A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava o contrato do governo do RN com a Arena das Dunas foi encerrada nessa quinta-feira, 24, sem a leitura do relatório e sem votação na Assembleia Legislativa do RN (ALRN). O engavetamento da CPI que investigava suspeitas de 420 milhões de reais de dano ao erário é atestado da moral de ocasião na política do RN.
Com a CPI da Covid, o regimento foi alterado para que as sessões fossem transmitidas, já que o regimento anterior impedia. Ampla cobertura da imprensa e muito discurso de combate à corrupção. Falas absolutamente iradas podiam ser ouvidas nas rádios da cidade, aquelas que defenderam ivermectina durante a pandemia e eram contrárias ao isolamento.
A CPI, que durou 126 dias, pediu o indiciamento do secretário de saúde de Natal e da governadora, em que pese todos os contratos terem sido aprovados pelo TCE e pelo MP.
Agora, com a CPI da Arena das Dunas a transmissão foi vetada e o tempo de duração permitido foi de 60 dias. Com direito a parecer da procuradoria da casa, após provocação do suplente da comissão Getúlio Rego, que foi líder do governo Rosalba, a que fechou o contrato com a suspeita de quase meio bilhão. O regimento utilizado foi o velho.
Vale lembrar dos pronunciamentos dos deputados estaduais Coronel Azevedo e Tomba, que falaram em combate à corrupção na CPI da Covid e que, desta vez, optaram por engavetar o relatório da CPI da Arena das Dunas.
Com informações do artigo de Daniel Menezes