
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a minimizar o número de mortes de crianças por Covid-19 no Brasil. Em declaração neste sábado, 22, segundo informações da Folha de S. Paulo, Bolsonaro classificou o volume de óbitos infantis como ‘insignificante’.
Um dia após o enterro da mãe, Olinda, 94, Bolsonaro saiu da casa da família, em Eldorado, interior de SP, e passou mais de uma hora conversando com jornalistas e moradores da cidade.
O presidente voltou a defender remédios sem eficácia contra o coronavírus e disse que as mortes de crianças pela doença foram insignificantes.
“Eu desconheço criança baixar no hospital. Algumas morreram? Sim, morreram. Lamento, profundamente, tá. Mas é um número insignificante e tem que se levar em conta se ela tinha outras comorbidades também”, disse Bolsonaro, disse ele.
Segundo o Instituto Butantan, a Covid-19 já matou mais de 1.449 crianças com idades entre zero e 11 anos no Brasil. Ainda de acordo com o comunicado do instituto, a doença também deixou milhares de crianças com outras sequelas.
Na conversa, o presidente também voltou a criticar a vacinação infantil e destacar ‘efeitos adversos’. Os eventos, no entanto, não representam número significativo até o momento.
“A vacina para crianças não é obrigatória. E tem que ser falado o quê por ocasião da vacinação? Quem for aplicar a vacina? Olha, tá aqui teu filho, de cinco anos de idade. Ele pode ter palpitação, dores no peito e falta de ar. Vai ser dito para ele, como está no despacho do Lewandowski”, afirmou Bolsonaro, repetindo a narrativa que tem repercutido entre negacionistas.
Com informações da Folha de S. Paulo