FACHIN TOCA FOGO NA CÂMARA DE PARNAMIRIM

A Câmara de Parnamirim vai vivenciar dias de absoluta intranquilidade a partir da decisão do ministro do TSE, Edson Fachin, que negou pedido de dois vereadores para não permitir a abertura dos malotes coletados pelo MP na Operação Dízimo.

Os malotes com documentos comprometedores, que estavam nos gabinetes dos vereadores Rhalessa de Clênio e Professor Ítalo, foram lacrados a pedido dos parlamentares e concedido pela Justiça em primeira instância, o que impedia o Ministério Público de usar o conteúdo dos malotes apreendidos na investigação, para comprovação das denúncias de esquema de corrupção que envolve alguns vereadores.

Agora, a decisão do ministro Fachin derruba por completo o impedimento de abertura dos lacres dos malotes. Na prática, a decisão quebra as correntes e os cadeados que mantinha em sigilo, os misteriosos documentos que podem incendiar a Câmara e provocar uma sucessão de posses de suplentes em Parnamirim.

O MP já havia formulado denúncia contra os parlamentares envolvidos, sem uso do conteúdo dos malotes apreendidos.

Agora, o MP vai se debruçar em todo o material que foi apreendido e que provocou tanto medo nos vereadores e que poderá acarretar pedidos de afastamento do mandato.

Na verdade, o medo não tomou conta somente dos vereadores envolvidos na Operação Dízimo.

O terror tomou conta da presidência da Câmara, que também usou o mesmo expediente junto à Justiça para manter lacrados os malotes apreendidos em outros departamentos da Câmara, em especial, a presidência, sob o comando do vereador Wolney França, que passou momentos de stress agudo com medo da revelação do que está em sigilo.

A próxima semana promete. A batata do presidente da Câmara, dos vereadores envolvidos e de quem tem algo comprometedor dentro desses malotes, está assando em fogo de maçarico.

E, pelo que Sherlokinho apurou, vai torrar muitas imagens. E as cinzas vão direto para as urnas; não as eletrônicas, mas urnas funerárias eleitorais.
É aguardar.