Há exatos 35 anos, o Rio Grande do Norte registrava o maior tremor de terra em seu território até o dias atuais. O abalo sísmico de grau 5.1 teve como epicentro o município de João Câmara, na Região do Mato Grande potiguar, e devastou casas, assustando moradores locais.
O evento daquele dia não foi o único e fez parte de uma sequência de tremores na chamada Falha de Samambaia.
O tremor mais forte aconteceu durante a madrugada do dia 30 de novembro de 1986. Cerca de 4 mil imóveis foram destruídos ou danificados na cidade.
Milhares de pessoas deixaram suas casas com medo de desabamentos. Mais de 10 mil pessoas ficaram desabrigadas e o evento sísmico provocou o êxodo para os municípios vizinhos.
O evento se estendeu até o ano de 1993, registrando mais de 50 mil tremores, de magnitudes variadas.
A maioria dos abalos não foi sentido pela população. Os acima de 2.0 foram sentidos pelo som, vibrações ou efeitos nas edificações.
Período com mais tremores
Em 1986, no ano da maior ocorrência, o primeiro abalo foi registrado no dia 21 de agosto, alcançando magnitude de 4.3.Nos dias 3 e 5 de setembro, foram outros dois tremores: um de 4.3 e outro de 4.4.
Logo após o principal evento, que aconteceu no dia 30 de novembro, a cidade registrou várias réplicas, inclusive com magnitude 4.0. Tanto na zona urbana quanto na rural, grande parte da população abandonou o município.
O presidente da república e vários outros ministros visitaram a área atingida após o tremor do dia 30 de novembro. A imprensa nacional também acompanhou os fatos, inclusive montando acampamentos na cidade.
Esse abalo foi considerado o principal entre as atividades sísmicas na região. Ele foi sentido não só na região do Mato Grande, como na capital Natal, e em outros estados, como Paraíba e Pernambuco.
Em março de 1989, um novo tremor de magnitude 5.0 abalou novamente a região na Falha de Samambaia.
Por G1