
Por: Bosco Afonso
Para muitos analistas, querer administrar um município, um estado ou um País trilhando somente os caminhos da iniciativa privada é como querer misturar alhos com bugalhos. Há uma diferença quilométrica, pois sem o molho político, sem a convivência construtiva com o legislativo (o que não é fácil) uma gestão pública feita apenas com a receita empresarial pode deslizar na velocidade do som e chegar rapidamente ao fundo do poço.
Mas, isso não quer dizer que um empresário bem sucedido não faça uma gestão pública de sucesso…
Aqui mesmo, tivemos os exemplos do engenheiro José Agripino e o empresário Geraldo Melo. Agripino, trazido da iniciativa privada pela mão de seu pai, o governador Tarcisio Maia, para administrar a Prefeitura de Natal e posteriormente governar o Rio Grande do Norte, aí já escolhido pelo voto popular, foi bem sucedido. Geraldo, que surpreendeu até mesmo na sua eleição quando derrotou a chapa “invencível” de João, Lavô e Jajá, mas sua gestão foi penalizada por atrasar o pagamento dos servidores.
Em nível nacional, recentemente, estamos vivenciando as boas gestões de Romeu Zema, em Minas Gerais, e de João Dória, em São Paulo, ambos nascidos da iniciativa privada para a gerência pública.
Aqui no Rio Grande do Norte, o empresário Haroldo Azevedo quer a cadeira hoje ocupada pela petista Fátima Bezerra, com a proposta de ser o candidato do Desenvolvimento. E é desse desenvolvimento que o Rio Grande do Norte precisa. Mas, o doutor Haroldo precisa ampliar a base empresarial para se tornar um representante da categoria. Precisa ainda mais lapidar o seu trato político, cheirar o cheiro do povo, se dispor a conhecer mais profundamente as malícias políticas e se fortalecer para a caminhada até chegar às eleições de outubro próximo.
Haroldo Azevedo é um empresário de sucesso nas áreas de comunicações e da construção civil, e, apesar de suas andanças pelo interior do estado concedendo entrevistas nas várias emissoras de rádio, ainda é desconhecido do povão, desse mesmo povão que elege, mas ajuda também a não eleger. Precisa urgentemente, se é que a sua candidatura ao Governo do Estado é mesmo pra valer, agilizar esses contatos, desempenhar o gingado político e motivar as bases com seus argumentos, com suas propostas e mostrando um novo estilo.
Preparar um plano de governo identificado com o desenvolvimento econômico e social do estado é fundamental. Mostrar como o nosso pequeno Rio Grande do Norte pode se agigantar é necessário. Haroldo conhece bem os caminhos, mas isso não é tudo, pois sem uma infraestrutura básica, a partir da definição de sua filiação partidária e o seu arco de alianças, a candidatura pode não decolar. E pelo que se conversa com Haroldo, ele quer viabilizar a sua candidatura e ter a oportunidade de fazer as transformações que o Rio Grande do Norte precisa.