão juntos um corte superior a R$ 40 milhões.
No caso da UFRN, o bloqueio foi de quase 24 milhões de reais (R$ 23.972.313,00) em um orçamento que este ano já havia sofrido uma redução de mais de R$ 11 milhões.
O corte mais recente terá impacto em serviços como limpeza, segurança, energia e fornecimento de água da instituição, justamente nesta fase de retomada das aulas presenciais.
“A situação é extremamente grave para as nossas universidades federais e precisa ser revertida com urgência. Neste ano, a UFRN retomou as suas atividades presenciais de forma integral, com aumento significativo dos seus contratos, como energia elétrica e terceirização de serviços. Em contrapartida, fomos surpreendidos com este bloqueio”, ressaltou o reitor da UFRN, Daniel Diniz.
No caso da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), o bloqueio foi superior a sete milhões de reais, o equivalente a 14% do orçamento da instituição.
A direção do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) se reuniu nesta segunda (30) para tratar do assunto e encontrar alternativas para diminuir os impactos desse corte nos recursos.
Para 2022, o orçamento já havia sido aprovado com valores abaixo de 2020. De acordo com a direção da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o bloqueio inviabiliza os recursos para assistência estudantil. Na prática, a permanência dos estudantes socioeconomicamente vulneráveis fica incerta, assim como o próprio funcionamento das instituições federais de ensino.
Com informações do portal Saiba Mais