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NA CÂMARA, FÁBIO FARIA DEFENDE USO DE REDE DE SATÉLITES DE ELON MUSK NA AMAZÔNIA

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FOTO: BILLY BOSS/CÂMARA DOS DEPUTADOS

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, defendeu nessa terça-feira, 14, o uso da rede de satélites Starlink, da SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, para a conexão de escolas em áreas rurais e o monitoramento da Amazônia. Porém, fez a ressalva de que a palavra final sobre a contratação é das empresas vencedoras do leilão do 5G (Oi, Claro, Vivo e Tim).

“O único satélite que pode fazer essa conexão é da Starlink”, afirmou o ministro, lembrando que 40 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à internet. Mas ele ressaltou que os vencedores do leilão é que vão decidir se usarão fibra ou se contratarão empresa de satélite.

Fábio Faria foi ouvido em audiência conjunta das comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; de Fiscalização Financeira e Controle; de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e Amazônia; e de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.

Segundo o ministro, ainda falta para as operadoras de telecomunicações conectarem 12 mil escolas que têm acesso a eletricidade e 5 mil escolas sem luz, além de melhorar a conectividade de outras 40 mil. Uma parte do contrato desse serviço ficou a cargo das empresas RNP e Via Sat — a Starlink chegou a participar da disputa, mas não foi escolhida.

“A capacidade da Via Sat na Amazônia é limitada, ela já está chegando no limite”, alertou o ministro, comparando a velocidade da Via Sat (30 Mbps) com a da Starlink (300Mbps).

Faria observou ainda que as empresas têm até 2027 para conectar via 4G todas as escolas localizadas a até 30 km da área urbana, com o risco de perder as faixas de frequência conquistadas no leilão. Até hoje, nenhuma escola foi conectada.

Amazônia

Sobre as qualificações da Starlink para atuar no monitoramento, o ministro afirmou que “o único satélite que tem laser e que detecta o barulho da serra elétrica é o Starlink”, pontuou.

Ele defendeu o 5G como tecnologia eficaz para monitorar a floresta. “Com o 5G não precisa ter 50 operadores de drones, um só operador sobe 200 drones”, disse, ao referir-se à velocidade e qualidade de imagem oferecidas pelo satélite, se comparada à observação realizada por drones.

Ele também falou sobre os custos de um monitoramento feito pela Starlink. “Se o empresário [Elon Musk] quer dar de graça para o Brasil, a zero, em vez de pagar R$ 50 milhões, a gente vai negar?”, questionou.

Ele comentou que hoje o Ministério da Justiça paga R$ 40 milhões ao ano para que a empresa Planet monitore o desmatamento na região.

As informações são da Agência Câmara de Notícias


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