O presidente estadual do PP, João Maia, quer que Rosalba Ciarlini (PP) lance pré-candidatura à prefeita em Mossoró numa coligação da oposição, “mas se for com o PL eu acho estranho”, diz. O deputado federal conversou com a reportagem do Diário do RN e garantiu que, apesar disso, não deve interferir na decisão do ex-deputado Beto Rosado, que é o presidente da comissão provisória do partido.
“Eu disse para ele o seguinte, olha Beto, é sua cidade, então você tome conta de Mossoró. É uma questão de respeito, eu não vou interferir em Mossoró. Eu tinha conversado com ele, feito um trabalho com Rosalba, aí eu vi essa notícia (da possibilidade de aliança com o PL). Mas eu decidi por uma questão de correção que quem ia decidir as coisas era Beto Rosado”, afirmou.
Nesta terça-feira (2), o ex-deputado Carlos Augusto Rosado, marido da ex-prefeita Rosalba, esteve em reunião com o presidente municipal do PL, Genivan Vale, e o empresário Tião Couto, dirigente do partido, quando recebeu convite para formação de aliança. Antes, Beto Rosado já teria sentado com a cúpula do partido de Rogério Marinho em Mossoró para tratar do assunto.
O senador Marinho tirou o comando do PL de João Maia no Rio Grande do Norte, que esteve por 21 anos à frente do partido, após articulação nacional, como parte do projeto para fortalecer o bolsonarismo, incluindo o RN nos planos. Negando qualquer tipo de conflito com o senador, o deputado João Maia alegou que “a convivência partidária ficou insustentável”, obtendo, assim, autorização nacional para deixar o partido em 2023.
Em entrevista ao Diário do RN no último 12 de março, Maia declarou que a indicação para a composição de chapa majoritária junto a Rosalba, deveria vir da Federação PT/PV/PCdoB: “Como nós queremos unir nosso projeto à Federação, caso eles aceitem essa união, a indicação para vice será deles. Estamos à disposição para isso e nós (PP) não iremos nos envolver nessa questão, para que eles escolham à vontade”.
Na ocasião, o deputado afirmava gostar do nome de Isolda, mas que um nome mais “competitivo” poderia ser definido: “Eu, como pessoa física, gosto muito do nome de Isolda. Mas, acredito que eles deverão escolher o melhor nome, o mais competitivo. Eu não tenho nenhuma restrição ao nome da deputada, tenho um carinho enorme por ela”.
Para ele, “time que não joga não tem torcida” e por isso defende que o PP e Rosalba devem sair às ruas com candidatura neste ano, mas reafirma que não vai interceder nas decisões. “O nosso patrimônio político é de cumprir os acordos, mas se ele me pedir opinião, eu acho uma decisão estranha”, reafirma.