Em 89 anos de história, pela primeira vez, a OAB do estado de São Paulo tem como presidente uma mulher, Patrícia Vanzolini, doutora pela PUC-SP, que foi vice-presidente da Associação dos Advogados Criminalistas, é professora do Mackenzie e do Damásio Educacional.
Patricia foi eleita na última quinta-feira (25/11) com cerca de 36% dos votos numa disputa acirrada com outros quatro candidatos, principalmente com o atual presidente, Caio Augusto Silva dos Santos. No fim, o que deu frutos foi a estratégia do vice de Vanzolini, Leonardo Sica, que vinha há três anos planejando a candidatura e dialogando diretamente com os dissidentes e insatisfeitos com a gestão anterior.
“Qualquer indicação para o quíntuplo vai obedecer a paridade de gênero, porque entendemos que essa paridade deve chegar até os tribunais por meio da indicação para o quinto constitucional. A OAB-SP tem que ser exemplo de paridade de gênero, de equidade racial, de inclusão de portadores de deficiência e de pessoas LGTBQIA+.”Disse Patrícia em entrevista ao Consultório Jurídico.
A vice campeã da eleição OAB RN, Magna Letícia, que concorria na oposição do presidente reeleito, publicou em seu instagram mensagem de apoio à Patrícia Vanzolini pela candidatura e também declarou sobre o RN ainda não ter eleito uma mulher como representante.
“O fato de no nosso estado, que tem um histórico de protagonismo feminino,não termos conseguido,ainda, eleger a primeira mulher Presidente da OAB/RN,em 89 anos de sua existência. Faltaram 142 votos? Muito mais que isso. Faltou sensibilidade dos que se autodenominavam oposição para colocar os anseios da advocacia acima dos desejos individuais e de pequenos grupos.” disse a advogada.
As eleições da OAB RN aconteceram no dia 19 de novembro, com a reeleição do presidente Aldo Medeiros com 1.803 votos e Magna Letícia conquistou 1661.