
Em publicação nas redes sociais, o senador, Jean Paul Prates (PT/RN), líder da minoria na Câmara dos deputados, alfinetou o presidente Jair Bolsonaro (PL) e comentou que DE “CPI” ele entende e sabe “conduzir com excelência”.
Na sexta, 17, após a Petrobras anunciar reajustes de 5,2% no preço da gasolina e de 14,2% no preço do diesel, o presidente fez duras críticas à Petrobras pelo novo reajuste.
“O Governo Federal como acionista é contra qualquer reajuste nos combustíveis, não só pelo exagerado lucro da Petrobras em plena crise mundial, bem como pelo interesse público previsto na Lei das Estatais”, postou o presidente no Twitter.
Bolsonaro chegou a dizer ainda que irá propor, junto ao presidente da Câmara, Arthur Lira, a CPI da Petrobras.
“Conversei há poucos minutos com Lira. Ele está neste momento com líderes, e a nossa ideia é propor uma CPI para investigarmos o presidente, os diretores, os Conselhos administrativo e fiscal. Queremos saber se tem algo errado nessa conduta deles. É inconcebível conceder reajustes com o combustível lá em cima e os lucros exorbitantes da Petrobras”, disse o presidente em entrevista à rádio 96 FM, do Rio Grande do Norte.
Jean Paul comentou as declarações do presidente em postagem no Twitter.
“Bolsonaro e Artur Lira falaram em CPI da Petrobras. Sabe-se lá o que pretendem com isso. Pois nós da Oposição topamos uma CPI, sim! Se o governo propuser somos os primeiros a assinar. E se não fizer isso somos nós que vamos propor essa CPI!”, disse.
Em entrevista para a CNN, Prates disse acreditar que a CPI deve servir para questionar a político de Preço de Paridade Internacional (PPI) da estatal. O senador ainda criticou o fato do Executivo não agir sozinho para acabar com alta dos combustíveis.
“Isso se transformou no pandemônio dos combustíveis. Você imaginar que um governo que é acionista majoritário da Petrobras, que colocou todos os presidentes e diretores, dizer que a Petrobras é incontrolável. Primeiro dizia: como é incontrolável, vou vender. Ora, se vender, vai continuar mais incontrolável ainda. Agora, como é incontrolável, vou fazer uma CPI”.
“Eu e outros senadores queremos assinar essa CPI, porque essa política [Preço de Paridade Internacional] está desde 2017. Vamos pegar desde a instituição do PPI e tentar entender como é que o governo, como acionista majoritário, tem medo de fazer valer os interesses do povo brasileiro”, explicou o Paul Prates.