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JEAN PARA ROGÉRIO MARINHO: “ANTES DE VIR ACUSAR DE OMISSOS OS TRÊS SENADORES DA REPÚBLICA PELO RN. QUEM ESTÁ NO GOVERNO É O SENHOR”

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O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (sem partido) lançou pré-candidatura ao Senado em evento neste domingo (26) que reuniu prefeitos, vice-prefeitos, deputados federais e estaduais, vereadores e lideranças políticas do Rio Grande do Norte.

Ainda neste fim de semana, ele fez críticas ao governo de Fátima Bezerra (PT) e também à atual bancada de senadores do Rio Grande do Norte, que diz ser omissa nas principais discussões econômicas de interesse do Nordeste e, principalmente, do Rio Grande do Norte. 

Após as críticas, o senador petista, Jean Paul, rebateu as acusações de omissão do Ministro Rogério Marinho. Segundo o parlamentar, Marinho se lançou candidato e respeita tal decisão pois é parte da democracia. Quem fará a escolha do que deseja para o Rio Grande do Norte é o eleitor e nada melhor que um leque maior de opções. Entretanto, segundo Jean, era necessário posicionar-se sobre o que disse o ministro, ao acusar a bancada potiguar de omissão.

“Ele falou muito de omissão e de prejuízos para o estado e responsabilizou a bancada potiguar por isso. Omissão é ser o responsável pela Secretaria de Desenvolvimento do Governo Rosalba que raspou o fundo previdenciário dos servidores  e afundou o estado. Não dá pra simplesmente fingir que não participou desse crime contra o funcionalismo. Omissão é ser ministro e não trabalhar pela implantação do Hub dos correios no Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, uma proposta que o ministro já chegou a defender, mas mais uma vez prefere esquecer. O ministro prefere agora defender a privatização dos Correios, da Eletrobras e da própria Petrobras, que vem rapidamente sendo entregue à iniciativa privada como vimos aqui no estado”, argumentou o senador em sua resposta.

Ele ainda toca em outros pontos como a reforma trabalhista, vidas perdidas na pandemia e propostas relacionadas à agricultura. Por fim, diz que: “Ministro, vá brigar pelo apoio do seu presidente para ser candidato ao Senado – porque do meu presidente eu já tenho!”

“Mas fica aqui um último conselho antes de vir acusar de OMISSOS os três senadores da república pelo Rio Grande do Norte. Quem está no GOVERNO é o senhor”, finalizou.

Veja resposta na íntegra:

O ministro de Bolsonaro se lançou candidato. Isso é do jogo democrático e vai permitir ao eleitor/a fazer a sua escolha do que deseja para o Rio Grande do Norte diante de um leque maior de opções.

Mas é necessário se fazer alguns reparos ao que disse o ministro neste final de semana. Ele falou muito de omissão e de prejuízos para o estado e responsabilizou a bancada potiguar por isso. Lamento pelo ataque que faz aos representantes do Rio Grande do Norte, mas isso faz parte de um jogo que é típico do chefe dele: criar narrativas para desviar a atenção das pessoas  do que realmente importa. 

Omissão é ser o responsável pela Secretaria de Desenvolvimento do Governo Rosalba que raspou o fundo previdenciário dos servidores  e afundou o estado. Não dá pra simplesmente fingir que não participou desse crime contra o funcionalismo. Omissão é ser ministro e não trabalhar pela implantação do Hub dos correios no Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, uma proposta que o ministro já chegou a defender, mas mais uma vez prefere esquecer. O ministro prefere agora defender a privatização dos Correios, da Eletrobras e da própria Petrobras, que vem rapidamente sendo entregue à iniciativa privada como vimos aqui no estado. 

É com essas bandeiras que ele vai pedir voto aos eleitores do nosso estado? É bom lembrar, já que a memória do ministro omite, que este governo que ele integra é responsável também por outras tragédias. Fizeram uma reforma da previdência que penaliza os trabalhadores fazendo com que eles se aposentem mais tarde e que reduziu as pensões das viúvas brasileiras. Defendem uma reforma administrativa que vai tirar a estabilidade dos servidores públicos e permitir que políticos como ele possam indicar milhões de pessoas para funções de governo. 

E a reforma trabalhista, Ministro? Aquela do qual o senhor foi relator e que tirou direitos dos trabalhadores brasileiros. A ideia era gerar empregos, lembra? Nada disso aconteceu e o que temos hoje são milhões de brasileiros explorados, sem emprego e sem direitos. Não se omita diante disso!

Temos que falar também dos quase 600 mil mortos pela Covid e do desemprego de milhões de brasileiros provocados pela incompetência desse governo do qual o senhor participa. Omissão, senhor ministro, é permitir o retorno da inflação que tira a comida da boca dos brasileiros e que coloca os preços da gasolina e do botijão de gás nas alturas. São essas as realizações que o senhor deve apresentar, e não promessas e críticas vazias

Não se omita diante disso, senhor ministro! Nós vamos lembrar do que o senhor participou e ainda defende. 

Aqui no Rio Grande do Norte estamos trabalhando para devolver dignidade aos potiguares. As folhas de pagamento atrasadas que o senhor deixou para trás estão sendo pagas.

E a agricultura? Por que não fala da penúria em que estaria a agricultura familiar do RN se não fossem as políticas de compras governamentais, crédito rural, agregação de valor, feiras e centrais de comercialização que a governadora Fátima criou para tentar compensar minimamente o ABANDONO TOTAL das políticas de apoio ao setor que mais produz o alimento que todos nós comemos todos os dias? QUEM É OMISSO AQUI? 

Estamos votando lá no Congresso a derrubada do veto do seu governo à lei dos despejos e ao auxílio aprovados pelo Congresso aos agricultores familiares. Seria bom que o ministro se pronunciasse a respeito do que pensa sobre isso. Não se omita!

Ministro, vá brigar pelo apoio do seu presidente para ser candidato ao Senado – porque do meu presidente eu já tenho!  E tenho orgulho disso! Não sei se pode dizer o mesmo! Mas fica aqui um ultimo conselho antes de vir acusar de OMISSOS os três senadores da república pelo Rio Grande do Norte. Quem está no GOVERNO é o senhor. Quem mais pode fazer com a caneta pelo nosso estado e por todos os potiguares é o senhor e o seu presidente. Mandar tratores em troca de declarações de apoio de prefeitos é muito pouco. Mas agora vou continuar meu trabalho aqui, para produzir e relatar leis para o Brasil. Porque oposição responsável se faz assim: construindo soluções, dialogando com todos os lados, e, sobretudo, sem acusar os outros daquilo que é a sombra de si próprio.


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