
Foto: Luís Fortes
Em depoimento à CGU (Controladoria-Geral da União), o atual ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, confirmou que Milton Ribeiro tentou emplacar o pastor lobista Arilton Moura (foto) em seu gabinete quando chefiava o MEC, informa o Estadão.
Segundo o relatório da CGU, Veiga disse que a “intenção inicial” de Ribeiro “era nomear o próprio pastor Arilton Moura para um cargo no MEC”. Sem disponibilidade no gabinete do então ministro, Veiga, que na época era o número dois da pasta, ofereceu outro cargo.
A vaga disponível era de assessor em uma das quatro diretorias da secretaria-executiva, com salário mensal de R$ 10.373,30. De acordo com a CGU, o pastor achou pouco.“Teria externado sua insatisfação, inclusive, na frente de outros servidores da pasta, em reuniões do MEC que contaram com a presença do ministro Milton Ribeiro, e requereu que lhe fosse disponibilizado outro com melhor vencimento”, afirma o relatório.
Como publicado em O Antagonista no começo de maio, a Casa Civil barrou a nomeação. Os pastores lobistas, porém, conseguiram emplacar um homem de confiança na pasta, o advogado Luciano de Freitas Musse —um dos detidos na operação da Polícia Federal que prendeu também o ex-ministro e os pastores Arilton e Gilmar Santos, na semana passada.
Com informações de O Antagonista